O sol estAva ainda a nascer quando Clara levantou e foi preparar um café sem fazer muito barulho. Queria deixar algumas coisas pronta para que Carol pudesse ter atenção ao acordar. Em silêncio estava a preparar na cozinha um café quando se virou foi surpreendida por Jorge a olha-la e ele se aproximou -Bom dia, dormiu bem? Perguntou ele Se aproximando levemente dela. Deu uma mordida nos lábios e mais um passo em sua direção Clara por sua vez sentia o coração bater mais e mais forte a cada passo que ele dava em sua direção -E a noite ? Se divertiram? perguntou ela Jorge perto se aproximando da pia, passou proximo a seus ouvidos e falou baixinho -Voce não estava aqui. Eu fui dormir Ela sem saber o que responder logo jogou sua preocupação sobre o que poderia ter acontecido -Mas Ana estava? entregou o copo a ele e foi em direção a porta olhando a varanda da casa que ficava de frente para a rua.O sol estava a nascer e começava a clarear a rua e as árvores, os pássaros estavam
Retornaram para dentro, tentando disfarçar a intensidade do que havia acontecido, mas Tito já estava ligado no movimento. Ele continuou deitado no sofá, os olhos semicerrados, mas com um sorriso no rosto. Assim que Jorge entrou, Tito se levantou rapidamente.— Parece que tem cheiro de café por aqui — disse ele, passando ao lado de Jorge e sorrindo de maneira travessa. — E aí, parceiro? Parece que resolveu as coisas.Jorge apenas fez um sinal de positivo, um sorriso satisfeito nos lábios enquanto se espreguiçava no sofá. A leveza do momento contrabalançava a intensidade que ainda pulsava dentro dele.Enquanto isso, Clara sentiu uma mistura de emoções. A adrenalina ainda corria em suas veias, mas ela sabia que precisava voltar à realidade. Foi até o quarto para ver se Carol já estava acordada. O coração batia acelerado, mas suas pernas ainda estavam trêmulas, uma lembrança do que havia acontecido momentos antes.Ela entrou no quarto, encontrando Carol ainda dormindo tranquilamente, o ro
Era fim de tarde de outono e as folhas estavam a cair das árvores, algumas caiam tão lentamente que pareciam dançar com vento até o chão. Clara não queria voltar para casa após a alta do hospital, com olhos cansados, segurava sua bolsa enquanto observava Ruan do lado de fora do quarto do hospital, onde ele assinava alguns papéis. O médico, preocupado com as quedas frequentes de Clara, começou a questioná-la, mas foi rapidamente interrompido por Ruan seu esposo. -A senhora tem certeza que foi isso mesmo que aconteceu? É a terceira entrada no hospital da senhora como queda. Gostaríamos de saber como tem sido essas quedas? - Eu.... (clara logo é interrompida) -Ela nao está se alimentando direito já falei com o doutor, ela que precisa se alimentar, mas pode deixar vou ficar de olho - respondeu Ruan duro e seco já pegando a mão de Clara para sair do quarto. - A senhora tem algo a completar sobre as queda, como que machucou o tórax? E o ferimento da cabeça? - O que o Doutor est
O céu estava alaranjado, típica tarde outono e como de costume da cidade teria a festa do outono, festa onde conheceu Ruan isso a Fez lembrar do início quando tudo começou ela ainda se lembrará do primeiro encontro cada detalhe... O namoro foi rápido, Ruan tão encantador, com sua voz melodiosa cantando nas festas da cidade, atraia olhares diversos, até que seus olhares se cruzaram. Filho único de um policial da cidade, muitos os conheciam pois seu pai o criará sozinho desde seus dois anos quando sua mãe misteriosamente sumiu, gostava de cantar nas festas com seu violão. Estava a se formar como policial como o pai Clara, uma jovem tímida, não costumava sair muito de casa, morava com a tia desde criança quando seus pais morreram em um acidente de carro. Ela não tinha muitas lembranças deles. Gostava de estudar e não tinha muitos amigos. Era mês de maio, iria ter a festa do outono na cidade de Sant'ana e Ana sua amiga e visinha era mais popular na escola, conhecia algumas pessoas
Ana e Clara estudaram juntas alguns anos na escola, e as duas se tornaram muito amigas na vida e com o decorrer dos anos tinham sentimentos de irmãs uma com a outra. Compartilhavam confidências, sonhos e medos. Ana sabia sobre as noites solitárias de Clara e o comportamento errático de Ruan com os anos. Ela oferecia apoio e conselhos, tentando ajudar Clara a encontrar um caminho para sua felicidade. Certa tarde, enquanto Ana a visitava em sua casa, após Ruan a ter agredido-a, Ana olhou para Clara com preocupação. — Você sabe que merece ser feliz, não é? Existe um mundo aí fora esperando por você. — disse Ana, segurando a mão da amiga que estava tão gelada como seu coração. Clara suspirou, olhando para o horizonte. — Eu sei, mas as coisas não são tão simples. Tenho minha filha para pensar. E, apesar de tudo, há momentos em que Ruan parece querer mudar. O que eu poderia fazer longe dele. Ana balançou a cabeça, compreensiva. — Eu entendo. Mas você não pode viver assim para sempre.
O dia ainda começava a nascer .. as nuvens começavam a clarear no céu .. com o silêncio poderia ouvir os pássaros cantando ao novo dia. Jorge tentou dormir mas sua adrenalina ainda estava alta para conseguir fechar os olhos decidiu se levantar junto aos pássaros pois a noite já havia sido longa em seu quarto. Ainda ressoava em sua mente o estampido dos tiros que atingiu a cabeça de Sarah a mulher de Afonso, tráficante de diamantes e heroína qual Jorge tinha negócios em atividade. Jorge, rapaz forte de altura mediana, cabelos curtos castanhos, com olhos esverdeados, chamava a atenção das mulheres por sua beleza jovem. Seus braços torneados evidenciavam seu vigor físico, e, aos quase 30 anos, era um homem de presença marcante. Atuava como negociante e transportador de heroína. Ainda novo começou a se envolver com o transporte de pedras preciosas e heroína aprendeu e criou rotas que a polícia não conseguia encontrar, era rápido e inteligente, negociava preços e com o tempo com
Clara havia planejado com Ana sua fuga dias antes. E no fim da tarde, enquanto Ruan estava trabalhando, Clara arrumou as malas dela e da filha, e deixou uma carta explicando sua decisão. Disse que não poderia mais viver naquela situação, que precisava de paz e estabilidade para si e para a filha e assim que possível entraria em contato. E partiu ao encontro se Ana Ana, que morava no emprego pediu ao patrão Sr. Leonara para que Abrigasee Clara por alguns dias — Sr. Leonara, minha amiga Clara está passando por uma situação difícil em casa -explicando a situação a ele. - Ela e a filha precisam de um lugar seguro por alguns dias, seu esposo é policial, é conhecido na cidade, não poderá encontra-la. Será que elas poderiam ficar aqui temporariamente?— pediu Ana, com uma expressão de preocupação — Claro, Ana. Sei que você não pediria isso se não fosse realmente necessário. Elas podem ficar aqui o tempo que precisarem, ainda mais sabendo de tudo que ela vem enfrentando desse covarde— re
Jorge chegou tão rápido a casa do irmão que podia sentir seu coração pulsar forte, a governanta que muito gostava dele lhe permitiu rapido a entrada oferecendo um suco enquanto chamava por seu irmão Leonara. -"Jorge!!" - Leonara exclamou confuso mas sabendo que algo ruim havia acontecido pois já era tarde. Sabia do trabalho ilegal do irmão, mas sempre tiveram boa relação e isso não o impediam de terem as boas relações como sempre tiveram. - Algo deu muito errado Mano! Preciso que me ajude a sair rápido da cidade, do estado, do país! preciso ir para algum lugar seguro .... mas não posso usar meus contatos e nem meu nome. Preciso que me ajude a sair sem que ninguem saiba. Pensando no horário e na possibilidade de todos estarem dormindo, Leonara decidiu que seria muito arriscado sair pedindo ajuda naquela hora. Qualquer movimento poderia chamar atenção indesejada. Resolveu, então, esperar até de manhã para resolver a situação com mais cautela. -Venha! Vá se deitar esta tarde. Des