Capítulo 04

Sem riscos, não se vive a vida.

...

Assim que retorno a consciência e me dou conta da situação em que me encontro, me apavoro pelo medo.

Mas acabo sendo surpreendida por um homem que arranca aquele monstro de cima de mim.

Tento focar no seu rosto, mas sou impedida pela escuridão daquele lugar.

— Quem é você para se intrometer onde não é chamado? - O cara ruivo grita ainda no chão.

— Eu sou aquele que irei acabar com você! - O homem misterioso fala com um sorriso.

— Por que está defendendo ela? Ela o quê sua? - O ruivo fala ainda estérico.

— Uma mulher, a qual não deve passar por isso! Lembrando que eu e você viemos de uma, ou talvez, jugando pela sua situação. Você só seja fruto de um estrupo nojento. - O cara misterioso fala, e faz o ruivo se levantar irado.

— Vou te fazer pagar por essas palavras! - O ruivo fala enquanto o outro sorrir.

O ruivo se levantar e tenta partir para cima do outro homem. Mas é em vão, seus movimentos era muito precisos e rápidos para o ruivo tentar acompanhar. O ruivo acaba levando um soco bem preciso no seu rosto, que acaba caindo novamente.

O outro cara se aproximar e lhe dar vários chutes na barriga.

Eu observava a cena em silêncio. Era como se fosse a cena de um filme.

Meus olhos observava tudo precisamente, mas acabo ficando assustada quando o homem saca uma arma da sua cintura e aponta para a cabeça do ruivo.

— Cara me desculpe! Prometo que isso não irá acontecer novamente, mas por favor não me mate! - O ruivo fala freneticamente.

— Poxa, infelizmente suas palavras não me comoveram. - O homem fala deixando o ruivo ainda mais nervoso.

Nesse momento a sensação de alívio estava desaparecendo e o medo estava me dominando.

E se esse cara não for bonzinho e me fizer alguma coisa também?

Meus pensamentos estava me deixando louca.

Tentei voltar aos meus sentidos para sair dali sem que os dois percebesse.

Mas é uma tentativa falha.

Pois quando estava preste a sair, vejo o cara destravar a arma. Na mesma hora fico sem reação e acabo ficando lá.

Eu não acredito que isso está acontecendo comigo.

Saio dos meus desvaneios quando ouço o primeiro disparo. Imediatamente levo minhas mãos aos ouvidos e acabo dando um grito, mas ele é acompanhando pelo segundo disparo.

O homem se abaixa e toca no pescoço do ruivo e fala:

— Agora eu acredito que você não irá fazer isso novamente. - Ele fala em um tom satisfeito.

Ainda em choque vou me afastando para trás e acabo chamando a atenção dele, que se vira imediatamente para mim.

— Por favor não me mate! - Grito as únicas palavras que vem em minha mente.

Ele ainda me olhando começa a caminhar em minha direção.

Até que se aproxima e se agacha proximo a mim.

Ele calmante segura em meus punhos e abaixa minhas mãos.

— Você está bem? - Ele pergunta e a única coisa que consigo fazer é assenti com a cabeça.

— Não se preocupe, não irei te machucar. Só vim te defender. - Ele fala.

— Como assim, só veio me defender? - Pergunto curiosa.

— Estava na rua de trás quando escutei seus gritos. - Ele fala calmante.

Por um instante foco nos seus olhos e vejo todo medo desaparecer.

Parece que meu cérebro tinha excluído a imagem daquele cara frio e cruel que acabei de ver.

Depois de observar seu rosto, vi o quanto era um homem bonito e forte.

Um cara brusco, porém, seu olhar é de dar medo em algumas situações, mas nesse momento eles demostravam ternura e isso me acalmou.

Vejo seu olhos estudando minhas expressões, que não deve ser umas das mais bonita nesse momento.

Seu olhar percorre todo meu corpo até a parte que meu vestido se encontra rasgado.

Quando estava prestes a cobrir com as mãos, ele tira seu terno e me entrega.

Um pouco envergonhada, eu o pego e logo visto.

— Seu rosto está inchando. Você precisará de algumas compressas. - Ele fala passando as mãos em meu rosto.

Eu preciso sair daqui. - Falo e ele me ajuda a levantar.

— Você mora perto? Eu te deixo em casa. - Ele fala e balanço a cabeça negativamente.

— Não se preocupe, eu não irei te fazer nenhum mal. - Ele fala.

— Não posso ir para casa! Meu pai é um  delegado aposentado e minha irmã advogada. Não posso ir para casa desse jeito. - Falo.

Ele não fala mais nada, apenas me ajuda a me levantar e  me guia para o meu carro.

Ele pede as chaves e as entrego sem muitos questionamentos.

Sento no carro enquanto ele sai o conduzindo.

Enquanto ele dirige, apoio minha cabeça no banco e tento ficar quieta ali, meus rosto estava começando a arder, e acabo soltando alguns grunhidos de dor.

Sinto seu olhar sobre mim, mas permaneço de olhos fechados.

Aos poucos vejo minha vista ficar um pouco turva e acabo adormecendo no percurso que ele me guiava.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo