Isis, com o rosto cheio de admiração, começou a bajular Isadora:— Meu Deus, Isadora, seu irmão é mesmo incrível! Ouvi dizer que CEOs são sempre ocupadíssimos, mas ele ainda assim arranja tempo para vir buscar a própria irmã!O ego de Isadora foi imediatamente inflado pelos elogios de Isis. Ela curvou os lábios com um sorriso presunçoso:— Hmph, claro que sim. Meu irmão sempre foi muito carinhoso comigo.— Nossa, Isadora, você tem tudo! Beleza, uma família rica e ainda um irmão tão atencioso... Eu fico até com inveja! — Isis suspirou exageradamente, enquanto pensava secretamente que Isadora, para manter as aparências, provavelmente a convidaria para dar uma volta no carro do irmão. Assim, ela poderia tirar algumas fotos e fazer inveja às antigas colegas do colégio.Como esperado, Isadora resmungou com desdém:— Ai, para de ser tão boba. Tá bom, eu falo com o meu irmão para te dar uma carona depois.Depois de dizer isso, Isadora deu alguns passos em direção a Diego, cheia de confiança.
Diego fechou os olhos por um instante, e um leve espasmo percorreu o canto de seus lábios. A mulher à sua frente havia mudado demais. Agora, ela tinha coragem de falar com ele naquele tom.Vendo que Diego não dizia nada, Alana perdeu qualquer interesse em continuar discutindo com ele. Ela se virou, pronta para ir embora.Mas, no momento em que deu um passo à frente, uma mão firme segurou seu pulso.Diego, já sem paciência, puxou-a com força, trazendo-a de volta para perto de si. A pressão fez com que marcas avermelhadas de seus dedos surgissem instantaneamente na pele clara de Alana.Ela segurou o próprio pulso machucado, sentindo a dor, e ergueu o olhar, encarando Diego com raiva:— Diego, o que você quer afinal? Você…— Acho que nós precisamos conversar. — Diego a interrompeu com frieza, sem deixar que ela terminasse a frase. Seus olhos, quase sem perceber, se detiveram nas marcas vermelhas no pulso de Alana. Algo estranho lhe atravessou o peito por um instante.Alana deu uma risada
O caminho da Universidade Turman até a casa de Alana não era longo, mas, pela primeira vez, ela sentiu como se fosse exaustivo. Assim que chegou em casa, ela percebeu que sequer tinha ânimo para preparar o jantar. Em vez disso, abriu a geladeira, pegou uma lata de cerveja e se jogou no sofá. Havia algo que a incomodava. Não sabia exatamente o que era, mas estava irritada.Ela tinha plena consciência de que não amava mais Diego. Na verdade, o que sentia agora era nada menos do que desprezo. Desde o divórcio, Diego parecia ter desenvolvido o hábito de aparecer em sua vida, como se quisesse lembrá-la constantemente de sua existência. Isso a deixava profundamente irritada, até mesmo enjoada. Ela se sentia enojada por um dia ter sido tão cega a ponto de se apaixonar por um homem como ele.O álcool desceu pela sua garganta, queimando levemente até chegar ao estômago. Era um incômodo que, aos poucos, abafava a irritação dentro dela.De repente, o toque do celular quebrou o silêncio. Alana e
Murilo levantou o olhar e, em meio à multidão, seus olhos imediatamente encontraram Alana no camarote não muito distante. Ele percebeu que alguns homens estavam se aproximando dela com intenções claramente suspeitas. Um leve traço de frieza passou por seu rosto.Do lado de Alana, a confusão já começava a chamar atenção. Os clientes dos camarotes ao redor olhavam discretamente, mas ninguém se atrevia a intervir. Afinal, aqueles homens eram conhecidos como encrenqueiros da região, e ninguém queria se meter em problemas.O líder do grupo, um homem corpulento que se chamava Scar, lançou um sorriso lascivo para Alana e Luiza. Ele assumiu um tom ameaçador e arrogante:— Minhas queridas, é melhor não recusarem a sorte que estão tendo. Perguntem por aí sobre o nome de Scar. Quem anda comigo só tem vida boa!Enquanto falava, Scar estendeu a mão, tentando tocar o rosto de Alana.Os olhos de Alana brilharam com um frio cortante. Sua mão fina e firme agarrou o pulso de Scar com uma força surpreend
Os policiais rapidamente controlaram a situação, e o bar logo retomou a tranquilidade. Como havia muitas testemunhas e até vídeos do ocorrido, Alana e Luiza apenas precisaram ir à delegacia para prestar depoimentos. Depois de uma breve negociação, resolveram os danos causados ao bar e foram liberadas.Ao saírem da delegacia, as duas avistaram o carro de Roberto estacionado calmamente na entrada. Assim que as viu, Roberto abaixou o vidro da janela e acenou com entusiasmo:— Minhas queridas, entrem logo no carro!Alana, ao olhar pelo vidro abaixado, conseguiu distinguir vagamente os traços refinados do homem sentado no banco de trás. Ela hesitou por um momento, mas, antes que pudesse pensar mais, Luiza já havia puxado sua mão e a arrastado em direção ao carro.— Ai, que sorte! Eu já estava pensando em como íamos conseguir táxi a essa hora! — Disse Luiza, enquanto se jogava no banco do passageiro da frente, deixando Alana para trás.Alana abriu a porta do banco de trás e, antes mesmo de e
Alana virou levemente a cabeça para o lado, tentando evitar o toque. — Não se mexa.A voz grave de Murilo soou.Ela ficou tensa, sentindo-se um pouco desconfortável, e tentou argumentar:— Sr. Murilo, eu posso fazer isso sozinha...— Já estou terminando. — Murilo respondeu, sem a menor intenção de largá-la, enquanto abaixava o olhar e continuava a prender cuidadosamente o cabelo dela.Os cabelos de Alana eram grossos, macios e pesados nas mãos dele. Os fios escuros e lisos deslizavam suavemente entre seus dedos, e o vento do mar trazia consigo um perfume leve e natural que parecia envolvê-lo a cada segundo. Daquela proximidade, Murilo podia ver claramente a pele clara e impecável do pescoço dela, longa e esculpida como a de um cisne. As linhas delicadas eram incrivelmente atraentes. Por um instante, o olhar dele escureceu, e ele engoliu seco antes de amarrar a última volta do elástico. Assim que terminou, desviou rapidamente os olhos.— Pronto.— Obrigada. — Alana respondeu, ainda um
Nem se dava ao trabalho de mencionar que a foto fora tirada depois do divórcio com Diego. Mesmo que ainda fossem casados, aquela imagem não mostrava nada além dela entrando no carro de outro homem. Não havia qualquer evidência concreta que sustentasse as acusações.Desta vez, no entanto, os comentários no fórum da Universidade Turman não estavam completamente contra Alana, diferente da enxurrada de críticas cegas que enfrentara antes. Embora ainda houvesse comentários ofensivos, muitos estudantes saíam em sua defesa.Alana deslizou a tela do celular, lendo os comentários:[A professora Alana deve ter irritado alguém poderoso. Por que sempre estão atacando ela no fórum? Uma foto sem contexto não prova nada.][Será mesmo? Por que só falam dela e não de outros professores?][Deixando isso de lado, vocês sabiam que a professora Alana já foi casada e divorciada? E ainda é tão jovem!]Enquanto isso, no escritório do diretor da Universidade Turman, a conversa estava tensa.— Já te expliquei t
Alana ajustou rapidamente seus pensamentos, respirou fundo e decidiu seguir em frente. Contudo, assim que chegou à porta, quase esbarrou em Ayla, que vinha correndo em sua direção, claramente irritada.— Alana! — Ayla exclamou, seu rosto ainda vermelho de raiva. — Você viu o fórum, não viu? Aposto que isso é coisa daquela Isadora! Quem mais teria coragem de fazer algo assim contra você?Ela realmente não conseguia pensar em outra pessoa que fosse tão contra Alana.Alana sorriu suavemente. Ayla era uma garota que ela havia começado a apreciar muito. Com um gesto calmo, Alana estendeu a mão e deu leves tapinhas nas costas da jovem, tentando tranquilizá-la:— Não se preocupe com isso. Vá para sua aula. Eu sei como lidar com a situação.Ayla ainda parecia hesitante, mas, ao ver a expressão confiante de Alana, lembrou-se de que tinha uma aula extremamente importante para assistir. Mesmo assim, não conseguiu resistir e deu um último aviso:— Alana, se algo acontecer, você tem que me avisar i