Quando saímos da tenda de pintura, Gui estava emburrado com a pintura que Lola havia feito em seu rosto. Parecia uma criança birrenta, e isso me fez rir.— O que tem de engraçado? – Ele perguntou com uma carinha emburrada.— Por que está com essa cara, amor? – Perguntei, mesmo sabendo qual seria a sua resposta.— Que Porra! Não pude fazer o Jhonny Brabo com fuzil, você não me deixou pintar uma K-47. Então fiz essa porcaria de bola, pelo menos ela está pegando fogo. – Eu ri da frustração dele.— Você é um empresário e dono de morro fantástico, mas agora está parecendo uma criança emburrada.— Está alegre só porque pode fazer a sua borboleta. – Gui reclamou, e sua expressão emburrada não desaparecia. Isso é o que acontece quando se está acostumado a conseguir tudo o que se quer. Quando é contrariado, Gui vira um monstrinho. Meu Zeus que nossos filhos nunca puxem o gênio de Gui, rapidamente balancei a cabeça para espantar esse pensamento era cedo demais para pensar em crianças. Ele cont
Arthur DuarteA história da minha vida é um emaranhado de emoções negativas, inveja e vingança. Sempre odiei o meu irmão, Benjamin. Desde criança, ele tinha o talento de conseguir tudo o que queria, enquanto eu ficava à sombra dele, sentindo o peso da sua sombra em cima de mim.Crescemos em uma família que parecia sempre favorecer o caçula. Ele era o filho dourado, o prodígio, e isso me corroía por dentro. Mesmo sendo o mais velho, eu nunca consegui superar o fato de que ele era o favorito de todos.Mas a verdadeira dor, o ponto que mais me atormentava, era o fato de que, desde jovens, eu amava Cristine. Ela era a mulher dos meus sonhos, a única pessoa que conseguia me acalmar e fazer o meu coração bater com uma intensidade que eu nunca experimentara antes. Infelizmente, ela amava o meu irmão.Cristine e Benjamin se casaram, e eu assisti ao homem que eu mais invejava na vida ser o escolhido dela. A única coisa boa que veio daquele casamento foi a existência da Stephanny. Mas, para mim
Stephanny Giacomelli DuarteEnquanto eu ia para o trabalho, aquela sensação incômoda de estar sendo seguida voltou a pulsar em mim. Olhei para os lados, buscando algo fora do comum, mas não encontrei nada. Talvez as palavras de Jarbas tivessem se internalizado em mim de tal forma que agora eu estava sempre alerta. Mesmo assim, continuei a minha jornada até a loja, tentando ignorar o medo que começava a se insinuar.Ao chegar na loja, fui calorosamente cumprimentada pelas meninas. Estávamos ocupadas com o trabalho, e isso me ajudou a distrair um pouco dos pensamentos sombrios que me assombravam. No entanto, aquela sensação de ser observada persistia, como uma sombra espreitando no fundo da minha mente.Próximo ao final do expediente, Fabi anunciou o "funcionário do mês". Para minha surpresa, meu nome foi chamado mais uma vez. Não conseguia entender por que eu estava ganhando repetidamente esse "prêmio", que na verdade consistia apenas em um saquinho de doces e aplausos. Apenas Maria es
Guilhermo estava inquieto, andando de um lado para o outro na sala, com uma expressão ansiosa. As meninas e eu tentávamos acalmá-lo, mas ele estava visivelmente nervoso. Era óbvio que estava preocupado com Julia e Lucas Guilherme, seu sobrinho, que estavam a caminho.— Gui, relaxa. Eles devem estar a caminho. Não adianta ficar assim. – Tentei acalmá-lo, mas ele parecia à beira de um ataque de nervos.As meninas assentiram em concordância. Ele se sentou por um momento, mas logo estava de pé novamente, indo até a janela e olhando para fora.— E se acontecer alguma coisa pelo caminho? E se tiverem problemas com o trânsito? E se...Antes que ele pudesse continuar sua lista de preocupações, ouvimos um barulho de buzina vindo da rua. Todos nós olhamos em direção à janela, e vi um sorriso iluminar o rosto de Guilhermo.— Eles estão chegando! – Exclamei, empolgada.Gui se apressou para abrir a porta, e lá estavam Julia e L.L.C, com o pequeno Lucas Guilherme no colo — maninho, conheça o seu s
Guilhermo Montenegro (Gui)Cheguei ao local onde normalmente entregávamos o "arrego" para o policial corrupto. A noite estava escura e silenciosa, e a tensão pairava no ar. O local era um ponto de encontro discreto, longe dos olhos curiosos.O policial corrupto estava esperando, com aquele sorriso cínico que eu conhecia muito bem. No entanto, algo estava errado. Ele logo quebrou o silêncio, sua voz carregada de desdém.— Mudanças de planos, meu amigo. O valor agora é de 25.000,00 por cada fim de semana. Cerrei os punhos, meu sangue fervendo de raiva. Isso era um absurdo, e ele sabia disso. Eu não podia deixar que ele nos extorquisse dessa maneira. — Você tá de sacanagem comigo? – Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia. — Nosso combinado não é esse.O policial deu de ombros, fingindo desinteresse. — As coisas mudaram, Gui. A pergunta é: você quer que a polícia comece a fazer batidas nas biqueiras?O encarei com um olhar mortal. Ele estava usando o poder que tinha para tentar t
Stephanny Giacomelli DuarteOs dias foram se passando e quando dermos por nós o natal já havia chegado e junto com ele o aniversário de 27 anos de Guilhermo. Estávamos no dia 15 e o aniversário de Gui é dia 18 de Dezembro, nossa vida estava uma correria e eu estava me dividindo entre comprar presentes para todos ao meu redor, gerenciar e dar aulas na ONG e meu trabalho na loja, o movimento aumentou muito devido as festas e as araras estavam sempre ficando vazias, Fabi nos chamou e disse que se as coisas continuassem nesse ritmo ela nos daria uma boa bonificação de Natal, só espero que não seja panetone, por que eu odeio aquelas frutas cristalizadas, assim como passas no arroz. Essa semana Gui e eu tivemos uma leve discussão a esse respeito, pois ele convidou Jarbas, Carol e Manu e a mim para criar no natal e ele me pediu ajuda para montar um cardápio e logo recusei as tentativas dele de querer por passas no arroz, eu disse a ele que deveria ter dois tipos de arroz um sem passas e out
Larissa entrou na festa sem ser convidada, ela sorriu para mim de maneira debochada e eu não pude deixar de sentir uma onda de irritação percorrer meu corpo.— Não mostre sua irritação,amiga, não deixe que ela saiba que te afeta. – Ju apareceu ao meu lado, respirei fundo e mantive minha compostura.Ela se aproximou de mim com um sorriso debochado e se jogou nos braços de Gui que recuou. — Parabéns Chefe, não trouxe presente, mas posso te dar um beijinho. – Ela sorriu. — Larissa sugiro que saia daqui imediatamente. – Gui a olhou se irritando. Mas parece que Larissa não estava disposta a nos deixar em paz.— Pega as suas cachorrinhas e vá embora. – Giovanna sugere. — Ah, relaxem gente, vocês chamam as minhas amigas de cachorrinhas, mas estão seguindo essa vadia pra todo o canto, acho que as cachorras são vocês. Outra coisa: Ainda não entendo como você um cara tão gostoso e dono da porra toda acabou com essa vagabunda sem sal. – Ela riu e minha paciência estava se esgotando, mas Gui
Guilhermo Montenegro (Gui)Havia se passado três dias desde que Phanny veio morar comigo, a casa estava muito vazia e solitária, mas a sua presença deixou as coisas alegres, com a empresa em recesso pude focar apenas na boca havia alguns problemas em duas biqueira para resolver e a situação precisava de mim. Estava no quarto aproveitando um momento de tranquilidade, meu celular tocou. Era D.L, e atendi rapidamente.— Que foi D.L? – Perguntei a ele. — A primeira dama está por perto? – Digo a ele que não ele suspirou, perguntei por que não me chamou no radinho e ele disse que não queria que ela ouvisse. — Preciso falar com você, Gui. É importante. Pode vim no escritório da boca?Senti uma pontada de apreensão. Normalmente, D.L não era tão misterioso. Balancei a cabeça, mesmo sabendo que ele não podia ver.— Claro, estou indo para aí.Desliguei o telefone e me despedi de Phanny, explicando que precisava resolver um assunto urgente. Ela acenou compreensiva e sai logo em seguida.Chegu