Jessica.
Meu coração b**e forte quando vejo as imagens que vieram naquele envelope e os documentos que certificam que sou uma tola.
“Como acreditei em você?”
Deixe-me arrastar, deixe mentir para mim, me trair e dessa forma. Vector não é o que ele afirma ser, ele não respeita sua própria palavra, mas ele faz isso comigo. E eu estou aqui esperando que ele volte da Alemanha, meu coração batendo no meu peito, correndo por nós, mas ele realmente corre para mim sozinho. Isso acreditei na fantasia, eu anseio por essas frases e as mantenho como pilares de algo que nem sequer existe.
Eu deixei o envelope cair no chão, ao lado do meu coração, ambos rastejando no chão. A única coisa que eu levanto é o meu orgulho quebrado e com ele eu tomo a decisão de sair. Para deixar tudo isso para trás.
Eu procuro o telefone e disco seu número, ele deve estar dormindo ou compartilhando uma cama com uma mulher, eu nem sei. Depois de dois tons, ele atende e a primeira coisa que vejo é o seu rosto confuso e sonolento.
— O que aconteceu? —fala sentado na cama. — O que tem? —Continue com as perguntas quando vejo que não posso falar, os meus olhos enchem-se de lágrimas.
— Victor! —a minha voz está quebrada. — Para dizer adeus. — Os olhos dele se abrem.
— Adeus? — Acenda a luz, mostrando que está sozinho. — Se é porque não trouxe para a Alemanha, já disse isso…
— Tudo o que disse é mentira, Victor. — Eu cortei.
— Do que está falando? — Além disso, o mal-entendido é feito.
Eu me curvo e pego as folhas que vieram até mim naquele envelope marrom, que eu nunca deveria ter aberto. Mostro as imagens que brilham nas fotografias, umas novas e outras antigas. Seus olhos escurecem e o que ele faz é me ver com preocupação.
— Eu posso…
— Espere, esta é a melhor parte. — Eu mostro o documento.
Não suporto a dor e deixo as lágrimas e os papéis caírem no chão mais uma vez. Eu choro. Sinto-me traída, magoada e ainda mais sabendo o que me escondeu. Eu cubro minha boca com as duas mãos, impedindo que um soluço doloroso escape dos meus lábios.
— Jessica, eu pego o jato, volto, conversamos e...
— Vai mentir outra vez. — Eu interrompo outra vez. — Já não, mas sim, não hoje. — Eu nego. — Não quero ouvir, Victor. Se eu soubesse disso a partir do minuto, garanto que confiaria em qualquer coisa que você disser, no entanto, refiro-me aos testes. — As lágrimas continuam caindo na cara.
— Jessica, não vá. —fundamento. Eu vejo como ele se levanta e começa a se vestir. — Em poucas horas estarei aí e...
— E eu não estarei. —Eu sorrio tristemente. — Adeus, Victor.
Cortei a chamada, a ouvir o grito dele. O meu nome nos seus lábios será a minha cruz e o meu tormento.
Victor.
— Tem a certeza? — Informo-me com arrependimento.
Eu vejo Gustavo beber de sua bebida, ele tomou uma decisão que me desagrada e me deixa igualmente feliz. Por um lado, tenho o prazer de saber que você quer desfrutar de sua família, filhas e neta, você ganhou à mão livre. E, por outro lado, há a questão de quem irá substituí-lo na empresa e é aí que meus nervos estão em curto-circuito.
"Trabalhar com aquela menina não me trará nada de bom."
— Sim. — Quebra o silêncio. — São anos a dar vida a esta empresa, é altura de eu deixar o meu sucessor. — Fala despreocupado.
— Bruna está longe. — Embora eu saiba que ele não pensa nela, devo tentar mediar comigo mesmo.
Ele me dá um olhar de lado e um sorriso puxa em seus lábios. Ele está muito orgulhoso do que procrio e eu seria se fosse ele. Pena que a sua filha é uma mulher infernal.
— Jessica — o nome dela causa-me desconforto. — Sabe bem que a Bruna nunca esteve nos meus planos. Ela é uma mulher diferente, ela não tem caráter, ela é submissa e prefere o conforto de sua casa em vez de estar atrás de uma mesa. — Conhece-a muito bem, eu acho. — Mas Jessica, ela é...
— Fria, despótica, imperativa e altiva. — Eu o avalio sem pensar. O olhar de Gustavo assegura-me uma morte lenta e dolorosa. — A verdade não pode ofendê-lo. — Levanta uma das sobrancelhas. — Ela é boa no trabalho dela, mas tem um mau-humor, pior do que o seu. — Eu aponto.
— Tem uma semelhança consigo. — Eu penso antes de dizer. — Jessica, é como você. Ao olhar de qualquer um, eles parecem frios e despóticos, então se aprende a amá-los.
Eu tento sorrir, mas uma careta sai. Gustavo é uma das razões pelas quais gosto tanto da sua filha. Ela é sua princesa e eu não posso ter essas fantasias impuras. Eu tenho que me controlar toda vez que a vejo, eu tenho tentado me afastar de Jessica por um longo tempo, mas hoje seu pai a serve para mim em uma bandeja de prata.
— Gustavo, ainda acredito que não é uma boa ideia. Jessica é jovem, você vai colocar uma responsabilidade tão grande em seus ombros? É como cortar suas asas. Pense nisso. Mais do que o conselho, é um pedido interno.
— Victor, lamento que não goste de trabalhar com a minha filha —ele levanta-se com a pouca paciência que tem. — A minha decisão é tomada, Jessica será a minha sucessora e a sua parceira. — Fecho os olhos com pesar. — Numa semana, ela ocupará o meu lugar na empresa e, se vir, que não pode ter uma mulher ao seu lado.
Eu prego meus olhos para os seus. Eu não gosto do que ele diz, é um ponto fraco que ele toca sem medo ou remorso. Às vezes, ter um amigo pode se tornar seu inimigo, embora eu saiba que Gustavo não o expressa de maneira ruim, mas ele o faz com a intenção de aceitar sua filha ao meu lado. Ainda me irrita que ele libere uma dica tão direta que eu compreenda sem esforço.
— Espero que a tua reforma sirva para te rejuvenescer. — Levanto-me, sentindo o meu corpo a ferver de raiva. — E tirei o sarcástico. — Cuspir entre os dentes.
— Oh, Victor! Até sinto pena de você —vejo os meus olhos. — Numa semana será a nomeação da minha filha, espero que lhe dê o seu apoio. — Isso não foi um "por favor", soou mais como uma encomenda, acho. — Vai fazê-lo? — E perguntar.
— Tenho uma escolha? — Nego. — Há a sua resposta. — Acomodo o casaco preto que estou a usar. — Numa semana vou tornar-me a babysitter da sua filha. — Rosna.
A tal ponto que eu vá, eu vou me tornar um cão se eu continuar rosnando.
— E ela para ser a sua maior dor de cabeça. — Libere uma risadinha maliciosa. — Boa sorte. — Eu faço careta com os meus lábios.
Gustavo não vê ou imagina a seriedade do assunto. Ele não tem imaginação adequada para o que ele quer realmente de sua filhinha. Espero nunca descobrir. Devo ser mais esperto e não pensar com a cabeça baixa, mas com a de cima e saber que a Jessica é proibida.
(...)
Faltam apenas três dias para a minha tortura começar. Desde que o Gustavo me deu a notícia, não dormi nem comi bem. Estou a vender-vos a minha parte, se não o fizer, é porque nada me liga a este país e voltar ao meu não está entre os meus planos. A Alemanha só contém frio e não há nada para me trazer de volta.
Eu libero uma maldição, enquanto vejo o monte de contratos que precisam ser revistos e assinados. A secretária que eu tenho é mais incompetente do que ela poderia me tocar. Mas com a mudança de presidência, não posso dar-me ao luxo de demiti-la, até que Jessica saiba como funciona bem, vou aturar aquela mulher e depois vou procurar alguém que saiba de contratos. Rezo para que a menina se adapte o mais rápido possível.
Eu dou uma breve olhada no relógio na minha mesa, é quase sete e deve estar saindo, na verdade, horas atrás, o dia de trabalho terminou, mas ser o chefe tem seus contras, mesmo que não seja criado. E por mais que eu não queira ir, eu tenho que ir.
Meu amigo está esperando por mim para o jantar, ele e sua esposa me convidaram e eu não vou recusar, nem posso. Ane pode bater-me se eu a desprezar. Sua esposa tem temperamento, não há razão para deixá-la com raiva.
A única coisa que me conforta é que a Jessica se foi, deixou a irmã e aparentemente não voa até domingo, para que eu possa jantar em paz, sem ter de suportar a cara de porcelana ou as curvas de ataque cardíaco.
Eu decido ir, não posso mais atrasar o tempo.
(...)
— Victor, como está? — Ane recebe-me com um grande sorriso.
Ela e Camila compartilham a mesma beleza e caráter. Em vez disso, a menina é o reflexo do meu amigo.
— Bem, Ane e você? — é deixado de lado para entrar.
— Feliz, a minha neta me deixa de cabeça para baixo. — A pequena Clara tornou-se a maravilha desta família. — Em poucos dias podemos viajar para vê-la. — Eu aro uma das minhas sobrancelhas com curiosidade. — Uma vez que a Jessica assume a posição de Gustavo, finalmente teremos tempo para ir.
— Diz-me que.
— Que bom! — Eu exclamo monotonamente.Eles felizes e eu torturado pela beleza de sua filha, ótimo!— Jessica vai comportar-se. — Ane tem a minha atenção, pois me guia até à grande sala de jantar. — A minha filha prometeu ser gentil contigo, sei que não gosta — arranco uma das minhas sobrancelhas e ela sorri. — Não tem de ser um gênio para ver as faíscas entre vocês. — Virou a cara.A esposa do meu amigo tem um olhar indecifrável no rosto e estou prestes a descobrir o que ela quer dizer quando o marido entra na sala de jantar.— Victor, você chegou. — Ele diz, aproximando-se de mim.— Não, continuo na empresa. — Vire os olhos, enquanto me dá um pequeno abraço. — Como está com as férias? — Começo uma conversa trivial.— Aposentadoria. — Corrige-me. — Acostume-se, Victor. — Nem respondo, não quero pensar que não o vou ver mais.Felizmente, a Ane traz o jantar e sentamo-nos para comer. Ela fala sobre Clara o tempo todo, a pequena é a adoração de todos e até eu gosto dela. Ela é uma garot
Eu dou uma olhada em Victor, ele me vê estoico. Eu não mantenho meus olhos nele, pois meu pai pode suspeitar de meus pensamentos impuros.—Jessica, não é divertido. —repreende-me. Você não sabe que não é uma piada, eu acho. — Você está vindo? —mais uma vez me convida.—Não, tenho que trabalhar. Sabe que não gosto de perder tempo. —recusei o convite.—E você sabe que fica de mau humor quando não come —refute, cruzando os braços. —Vamos lá, vai demorar uma hora e você está de volta ao trabalho. —já não é um pedido, mas uma ordem.— Você não vai me deixar em paz? —balança a cabeça de um lado para o outro, como uma negação. — Bom! Vamos lá. —Eu resigno-me. —Embora o almoço caia como um chute de burro. —murmure entre os dentes.Eu saio de trás da minha mesa, pegando minha bolsa. Eu ando alguns passos, seguindo meu pai por trás e se não fosse por meus reflexos eu estaria colidindo com o enorme corpo. Eu o evito com agilidade, eu o golpeo com meus olhos. Embora eu não tenha feito nada, desde