Alana ouviu aquelas palavras repugnantes e sentiu o sangue ferver. O rosto dela ficou pálido de raiva, enquanto seus olhos vermelhos encaravam o homem com uma fúria incontrolável.— Eu estou te avisando! Se você ousar encostar um dedo em mim, eu vou acabar com você!— Fique quieta! Todo o jardim está vazio, só tem nós dois aqui. A porta está trancada, acha que pode fugir? — Disse o homem, enquanto puxava Alana com força. Ele tentou aproximá-la de seu corpo, o rosto oleoso e envelhecido se tingindo de um rubor excitado. Sua outra mão avançava na direção do ombro dela.Alana, em um movimento rápido, ergueu a perna e desferiu um chute certeiro. Ouviu-se um grito de dor, e o homem caiu para frente, curvado, com as mãos segurando a virilha.— Você! Eu não vou te perdoar! — Ele gritou, com o rosto contorcido de dor.Mas, mesmo assim, ele não soltou o pulso de Alana. Com esforço, ele se levantou, ignorando a agonia. Alana lutava desesperadamente para se soltar, mas a mão do homem parecia um t
Por mais que pensasse, Alana não conseguia ignorar o quão estranha era toda aquela situação. Primeiro, o vestido de Ayla foi sujado; depois, ela foi levada ao jardim dos fundos. Antes mesmo que Alana pudesse dizer algo, Murilo já havia ordenado que verificassem as câmeras de segurança.— Eu sei. Não se preocupe, eu vou encontrar quem fez isso. Por enquanto, volte para dentro. Aqui está frio.Alana ainda estava envolta no paletó dele, que tinha o calor do corpo de Murilo. Aquele gesto aqueceu algo dentro dela. Ele sempre aparecia nesses momentos, quando tudo parecia perdido, quebrando as trevas e trazendo luz. Sem perceber, ela se aproximou mais dele, buscando segurança.O coração dela ainda batia acelerado. A cena assustadora de minutos atrás agora se transformava em indignação, misturada com o conforto de saber que Murilo estava ao seu lado.Ela assentiu com a cabeça, caminhando ao lado dele:— Obrigada. Agora eu te devo mais uma.O olhar de Murilo ainda era frio, o que deixava claro
Murilo manteve o rosto fechado, com uma expressão sombria:— Com quem esse garçom teve contato durante o evento?— Sr. Murilo, ele era responsável por servir as bebidas. Provavelmente teve contato com a maioria dos convidados.— Não precisa investigar. Eu já sei quem foi.Uma voz familiar cortou o ambiente. Alana e Murilo olharam ao mesmo tempo para Roberto, que se aproximava.— Por que você não estava aqui antes? — Alana perguntou, intrigada.— Se eu não tivesse chegado atrasado, teria perdido toda essa confusão. — Disse Roberto, levantando o celular com uma expressão misteriosa.Ele desbloqueou o aparelho e mostrou uma foto. Na imagem, o homem que havia assediado Alana no jardim estava conversando com uma mulher que segurava uma taça de champanhe ao lado dele. Essa mulher era ninguém menos que Isadora.Os olhos de Alana se estreitaram ao ver a foto. Isadora já havia tentado provocá-la inúmeras vezes, mas agora ela havia ultrapassado todos os limites com um ato tão desprezível.Robert
Ayla imediatamente soltou uma exclamação:— Ai, Srta. Telma, que descuido o seu! Por que você não se desviou? Agora as pessoas podem pensar que fui eu quem derramou vinho de propósito para sujar o seu vestido.— Não tem problema, Srta. Ayla. Foi culpa minha por não ter me afastado. — Telma respondeu, com o rosto constrangido.Ao redor, várias pessoas já tinham começado a olhar para a cena, exatamente como quando o vestido de Ayla havia sido manchado mais cedo.Ayla, com uma expressão de falsa gentileza, disse:— Srta. Telma, você realmente teve o mesmo azar que eu! Meu vestido também foi sujado com vinho há pouco. Felizmente, deixei alguns vestidos extras aqui. Que tal eu te levar para trocar?Telma ainda estava processando o constrangimento quando Isadora se adiantou para responder por ela.— Claro! Cunhada, vá com a Srta. Ayla trocar de roupa.Isadora pensava que, se Telma conseguisse se aproximar mais da família Coelho, isso também poderia ajudá-la a se aproximar de Murilo.Telma, s
Isadora, cheia de entusiasmo, começou a subir as escadas. Sua mente estava completamente tomada pela ideia do colar que Ayla mencionara. Será que o Sr. Murilo realmente iria presenteá-la com algo tão valioso?Quando Ayla falou que o colar valia bilhões, os olhos de Isadora quase saltaram de tanta cobiça. Ela se convenceu de que Murilo havia percebido que ela era muito melhor do que Alana. Seu coração batia acelerado, e a ideia de um encontro a sós com Murilo a deixava em êxtase.Chegando ao quarto mais à esquerda no corredor, Isadora bateu na porta. Seu rosto estava corado de excitação, e suas mãos tremiam levemente. Mal fez força ao bater, e a porta se abriu sozinha.Ela entrou, mas o quarto estava completamente escuro. Nenhuma luz estava acesa.— Sr. Murilo? — Chamou ela, hesitante, com a voz trêmula.Ninguém respondeu. A escuridão começou a deixá-la inquieta, um calafrio percorreu sua espinha.De repente, a porta se fechou com um estrondo. O som ecoou pelo quarto, mergulhando-a em u
— Isadora, você já tentou me provocar várias vezes, mas dessa vez foi longe demais. Você realmente achou que, por ter a família Arruda por trás de você, estaria sempre protegida? E se nem a família Arruda puder te salvar dessa vez? — Alana disse, com a voz fria como gelo.— Eu sou da família Arruda! Meu irmão sempre vai me proteger! E você, com que cara vem me acusar? Não é você quem só está aqui porque o Sr. Murilo te defende? Eu não fiz nada de errado! Pare de inventar mentiras! — Gritou Isadora, sua voz aguda ecoando pelo quarto, quase perfurando os ouvidos.Murilo a encarava com um olhar tão afiado quanto lâminas, fazendo Isadora sentir um arrepio na espinha.— Srta. Isadora, você sabe o que aconteceu no jardim hoje, não sabe? Por que fez isso? — A voz de Murilo era baixa, mas sua frieza fazia cada palavra parecer uma sentença.— Sr. Murilo, acredite em mim! Não fui eu! Foi ela! — Isadora apontou para Alana, com olhos cheios de desespero. — O homem que apareceu lá foi colocado por
Luana apontou o dedo trêmulo para Alana, sua voz cheia de raiva.— Você! Como ousa fazer isso? Aqui é a festa da família Coelho!Ela se virou para Murilo, com os olhos marejados de indignação:— Sr. Murilo, Alana está intimidando minha filha! Você precisa ser justo e enxergar quem está errada!Alana riu friamente, com um toque de desprezo, e respondeu:— Que habilidade extraordinária de inverter os fatos.— Eu só estou dizendo a verdade! — Isadora gritou, em pânico, como se suas palavras pudessem encobrir a verdade.Diego interveio, com uma expressão séria:— Acho que seria melhor pedir ao Mestre Coelho para resolver essa questão.Murilo não se opôs e imediatamente mandou chamar o Mestre Coelho, juntamente com alguns convidados influentes para testemunhar a situação.A festa, que mal havia começado, já estava envolta em disputas e confusões. Quando o Mestre Coelho chegou, ele parecia claramente descontente. Para ele, Alana era a ex-esposa de Diego, logo, isso deveria ser um problema in
Alana mantinha-se tranquila, com uma expressão serena, como se nada do que acabara de acontecer tivesse qualquer relação com ela. Mestre Coelho não pôde deixar de olhá-la por mais alguns segundos, intrigado com sua postura. No entanto, ele lançou um olhar de desdém para Isadora. "Tão jovem e já com pensamentos tão pérfidos," pensou ele. "A família Arruda está mesmo perdida."— Não! Não podemos chamar a polícia! Se Isadora for para a delegacia, é o fim dela! — Luana gritou, com o rosto ruborizado de raiva.Rapidamente, ela voltou sua atenção para Alana, tentando apelar ao mínimo de compaixão:— Alana, você não pode fazer isso com a Isadora! Afinal, você já foi cunhada dela. Não seja tão cruel! Além disso, você nem teve prejuízo algum!Alana fixou seu olhar frio em Luana e respondeu, com uma voz firme e cortante:— Quando Isadora fez tudo isso, ela não pensou em como eu a tratei bem no passado. Ela cometeu seus erros, e eu já dei a ela uma chance.A expressão de Alana era firme, inabalá