Guilhermo Montenegro (Gui)Hoje o morro estava agitado por conta do baile. Meu pessoal arrumou tudo, e deixei D.L. encarregado enquanto fui para a empresa. Cheguei cumprimentando os funcionários e fui direto para a minha sala. Um tempo depois, minha secretária avisou que o advogado estava à minha espera, e agradeci a ela. Assim que o doutor entrou, pedi para que ele se sentasse.— Aconteceu alguma coisa, Guilhermo? – Doutor Lucius era advogado do meu pai e agora trabalha para mim.— Doutor, o chamei aqui porque eu necessito de um esclarecimento em uma questão. Conheço uma pessoa que teve os bens roubados por um familiar antes que completasse a maioridade. Gostaria de saber se há alguma forma dela reaver os seus bens?— Se o tio da vítima se apropriou dos seus bens, configura-se em apropriação indébita. Mas, para entender o caso, precisarei conversar com a vítima.— Vou conversar com ela e procuro o senhor. – Doutor Lucius se levanta e diz que ficará no aguardo da minha ligação.Olho p
— Posso saber o motivo da porra do tumulto? – Cheguei já irritado.— Não acredito que me trocou por essa Barbie vagabunda. – Larissa diz olhando para Stephanny, que não demonstrou, mas eu sabia que estava morrendo de medo.— A única vagabunda que temos aqui é você, que fode com o morro todo e depois vem se fazer de fiel do meu irmão. – Ju fala, olhando para ela. Antes que Larissa pudesse responder e estragar tudo, eu acabei com a discussão e a expulsei do baile. Que merda irritante, ela sabe que não temos nada e fica me incomodando. Respiro fundo e volto para o camarote.Puxei Steph para o meu colo novamente e mandei D.L. pedir uma porção de camarão frito e cerveja. As meninas se aproximaram e ficaram conversando animadas com Steph, que esqueceu os episódios passados e relaxou.— Amiga, acho que o Patrick está afim de você. – Minha irmã diz a ela.— Não estou afim de ninguém, Ju. Minha vida está uma bagunça e a única coisa que preciso é arrumá-la.— Está com saudade da sua vida antiga
Stephanny Giacomelli DuarteO beijo estava delicioso, mas logo me afastei quando senti a mão de Guilhermo em minha parte íntima.— Desculpa, eu nunca... – Não consegui terminar, estava muito sem jeito.— Você nunca fez sexo? – Ele perguntou e eu neguei. — Você namorava e nunca passou nem da primeira base?— Nunca me senti preparada para isso. – Estava muito sem graça. — Desculpe. – Levantei-me e ele me puxou para sentar em sua perna.— Não precisa ficar sem jeito. Não sou o tipo de cara que força uma mulher. Gostei de você e não queria que o que estava rolando entre nós terminasse.Ele é um cara completamente diferente do que sempre achei que um cara de morro seria. Como o clima havia ficado constrangedor, começamos a conversar sobre nossa infância. Me emocionei ao falar sobre meus pais, e aconteceu o mesmo com ele. Percebi que Gui amava muito o pai, o que achei muito fofo.Um tempo depois, um bocejo escapou dos meus lábios e Gui sorriu.— Vamos dormir, Bela Adormecida. – Ele sorri.—
Guilhermo MontenegroAcordei sozinho, sem a morena ao meu lado. Pensei que ela tivesse ido embora, mas quando desci, ouvi as risadas dela e da doida da minha irmã. Me juntei às garotas, e ficamos conversando até que Stephanny me avisou que precisava ir para casa. Ofereci-me para levá-la. Estávamos na metade do caminho quando ouvimos o primeiro tiro. A princípio, achei que algum idiota tivesse atirado sem intenção, mas o que aconteceu a seguir foi uma saraivada de tiros. Steph tremia, agarrada a mim, e ficou ainda mais trêmula quando precisei matar um filho da puta que apontou a arma para nós. Chamei o D.L. e o mandei levá-la de volta para minha casa em segurança.Fui ao encontro dos caras que me avisaram que o Morro do Farinha está querendo invadir. São sempre esses filhos da puta. Eles não aprendem mesmo. Já tentaram tomar o Morro do Chipre e não conseguiram, e agora acham que podem tomar o nosso. Dei ordens para acabar com todos os desgraçados invasores. Eles se organizam nas entrad
Stephanny Giacomelli DuartePassaram-se dois meses após aqueles acontecimentos, e já estou bem mais habituada à minha nova condição de assalariada. Inclusive, fiz uma tremenda festa quando recebi meu primeiro salário. Para muitos, pode parecer uma coisa boba, mas para mim é uma tremenda conquista. Em relação à dança, tentei entrar em diversas companhias e não tive sucesso, então, por enquanto, deixei de dançar.— Steph, vamos sair pra beber mais tarde? – Lúcia, uma das minhas colegas, me convida, e eu aceito.— Estou precisando muito de diversão.— E pegar uns caras gatos também. Na verdade, nem precisa ser gato, só precisa ter pegada. – Nós duas rimos e voltamos ao trabalho.Assim que terminou meu expediente, liguei para Carol e avisei que sairia com umas colegas de trabalho. Ela me mandou ter cuidado.— Steph, se precisar de qualquer coisa, nos ligue. E não volte muito tarde. – Carol diz, e agradeço a ela.Fomos para um bar, e assim que chegamos, pedimos bebidas e petiscos. Quem dir
Assim que chegamos, percebi que estamos em um restaurante italiano de comida italiana. Como Gui descobriu que gosto de massa? E logo um nome me veio à mente: Carol. Lhe dei um sorriso, e ele retribuiu.— Sei que ama massas, então resolvi trazê-la aqui. Nem se preocupe com suas roupas, nesse lugar as pessoas não te julgam pelo que veste. – Fico mais aliviada após seu discurso.Estacionamos, e Guilhermo me pede para esperar. Ele contorna o carro e abre a porta para que eu saia. Agradeço e entramos no restaurante de mãos dadas. Um homem aparece e o cumprimenta.— Faz tempo que não te vejo aqui. Como está a Ju?— Oi, seu Pedro. Minha irmã está bem. Ando um pouco ocupado com os negócios.— Então tirou um tempinho para trazer a namorada. Muito prazer em conhecê-la. – O homem me surpreende com um abraço.— O prazer é meu. Na verdade, não sou a namorada dele.— Ainda não. – Ele sorri, faceiro. O senhor Pedro nos encaminha para a mesa e nos entrega o cardápio. Guilhermo pergunta se ele pode es
Os dias vão passando, e minha relação com Gui está ficando cada vez mais séria. Tomei uma decisão que ele só saberá no momento certo, mas tenho certeza de que ele gostará.— Me leva para sua casa. – Gui olhou-me sem entender. — Tem certeza que quer ir para minha casa? – Ele perguntou e confirmei — tudo bem, seu pedido é uma ordem. Enviei uma mensagem para Carol avisando onde ficaria para que ela ficasse tranquila, assim que chegamos nos sentamos no sofá Guilhermo pegou uma garrafa de vinho para nós, bebemos e conversando por um tempo após virar a terceira taça, olhei para o agora meu namorado oficialmente e o beijei com voracidade, Gui não se fez de rogado e começou a explorar a minha boca com sua língua, o beijo foi se intensificando e de repente Gui se afastou. — Mulher, não faça isso comigo ou vou acabar fazendo coisas com você. Prometi ao Jarbas que a trataria da melhor forma possível.— E se eu não quiser ser tratada como uma princesa. – Passo o pé pelo volume da sua calça e
O ônibus estava lotado como sempre e estranhamente me senti observada, mas com esse lugar lotado todo mundo olha para todo mundo. Cheguei à loja e comecei a trabalhar, vendi uns dez vestidos hoje e fiquei feliz por saber que teria uma boa comissão. Estava no ponto esperando o ônibus para voltar para casa e novamente a sensação voltou, olhei para os lados e não vi ninguém, acho que estou paranóica. Finalmente o ônibus chegou e para minha tristeza não tinha lugar vago, minhas pernas estão me matando, tenho saudade de ter um carro e um motorista, apertei a cordinha e desci olhei para o morro e resolvi tirar os saltos para poder subir, já estava no meio do caminho quando um dos "soldados" de Gui apareceu e perguntou se eu gostaria de uma carona, não me fiz de rogada e subi em sua moto agradecendo. — Você se importa se eu segurar a sua cintura? Andar de moto é meio que uma novidade para mim. – Digo a ele que diz que não tem problema. — Obrigada Diogo. — Assim tu me quebra me chama de Fi