Capítulo 05

A vida é igual é uma roda gigante, sempre dando várias voltas.

Suyane Dias 

{...}

Aos poucos vejo minha vista ficar um pouco turva e acabo adormecendo no percurso que ele me guiava.

Sinto uma claridade chegar aos meus olhos e abro lentamente.

Ao abri-los sinto uma dor forte por todo meu rosto.

Olho em volta e não reconheço o lugar que estou.

Desesperada levanto o lençol e vou conferir minhas roupas.

Vejo que estou vestida com uma camisa masculina larga.

Levanto desesperada e tento abri a porta mas ela está trancada, começo a me desesperar e bater na porta freneticamente.

Depois de um tempo não obtenho resposta e começo a explorar o lugar que estou, chegando perto de um espelho enorme, vejo que meu rosto ainda está inchado e com os olhos roxo.

Fico espantada com a situação em que me encontro. Estava quase irreconhecível.

Analisando a situação, penso em como explicaria isso para minha mãe, a única pessoa, em que ainda me preocupo em dar satisfações.

Saio dos meus desvaneios, quando ouço a maçaneta da porta sendo girada.

Me viro imediatamente para ver quem viria. Ao a porta ser aberta, o homem da noite passada aparece novamente.

- Você está bem? - Ele pergunta assim que me ver em pé.

- Por que você me deixou trancada? - Pergunto.

- Tranquei a porta para que você descansasse, sem que ninguém viesse incomodá-la. De nada moça! - Ele solta um sorriso ao falar e pisca para mim.

- Onde estou? Quem foi que trocou minhas roupas? - Pergunto temendo ouvir sua resposta.

- Essa vou deixar você advinha... Aliás, você esconde um belo corpo em baixo das roupas. - Ele fala com um meio sorriso.

- Qual o seu problema? - Pergunto.

- Desde ontem a noite tem se resumido a você. - Ele fala e para pra olhar o celular. 

O observo, enquanto ele está concentrado em seu celular, suas expressões estava mudando depois que ele deve ter lido algo.

Agora olhando de perto, ele é um homem muito bonito.

- Gosta do que ver? - Ainda sem tirar os olhos do celular, ele me pergunta.

Me sinto envergonhada e abaixo minha cabeça imediatamente.

Como ele pode ser tão perspicaz?!

- Você deve está com fome, lá na cozinha já prepararam algo para você.

- Eu quero ir embora! - Falo.

- Você poderá fazer isso logo a pós. - Ele fala voltando seu olhar a mim.

- Tem mais alguém aqui? Olha como eu estou. - Falo.

- Não se preocupe, estamos a sós. - Ele responde com um sorriso, que sinceramente eu não sei se me tranquilizava ou me dava ainda mais medo.

Decido segui-lo em silêncio.

Saímos do quarto e passamos por um enorme corredor, descemos um escada que levava a uma sala enorme.

Esse cara morava numa mansão.

Continuo o seguindo, admirando a cada beleza da casa.

- Uau, sua casa é um palácio. - Falo ainda admirada .

Ele não responde nada e dá mais alguns passos que nos leva até a cozinha. Ele gesticula com a mão para que eu me sente, e assim faço.

Na mesa havia algumas comidas diferentes, mas acabo pegando uma poção de sopa ja depositada em um prato.

Assim que puxo o prato meu estômago faz um barulhinho que lhe arranca um sorriso e me deixa envergonhada.

Mas tendo não dar atenção e continuo comendo.

- Quem vestiu suas roupas foi a empregada. Nunca tocaria em você sem sua permissão. - Ele fala e levanto meus olhos para vê-lo.

- Obrigada por tudo! - O agradeço.

- Por nada, Jade! - Ele fala e me espanto por ele saber meu nome.

- Vi em seu documento que estava na bolsa. - Ele fala antes que eu lhe pergunte.

- E você, como se chama? - Pergunto.

- Você pode me chamar do que quiser, se preferir pode me chamar de seu herói. - Ele fala sorrindo e se levantando da mesa.

- Onde vai? - Pergunto.

- Irei deixar você em casa pois tenho uma viagem daqui há algumas horas. - Ele fala.

- Não se preocupe, já estou bem e posso ir sozinha. Tome cuidado! - Falo.

- Por que eu deveria ter cuidado? - Ele pergunta sério.

- Você está brincando comigo? você não se lembra? você matou uma pessoa ontem a noite. - Falo.

- senhorita, esse nem foi o primeiro e nem será o último, e quanto a lei, não se preocupe pois também sou um advogado. - Ele fala e acabo ficando sem argumentos.

- Certo, de qualquer forma só tenho a te agradecer por tudo. Nunca esquecerei o que fez por mim, também precisarei levar sua camisa emprestada. - Falo.

- Você não me verá novamente, senhorita, mas foi um prazer te conhecer. Se cuide! - Ele fala e caminha em minha direção, até que para, e me dar um beijo na testa.

Passo um tempo sem reação, mas logo o puxo e encosto nossos lábios em um selinho. Depois que me afasto ele me olha sério.

- Eu também sei surpreender, senhor! - Falo e ele me solta um sorriso.

Depois de tudo isso ele me acompanha, me levando a um enorme jardim onde vejo meu carro estacionado.

Me despeço novamente dele e entro no carro enquanto ele ainda me observa.

Ligo o carro e vou dirigindo até os grandes portões se abrirem. Passo e dirijo por um tempo, mas o lugar era repleto de árvores.

Não tinha casas ao redor.

Ele se esconde ou algo assim?

Como vou sair desse lugar?

Meu meu celular que tinha ficado no outro banco do carro e coloco uma rota que me leve até em casa.

O lugar era bastante distante de onde morava.

Aproximadamente, umas duas horas depois chego em frente a minha casa.

Crio coragem para descer do carro e lidar com o meu pai.

Passo um tempo alí, até que tomo coragem e desço do carro.

Ao abrir a porta vejo que todos estão no sofá e começa a me olharem.

- Minha filha, o que aconteceu com você ? - Minha mãe pergunta e corre para me abraça.

- Nossa preocupação foi atoa, eu te falei Marta, que essa garota é uma causa sem solução.

- Irmã, você por acaso andou saindo com homens casados? - Ela pergunta em um tom de deboche.

- Mãe, eu já estou bem.

Causa sem solução pai? O que seria a solução para você? Usar minha carteira para me tornar uma advogada e distorcer a justiça em troca de dinheiro como você e a Júlia fazem? Engraçado, sendo assim, eu prefiro ser uma causa sem solução mesmo.

E você Júlia, você não está falando com um espelho que te reflete. Eu não preciso deitar com homens por interesse em dinheiro como você faz. Me responda, todos esses que você saí são solteiros? Acho que não né? Então cala sua boca!

Falo e vou em direção ao meu quarto.

Eu estava de cabeça cheia. Meu pai e a Júlia são farinha do mesmo saco.

No fundo me sinto aliviada, mesmo que isso me traga consequências, eu tirei um peso das costas ao lhe falar tudo Isso.

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