Saio do escritório e pego meu carro e saio sem nem mesmo saber para onde estava indo.
Continuo dirigindo por alguns cantos da cidade, até que estaciono o carro e vou para uma praça onde havias apenas algumas pessoas.
Me sento em um banco e fico ali observando as pessoas que estavam lá.
Algumas mães brincavam com seus filhos e como se fosse uma cena de filme, acabo paralisada ali os olhando.
Fica ali os olhando, de certa forma me causava uma nostalgia.
Sinto saudades de quando eu e a Júlia brincava sem rivalidades, de quando eu não precisava me preocupar com nada, mas agora são só boas lembranças.
Mas conforme a gente cresce, algumas coisas vão mudando.
Hoje já não sou mas uma garota ingênua, consigo avaliar a maldade das pessoas. Já não vivo em uma bolha como na infância.
Sentada alí, sinto alguém por as mãos sobre meus ombros e me viro para ver quem era.
- O que faz aqui? - Anne me pergunta.
<Passo um tempo pensativa no meu quarto sobre o que faria daqui pra frente.Não iria poder continuar ficando aqui, pelo menos não mas.Pego uma mala e coloco algumas roupas minha, decido que vou ficar uns dias na casa da Anne.Depois de ter jogado algumas coisas minha dentro da mala, fecho e desço para a entrada da casa.— Filha, onde você vai? - Minha mãe me pergunta, enquanto o Henrique me olha.— Vou para casa da Anne, acredito que será o melhor para se fazer por agora, mas não se preocupe. Qualquer coisa me liga que venho correndo. - Falo e ele solta um sorriso de lado enquanto minha mãe me abraça.— Vai com Deus! - Henrique fala, mas resolvo não responder sua provocação.Dou um beijo na minha mãe e saio da casa.Ao chegar próximo ao carro, abro a porta do passageiro e jogo a mala lá dentro. Me surpreendo quando uma claridade enorme se aproxima.Um carro para bem próximo a mim.
O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.Friedrich Nietzsche{...}Narrado por FilippoAo chegar na casa do Henrique, não esperava encontrar a Jade saindo aquela hora.Quando ele ligou me chamando, eu havia hesitado em ir, mas resolvi vim e acabou sendo uma boa escolha.Pois não sei ao certo o que teria acontecido se a Jade estivesse sozinha.Não deixei que ela soubesse, mas aqueles caras vieram a mando do seu pai, e de certa forma ele descumpriu as regras da máfia.Mesmo sendo pai dela, ele não tinha o direito de mandar outros caras vim assusta-la e por esse mesmo motivo ele irá ter um susto também.— No que você está pensando? - Jade me pergunta me tirando dos meus desvaneios.— Na quantidade de perigo na qual você se coloca. - Respondo sério.— Nem sei de onde surgiu esses caras. Infelizmente, o perigo que me cerca. -
É sempre divertidoFazer o impossível.{...}Passo algumas horas naquele quarto, mas nada do sono chegar.Nem sei ao certo onde estou me metendo, nesse momento gostaria de achar algumas provas que ligasse meu pai a máfia, mas parece uma tarefa impossível de se fazer aqui.Enquanto me perdia em meus pensamentos sinto minha barriga roncar e assim percebo que estou faminta.Reúno toda minha coragem para sair desse quarto e ir em busca de comida na cozinha.Saio na ponta dos pés, tentando fazer o mínimo de barulho possível, não sei se o Filippo já tinha voltado e estava dormindo e por isso tentei manter a cautela.Desço a escada e vou em busca da cozinha, agora reparando, essa casa é mesmo enorme.A parte de baixo da casa estava com pouquíssima claridade o que demorou um pouco para que eu pudesse encontrar a cozinha.Me sinto um pouco mau educada, mas mesmo assim abro a geladeira e tento encontr
Seguimos no seu carro e ele me deixou na porta de casa.Eu agradeço e desço e ele vem logo após.— Não vai embora? - Pergunto.— Tenho uns assuntos a tratar com o seu pai. - Ele responde.— Você pode me fazer um favor? - Pergunto.— O que seria? - Ele pergunta erguendo a sobrancelha.— Preciso falar com a minha mãe, mas não vou me sentir confortável se o Henrique estiver em casa, então por favor ligue e peça para ele se encontrar com você em outro lugar.Ele apenas assente e começa a mexer em seu celular.Ele demora um pouco ali e se vira para mim.— Pronto, vou indo nessa e seu pai em breve irá me encontrar. - Ele fala e dá um beijo em minha testa antes de se virar para entrar em seu carro.Me viro para ele, mas ele vai embora com seu carro em alta velocidade.Agora que ele iria conseguir tirar o Henrique de casa, teria que ser rá
Ainda não sabia para onde ir, mas certamente as palavras do Filippo não saiam da minha mente.Ele provavelmente mandaria alguém vim atrás de mim, antes que eu pudesse expor o pouco que sei sobre toda sua sujeira.Mas será que minha mãe e a Júlia estariam seguras com ele?...Algumas horas se passaram e ainda estava perambulando pela cidade, quando meu celular vibra e vou olhar, tinha chegado uma mensagem do meu chefe me mandando olhar as notícias.Algumas especulações sobre o Henrique já estava sendo divulgada.Isso foi mais rápido do que pensei.Meu celular tocar e atendo.Ligação on— Como assim, seu pai é um corrupto? - O Matt pergunta.— Não creio que seja uma boa hora pra conversar. Como você conseguiu meu número novamente? - Pergunto.— Não precisa se preocupar que eu não vou te incomodar mais.Só liguei porque vi as no
Depois de toda aquela conversa, passamos o resto da viagem em silêncio.Eu tinha tocado em um ponto muito delicado para ele.Preferir não incomodar mais....— Chegamos, bela adormecida! - Ele fala forçando um sorriso.— A mais bela que você já viu. - Falo ainda desnorteada pelo sono.— Vamos, você tem que entrar antes que o pessoal chegue. - Ele fala e concordo e logo o sigo.Ele me leva até o quarto e me passa algumas instruções.— Não saia daqui até que eu volte! - Ele fala.— Pode deixar, não se preocupe. - Eu falo tentando convencer até eu mesma.— Se precisa de alguma coisa me manda uma mensagem.Acredito que já tenha salvo meu número. - Ele fala e solta uma piscada antes de ir embora.Ele vai embora e fecho a porta do quarto. Não acredito que o dia está apenas começando e tenho que ficar presa aqui.
Espero alguns minutos para que der tempo de ele tomar seu banho e vou até seu quarto.Bato na porta umas três vezes.— Entra! - Ele fala e abro a porta.Me deparo com ele sentando na beirada da cama com uma toalha enrolada na cintura, enquanto passava alguma pomada em seu braço.— Gosta do que ver? - Ele pergunta me tirando dos meus pensamentos.— Não é de se jogar fora. - Falo com um sorriso e vou até ele para lhe ajudar.— O que quer? - Ele pergunta.— Preciso que me leve até minha mãe. - Falo enquanto pego a pomada da sua mão e começo a passar.— Eu falei que faria isso.Espere um pouco e a gente vai. - Ele fala e faz uma cara de dor.— Eu sei, só tô ansiosa para saber as respostas. - Falo.— Ou isso só foi desculpa para vim me ver. - Ele fala sorrindo.— Não seja convencido. - Falo enquanto tento dis
O Filippo sai com o seu pai e nos deixa a sós.- Minha filha, por que isso de repente? - Minha mãe pergunta e o Henrique parece nervoso.- Hoje alguém me mandou mensagem de um número privado para que fosse encontrar ele, eu não fui e mandei alguém.E falou que você me daria as respostas que procuro. - Falo.- Filha, é melhor deixar tudo como está! - Ela fala.- Eu tenho o direito de saber.Você não pode esconder isso de mim. - Falo um pouco impaciente.- Quando deixei o Henrique, acabei ficando com seu pai para fazer ciúmes ao Henrique.No começo não sabia ao certo quem ele era, mas depois descobri que era alguém bem perigoso. Quando soube, fugir dele e voltei novamente para o Henrique e não deixei que soubesse do seu nascimento. - Ela fala.- E como ele ficou sabendo agora? - Pergunto.- Ele pois o Henrique contra a parede e o fez contar tudo. - M