Quem não vive, perde tempo existindo.
...
- Fique tranquila que estou indo lá resolver isso tudo. - Falo e ela tenta segurar minha mão. Porém consigo me soltar e continuo indo na direção dele.
Continuo caminhando a passos lentos.
Para ser sincera, nem sei o que fazer.
Estou indo no impulso, porque por dentro meu coração estava despedaçado, porém, continuo mantendo minha pose de forte.
— Oi, você aceita uma dança? - Pergunto assim que me aproximo.
— Está louca? Não está vendo que ele está acompanhando? - A garota ao seu lado fala estérica.
— Baixa sua bola aí, querida. - Falo e ele mantém seus olhos perplexos sobre mim, enquanto ela resmunga.
Não espero sua resposta e o puxo para mais próximo da pista.
Começamos a dançar e passamos um tempo em silêncio.
— Poxa, eu estava tão entediada em casa. Eu iria adorar ir com você para conhecer seus amigos. - Falo.
— Enfim, não era isso que eu planejava, mas no calor do momento acabou acontecendo. Espero que me perdoe. - Ele fala de cabeça baixa.
— Você não me deve explicações. Fique tranquilo. - Falo e ele me olha incrédulo.
— Como assim? Você não está chateada? - Ele pergunta me observando.
— Acho que "chateada" não descreve bem o que sinto no momento. Me sinto enganada para ser mais exata. Nesses dois anos achei que te conhecesse. Achei que você ainda era o mesmo cara romântico e leal que conheci a dois anos atrás. Não posso está chateada com você, pois não foi por você que eu me apaixonei, não foi para você que me entreguei de corpo e alma. Pelo menos na minha mente, o cara que eu me apaixonei, nunca faria isso! - Falo segurando o choro.
— Amor eu sempre te admirei, mas esses dias estava com tantas coisas na cabeça que acabei perdendo o foco. - Ele fala.
— Eu entendo, esses últimos dias tive que lidar com muitas coisas também.
Uma delas foi lidar com um cafajeste imoral que se aproveitava de toda essa situação para me trair, enquanto estava em casa pensando nele. Engraçado, não?
— Amor, me perdoa? - Ele fala aumentando o seu tom de voz e atraindo alguns olhares para gente.
— Acho que essa dança já te ocupou bastante tempo, sua acompanhante está a sua espera. - Falo e pego uma taça da mão de Anne que nos observava e jogo contra o seu rosto.
— Você está louca? - A garota que o acompanhava aparece e levanta a mão para me bater, porém sou mais rápida que ela.
Enquanto ainda o segurava, solto minha bolsa e lhe dou um tapa.
— Você vai me pagar caro por este tapa sua ordinária! - Ela grita.
Enquanto algumas pessoas param para nos olhar, aproveito e coloco minhas pernas entre seu pés a puxo pelo cabelo. Ela acaba caindo enquanto Anne não controlava sua risada.
— Opss... Foi sem querer! Não se preocupe que agora o meu ex namorado é todo seu. - Falo e lhe dou um sorriso irônico.
Saio dali com Anne e recebendo alguns olhares.
Chego no lado de fora e sinto toda aquela confiança desaparecer.
— Amiga, achei que você fosse começar a bater nele e gritar ali, mas você foi muito bem.
— Não pretendia bater em ninguém aqui, porém ela quis. Mas não me sinto bem com isso tudo. - Falo.
— Amiga, você vai encontrar alguém que aprecie suas qualidades. - Anne fala e me dá um abraço.
— Tudo que eu quero agora, é justamente não conhecer ninguém. - Falo.
— Quer que eu te leve para casa? - Anne pergunta.
— Obrigada amiga! Mas estou bem. Eu vim dirigindo e está tudo certo. É melhor você voltar. - Falo e ela assente.
Vejo ela entrar no seu carro e sair.
Me sento um pouco ali e tento me recompor.
A partir de agora eu preciso ser ainda mais forte. Me pergunto como será ter que trabalhar no mesmo lugar que ele. Ter que olhar para ele agora seria decepcionante demais.
Me recomponho e sigo para rua onde deixei meu carro, quando já estava me aproximando escuto passos vindo atrás de mim, tento correr mas a pessoa já estava próxima o bastante para me puxar pelo braço.
— O que você quer? - Pergunto por um momento achando que seja o Matteo, até que me viro e vejo que não é.
— Você logo irá descobrir. - Um cara ruivo, alto e bastante forte fala apertando meu braço.
— Eu acho melhor você me soltar! - Grito.
— Desculpa princesa, mas isso não será possível. - Ele fala com um sorriso.
Enquanto ele me encarava, aproveito e lhe dou um chute entre suas pernas.
Quando ele percebe a dor e me solta.
Tento correr o mais rápido que posso pedindo ajuda, mas não havia ninguém ali.
Continuo correndo e ele vem atrás de mim.
— Eu vou te pegar garota e você vai me pagar por isso. - Ele fala quase me acompanhando.
Não demora muito até que ele me puxa pelos cabelos.
Ele me vira em sua direção e me dar um soco no rosto que me deixa tonta.
Logo após sinto outro golpe na minha barriga e começo a ver tudo rodar.
Ele me joga no chão e já não sinto forças para reagir.
Ele põe suas mãos entre o vestido e rasga a parte de cima, deixando meus seios a mostra.
Ele se aproxima tentando me beijar e quando chega perto, mordo seus lábios até que sinto o sangue escorrer pela minha boca. O solto quando sinto outro golpe no rosto.
Por alguns segundos fico inconsciente e quando vou voltando a consciência, só consigo pensar que não iria conseguir sair dessa situação.
Pensava que iria morrer alí, mas quando tento abrir meus olhos lentamente, sou surpreendida ao ver outra pessoa arrancar aquele monstro de cima de mim.
Sem riscos, não se vive a vida....Assim que retorno a consciência e me dou conta da situação em que me encontro, me apavoro pelo medo.Mas acabo sendo surpreendida por um homem que arranca aquele monstro de cima de mim.Tento focar no seu rosto, mas sou impedida pela escuridão daquele lugar.— Quem é você para se intrometer onde não é chamado? - O cara ruivo grita ainda no chão.— Eu sou aquele que irei acabar com você! - O homem misterioso fala com um sorriso.— Por que está defendendo ela? Ela o quê sua? - O ruivo fala ainda estérico.— Uma mulher, a qual não deve passar por isso! Lembrando que eu e você viemos de uma, ou talvez, jugando pela sua situação. Você só seja fruto de um estrupo nojento. - O cara misterioso fala, e faz o ruivo se levantar irado.— Vou te fazer pagar por essas palavras! - O ruivo fala enquanto o outro sorrir.<
A vida é igual é uma roda gigante, sempre dando várias voltas.Suyane Dias{...}Aos poucos vejo minha vista ficar um pouco turva e acabo adormecendo no percurso que ele me guiava.Sinto uma claridade chegar aos meus olhos e abro lentamente.Ao abri-los sinto uma dor forte por todo meu rosto.Olho em volta e não reconheço o lugar que estou.Desesperada levanto o lençol e vou conferir minhas roupas.Vejo que estou vestida com uma camisa masculina larga.Levanto desesperada e tento abri a porta mas ela está trancada, começo a me desesperar e bater na porta freneticamente.Depois de um tempo não obtenho resposta e começo a explorar o lugar que estou, chegando perto de um espelho enorme, vejo que meu rosto ainda está inchado e com os olhos roxo.Fico espantada com a situação em que me encontro. Estava quase irreconhecível.Analisando a situação, penso em c
Passo um tempo no meu quarto e só ouço os gritos do meu pai, pedindo para minha mãe me mandar embora.De qualquer forma não é a primeira vez que ele faz isso.Sou obrigada a continuar ouvindo os gritos dele, até que ele menciona algo que desperta minha atenção.— Marta, ela não é minha filha para eu ter que aturar a falta de respeito dessa garota. - Ele fala um pouco mais baixo.— Cala sua maldita boca, Henrique! - Minha mãe fala nervosa.Imediatamente saio para fora e os dois me olham assustados.— eu não sou filha de vocês? - Pergunto seria.— Não foi isso que seu pai, quis dizer meu amor. - Minha fala tentando contornar a situação.— Claro que ela é sua mãe, só não sei se eu sou mesmo seu pai. - Ele fala e vira as costas indo embora.__ O que ele quis dizer com isso mãe? - Pergunto um pouco nervosa.— Ele diz que não tem como vo
Alguns dias havia se passado, e já estava começando a aceitar tudo que me aconteceu.São coisas que não posso voltar atrás.Desde a minha última mensagem para o Matteo, eu comecei a perceber que não poderia ficar presa em um quarto chorando por ele. Eu o amava e todos esses dias tenho sentido sua falta, mas não posso passar por cima de tudo que ele me fez.E muito difícil ver-lo no trabalho e fingir que não o conheço, ele até tentou se aproximar algumas vezes, mas o ignorei. Enfim, acho que aos poucos estou conseguindo conciliar meus sentimentos pelo Matteo.Aqui em casa, desde a última vez, as coisas andam um pouco mais calma, o que chega a ser assustador.Hoje mesmo está uma correria por aqui, assim que cheguei do trabalho vi minha mãe montando a mesa e preparando um jantar bem elaborado.A Júlia e o papai estavam aprienssivos com esse tal convidado que viria jantar aqui hoje a noite.— Jade, pelo menos uma vez nessa
Assim que chegamos na sala a Júlia nos olha nos observando.— Vocês demoraram. - A Júlia fala.— O Matteo que tocou a campainha, o rapaz acabou de chegar. - Falo sem muita paciência para os joguinhos da Júlia.O senhor logo se põem de pé para apresentar seu filho.— Esse é o meu filho, Filippo Vincenzo. - O senhor o apresenta e ele acena para os demais.Depois que o seu pai se senta novamente, ele caminha na minha direção e senta ao meu lado.A Júlia não perde tempo e começa a lhe fazer algumas perguntas durante o jantar. Meu pai e minha mãe conversam com os senhores sobre trabalho enquanto janto em silêncio.— O que você faz Filippo? - Júlia pergunta.— Sou advogado. - Ele responde.Começo a pensar em tudo que aconteceu e acabo soltando um sorriso que atrai alguns olhares para mim.— Desculpe-me, é que acabei lembrando de alg
Depois de voltar da cozinha e me sentar junto dos meus pais na sala, vejo o Filippo distraído no seu celular.Seja lá o que ele estiver fazendo, estava bem melhor do que aturar nossos pais falando sobre trabalho.E para terminar de complementar a Júlia volta da cozinha e se senta bem próxima ao Filippo, ele acaba perdendo sua concentração do celular e olha para Júlia, que começa a usar sua mão boba para cima dele, ele logo a interrompe e tira sua mão de cima da sua perna. Mas sabemos que a Júlia não desisti fácil, e pelo que vejo essa familia tem dinheiro e beleza, duas coisas que a Júlia não resisti.Quando levanto meu olhar vejo o Filippo piscar para mim.— Qual o seu problema? - Falo em. Sussurro e ele sorrir.Tento não prestar mais atenção neles e fico mexendo em algumas coisas aleatórias do meu celular.{...}Algum tempo se passou e os senhores acompanhado do Filippo se levantam para ir
Saio do escritório e pego meu carro e saio sem nem mesmo saber para onde estava indo.Continuo dirigindo por alguns cantos da cidade, até que estaciono o carro e vou para uma praça onde havias apenas algumas pessoas.Me sento em um banco e fico ali observando as pessoas que estavam lá.Algumas mães brincavam com seus filhos e como se fosse uma cena de filme, acabo paralisada ali os olhando.Fica ali os olhando, de certa forma me causava uma nostalgia.Sinto saudades de quando eu e a Júlia brincava sem rivalidades, de quando eu não precisava me preocupar com nada, mas agora são só boas lembranças.Mas conforme a gente cresce, algumas coisas vão mudando.Hoje já não sou mas uma garota ingênua, consigo avaliar a maldade das pessoas. Já não vivo em uma bolha como na infância.Sentada alí, sinto alguém por as mãos sobre meus ombros e me viro para ver quem era.- O que faz aqui? - Anne me pergunta.<
Passo um tempo pensativa no meu quarto sobre o que faria daqui pra frente.Não iria poder continuar ficando aqui, pelo menos não mas.Pego uma mala e coloco algumas roupas minha, decido que vou ficar uns dias na casa da Anne.Depois de ter jogado algumas coisas minha dentro da mala, fecho e desço para a entrada da casa.— Filha, onde você vai? - Minha mãe me pergunta, enquanto o Henrique me olha.— Vou para casa da Anne, acredito que será o melhor para se fazer por agora, mas não se preocupe. Qualquer coisa me liga que venho correndo. - Falo e ele solta um sorriso de lado enquanto minha mãe me abraça.— Vai com Deus! - Henrique fala, mas resolvo não responder sua provocação.Dou um beijo na minha mãe e saio da casa.Ao chegar próximo ao carro, abro a porta do passageiro e jogo a mala lá dentro. Me surpreendo quando uma claridade enorme se aproxima.Um carro para bem próximo a mim.