Essa história se espalhou rapidamente pelo campus. Os rumores sobre o Sr. Murilo, uma figura tão renomada, estar na Universidade Turman e, ainda mais surpreendente, ser amigo da Professora Alana, deixaram todos em choque. Diziam que a razão para ele ter aparecido na universidade era ajudar Alana a esclarecer toda a confusão que estava circulando.Pensando bem, se os dois fossem apenas amigos comuns, será que Murilo, um homem tão ocupado, teria vindo pessoalmente? Qualquer assistente dele poderia ter resolvido a questão.Isso só podia significar uma coisa: a relação entre Murilo e Alana não era nada trivial. E, honestamente, ao vê-los caminhando lado a lado, era impossível negar que formavam um casal perfeito. “Se esses dois tiverem filhos um dia, as crianças vão nascer com uma beleza de outro mundo!”No fórum da universidade, todos os posts difamando Alana já tinham sido deletados. Em seu lugar, surgiram fotos dela caminhando ao lado de Murilo. As imagens transmitiam uma serenidade e u
Foi só quando Murilo falou que Alana saiu de seus pensamentos. — Não precisa me agradecer. Apenas se lembre de que me deve um favor. — Disse Murilo. Alana parou de caminhar gradualmente. Ela sabia que um favor para Murilo não seria algo tão simples de retribuir, mas estava decidida a pagar essa dívida. — Sr. Murilo, pode ficar tranquilo. Qualquer favor que eu deva, eu sempre faço questão de retribuir. Não sei como posso ajudar você, mas, seja o que for, pode contar comigo que farei o meu melhor — Disse Alana, com seu olhar firme e direto, encarando-o com seriedade. Murilo sorriu de canto, seus lábios finos se curvando levemente. O brilho em seus olhos parecia conter pequenas estrelas, um olhar astuto e irresistível. Ele tinha o charme de uma raposa, cheio de malícia e encanto. Ao ver aquela expressão, o coração de Alana vacilou por um instante. Uma leve onda de emoção a atravessou, mas ela sentiu como se tivesse caído em uma armadilha. Sem conseguir entender completamente o q
— Tia Luana, Isadora, o que foi que aconteceu agora há pouco? — Telma perguntou, mesmo sem saber exatamente o que tinha acontecido. Contudo, ela já suspeitava que o motivo fosse Alana. Afinal, só Alana conseguia deixá-las tão irritadas assim.Luana, ao ouvir a pergunta, colocou as joias que segurava sobre a mesa e ficou com uma expressão carrancuda. Seu semblante lembrava o de uma mulher mesquinha e brigona, típica de quem não sabia perder.Telma observou tudo com atenção, mas apenas arqueou as sobrancelhas, sem fazer nenhum comentário.— Tudo culpa daquela vadia da Alana! Se não fosse por ela, eu não teria passado tanta vergonha na frente de todo mundo... — Luana começou a desabafar, narrando com riqueza de detalhes tudo o que havia acontecido na universidade. Em nenhum momento demonstrou reconhecer qualquer erro de sua parte.Telma ouviu tudo com paciência e logo entendeu o quadro: Luana e Isadora haviam tentado armar contra Alana, mas a mulher havia dado o troco à altura.Isadora, s
“O quê? Dar isso como dote para Isadora?”Telma ficou paralisada por um instante, mas logo recuperou a compostura. Por dentro, ela xingava Luana de todos os nomes possíveis, chamando-a de descarada. No entanto, como já tinha dito que não se importava com a fortuna, não havia mais como voltar atrás. Mesmo que estivesse fervendo de raiva por dentro, Telma engoliu o sentimento e manteve um sorriso no rosto. Apesar de um pouco forçado, ele não deixava transparecer nenhuma contrariedade:— Se você acha que é o melhor, então está ótimo.Ela continuou com a mesma atitude, sem demonstrar grandes mudanças. Olhando para Isadora, sorriu de forma tranquila:— Isadora, na universidade, você deve ser quem mais convive com a Alana. Já deve saber como os colegas falam dela, não é? Talvez você possa usar isso a seu favor. Afinal, estudantes universitários ainda não têm tanta experiência de vida e podem ser facilmente influenciados. Você pode aproveitar essa fraqueza para mudar a percepção que eles têm
— Alana, eu já pedi desculpas. O que mais você quer que eu faça? Minha mãe realmente não fez aquilo de propósito… — Isadora seguiu atrás de Alana, segurando a raiva enquanto falava sem parar, como se tivesse medo de que Alana não acreditasse em seu pedido de desculpas. Alana parou e lançou-lhe um olhar frio:— Se você e sua mãe realmente não querem me causar problemas e estão tentando se desculpar, a melhor forma de fazer isso é se afastarem de mim. Quanto mais longe, melhor. Isadora, que já estava irritada, sentiu a raiva quase explodir com aquelas palavras. No entanto, ela se controlou e ficou apenas observando Alana se afastar. Seus olhos, porém, estavam cheios de ódio, e o rancor em seu olhar era tão afiado quanto uma lâmina. — Sua maldita vadia, eu te dei um pouco de respeito e você me tratou assim. Pode esperar para ver o que vai acontecer! — Murmurou Isadora entre dentes. O pedido de desculpas de Isadora logo foi parar no fórum da universidade, acompanhado de fotos que p
Alana viu o convite aparecer de repente à sua frente e, intrigada, levantou o olhar. O que encontrou foi o rosto delicado e expressivo de Ayla. Ela não pôde deixar de soltar um leve sorriso de canto, meio sem jeito.— Alana, amanhã minha família vai organizar um grande baile. Quero muito te convidar para ir comigo. Você pode me acompanhar? Com tanta gente, eu fico nervosa. — Disse Ayla, com uma expressão inocente.Alana olhou para o convite colocado diante dela. Seus olhos refletiram uma mistura de emoções. Ela sabia exatamente o que significava receber um convite para o evento da família Coelho.Nos últimos tempos, muita coisa tinha acontecido na universidade. Seu nome estava constantemente nas rodas de conversa, gerando debates, fofocas e especulações. Era como se ela estivesse no olho de um furacão.Desde que Alana entregou a gestão da empresa para seu primo, a maioria das pessoas passou a vê-la como uma herdeira caída em desgraça, sem apoio ou influência.Participar de um evento co
Alana ficou levemente surpresa e paralisada por um momento. As mãos dele eram longas, com dedos bem definidos, e o brilho intermitente do cigarro contrastava com a escuridão. Em seus olhos, havia um sorriso que ela mesma não havia percebido.— Sr. Murilo, o que faz aqui? — Perguntou Alana.Murilo soltou a última baforada de fumaça e apagou o cigarro com calma.— Vim te buscar. — Me buscar? — Alana piscou, um pouco perdida.Murilo assentiu e estendeu um convite para ela. Era o mesmo convite que Ayla havia tentado entregar mais cedo e que ela recusara.— Vim pessoalmente para convidar a senhorita Alana a participar do baile da família Coelho. Você disse que me devia um favor, e, pensando bem, decidi que gostaria que você fosse minha acompanhante. Mas, se não quiser, não precisa se sentir pressionada.A voz de Murilo era rouca, um tom baixo e envolvente que parecia combinar com o brilho enigmático nos olhos dele, onde um sorriso suave se escondia.Alana pegou o convite, sentindo a ponta
— Sr. Murilo, você falando assim vai acabar me assustando. E se eu fugir? Aí você ficaria sem acompanhante hoje. — Disse Alana com um leve sorriso, mas seu tom carregava uma pitada de frieza. Ela já havia sentido o coração acelerar por causa de Murilo várias vezes, mas sabia muito bem a diferença entre os dois mundos em que viviam. O carro parou na entrada do hotel. Alana, segurando o braço de Murilo, entrou com ele no salão de festas. Seus saltos altos ressoavam suavemente contra o piso de mármore, e o som ecoava de forma quase musical. Ao redor, ela podia ver mesas repletas de vinhos e doces, garçons indo e vindo, além das pessoas agrupadas em conversas animadas. O salão era deslumbrante. Em cada lado, longas mesas estavam abarrotadas de iguarias delicadas. Havia doces sofisticados e uma variedade de bebidas. Em uma das extremidades, uma pirâmide de taças de champanhe reluzia sob o brilho dos lustres. Mulheres em vestidos luxuosos de alta costura formavam pequenos grupos, con