Quando chegaram em frente ao prédio do apartamento, Ayla imediatamente mandou Roberto sair do carro.Alana riu baixinho algumas vezes antes de descer também.Ayla parecia agarrar qualquer oportunidade para tentar juntar Alana e Murilo. Assim que Roberto saiu, ela o puxou para o lado, com um olhar cheio de intenções.— Ayla, vamos subir. O Sr. Murilo já bebeu e precisa descansar. — Alana se aproximou e segurou a mão de Ayla, tentando convencê-la.— Mas, irmão... — Ayla arregalou os olhos, lançando olhares insistentes para Murilo, como se esperasse que ele dissesse algo.Murilo, com a voz calma e gentil, respondeu:— Ayla, a Srta. Alana está cansada. Você também deveria ir descansar.— Está bem... — Ayla finalmente cedeu, permitindo que Alana a levasse de volta ao prédio.Enquanto as duas desapareciam na entrada, Murilo e Roberto ficaram encostados no carro, observando até que elas entrassem no edifício.— Quer uma? — Roberto ofereceu um cigarro.Murilo pegou o cigarro e o segurou entre
Alana estava analisando o estado psicológico de um aluno quando a porta da sala de consulta foi violentamente aberta.— Alana! Por que você fez isso? — Gritou Isadora, com o rosto tomado pela raiva.A primeira coisa que Alana viu foi o olhar furioso de Isadora, que empurrou a tela do celular na direção do rosto dela.Alana lançou um olhar frio para a garota.— Estou trabalhando.O aluno, assustado com a atitude de Isadora, levantou-se imediatamente.— Professora Alana, eu volto outro dia... — Disse o aluno, saindo rapidamente da sala.Agora sozinhas, Isadora, com os dentes cerrados, continuou:— Ontem, na festa, eu já admiti o meu erro, e você ainda teve a coragem de postar tudo isso no fórum? Alana, você é realmente uma pessoa desprezível!— Não faço ideia do que você está falando. — Alana respondeu com desdém, sem dar muita atenção à garota e voltando ao seu trabalho.Isadora ficou com o rosto vermelho de raiva e sua voz tornou-se ainda mais estridente:— Não se faça de desentendida!
— Sim, tudo graças à ajuda da Ayla. —Disse Alana.— Então, hoje à noite, quero que você me acompanhe para jantar. — Ayla agarrou o braço de Alana e o balançou de leve, com um grande sorriso.Alana pensou por um momento. O plano da competição já havia sido aprovado, então ela acabou concordando:— Tudo bem, eu te levo para jantar.— Oba! — Ayla comemorou, animada.Assim que saiu do consultório, Ayla imediatamente ligou para Murilo.— Irmão, venha me buscar depois da aula. Quero que você vá jantar comigo... O quê? Reunião? Não pode ser! Irmão, você tem que vir. Se não vier, vai se arrepender, não se esqueça disso!Do outro lado da linha, Murilo suspirou e, sem escolha, acabou concordando. Ayla sorriu, satisfeita por ter conseguido o que queria.Na entrada da Universidade Turman, um Porsche Cayenne preto estacionou, chamando a atenção de vários alunos que saíam da aula. Muitos pararam para olhar, curiosos.Ayla puxou Alana pelo braço enquanto olhava ao redor, procurando algo.— Ali! — Ayl
Murilo virou-se para Roberto e disse com calma:— Que tal trazer os pratos que você acha mais gostosos?Finalmente satisfeito, Roberto pegou o menu e foi para a cozinha. Não demorou muito para que ele trouxesse o prato de camarão azul australiano para a mesa. Assim que Ayla viu o prato, seus olhos praticamente brilharam de excitação.Na mansão da família Arruda, Isadora voltou para casa furiosa, batendo portas e reclamando alto:— Mãe! Que vergonha! Hoje o fórum da escola estava cheio de comentários sobre o que fiz na festa de ontem! Todos os colegas ficaram me olhando de um jeito estranho!Luana imediatamente se levantou, com as sobrancelhas franzidas de preocupação:— Isso só pode ser coisa daquela vagabunda da Alana! Ela faz de tudo para deixar nossa família Arruda em maus lençóis!— Foi ela, sim! — Isadora confirmou, com os olhos cheios de raiva. — Depois que vi o post, fui confrontá-la, mas ela não admitiu nada! Ayla ainda teve a audácia de assumir a culpa no lugar dela. Tenho cer
— Não precisamos mais falar disso. Já estou investigando. Quanto ao patrocínio, duvido que ela tenha capacidade de fazer Murilo continuar ajudando-a. — O olhar de Diego oscilava entre frieza e inquietação. De repente, ele se lembrou da cena que presenciou no Hotel Palmeira e sua expressão ficou ainda mais sombria.No Hotel Palmeira, o som de um toque de celular interrompeu a conversa de Alana. Ela atendeu, e do outro lado da linha, alguém do departamento de eventos falava com urgência sobre a questão do patrocínio.O que Alana não esperava era que a família Arruda tivesse ido tão longe a ponto de alertar quase todas as famílias influentes de Huambo para não patrocinarem o evento.A diretoria da Universidade Turman permaneceu alheia à situação, fingindo não saber de nada. Afinal, ninguém estava disposto a confrontar a poderosa família Arruda por causa de uma professora. Mesmo aqueles que não temiam os Arruda não viam razão para se envolver em algo tão trivial.— Tudo bem, vou pensar em
Murilo, enquanto dirigia, percebeu algo curioso: na noite anterior, Alana não estava usando a pulseira que ele havia dado de presente. Ele chegou a pensar que ela não tinha gostado, mas agora, vendo-a em seu pulso, sentiu algo inexplicavelmente leve no peito.— Hoje Roberto e Ayla finalmente encontraram uma forma de se vingar por você. — Murilo comentou, com um tom de resignação.Durante o jantar, Ayla havia pedido uma enorme quantidade de sobremesas, e Roberto, por sua vez, tinha se esforçado ao máximo para preparar pratos deliciosos. A mesa ficou tão cheia que não havia mais espaço para os pratos, e só então Roberto decidiu parar com suas "vinganças culinárias".— Obrigada pelo patrocínio. Na próxima vez, deixo a minha conta e você pode se vingar mais um pouco. — Alana disse de forma brincalhona, com um sorriso travesso nos lábios.Murilo ficou momentaneamente distraído, encarando aquele sorriso. Por um instante, ele perdeu a noção do tempo. Mas logo voltou a si e respondeu:— Combin
— Tudo bem, já entendi. — Isadora respondeu, com um semblante mais sério.Quando Isadora e Isis chegaram ao portão da universidade, ambas foram surpreendidas ao ver o Maserati da família estacionado ali. Diego estava encostado na porta do carro, claramente esperando por alguém.— Irmão, você veio me buscar? — Isadora exclamou, surpresa e animada. Rapidamente puxou Isis pelo braço e foi até Diego. Por dentro, no entanto, ela estava apreensiva. Tinha medo de que ele dissesse que estava ali para falar com Alana novamente. Depois da humilhação da última vez, Isadora se recusava a passar por algo semelhante. Dessa vez, ela precisava garantir que os colegas vissem que o irmão estava ali exclusivamente por ela.— Sim, vim te buscar. Esta é sua colega? — Diego respondeu com um leve aceno, cumprimentando também Isis de forma educada.O orgulho de Isadora inflou imediatamente. Com um sorriso vitorioso, ela virou-se para Isis e disse:— Viu só? Eu disse que meu irmão veio me buscar hoje. E, olha
Telma inclinou-se para perto de Isadora, sussurrando algo em seu ouvido:— Essa estratégia é chamada de "atrair o lobo para a armadilha".— Quer dizer antecipar a festa de aniversário? Ela viria? — Isadora repetiu, ainda incerta, enquanto processava o plano.Luana, por outro lado, não escondeu seu descontentamento:— Eu não quero nem ver aquela vagabunda na nossa casa, muito menos convidá-la para a festa de aniversário de Isadora! Nem pense nisso!No entanto, Isadora não parecia se importar com a opinião da mãe. Ela refletia sobre o que Telma havia dito. Se Alana realmente comparecesse, havia uma grande chance de que Murilo também aparecesse. E, mesmo que ele não viesse, Alana estaria sozinha, sem ninguém para defendê-la. Assim, a festa de aniversário se transformaria em uma armadilha perfeita.Além disso, o aniversário de Isadora já estava próximo, e antecipar a festa em um ou dois dias, antes da competição, não parecia nada suspeito.— Mãe! Já decidi, vou antecipar a festa de anivers