Isadora, cheia de entusiasmo, começou a subir as escadas. Sua mente estava completamente tomada pela ideia do colar que Ayla mencionara. Será que o Sr. Murilo realmente iria presenteá-la com algo tão valioso?Quando Ayla falou que o colar valia bilhões, os olhos de Isadora quase saltaram de tanta cobiça. Ela se convenceu de que Murilo havia percebido que ela era muito melhor do que Alana. Seu coração batia acelerado, e a ideia de um encontro a sós com Murilo a deixava em êxtase.Chegando ao quarto mais à esquerda no corredor, Isadora bateu na porta. Seu rosto estava corado de excitação, e suas mãos tremiam levemente. Mal fez força ao bater, e a porta se abriu sozinha.Ela entrou, mas o quarto estava completamente escuro. Nenhuma luz estava acesa.— Sr. Murilo? — Chamou ela, hesitante, com a voz trêmula.Ninguém respondeu. A escuridão começou a deixá-la inquieta, um calafrio percorreu sua espinha.De repente, a porta se fechou com um estrondo. O som ecoou pelo quarto, mergulhando-a em u
— Isadora, você já tentou me provocar várias vezes, mas dessa vez foi longe demais. Você realmente achou que, por ter a família Arruda por trás de você, estaria sempre protegida? E se nem a família Arruda puder te salvar dessa vez? — Alana disse, com a voz fria como gelo.— Eu sou da família Arruda! Meu irmão sempre vai me proteger! E você, com que cara vem me acusar? Não é você quem só está aqui porque o Sr. Murilo te defende? Eu não fiz nada de errado! Pare de inventar mentiras! — Gritou Isadora, sua voz aguda ecoando pelo quarto, quase perfurando os ouvidos.Murilo a encarava com um olhar tão afiado quanto lâminas, fazendo Isadora sentir um arrepio na espinha.— Srta. Isadora, você sabe o que aconteceu no jardim hoje, não sabe? Por que fez isso? — A voz de Murilo era baixa, mas sua frieza fazia cada palavra parecer uma sentença.— Sr. Murilo, acredite em mim! Não fui eu! Foi ela! — Isadora apontou para Alana, com olhos cheios de desespero. — O homem que apareceu lá foi colocado por
Luana apontou o dedo trêmulo para Alana, sua voz cheia de raiva.— Você! Como ousa fazer isso? Aqui é a festa da família Coelho!Ela se virou para Murilo, com os olhos marejados de indignação:— Sr. Murilo, Alana está intimidando minha filha! Você precisa ser justo e enxergar quem está errada!Alana riu friamente, com um toque de desprezo, e respondeu:— Que habilidade extraordinária de inverter os fatos.— Eu só estou dizendo a verdade! — Isadora gritou, em pânico, como se suas palavras pudessem encobrir a verdade.Diego interveio, com uma expressão séria:— Acho que seria melhor pedir ao Mestre Coelho para resolver essa questão.Murilo não se opôs e imediatamente mandou chamar o Mestre Coelho, juntamente com alguns convidados influentes para testemunhar a situação.A festa, que mal havia começado, já estava envolta em disputas e confusões. Quando o Mestre Coelho chegou, ele parecia claramente descontente. Para ele, Alana era a ex-esposa de Diego, logo, isso deveria ser um problema in
Alana mantinha-se tranquila, com uma expressão serena, como se nada do que acabara de acontecer tivesse qualquer relação com ela. Mestre Coelho não pôde deixar de olhá-la por mais alguns segundos, intrigado com sua postura. No entanto, ele lançou um olhar de desdém para Isadora. "Tão jovem e já com pensamentos tão pérfidos," pensou ele. "A família Arruda está mesmo perdida."— Não! Não podemos chamar a polícia! Se Isadora for para a delegacia, é o fim dela! — Luana gritou, com o rosto ruborizado de raiva.Rapidamente, ela voltou sua atenção para Alana, tentando apelar ao mínimo de compaixão:— Alana, você não pode fazer isso com a Isadora! Afinal, você já foi cunhada dela. Não seja tão cruel! Além disso, você nem teve prejuízo algum!Alana fixou seu olhar frio em Luana e respondeu, com uma voz firme e cortante:— Quando Isadora fez tudo isso, ela não pensou em como eu a tratei bem no passado. Ela cometeu seus erros, e eu já dei a ela uma chance.A expressão de Alana era firme, inabalá
— Quem está incomodada aqui? Eu nunca considerei ela como...Telma interrompeu Isadora rapidamente, antes que ela terminasse a frase:— Isadora, eu sei que você está chateada e que está falando no calor do momento, mas agora a Srta. Alana quer chamar a polícia. É melhor você admitir o erro.Isadora lançou um olhar furioso para Telma. Mesmo contrariada, sabia que Telma estava tentando lhe dar uma chance. Sentindo-se pressionada, ela desviou o olhar para Alana e finalmente murmurou:— Fui eu. Eu estava errada...Alana olhou para ela com frieza, percebendo claramente que aquelas palavras não eram sinceras. O jeito de Isadora deixava claro que ela só estava admitindo por conveniência, não por arrependimento verdadeiro.Como aquela era uma festa organizada pela família Coelho e Alana estava ali apenas como acompanhante de Murilo, ela não queria transformar a situação em um grande escândalo, especialmente porque Mestre Coelho já parecia bastante irritado.— Já que a Srta. Isadora admitiu seu
Todos sabiam que o anfitrião dessa grandiosa festa era a família Coelho, e os protagonistas da noite não poderiam ser outros. Perto das janelas do lado oeste do salão principal, estavam dispostos diversos candelabros dourados, cujas velas emitiam uma luz suave e acolhedora. Alana segurava uma taça de champanhe, enquanto Murilo permanecia ao seu lado com sua postura sempre elegante. Ele pegou uma taça de vinho da bandeja de um garçom que passava por ali e a ofereceu para ela: — Que tal experimentar este? Tenho certeza de que vai gostar. Alana colocou sua taça de champanhe de lado e aceitou a que Murilo lhe entregou. Um aroma delicado de violetas alcançou seu nariz. — Este é um vinho Nebbiolo? — Ela perguntou. — Exatamente. Agora, Alana, consegue adivinhar de qual região ele vem? — Murilo sorriu, desafiador. Alana tomou um pequeno gole do vinho. O sabor era marcante, com notas de violeta e um leve toque de cereja. Ela sorriu suavemente e respondeu: — É do vinhedo de Barbare
Quando chegaram em frente ao prédio do apartamento, Ayla imediatamente mandou Roberto sair do carro.Alana riu baixinho algumas vezes antes de descer também.Ayla parecia agarrar qualquer oportunidade para tentar juntar Alana e Murilo. Assim que Roberto saiu, ela o puxou para o lado, com um olhar cheio de intenções.— Ayla, vamos subir. O Sr. Murilo já bebeu e precisa descansar. — Alana se aproximou e segurou a mão de Ayla, tentando convencê-la.— Mas, irmão... — Ayla arregalou os olhos, lançando olhares insistentes para Murilo, como se esperasse que ele dissesse algo.Murilo, com a voz calma e gentil, respondeu:— Ayla, a Srta. Alana está cansada. Você também deveria ir descansar.— Está bem... — Ayla finalmente cedeu, permitindo que Alana a levasse de volta ao prédio.Enquanto as duas desapareciam na entrada, Murilo e Roberto ficaram encostados no carro, observando até que elas entrassem no edifício.— Quer uma? — Roberto ofereceu um cigarro.Murilo pegou o cigarro e o segurou entre
Alana estava analisando o estado psicológico de um aluno quando a porta da sala de consulta foi violentamente aberta.— Alana! Por que você fez isso? — Gritou Isadora, com o rosto tomado pela raiva.A primeira coisa que Alana viu foi o olhar furioso de Isadora, que empurrou a tela do celular na direção do rosto dela.Alana lançou um olhar frio para a garota.— Estou trabalhando.O aluno, assustado com a atitude de Isadora, levantou-se imediatamente.— Professora Alana, eu volto outro dia... — Disse o aluno, saindo rapidamente da sala.Agora sozinhas, Isadora, com os dentes cerrados, continuou:— Ontem, na festa, eu já admiti o meu erro, e você ainda teve a coragem de postar tudo isso no fórum? Alana, você é realmente uma pessoa desprezível!— Não faço ideia do que você está falando. — Alana respondeu com desdém, sem dar muita atenção à garota e voltando ao seu trabalho.Isadora ficou com o rosto vermelho de raiva e sua voz tornou-se ainda mais estridente:— Não se faça de desentendida!