Foram horas assim até que gozamos e ficamos exaustos. Eu tinha medo de admitir, mas talvez aquele tenha sido o melhor sexo da minha vida. Com a cabeça deitada no seu peito direito, eu assistia ao fogo crepitar com a sua lenha quase ao fim.— Sei onde está a porta — disse ele, quebrando o nosso silêncio confortável e duradouro.Olhei-o.— E você sabe o que tem lá dentro.— Sei.— Então me leve até lá.Respirando fundo, ele assentiu. Vestimo-nos e deixamos o quarto. Fomos para o outro lado do andar e paramos no meio do corredor leste, diante de um quadro gigantesco.— Está preparada? — ele perguntou.— Sim!Jake aproximou-se do quadro e apertou um botão camuflado na sua moldura talhada à mão. Um estalo foi ouvido. Então, puxou-o, abrindo-o como uma porta.— Ah. Meu. Deus! Isso é incrível!Acendi a lanterna do celular e entrei no cômodo.— Cuidado onde pisa — alertou-me, vindo logo atrás de mim.Percorri a lanterna pelo espaço, observando-o. Não tinha janelas e nem outra saída. Mas havia
Os seus lábios se aproximaram dos meus, e um beijo cuidadoso iniciou-se. À medida que a sua língua se enroscava com a minha, eu sentia o desejo aflorar. Jake ergueu-me do chão e colocou-me sentada sobre um móvel. Ele encaixou-se entre as minhas pernas, e eu enlacei a sua cintura. Rapidamente, desafivelei o seu cinto e abri o botão da sua calça. Ele retirou o meu casaco e depois a minha camiseta. Ajudou-me com as botas e depois com a lingerie. Abri os botões da sua camisa e deslizei as mãos pelo seu peitoral.O beijo era ganancioso, deixando-me a cada segundo mais excitada. Eu podia sentir o desejo queimar na minha pele e revirar as minhas entranhas. Era intenso. Aliás, tudo entre nós era intenso. Cafona o que vou dizer, mas parecia que eu estava enfeitiçada.Jake afundou o seu membro dentro de mim, fazendo-me gemer alto, cheia de ansiedade. A sua boca foi de encontro aos meus seios e chupou-os com certa pressão na sucção. Agarrei os seus cabelos e puxei-os. A sua língua arrastou-se pe
Ao entrar na hospedaria, a primeira pessoa que avistei foi Candice. Ela observou-me rapidamente com olhos estreitos e sorriu, como se soubesse o que se passava na minha cabeça ou o que eu tinha visto há pouco.Subi para o segundo andar e tranquei-me no quarto. Deixei as coisas que carregava sobre a cama e sentei-me no chão. Eu precisava ir a um psiquiatra. Mas foi tudo tão real! Eu não transei com a minha imaginação. Ela também não me guiou pela casa ou me amparou quando quase caí da escada. E se fosse real? E se fosse mesmo o espírito de Jake Whitewood? O sobrenatural existe, de fato? Se eu ainda não estava louca, agora estava quase lá.— Preciso voltar. — Uma necessidade urgente surgiu no peito, implorando para que voltasse à mansão.Apanhando a chave do carro, dirigi de volta para o alto das colinas. Ao descer, encarei a casa sentindo um imenso nervosismo. A passos lentos, caminhei até a porta. Ao passar por ela, Jake estava sentado na escada. Ele encarava a entrada como se esperas
Candice parou à sua frente e esticou a mão, mas foi estranho. Os seus dedos pareciam ter entrado da sua pele e depois saído.— Não consigo senti-lo. Existem outros aqui?— Por um tempo, sim. Mas agora é apenas eu.— O que prende você aqui?— Acho que não saber o que de fato ocorreu naquela noite. Sinto-me culpado.— Para você fazer a passagem, precisa se livrar das dúvidas e da culpa. Tentem descobrir o que aconteceu. Acredito que isso será suficiente para encontrar a paz e ir embora.— Desvendar um crime cem anos depois? — perguntei.— Nenhum segredo fica guardado para sempre. E a polícia era mais precária naquela época do que é hoje.— Okay — respondi.— A minha bisavó trabalhava para a sua esposa.— Eu me lembro — Jake respondeu.— Ela falava bem da Laila. Dizia que Kate era uma doce menina. Em breve vai revê-las, eu sinto isso. Mas precisam ser rápidos. Outubro é um mês sobrenatural e especial, pode ajudá-lo com a passagem. Depois das onze e cinquenta e nove do dia trinta e um, ta
Logo que amanheceu, retornei à mansão. Ao passar pela porta, Jake estava escorado na parede do corredor que levava ao hall, de olhos fechados. Parei à sua frente e repousei as mãos em sua cintura.— Sabe do que sinto falta? — Abriu as pálpebras, olhando-me. — De sair para caminhar no sol.— Sabe por que não pode sair da casa?— Acha que ficamos presos ao local onde morremos. Eu já tentei sair, mas sempre apareço aqui dentro outra vez.— Sinto muito. — Acariciei sua face, enquanto ele fazia o mesmo nos meus braços.— Como vai a sua investigação?— O que você tem a me dizer sobre Anne?— Era a babá da Kate. Foi tutora dela depois que Laila e eu morremos.— E o que mais?— Ela era irlandesa, não tinha família aqui, nunca se casou e pulou do terceiro andar em uma noite chuvosa.— Como era a relação dela com Laila?— Muito respeitosa.— Depois que ela morreu, ficou aqui como você?— Não. Mas por que tantas perguntas sobre Anne?— A bisavó de alguém disse que ela tinha muita inveja da Laila
Levantei-me e caminhei até as roupas sobre o banco em frente à penteadeira. Vesti-me e olhei-o uma última vez antes de ir. Lá embaixo, o pessoal da reforma se preparava para ir embora. O restaurador de quadros estava fazendo um trabalho incrível. A equipe, que trouxe diretamente de Nova Iorque, fazia uma reparação impecável no quarto do sexo. Se Jude soubesse quais tipos de cliente o senhor Whitewood receberia aqui, ela não mais sentiria o seu negócio ameaçado.— Você sumiu a tarde toda.— A mansão é grande, e existe muito trabalho a fazer, Ben.— Não duvido disso. Acha que conseguimos até antes do Natal?— Sim. Se for o caso, chamamos mais empreiteiros.— Ótimo. É... eu não sei se a minha mãe falou com você, mas todo Halloween, nós temos um baile no centro comunitário. Fica no centro, ao lado da prefeitura. É uma festa à fantasia.— Ah, eu não estava sabendo.— Seria legal se fosse. A cidade toda vai, incluindo as crianças.— Está querendo me convidar para ir com você, Ben?Ele olhou
Colocando-se de pé, Jake estendeu-o na minha direção. Eu o apanhei e sentei-me na cama, desenrolando cuidadosamente o tecido. O diário estava ali há muito tempo. Já poderia estar degradado. Mas, para a nossa surpresa, estava em bom estado.— Achamos — disse, encarando a capa que dizia: "Privado! Pertence à Anne Storm."— Você precisa se secar. Vamos para o segundo andar; vou acender a lareira.Jake acendeu o fogo, e eu tirei toda a roupa, sentando-me à frente das chamas. Depois, ele colocou as peças para secar e cobriu-me com um cobertor.— Está preparado? Pode ter coisas importantes aqui, ou pode não haver nada.— Vamos ler. Acho que ela não irá se importar.Abri o diário e iniciei a leitura em voz alta. Ela começava datando o dia e dizia ter se despedido do diário anterior, queimando-o. Anne iniciou aquele na noite antes do incêndio. Nele, ela narrou com riqueza de detalhes a raiva que sentia de Jake e Laila Whitewood. Chamava-os de pecadores e profanos. Ela dizia que a família não
Deitada diante da lareira, acabei pegando no sono. Acordei com um pouco de frio, percebendo que o quarto estava claro. Já era dia. O fogo havia se apagado. Escutei barulhos lá fora e caminhei até a janela. Os homens da empreiteira haviam acabado de chegar. Vesti as minhas roupas, dobrei os cobertores e guardei-os no baú.Ao sair do quarto, olhei para os lados, procurando por Jake. Eu não o estava vendo nem sentindo. Com o diário na mão, deixei a casa.— Oi — disse Ben. — Dormiu aqui? — perguntou confuso, observando as minhas roupas.— Dormi. Vou para a hospedaria agora, volto mais tarde.Entrei no meu carro, sem dar mais espaço para perguntas. Depois de um banho e café da manhã, fui até a loja da Candice.— O-ou! Não está com uma carinha boa — falou ela.— Achamos o diário.Os seus olhos se arregalaram, e os ombros ficaram tensos.— E então?— Anne e George, o zelador, provocaram o incêndio.— George Foster é o avô da Jude.— Eu sei. Ele recebeu joias como pagamento pela ajuda. E Anne