— O que você acha de almoçarmos juntos hoje? - Marcos questionou.
— Sim, na verdade eu preciso falar com você. - Anderrespondeu.
— Nos vemos no restaurante de sempre? - Marcos questionou.
— Sim! Te vejo lá. Após a chamada Ander saiu do seu escritório cruzando com a sua mãe no corredor.
— Você vai almoçar? - Camila questionou.
— Sim! - Ander respondeu simplista.
— Vamos comer juntos. - Camila sugeriu sorridente.
— Eu vou almoçar com o meu pai e temos alguns assuntos a tratar, mas prometo que te compenso. - Ander deixou um selar na sua testa e saiu.
Pelo caminho ele olhava para a tela do celular se perguntando se ligaria ou não para Ivy. Por vezes ele discava o número,mas depois apagava. Desde que se envolvera com Ivy, Anderse sentia diferente, algo nele mudou e ele sabia e o frustravaas sensações incompreendidas por si que a presença, ausência e os toques da Ivy o faziam sentir. Não demorou muito para que ele chegasse ao lugar marcado, logo que entregou avistara o seu pai e foi ao seu encontro.
— Você parece chateado, aconteceu alguma coisa. - Marcos questionou preocupado.
— Sim! A Ivy aconteceu! Aquela mulher papai, ela me deixa louco! - Ander falou e passou as mãos pelo rosto.
— Calma filho, é só mais uma mulher com quem você dormiu. O que ela tem de tão especial que deixa você assim? - Marcos questionou. Ander sempre foi o seu maior orgulho e ele sempre quis que o filho se tornasse a sua imagem e semelhança e vê-lo naquele estado por culpa de uma mulher o incomodava, principalmente por essa mulher ser a Ivy.
— Quando eu a conheci naquela m*****a festa, eu achei que fosse só uma atração física. Aí eu dormi com ela e era suposto eu ter deixado ela lá dormindo, mas não! Foi ela quem me deixou e agora eu quero mais papai, eu quero transar com ela de novo, mas…
— Mas ela não quer. É isso? - Marcos questionou e Anderassentiu. — Você está acostumado a ter as mulheres a seguirem você pedindo por mais e agora que é a sua vez de seguir, o seu ego de macho está se ferindo.
— O pior papai é que ela não sai da minha cabeça, ela não sai! Eu acordo e ela está lá, eu vou trabalhar e ela está, vou me deitar e ela também está lá! E eu só conheço ela faz alguns dias! - Ander desabafou e suspirou pesado. — Nós só transamos uma vez e eu já sinto a falta dela, sinto falta dos seus beijos, dos seus toques, do cheiro dela. Eu tenho vontade de vê-la, tenho vontade de abraçá-la, de senti-la minha e me machucou tanto ouvir ela dizer que para ela foi apenas sexo.
— Vocês se viram? - Marcos questionou receoso.
— Sim. Eu contratei um investigador para descobrir o que ela faz, onde ela vai, quem são as pessoas mais próximas dela. - Ander respondeu e Marcos ficou pensativo.
— E o que você descobriu? - Marcos questionou.
— Ela costuma malhar em uma academia não muito distante da casa dela e eu fui até lá para falar com ela porque ela ignorou todas as minhas ligações, e eu precisava saber o porquê. - Ander confessou e Marcos respirou fundo.
— Ander você está se apaixonando por ela! - Marcos falou convicto e Ander o encarou incrédulo.
— O quê? É claro que não! - Ander falou indignado.
— Ou isso ou você está ficando obcecado por essa mulher!
Marcos falou e logo chamou o garçom que não demorou a atender e fizeram o seu pedido. Marcos deixou o seu filho refletir sobre o que dissera enquanto isso ele pensava na urgência de obter informações sobre ela. Após o almoço ambos voltaram para os seus trabalhos, Ander ainda refletia sobre o que o seu pai dissera, ele nunca se apaixonou antes e a ideia de ter se apaixonado por uma mulher assim tão rápido o deixava incrédulo.
Enquanto isso, Ivy estava no seu escritório comendo chocolates enquanto assinava papéis quando ouviu a porta ser aberta revelando a silhueta da sua mãe.
— O que foi agora? - Caetana questionou fazendo Ivy a encarar confusa.
— Como assim? - Ivy questionou.
— Pelos vistos essa é a segunda barra de chocolate que você come. - Caetana apontou para o plástico de chocolate na mesa. - O que significa que tem algo te incomodando e muito. - Ivy largou a barra e respirou fundo.
— Me preocupa que o Marcos possa saber quem eu realmente sou. Você sempre disse que eu sou parecida com a minha mãe e talvez ele também tenha percebido isso. E se ele me investigar e ligar os pontos, acabou-se! - Ivy falou e logo enfiou um cubo de chocolate na boca.
— Larga isso! - Caetana arrancou a barra. — Primeiro você deve acabar com esse vício de ficar comendo chocolate toda vez que algo acontece, segundo se ele já tivesse descoberto Ander não teria te procurado, então para de ser paranoica! Ligue para o Ander e combine de se encontrarem no apartamento dele, você vai fazer o que tiver que fazer para que ele se apaixone por você o quanto antes, o resto deixa comigo. - Ela falou autoritária e Ivy assentiu.
A noite já se fazia presente, Ivy fez o que a sua mãe dissera, ligou para Ander e pediu que se encontrassem no seu apartamento, o mesmo não recusou. Neste momento Ivy estava entrando no estacionamento do prédio, por coincidência Ander acabava de chegar e a esperou ao lado do seu carro, ela estacionou dois carros antes do dele, desligou o carro e desceu. Quando estava para ir se encontrar com ele, Ivy sentiu alguém a segurar pelo pescoço e apontar uma arma na sua cabeça.
— Se você gritar eu te mato! - O homem ameaçou. Anderpercebeu a demora da Ivy, quando se aproximou viu o homem tentando sequestra-la, ele tentou se aproximar, mas o homem o impediu.
— Não se aproxime senão eu mato ela! - O homem ameaçou deixando Ander receoso.
— Baixa essa arma agora! - Ander ordenou sentindo o seu coração apertar por ver Ivy em perigo.
— Eu tenho ordens para entregar a cabeça dela! - O homem falou pressionando a ponta da arma na cabeça da mesma.
— Ander… - Ivy o chamou assustada como se estivesse implorando por ajuda.
— Eu pago o dobro se você a soltar e me disser quem mandou você fazer isso. - Ander sugeriu.
— Isso não se trata só de dinheiro. Diga adeus a sua namorada. - O homem falou.
— Não, não, por favor, não! - Ivy implorou.
— Não atira por favor, eu dou quanto você quiser, mas não atira. - Ander falou quase implorando. A ideia de perder Ivy partia o seu coração. O homem balançou a cabeça em negação e apertou o gatilho lentamente. Ander continuou implorando para que ele não atirasse, mas ele atirou, naquele mesmo instante Ivy apertou os olhos assustada e chorando, porém, a arma estava descarregada e ela continuava viva. Ivy chorava de medo, susto e alívio. Por alguns instantes Ander sentiu o seu mundo desabar por completo ao pensar que nunca mais viria Ivy e foi naquele mesmo instante que ele percebeu que talvez a amava.
— Isso foi só um aviso Ivy Salvaterra, tenha cuidado porque eu estarei vigiando você. - O homem falou, a empurrou contra Ander e fugiu.
— Ander… - Ivy o abraçou forte.
— Calma, está tudo bem, eu estou aqui. - Ander retribuiu o abraço e fez um carrinho levo na sua cabeça para acalmá-la. — Vamos subir, não é seguro ficar aqui. Ambos subiram até ao apartamento dele, Ander deu um chá calmante para Ivy, reportou a segurança o que acabara de acontecer e sentou-se ao lado dela.
— Eu não sei o que teria acontecido se você não estivesse lá. - Ivy falou já mais calma.
— Não pense mais nisso, você está segura agora e isso é o que importa. - Ander a abraçou e deitou a cabeça dela no seu ombro. — Eu prometo que não vou deixar que ninguém te machuque e quem tentar, eu juro que mato! Eu vou encontrá-lo e o farei pagar por isso. - Ander falou em um tom sério.
— Porquê você se importa? - Ivy questionou fitando os seus olhos. — Você não precisa fazer isso, eu posso…
— Ivy olha…- Ander falou a interrompendo, ele respirou fundo e ganhou coragem para confessar. — Eu sei que não nos conhecemos a muito tempo, mas eu me importo com você e muito. Ivy eu gosto de você e hoje eu pude perceber isso. Quando eu vi você nas mãos daquele cara eu fiquei com medo de te perder e quando ele apertou o gatilho eu senti o meu mundo desabar. Ivy eu sei que essa pode não ser a altura certa para dizer isso e que você pode até não acreditar, mas eu te amo. - Ander confessou e Ivy o encarou sem expressão, mas por dentro ela estava feliz por ter conseguido o que queria em tão pouco tempo.
— Ander eu…
— Está tudo bem, eu sei que para você não passou de apenas uma noite de sexo, mas eu vou conquistar o seu amor e não vou desistir até que você me ame. - Ander falou e Ivy logo atacou os seus lábios iniciando um ósculo necessitado.
— Eu te amo! - Ivy falou sorrindo singela.
— Você está falando sério? - Ander questionou surpreso.
— Tal como você disse, não faz muito tempo que nos conhecemos, mas desde que te vi naquela festa eu não pareide pensar em você e depois daquela noite tudo mudou. Eu sei que não faz muito tempo desde que nos conhecemos. Mas só precisamos de um instante para nos apaixonar e um segundo para amar. - Ivy falou.
— Isso é alguma frase filosófica? - Ander brincou e Ivy riu breve.
— Eu não sei, mas diferente de Sócrates que só sabe que nada sabe, eu só sei que em questão de dias eu comecei a te amar.
Ander beijou-a, mas dessa vez não era um beijo com tesão ou segundas intenções, eram um beijo de amor, um beijo que expressava os sentimentos um do outro, bom, pelo menos os dele.
Depois de mais algumas trocas de carinho Ander encomendou comida chinesa, enquanto comiam eles conversavam para que se conhecessem melhor. Terminaram de comer e foram até a sala ver um filme qualquer. Ivy estava com a cabeça deitada sobre o ombro do Ander, que abraçava a mesma, o seu celular tocou, ele tirou do bolso e ao ver o nome na tela franziu o cenho. — Algum problema? - Ivy questionou desconfiada. — Você pode atender se quiser. — Não, está tudo bem, depois eu retorno. - Ander falou nervoso. Recusou a chamada e guardou o celular, alguns segundos depois o mesmo volta a tocar. — Ander atenda, pode ser importante. - Ivy insistiu. — É a minha mãe, eu falo com ela depois. - Ander mentiu. — Você está bem? Não quer alguma? - Ele questionou mudando de assunto. — Sim, eu quero um cobertor. - Ivy respondeu mentindo. Ander se levantou e subiu até ao seu quarto, assim que ele sumiu do seu campo de visão, Ivy pegou no seu celular e viu onome da pessoa que o ligara e se perguntou quem se
Depois da discussão com a sua mãe, Ander saiu de casa passando a morar no seu apartamento. Ele contou para a sua noiva sobre o ocorrido e Ivy não podia ficar mais feliz por saber que o seu plano de afastar Camila do seu filho estava dando certo. Neste momento, Ivy e Caetana estavam em um restaurante brindando a sua primeira de muitas vitórias.— Eu já tirei o filho dela, agora eu vou afastar o Marcos e deixá-la completamente sozinha. - Ivy falou sorridente.— Você vai agir como a típica nora boazinha que só tenta dar-se bem com a sogra que a odeia sem motivo. - Caetana debochou e ambas se riram.— Exatamente! Na frente de todos eu serei apenas a nora vítima das agressões da sogra. E todo mundo ficará contra ela. - Ivy falou e tomou um gole do seu champanhe.— Vocês já marcaram a data do casamento? - Caetana questionou curiosa.— Sim, nos casamos em 1 semana. - Ivy respondeu.— Olha só quem tem pressa de se casar. - Caetana debochou.— Bom, eu preciso ir… O homem da minha vida está me
Sob o céu estrelado, com a luz da lua iluminando os seus corpos, a brisa do vento batendo nos seus corpos quentes, sentindo o tesão percorrer pelas suas veias, a adrenalina do momento acelerando os seus batimentos cardíacos e os seus pensamentos mais impuros sincronizados. Ela gemia alto sem se importar com quem pudesse ouvir, ele a estocava rápido e com força, a sua necessidade incontrolável por mais prazer os fazia parecer como dois ninfomaníacos. E mais uma vez, eles gozaram libertando todo aquele tesão maluco que sentiam. Em apenas duas semanas, Ander e Ivy já tinham feito sexo usando 20% das posições do livro mágico de posições sexuais, tornando assim, cada momento de prazer único. Ivy dormiu no apartamento do Ander, depois da noite que tivera ele não a deixou ir embora.No dia seguinte, Ivy acordou sentindo o seu corpo dolorido, tirou forças de onde não tinha e se levantou indo até ao banheiro. Com os olhos entreabertos, Ander admirou o corpo dela cheio de marcas deixadas por si
Caetana flashback on:Caetana chegou primeiro ao hospital e foi falar com o médico da família.— Em que posso ajudá-la senhora Salvaterra? - O médico questionou se sentando.— O senhor tem cuidado da saúde da minha família faz muitos anos, inclusive cuidou do meu marido quando ficou doente. – Caetana iniciou.— Sim, eu sempre fui o médico da sua família e grande amigo do seu marido, mas não sei onde quer chegar com isso. - O médico confessou confuso.— Eu vim pedir um favor. Eu sei que isso irá comprometer a sua carreira, mas eu realmente preciso da sua ajuda.— E qual seria o favor? - O médico questionou intrigado.— A minha filha caiu das escadas e ela está vindo numa ambulância com o noivo dela. Quando ela chegar, eu quero que o senhor a atenda e diga que ela perdeu o bebê.— O quê?! Me desculpe senhora, mas eu não posso fazer o que está me pedindo. - O médico recusou.— A minha filha não está grávida, mas eu quero que o senhor diga que ela sofreu um aborto por causa da queda. Veja
Depois da discussão com o seu filho, Camila recebeu várias ligações da sua secretária avisando que o conselho marcou uma reunião de emergência e que alguns investidores estavam a desfazer as suas sociedades com a empresa.— O vídeo viralizou e mostra claramente que você empurrou a Ivy Salvaterra das escadas. - Uma das acionistas falou.— Vários sócios estão a remover os seus investimentos e se as coisas continuarem assim a empresa irá à falência! E o presidente nem sequer está aqui! - Um acionista falou sendo apoiado pelos outros.— O meu filho teve um problema pessoal para resolver, mas ele irá se encarregar do assunto. - Camila justificou.Enquanto Camila tentava acalmar o conselho, Ander cuidava da Ivy na sua casa. Marcos conversava com a Caetana que tentava colocá-lo contra a sua esposa. — Ainda não consigo acreditar no que aconteceu, foi tudo tão rápido. - Marcos falou e tomou um gole do seu whisky.— É lamentável o que aconteceu. A minha filha estava tão ansiosa para ter esse
— Hoje em dia o que reina é o dinheiro. As pessoas vendem a sua integridade por dinheiro, vendem a sua lealdade, algumas vendem até a própria alma e a mídia não é constituída por pessoas diferentes. - Ivy explicou.— Onde você quer chegar com isso? - Ander questionou confuso.— A primeira opção seria que chamássemos à imprensa e a Camila me pedisse desculpas em público, algo como isso irá fazer a empresa substituir o tema “Camila Angeles empurra Ivy Salvaterra das escadas e causa aborto” para “Camila Angeles se arrepende e pede desculpas.”. As pessoas irão ver isso como um ato de reconciliação e deixaram de falar. - Ivy acrescentou.— Você está sugerindo que eu me rebaixe a você na frente da mídia? - Camila indagou indiganada em tom de deboche.— Não! Eu estou sugerindo uma solução para limpar a imagem da sua empresa. - Ivy rebateu.— Você disse que temos duas opções, qual é a segunda? - Um acionista questionou.— A segunda opção que temos é pagar para que tirem o vídeo da internet e
— Amor, você pode ir buscar um café para mim? - Ivy pediu como desculpa, ele assentiu e saiu as deixando a sós. Ivy levantou-se e caminhou até ela a encurralando contra a parede. — Você me conhece? — Não mas conheço o seu noivo, quer dizer, ele é filho de uns dos juízes mais importantes do país e…— E um dos empresários mais cobiçados, certo? - Ela a interrompeu, a sua feição era séria e de desgosto, a mulher a encarava apreensiva.— Sim e…— Ele vai se casar e sabe com quem? Comigo! Sabe o que mais me irrita em você? O seu atrevimento. Você está dando encima do meu noivo bem na minha frente e sem vergonha nenhuma. O quê? Você quer ser amante dele? - Ivy questionou num tom frio.— Não senhora, eu…— Fique sabendo que o meu noivo não tem casos com vadias como você, então coloque-se no seu lugar e não me teste porque você vai se arrepender! - Ivy advertiu e voltou para a sua cadeira, minutos depois Ander regressa.— Aqui. - Ele a entregou o café, ela pegou no copo, abriu a tampa e jogo
Ivy flashback on:Ivy já tinha quinze anos, durante toda a sua infância a única coisa que ela fazia era treinar, treinar e só treinar, Caetana para além de exigir muito dela nos seus estudos também exigia no treino. Ela queria que Ivy se tornasse uma mulher forte e inteligente o suficiente para conseguir sobreviver sozinha. Ela estava amarrada em uma cadeira, e a sua mãe estava na sua frente testando mais uma vez a sua agilidade e capacidade de pensar rápido. Aquele era mais um dos treinos de estratégias de fugas que ela a ensinara.— O que você deve fazer quando estiver em perigo e amarrada? - Caetana a questionou. — Identificar o local e possíveis formas de fuga. - Ivy respondeu.— E depois disso? - Caetana questionou colocando as luvas de boxe.— Descobrir o ponto fraco psicológico do adversário e depois provocá-lo para ganhar tempo até me soltar. - Ivy respondeu convicta.— Isso é muito arriscado porque ele pode perder a paciência e te matar, então o que você vai fazer?— Arrisca