Capítulo 13

༺ Rodrigo Garcez ༻

Tomar aqueles lábios deliciosos e rosados era algo que eu estava ansiando fazia algum tempo, nem acredito que Zara acabou cedendo aos meus encantos. Sua boca era tão gostosa e deliciosa, um beijo doce que dá vontade de não largar mais, me separei dela enquanto ela me observava ofegante e claro vermelha pela vergonha.

— Nossa! Ainda preciso me acostumar com isso. Sempre ficamos assim sem ar?

— Sim, sempre ficamos! Mas não é gostoso fazer isso?— ela sorriu por um momento, então respondeu desviando os olhos.

— É ótimo! Não posso dizer que não é, mas eu ainda tenho muita vergonha de conduzir isso…

— Agora pense se você fosse fazer outra coisa que precisa ser sem roupa! Fico imaginando a sua cara de tão vermelha, você ficaria muito embaraçosa. — na mesma hora em que revelo isso, Zara me olha ainda mais vermelha, e apenas soltei uma gargalhada acariciando a maçã do seu rosto e deixando um selinho nos seus lábios, ela respondeu sem jeito.

— Prefiro não falar sobre isso! Pois, não tenho experiência nenhuma, então melhor evitar por enquanto essa palavra chamada de sexo…

— Entendo! Mas tenho que te confessar que isso também é muito bom, é um dos melhores prazeres que o ser humano pode ter. — ela se afastou do meu colo e se sentou novamente no banco do carona, confesso que fiquei triste por ela sair de cima de mim e me pronunciei sobre isso.

— Desculpe, acredito que você não gostou do que acabei falando! Mas eu jamais vou te forçar algo sem você querer, se foi isso que você pensou?

— Não é isso, eu também quero me sentar um pouco, estou cansada! Não estamos em uma posição muito confortável. — realmente ela tinha razão nas suas palavras, um carro não era um lugar bastante confortável para namorar, mas não podemos dizer que não era gostoso ficar daquele jeito ali tão apertados um com o outro.

— Está certo! Bom, vou te levar para casa, o dia realmente foi exaustivo tanto para mim quanto para você.

— Obrigado, fico feliz que entenda o meu lado! Estou louca para deitar na minha cama, macia e gostosa. — não deixei de rir do seu comentário e respondi de maneira irônica.

— Nossa, minha companhia é tão ruim assim? Ao ponto de você querer uma cama ao invés de ficar comigo mais um pouquinho?

— Oh, não é isso! É que realmente o dia foi longo e passo a maioria dele em pé, então quando chego em casa é um alívio deitar na minha cama e esquecer do dia estressante que tive, sabe? — notei que Zara tenta se justificar da melhor maneira, e apenas rir ligando o carro e respondi antes de roubar mais um beijo seu.

— Relaxa, Zara! Apenas estou brincando com você, não deve levar tudo que falo ao pé da letra tentando se justificar.

— Eu não consigo! Preciso afirmar isso, para não ficar nada mal esclarecido, pois eu ficarei preocupada se a pessoa pensar que disse outra coisa que não tem nada a ver com a situação. — novamente ela tenta se justificar e apenas continuei rindo e começo a dirigir.

Após alguns minutos ela parece relaxar, e percebo que está bocejando de sono, está realmente cansada, terei que pedir para Dona Verônica ficar de olho em Zara, ela está trabalhando, além da sua cota e tenho medo que ela cabe pegando um esgotamento físico se continuar agindo dessa forma.

Como ela mora do outro lado da cidade, leva quase meia hora para que chegue ao seu destino, ela começa a ficar ainda mais sonolenta e acaba adormecendo. Deixei que ela descansasse um pouco enquanto dirijo, após algumas quadras a mais finalmente cheguei no seu endereço, pois havia deixado salvo no GPS para lembrar da próxima vez.

Continuei observando ela por alguns segundos, Zara era ainda mais bela dormindo, tinha um rosto tão sereno de inocência. A cutuquei devagar fazendo com que ela despertasse coçando os olhos e perguntou.

— Já chegamos? Nossa, eu realmente dormir no caminho para casa; me desculpe, estou cansada mesmo.

— Você não precisa se desculpar comigo! Acredito que você merecia uma boa soneca até chegar aqui, pelo menos economiza sono para mais tarde… — ela solta uma risada concordando e responde já pegando a sua bolsa.

— É, quem sabe essa meia hora de sono não resolva metade dos meus problemas, de acordar cedo? Bom preciso ir, boa noite!

— Ei, espera... Você não está esquecendo de algo? — ela analisa as coisas ao redor, então me responde.

— Não que eu saiba! Tudo está aqui no devido lugar.

Realmente Zara tinha uma inocência que dava às vezes nos nervos, mas, no fundo eu gostava pelo menos ela não era como outras mulheres que conhecia como: aquela prima chata que ela possuía, então a puxei para perto de mim, fazendo nossos rostos permanecerem mais próximos, e sentir sua respiração acelerada e respondi tocando com a minha mão em seu queixo.

— E o meu beijo de despedida? Você não vai me dar também?

— Ah, então todo esse seu drama é porque eu não te dei um beijo de despedida? Bom, já disse a você que não estou acostumada com essas coisas, pois não sei como agir. — apenas continue sorrindo para ela e mordendo meus lábios, eu sabia que a deixava desconcertada quando fazia isso, ela acompanhou os movimentos deles com os olhos e respondi.

— Pelo jeito vou ter que te ensinar muita coisa pelo simples fato de você ser muito inocente! Você quer me beijar nesse momento não é Zara? Está ansiando por isso que mal tira os olhos dos meus lábios…

— Não vou mentir, porque isso é feio! Sim, quero muito que você me beije nesse momento.

Com essa sua confissão, tomei a boca dela em um beijo avassalador e demorado, a puxei mais ainda para o meu colo segurando em sua cintura, a vontade que eu tinha era de prosseguir com mais, porém seria respeitoso! Até porque ela não era o tipo de garota, que estava acostumada com isso.

Os beijos e amassos estava tão bom que quase nem queria soltar a boca de Zara, e ela também parecia não querer me soltar, tomávamos fôlego e nos beijávamos novamente, mas nada dura para sempre, pois vi alguém bater com força na porta do meu carro e acabamos nos afastando, percebo os olhos incrédulos de Zara olhando para o homem do lado de fora ele parece furioso.

Rapidamente tomei a compostura e ela também ajeitando sua blusa, ela amarrou seu cabelo em um coque mal feito, e respirou fundo me observando enquanto o homem novamente bateu na porta do carro pedindo para que eu deixasse ela sair.

— Está tudo bem! Não se preocupe, é meu pai. É pelo que percebi que está furioso ao notar o que estávamos fazendo dentro do carro.

— Nossa, eu não pretendia conhecer meu futuro sogro dessa maneira! Ele vai me achar um sem-vergonha e mau-caráter por está te agarrando desse jeito, meu Deus!? — Zara apenas deu uma risada nervosa e respondeu se retirando do carro.

— Seu Aaron, pode ser bravo, mas eu não tenho medo! Fique tranquilo, ele não vai te passar nenhuma espada de Samurai no pescoço.

Engoli em seco quando ela me revela aquilo e observo quando ela sai do carro, movido pelo medo de que ele faça algo com a mesma, eu também me retirei e ouço ele brigando com ela e falando seriamente.

— Então era por isso que você queria morar sozinha, Zara? Para ficar se agarrando com esses homens feito uma vagabunda?

— Pare de falar gritando! Acabará chamando atenção dos vizinhos, eu não estou morando sozinha, porque quero me agarrar com homem algum. O que você tem a ver com a minha vida? Eu não dependo de você para nada. — a situação entre os dois parece bem tensa, e novamente o senhor fala furioso.

— Você não vai mais conduzir essa sem-vergonhice, entendeu? Volta para casa comigo e esquece desse emprego, você sabe muito bem que tem um compromisso a cumprir.

— Pode esquecer que eu já falei a você que não vou cumprir aquele acordo que você fez com esse velho nojento! Não vou me casar com uma pessoa que não conheço. — continuei olhando ainda mais confuso, como assim casamento? O que será que ele estava querendo dizer? Ao perceber a minha confusão, o senhor se aproxima de mim me observando seriamente e disse:

— E quanto a você, não tem vergonha de ficar se agarrando com a filha dos outros? Ela é uma moça de família e não uma vagabunda, para você pensar que pode estar agarrando a minha filha dentro do carro como estava concretizando a poucos minutos atrás.

— Me desculpe, senhor! Se acabei lhe ofendendo, mas eu e a Zara estamos nos conhecendo, é normal que acabemos ficando e se beijando! — ele solta uma gargalhada sarcástica e responde me olhando de cima a baixo seriamente.

— Então é esse o novo nome que vocês dão a essa sem-vergonhice? Ficando, se pegando, beijando é assim agora nos tempos de hoje? Pois, saiba de uma coisa: Zara não vai mais se envolver com você, ela está noiva de um rapaz e pretende cumprir um acordo de casamento.

— Eu não vou cumprir nada! Não mandei você fazer nenhum tipo de acordo com aqueles senhores em que se envolve nessas seitas pagãs no exterior. Não vou me casar com filho desse velho nojento que você está querendo me unir, eu já disse que não quero me casar com um desconhecido e não atenderei essa sua exigência, o problema é só seu, se morrer. Não acabarei com a minha vida me unindo a uma pessoa que eu não amo.

Quando ela revela aquilo, lembrei das palavras do meu pai, que me disse que eu teria que casar com uma garota de classe média, de uma família de bons costumes, seria muita coincidência pensar que Zara era essa garota? Será que nossos destinos estavam realmente traçados desde crianças para que ficássemos juntos?

— Sua prima tinha razão! Quando me avisou que você estaria na sem-vergonhice com seu chefe! Deveria ter vergonha Zara de andar dessa forma, filha você é uma moça de família.

— Ah, eu deveria saber! Sempre é assim né? Você prefere acreditar nas palavras delas, no das contas, eu sou errada da história. Quer saber de uma coisa, seu Aaron vai embora daqui, eu não sou obrigada a ficar escutando coisas desnecessárias e a sua lição de moral, você passou os últimos 13 anos no exterior e esquecendo que tinha uma filha. Porque não continua com isso me deixa em paz? — engolir em seco ainda observando tudo, eu não sabia como reagir, e novamente o senhor respondeu.

— Eu só estava tentando trabalhar um pouco mais para deixar o seu futuro garantido e que nada te faltasse se caso viesse a falecer ou algo acontecesse comigo, por que é tão difícil para você entender?

— Quando é que você vai entender? Que eu não necessito de merda de dinheiro para ser feliz. Eu precisava do seu amor, coisa que você nunca me deu, sempre teve isso da minha mãe, eu não ligo para essa bosta de dinheiro que fique tudo para aquela imprestável da Madalene. — posso perceber também que Zara carrega muita mágoa do pai pelo abandono ele se aproxima tentando consertar as coisas.

— Filha, por favor, se você deixar, eu ainda posso ser esse pai amoroso e carinhoso que você sempre quis ao seu lado? Eu te amo, minha filha, apesar de todos os meus erros.

— Para, por favor, vá embora! Você está agindo comigo como fazia com a mamãe toda vez que ela ameaçava te deixar, mas eu não sou ela. Vai embora daqui, some da minha vida e me deixa em paz! Você me faz mal, não percebe isso? Até mesmo quando estou tentando viver a minha vida, fica me pedindo de conquistar os meus sonhos e viver da maneira que eu quero.

Realmente era uma situação bem complicada, percebo muitas desavenças entre pai e filha e posso acreditar que quem tem muita culpa dessa história toda é a tia com aquela prima dela que afastaram esses dois, porém o senhor foi fraco que não soube lidar com a dor e criar filha.

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