Sem riscos, não se vive a vida.
...
Assim que retorno a consciência e me dou conta da situação em que me encontro, me apavoro pelo medo.
Mas acabo sendo surpreendida por um homem que arranca aquele monstro de cima de mim.
Tento focar no seu rosto, mas sou impedida pela escuridão daquele lugar.
— Quem é você para se intrometer onde não é chamado? - O cara ruivo grita ainda no chão.
— Eu sou aquele que irei acabar com você! - O homem misterioso fala com um sorriso.
— Por que está defendendo ela? Ela o quê sua? - O ruivo fala ainda estérico.
— Uma mulher, a qual não deve passar por isso! Lembrando que eu e você viemos de uma, ou talvez, jugando pela sua situação. Você só seja fruto de um estrupo nojento. - O cara misterioso fala, e faz o ruivo se levantar irado.
— Vou te fazer pagar por essas palavras! - O ruivo fala enquanto o outro sorrir.
O ruivo se levantar e tenta partir para cima do outro homem. Mas é em vão, seus movimentos era muito precisos e rápidos para o ruivo tentar acompanhar. O ruivo acaba levando um soco bem preciso no seu rosto, que acaba caindo novamente.
O outro cara se aproximar e lhe dar vários chutes na barriga.
Eu observava a cena em silêncio. Era como se fosse a cena de um filme.
Meus olhos observava tudo precisamente, mas acabo ficando assustada quando o homem saca uma arma da sua cintura e aponta para a cabeça do ruivo.
— Cara me desculpe! Prometo que isso não irá acontecer novamente, mas por favor não me mate! - O ruivo fala freneticamente.
— Poxa, infelizmente suas palavras não me comoveram. - O homem fala deixando o ruivo ainda mais nervoso.
Nesse momento a sensação de alívio estava desaparecendo e o medo estava me dominando.
E se esse cara não for bonzinho e me fizer alguma coisa também?
Meus pensamentos estava me deixando louca.
Tentei voltar aos meus sentidos para sair dali sem que os dois percebesse.
Mas é uma tentativa falha.
Pois quando estava preste a sair, vejo o cara destravar a arma. Na mesma hora fico sem reação e acabo ficando lá.
Eu não acredito que isso está acontecendo comigo.
Saio dos meus desvaneios quando ouço o primeiro disparo. Imediatamente levo minhas mãos aos ouvidos e acabo dando um grito, mas ele é acompanhando pelo segundo disparo.
O homem se abaixa e toca no pescoço do ruivo e fala:
— Agora eu acredito que você não irá fazer isso novamente. - Ele fala em um tom satisfeito.
Ainda em choque vou me afastando para trás e acabo chamando a atenção dele, que se vira imediatamente para mim.
— Por favor não me mate! - Grito as únicas palavras que vem em minha mente.
Ele ainda me olhando começa a caminhar em minha direção.
Até que se aproxima e se agacha proximo a mim.
Ele calmante segura em meus punhos e abaixa minhas mãos.
— Você está bem? - Ele pergunta e a única coisa que consigo fazer é assenti com a cabeça.
— Não se preocupe, não irei te machucar. Só vim te defender. - Ele fala.
— Como assim, só veio me defender? - Pergunto curiosa.
— Estava na rua de trás quando escutei seus gritos. - Ele fala calmante.
Por um instante foco nos seus olhos e vejo todo medo desaparecer.
Parece que meu cérebro tinha excluído a imagem daquele cara frio e cruel que acabei de ver.
Depois de observar seu rosto, vi o quanto era um homem bonito e forte.
Um cara brusco, porém, seu olhar é de dar medo em algumas situações, mas nesse momento eles demostravam ternura e isso me acalmou.
Vejo seu olhos estudando minhas expressões, que não deve ser umas das mais bonita nesse momento.
Seu olhar percorre todo meu corpo até a parte que meu vestido se encontra rasgado.
Quando estava prestes a cobrir com as mãos, ele tira seu terno e me entrega.
Um pouco envergonhada, eu o pego e logo visto.
— Seu rosto está inchando. Você precisará de algumas compressas. - Ele fala passando as mãos em meu rosto.
Eu preciso sair daqui. - Falo e ele me ajuda a levantar.
— Você mora perto? Eu te deixo em casa. - Ele fala e balanço a cabeça negativamente.
— Não se preocupe, eu não irei te fazer nenhum mal. - Ele fala.
— Não posso ir para casa! Meu pai é um delegado aposentado e minha irmã advogada. Não posso ir para casa desse jeito. - Falo.
Ele não fala mais nada, apenas me ajuda a me levantar e me guia para o meu carro.
Ele pede as chaves e as entrego sem muitos questionamentos.
Sento no carro enquanto ele sai o conduzindo.
Enquanto ele dirige, apoio minha cabeça no banco e tento ficar quieta ali, meus rosto estava começando a arder, e acabo soltando alguns grunhidos de dor.
Sinto seu olhar sobre mim, mas permaneço de olhos fechados.
Aos poucos vejo minha vista ficar um pouco turva e acabo adormecendo no percurso que ele me guiava.
A vida é igual é uma roda gigante, sempre dando várias voltas.Suyane Dias{...}Aos poucos vejo minha vista ficar um pouco turva e acabo adormecendo no percurso que ele me guiava.Sinto uma claridade chegar aos meus olhos e abro lentamente.Ao abri-los sinto uma dor forte por todo meu rosto.Olho em volta e não reconheço o lugar que estou.Desesperada levanto o lençol e vou conferir minhas roupas.Vejo que estou vestida com uma camisa masculina larga.Levanto desesperada e tento abri a porta mas ela está trancada, começo a me desesperar e bater na porta freneticamente.Depois de um tempo não obtenho resposta e começo a explorar o lugar que estou, chegando perto de um espelho enorme, vejo que meu rosto ainda está inchado e com os olhos roxo.Fico espantada com a situação em que me encontro. Estava quase irreconhecível.Analisando a situação, penso em c
Passo um tempo no meu quarto e só ouço os gritos do meu pai, pedindo para minha mãe me mandar embora.De qualquer forma não é a primeira vez que ele faz isso.Sou obrigada a continuar ouvindo os gritos dele, até que ele menciona algo que desperta minha atenção.— Marta, ela não é minha filha para eu ter que aturar a falta de respeito dessa garota. - Ele fala um pouco mais baixo.— Cala sua maldita boca, Henrique! - Minha mãe fala nervosa.Imediatamente saio para fora e os dois me olham assustados.— eu não sou filha de vocês? - Pergunto seria.— Não foi isso que seu pai, quis dizer meu amor. - Minha fala tentando contornar a situação.— Claro que ela é sua mãe, só não sei se eu sou mesmo seu pai. - Ele fala e vira as costas indo embora.__ O que ele quis dizer com isso mãe? - Pergunto um pouco nervosa.— Ele diz que não tem como vo
Alguns dias havia se passado, e já estava começando a aceitar tudo que me aconteceu.São coisas que não posso voltar atrás.Desde a minha última mensagem para o Matteo, eu comecei a perceber que não poderia ficar presa em um quarto chorando por ele. Eu o amava e todos esses dias tenho sentido sua falta, mas não posso passar por cima de tudo que ele me fez.E muito difícil ver-lo no trabalho e fingir que não o conheço, ele até tentou se aproximar algumas vezes, mas o ignorei. Enfim, acho que aos poucos estou conseguindo conciliar meus sentimentos pelo Matteo.Aqui em casa, desde a última vez, as coisas andam um pouco mais calma, o que chega a ser assustador.Hoje mesmo está uma correria por aqui, assim que cheguei do trabalho vi minha mãe montando a mesa e preparando um jantar bem elaborado.A Júlia e o papai estavam aprienssivos com esse tal convidado que viria jantar aqui hoje a noite.— Jade, pelo menos uma vez nessa
Assim que chegamos na sala a Júlia nos olha nos observando.— Vocês demoraram. - A Júlia fala.— O Matteo que tocou a campainha, o rapaz acabou de chegar. - Falo sem muita paciência para os joguinhos da Júlia.O senhor logo se põem de pé para apresentar seu filho.— Esse é o meu filho, Filippo Vincenzo. - O senhor o apresenta e ele acena para os demais.Depois que o seu pai se senta novamente, ele caminha na minha direção e senta ao meu lado.A Júlia não perde tempo e começa a lhe fazer algumas perguntas durante o jantar. Meu pai e minha mãe conversam com os senhores sobre trabalho enquanto janto em silêncio.— O que você faz Filippo? - Júlia pergunta.— Sou advogado. - Ele responde.Começo a pensar em tudo que aconteceu e acabo soltando um sorriso que atrai alguns olhares para mim.— Desculpe-me, é que acabei lembrando de alg
Depois de voltar da cozinha e me sentar junto dos meus pais na sala, vejo o Filippo distraído no seu celular.Seja lá o que ele estiver fazendo, estava bem melhor do que aturar nossos pais falando sobre trabalho.E para terminar de complementar a Júlia volta da cozinha e se senta bem próxima ao Filippo, ele acaba perdendo sua concentração do celular e olha para Júlia, que começa a usar sua mão boba para cima dele, ele logo a interrompe e tira sua mão de cima da sua perna. Mas sabemos que a Júlia não desisti fácil, e pelo que vejo essa familia tem dinheiro e beleza, duas coisas que a Júlia não resisti.Quando levanto meu olhar vejo o Filippo piscar para mim.— Qual o seu problema? - Falo em. Sussurro e ele sorrir.Tento não prestar mais atenção neles e fico mexendo em algumas coisas aleatórias do meu celular.{...}Algum tempo se passou e os senhores acompanhado do Filippo se levantam para ir
Saio do escritório e pego meu carro e saio sem nem mesmo saber para onde estava indo.Continuo dirigindo por alguns cantos da cidade, até que estaciono o carro e vou para uma praça onde havias apenas algumas pessoas.Me sento em um banco e fico ali observando as pessoas que estavam lá.Algumas mães brincavam com seus filhos e como se fosse uma cena de filme, acabo paralisada ali os olhando.Fica ali os olhando, de certa forma me causava uma nostalgia.Sinto saudades de quando eu e a Júlia brincava sem rivalidades, de quando eu não precisava me preocupar com nada, mas agora são só boas lembranças.Mas conforme a gente cresce, algumas coisas vão mudando.Hoje já não sou mas uma garota ingênua, consigo avaliar a maldade das pessoas. Já não vivo em uma bolha como na infância.Sentada alí, sinto alguém por as mãos sobre meus ombros e me viro para ver quem era.- O que faz aqui? - Anne me pergunta.<
Passo um tempo pensativa no meu quarto sobre o que faria daqui pra frente.Não iria poder continuar ficando aqui, pelo menos não mas.Pego uma mala e coloco algumas roupas minha, decido que vou ficar uns dias na casa da Anne.Depois de ter jogado algumas coisas minha dentro da mala, fecho e desço para a entrada da casa.— Filha, onde você vai? - Minha mãe me pergunta, enquanto o Henrique me olha.— Vou para casa da Anne, acredito que será o melhor para se fazer por agora, mas não se preocupe. Qualquer coisa me liga que venho correndo. - Falo e ele solta um sorriso de lado enquanto minha mãe me abraça.— Vai com Deus! - Henrique fala, mas resolvo não responder sua provocação.Dou um beijo na minha mãe e saio da casa.Ao chegar próximo ao carro, abro a porta do passageiro e jogo a mala lá dentro. Me surpreendo quando uma claridade enorme se aproxima.Um carro para bem próximo a mim.
O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.Friedrich Nietzsche{...}Narrado por FilippoAo chegar na casa do Henrique, não esperava encontrar a Jade saindo aquela hora.Quando ele ligou me chamando, eu havia hesitado em ir, mas resolvi vim e acabou sendo uma boa escolha.Pois não sei ao certo o que teria acontecido se a Jade estivesse sozinha.Não deixei que ela soubesse, mas aqueles caras vieram a mando do seu pai, e de certa forma ele descumpriu as regras da máfia.Mesmo sendo pai dela, ele não tinha o direito de mandar outros caras vim assusta-la e por esse mesmo motivo ele irá ter um susto também.— No que você está pensando? - Jade me pergunta me tirando dos meus desvaneios.— Na quantidade de perigo na qual você se coloca. - Respondo sério.— Nem sei de onde surgiu esses caras. Infelizmente, o perigo que me cerca. -