Alguns dias havia se passado, e já estava começando a aceitar tudo que me aconteceu.
São coisas que não posso voltar atrás.
Desde a minha última mensagem para o Matteo, eu comecei a perceber que não poderia ficar presa em um quarto chorando por ele. Eu o amava e todos esses dias tenho sentido sua falta, mas não posso passar por cima de tudo que ele me fez.
E muito difícil ver-lo no trabalho e fingir que não o conheço, ele até tentou se aproximar algumas vezes, mas o ignorei. Enfim, acho que aos poucos estou conseguindo conciliar meus sentimentos pelo Matteo.
Aqui em casa, desde a última vez, as coisas andam um pouco mais calma, o que chega a ser assustador.
Hoje mesmo está uma correria por aqui, assim que cheguei do trabalho vi minha mãe montando a mesa e preparando um jantar bem elaborado.
A Júlia e o papai estavam aprienssivos com esse tal convidado que viria jantar aqui hoje a noite.
— Jade, pelo menos uma vez nessa
Assim que chegamos na sala a Júlia nos olha nos observando.— Vocês demoraram. - A Júlia fala.— O Matteo que tocou a campainha, o rapaz acabou de chegar. - Falo sem muita paciência para os joguinhos da Júlia.O senhor logo se põem de pé para apresentar seu filho.— Esse é o meu filho, Filippo Vincenzo. - O senhor o apresenta e ele acena para os demais.Depois que o seu pai se senta novamente, ele caminha na minha direção e senta ao meu lado.A Júlia não perde tempo e começa a lhe fazer algumas perguntas durante o jantar. Meu pai e minha mãe conversam com os senhores sobre trabalho enquanto janto em silêncio.— O que você faz Filippo? - Júlia pergunta.— Sou advogado. - Ele responde.Começo a pensar em tudo que aconteceu e acabo soltando um sorriso que atrai alguns olhares para mim.— Desculpe-me, é que acabei lembrando de alg
Depois de voltar da cozinha e me sentar junto dos meus pais na sala, vejo o Filippo distraído no seu celular.Seja lá o que ele estiver fazendo, estava bem melhor do que aturar nossos pais falando sobre trabalho.E para terminar de complementar a Júlia volta da cozinha e se senta bem próxima ao Filippo, ele acaba perdendo sua concentração do celular e olha para Júlia, que começa a usar sua mão boba para cima dele, ele logo a interrompe e tira sua mão de cima da sua perna. Mas sabemos que a Júlia não desisti fácil, e pelo que vejo essa familia tem dinheiro e beleza, duas coisas que a Júlia não resisti.Quando levanto meu olhar vejo o Filippo piscar para mim.— Qual o seu problema? - Falo em. Sussurro e ele sorrir.Tento não prestar mais atenção neles e fico mexendo em algumas coisas aleatórias do meu celular.{...}Algum tempo se passou e os senhores acompanhado do Filippo se levantam para ir
Saio do escritório e pego meu carro e saio sem nem mesmo saber para onde estava indo.Continuo dirigindo por alguns cantos da cidade, até que estaciono o carro e vou para uma praça onde havias apenas algumas pessoas.Me sento em um banco e fico ali observando as pessoas que estavam lá.Algumas mães brincavam com seus filhos e como se fosse uma cena de filme, acabo paralisada ali os olhando.Fica ali os olhando, de certa forma me causava uma nostalgia.Sinto saudades de quando eu e a Júlia brincava sem rivalidades, de quando eu não precisava me preocupar com nada, mas agora são só boas lembranças.Mas conforme a gente cresce, algumas coisas vão mudando.Hoje já não sou mas uma garota ingênua, consigo avaliar a maldade das pessoas. Já não vivo em uma bolha como na infância.Sentada alí, sinto alguém por as mãos sobre meus ombros e me viro para ver quem era.- O que faz aqui? - Anne me pergunta.<
Passo um tempo pensativa no meu quarto sobre o que faria daqui pra frente.Não iria poder continuar ficando aqui, pelo menos não mas.Pego uma mala e coloco algumas roupas minha, decido que vou ficar uns dias na casa da Anne.Depois de ter jogado algumas coisas minha dentro da mala, fecho e desço para a entrada da casa.— Filha, onde você vai? - Minha mãe me pergunta, enquanto o Henrique me olha.— Vou para casa da Anne, acredito que será o melhor para se fazer por agora, mas não se preocupe. Qualquer coisa me liga que venho correndo. - Falo e ele solta um sorriso de lado enquanto minha mãe me abraça.— Vai com Deus! - Henrique fala, mas resolvo não responder sua provocação.Dou um beijo na minha mãe e saio da casa.Ao chegar próximo ao carro, abro a porta do passageiro e jogo a mala lá dentro. Me surpreendo quando uma claridade enorme se aproxima.Um carro para bem próximo a mim.
O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.Friedrich Nietzsche{...}Narrado por FilippoAo chegar na casa do Henrique, não esperava encontrar a Jade saindo aquela hora.Quando ele ligou me chamando, eu havia hesitado em ir, mas resolvi vim e acabou sendo uma boa escolha.Pois não sei ao certo o que teria acontecido se a Jade estivesse sozinha.Não deixei que ela soubesse, mas aqueles caras vieram a mando do seu pai, e de certa forma ele descumpriu as regras da máfia.Mesmo sendo pai dela, ele não tinha o direito de mandar outros caras vim assusta-la e por esse mesmo motivo ele irá ter um susto também.— No que você está pensando? - Jade me pergunta me tirando dos meus desvaneios.— Na quantidade de perigo na qual você se coloca. - Respondo sério.— Nem sei de onde surgiu esses caras. Infelizmente, o perigo que me cerca. -
É sempre divertidoFazer o impossível.{...}Passo algumas horas naquele quarto, mas nada do sono chegar.Nem sei ao certo onde estou me metendo, nesse momento gostaria de achar algumas provas que ligasse meu pai a máfia, mas parece uma tarefa impossível de se fazer aqui.Enquanto me perdia em meus pensamentos sinto minha barriga roncar e assim percebo que estou faminta.Reúno toda minha coragem para sair desse quarto e ir em busca de comida na cozinha.Saio na ponta dos pés, tentando fazer o mínimo de barulho possível, não sei se o Filippo já tinha voltado e estava dormindo e por isso tentei manter a cautela.Desço a escada e vou em busca da cozinha, agora reparando, essa casa é mesmo enorme.A parte de baixo da casa estava com pouquíssima claridade o que demorou um pouco para que eu pudesse encontrar a cozinha.Me sinto um pouco mau educada, mas mesmo assim abro a geladeira e tento encontr
Seguimos no seu carro e ele me deixou na porta de casa.Eu agradeço e desço e ele vem logo após.— Não vai embora? - Pergunto.— Tenho uns assuntos a tratar com o seu pai. - Ele responde.— Você pode me fazer um favor? - Pergunto.— O que seria? - Ele pergunta erguendo a sobrancelha.— Preciso falar com a minha mãe, mas não vou me sentir confortável se o Henrique estiver em casa, então por favor ligue e peça para ele se encontrar com você em outro lugar.Ele apenas assente e começa a mexer em seu celular.Ele demora um pouco ali e se vira para mim.— Pronto, vou indo nessa e seu pai em breve irá me encontrar. - Ele fala e dá um beijo em minha testa antes de se virar para entrar em seu carro.Me viro para ele, mas ele vai embora com seu carro em alta velocidade.Agora que ele iria conseguir tirar o Henrique de casa, teria que ser rá
Ainda não sabia para onde ir, mas certamente as palavras do Filippo não saiam da minha mente.Ele provavelmente mandaria alguém vim atrás de mim, antes que eu pudesse expor o pouco que sei sobre toda sua sujeira.Mas será que minha mãe e a Júlia estariam seguras com ele?...Algumas horas se passaram e ainda estava perambulando pela cidade, quando meu celular vibra e vou olhar, tinha chegado uma mensagem do meu chefe me mandando olhar as notícias.Algumas especulações sobre o Henrique já estava sendo divulgada.Isso foi mais rápido do que pensei.Meu celular tocar e atendo.Ligação on— Como assim, seu pai é um corrupto? - O Matt pergunta.— Não creio que seja uma boa hora pra conversar. Como você conseguiu meu número novamente? - Pergunto.— Não precisa se preocupar que eu não vou te incomodar mais.Só liguei porque vi as no