Neste momento Eric estava tentando acalmar Ander, o mesmo ainda não conseguia assimilar tudo o que acontecera nas últimas horas. Ele contou tudo para ele e era doloroso para Eric ver o seu melhor amigo naquele estado, eles sempre foram próximos e mais do que amigos eles eram irmãos, e Eric faria até o impossível para tirá-lo daquele lugar. — Ele a roubou de mim! Ele levou a minha esposa e o meu filho! Eu preciso sair daqui e ir buscá-los. - Ander falou tentando sair do quarto mas Eric segurou-o. — Ander calma, por favor. — Como você quer que eu fique calmo se aquele filho da puta levou a minha família? - Ander gritou frustrado. — Você não vai resolver nada agindo assim. - Eric tentou o tranquilizar. — Me escuta. - Ele segurou o seu rosto fazendo-o encará-lo. — Se você quiser recuperá-los você vai precisar sair daqui e para isso você deve aceitar o tratamento. — Eu não estou louco! - Ander falou calmo porém com raiva. — Eu sei que não, mas a única forma que eu tenho de te tirar da
Depois da sua fala mais nada fora dito, eles chegaram no parque e posicionaram-se, como o planejado, uma mulher idosa aproximou-se da Ivy pedindo-a ajuda para encontrar o seu suposto neto perdido, caindo a na armadilha Ivy ajudou-a. Sem que ela percebesse ela estava se afastando das outras pessoas, um dos homens do Eric fingiu estar passando ao acaso e a mulher idosa parou-o para perguntar sobre o seu neto. — Me desculpe senhor mas por acaso não viu o meu neto? Ele é um menino mais ou menos desta altura, cabelo loiro e cacheado, ele estava segurando um carinho vermelho. - A velha falou gesticulando, ele balançou a cabeça em negação. Sem que a Ivy percebesse o homem tirou um lenço com clorofórmio e cobriu o seu nariz, no mesmo instante a mulher arrancou o bebê dos braços dela, pelo pânico Ivy não conseguiu pensar em nada a não ser pegar o seu filho de volta. Ela debateu-se contra o homem mas acabou desmaiando. Ele carregou-a nos braços e a levou até ao carro onde Ander e Eric os esper
Ander flashback on: Eric e Ander ainda estavam na varanda conversando enquanto bebiam. — E se ela não tiver mentido quando disse que não te ama, o que você vai fazer? - Eric questionou. — Matá-la! - Ander falou sério e simplista, Eric encarou-o incrédulo. — Você está falando sério? — Eu nunca brinco quando se trata da Ivy. Se ela não pode ser só minha então, eu não vou deixar que ela seja de mais ninguém. Só eu tenho o direito de ser amado por ela e só eu tenho o direito de estar ao seu lado, eu prefiro vê-la morta do que com outro homem. — E o seu filho? — Se a Ivy se recusar a me amar então, eu vou matá-la, vou matar o nosso filho e depois me mato. - Ander falou sério fitando a sua taça. — Se não podemos ser felizes nessa vida então, seremos nas próximas sete. — Sete… o seu número da sorte. - Eric sabia que Ander estava falando sério e ele torcia para que ele não fosse obrigado a cometer tamanha estupidez por amor a uma mulher, um amor que se tornou na sua obsessão. Flashbac
— O Ander merecia mais do que teve, ele merecia ser feliz mas eu o neguei isso. Eu nunca fui a mãe que ele queria que eu fosse, eu nunca cumpri nenhuma das promessas que o fiz e por minha culpa ele sofreu muito até ao dia da sua morte. Eu queria ter tido a oportunidade de pedir perdão, de dizer o quanto o amo e que queria consertar a nossa relação. Meu filho foi infeliz e injustiçado pela vida. – Camila respirou fundo enxugando as lágrimas e continuou. ─ Todos nós temos um número da sorte em que apostamos com a certeza da vitória e desde criança o número sete sempre foi o seu número da sorte e eu realmente espero que ele tenha apostado certo e que tudo seja diferente nas suas próximas sete vidas. Eu te amo muito filho e espero que onde quer que você esteja, você possa me perdoar. - Camila terminou o seu discurso, Eric entregou-a as cinzas e ela jogou no mar. Caetana também se culpava por nunca ter amado a Ivy do jeito certo, ela sempre fora muito dura com ela e eram contáveis as vezes
Emma Torez era uma garota meiga, simpática, afetuosa e muito sorridente. Ela perdeu seu pai quando tinha dois anos e desde então tem vivido com sua mãe e apesar da ausência do seu pai elas eram felizes por ter uma a outra. Emma sempre gostou de ir com a sua mãe para o seu escritório e ajudá-la no que puder, apesar de ter apenas cinco anos ela era uma menina muito inteligente. Um dia, uma mulher entrou de forma brusca e muito alterada no escritório da sua mãe e ameaçou-ade matar a ela e a sua filha se elas não fossem embora do país em vinte e quatro horas, a sua mãe recusou-se a ceder ao seu pedido e três dias depois, quando ela a levava para a escola, sofreram um trágico acidente de carro que resultou na morte da sua mãe, Emma foi levada para um orfanato onde foi diagnosticada com depressão. Dois meses depois foi adotada por uma mulher muito poderosa e após várias secções com um terapeuta infantil Emma recuperou e desde então, aquela garota que um dia fora feliz, agora era uma mulher
Ander caminhou lentamente em direção a Ivy com um sorriso manhoso, Ivy deixou a sua taça na mesa e caminhou em direção a porta fingindo ir embora, mas foi travada por uma mão segurando o seu braço. Ela respirou fundo engolindo o seu nojo, virou-se para o homem a sua atrás, olhou para a mão que ainda a segurava e foi subindo o seu olhar até ao dono da mesma, dando de cara com Ander. O seu olhar era penetrante, o seu rosto tinha traços delicados, os seus lábios eram rosados e finos, os seus olhos eram azuis como o oceano, o seu perfume era forte e marcante, Ander era um homem muito bonito e Ivy não deixou de notar, porém não deixou que isso tirasse o seu foco.— Me desculpe! - Ander falou tirando o seu braço. — Eu vi você no palco e confesso que você chamou muito a minha atenção, quer dizer, é quase impossível uma mulher tão bonita quanto você não chamar a atenção de qualquer um. - Ele falou sorrindo ladino. — Quase? - Ivy questionou provocativa. — Bom, digo isso porque você pode não
— Me desculpe por não ter ligado mais cedo. - Ivy falou. — Tudo bem, mas… acho que você deveria me recompensar por isso. - Ander sugeriu. — Eu fiquei a noite toda esperando você ligar. — E como você quer que eu te recompense? - Ivy questionou com uma expressão de desgosto. — Aceite sair para jantar comigo hoje à noite. - Ander falou sem rodeios, Ivy ficou alguns segundos em silêncio. — Ivy? — Eu vou pensar no seu caso e depois te aviso. - Ivy falou. — Pense bem! — Tudo bem!Após encerar a ligação, Ivy saiu do cemitério e voltou para a sua casa. Ela contou para a sua mãe sobre a chamada com Ander e a mesma sugeriu que ela aceitasse. A noite já se fizera presente, Ivy estava terminando de se arrumar quando ouviu duas batidas na porta. — Entre! - Ela falou e a porta foi aberta revelando a sua mãe com uma expressão de desgosto. — O que foi? - Ivy questionou confusa. — O Ander chegou! - Caetana respondeu simplista. Ivy apenas assentiu, pegou a sua bolsa e saiu descendo as escadas
— O que você acha de almoçarmos juntos hoje? - Marcos questionou. — Sim, na verdade eu preciso falar com você. - Anderrespondeu. — Nos vemos no restaurante de sempre? - Marcos questionou.— Sim! Te vejo lá. Após a chamada Ander saiu do seu escritório cruzando com a sua mãe no corredor. — Você vai almoçar? - Camila questionou.— Sim! - Ander respondeu simplista. — Vamos comer juntos. - Camila sugeriu sorridente. — Eu vou almoçar com o meu pai e temos alguns assuntos a tratar, mas prometo que te compenso. - Ander deixou um selar na sua testa e saiu. Pelo caminho ele olhava para a tela do celular se perguntando se ligaria ou não para Ivy. Por vezes ele discava o número,mas depois apagava. Desde que se envolvera com Ivy, Anderse sentia diferente, algo nele mudou e ele sabia e o frustravaas sensações incompreendidas por si que a presença, ausência e os toques da Ivy o faziam sentir. Não demorou muito para que ele chegasse ao lugar marcado, logo que entregou avistara o seu pai e foi a