Ele começou a caminhar pelo quarto e muitas coisas veio a sua mente, o momento na cama com Clara, todas as vezes que Clara garantiu não ser mãe de Isabel, sua timidez e falta de experiência no sexo. Ana sentiu um pouco de frio e quando institivamente tentou puxar a colcha ela não sentiu Adrian ao seu lado ela acordou assustada, ele se sentou na cama e viu Adrian sentado sério na poltrona que ficava de frente para a cama. - O que aconteceu? Ela perguntou puxando o lençol para cobrir seus seios. - Se vista. Ele disse. - Aconteceu alguma coisa com as meninas? Ela perguntou saindo da cama e se vestindo rapidamente. - Clara venha cá. Ele ordenou. Ela via sua imagem sentada no escuro apenas iluminada pela luz da lareira. Ele acendeu a luz do quarto – O que é isso? Ele disse lhe mostrando a colcha. - Eu... eu, ela não sabia como explicar. Ele estava bravo, decepcionado – Eu pedi para você, não mentir para mim. - Eu não menti. Ana começou a chorar e não sabia nem
Lopez disse preocupado, percebeu a angustia do amigo, Adrian sempre foi um cara inabalável, mas desta vez ele parecia muito nervoso. - Obrigado. Adrian respondeu indo até a recepção da pousada, desligando o telefone em seguida. - Bom dia, preciso de um carro é urgente. Ele disse com urgência. - Senhor não temos carro para alugar. Disse o recepcionista. - Eu compro o carro seja o que for, preciso de um carro até o seu, eu compro é urgente. Ele disse. O rapaz viu o desespero dele –O senhor pode pegar o meu, não é novo, mas é seguro. - Obrigado. Ele pegou a chave que o rapaz ofereceu e ele saiu. Na estrada ele olhava por todos os lados para ver se ela não tinha parado a beira da estrada. O movimento de carros já estava começando, estava amanhecendo. O telefone de Adrian tocou, seu coração se alegrou era Lopez. –Diga! A encontrou. - Na verdade não, o carro não passou pela entrada da cidade, ele tem que estar parado a beira da estrada, não tem outro caminho. - Como assim
No hospital Ana foi levada para exames. Adrian esperava na porta muito ansioso, não ligou para seus pais para não causar pânico. O tempo todo ele pedia a Deus que nada acontecesse com Ana e que ela pudesse perdoa-lo quando ele não deixou que ela se explicasse. Ele temia pela vida dela e também sentia por Isabel, como Isabel ficaria sem a mãe e agora sem Ana, ele certamente ficaria com ela, mas ele não queria aceitar a possibilidade de Ana não sobreviver. As horas pareciam intermináveis, a espera era angustiante até o momento que a porta da emergência se abriu e um médico, com aparência esgotada, veio até Adrian. - Senhor Adrian? Ele perguntou. - Sim, como ela está? Adrian perguntou ansioso. - Fizemos o possível, ela teve traumatismo craniano e fraturou a pena e duas costelas. Ela ficou muito tempo no frio, fizemos de tudo para não amputar nenhum membro por causa da hipotermia, graças a deus não precisou. Mas também graças ao frio intenso sua pressão arterial diminuiu de for
Bianca foi deixada em uma loja, quando as atendentes a viram torceram o nariz, mas ela, mesmo com raiva, insistiu escolheu uma troca de roupa rapidamente para sair logo da loja, a vendedora duvidou da capacidade de pagamento dela, foi então que ela estendeu o cartão. -É seu ou você roubou de alguém? A caixa perguntou. - Olha tive problemas você faça seu serviço porque senão eu volto aqui compro essa espelunca e coloco todas vocês na rua. Bianca disse com muita raiva. A mulher passou o cartão, Bianca colocou a senha, a caixa ficou desconfiada, mas não falou mais nada. Bianca saiu rapidamente e entrou no primeiro hotel que achou, lá também encontrou resistência, mas no fim depois de uma rápida pesquisa, o atendente do hotel descobriu que Bianca não se tratava de uma pessoa muito simples e fez a reserva. Quando ela saiu o recepcionista disse ao outro – Acho que ela não teve uma noite muito boa. Bianca subiu as escadas do pequeno hotel, e tomou um banho. Jogou suas roupas no li
Bianca abriu a porta, um policial entregou-lhe uma folha de papel e disse. - A senhora deve vir conosco. - O que é isso? Eu não fiz nada, por que vocês estão aqui? Ela disse nervosa. - Senhora nos acompanhe até a delegacia lá a senhora saberá e recomendo ligar para seu advogado. - Vai discutir aqui não vai adiantar, vai ficar tudo bem você não deve nada deve ser um mal entendido. Disse Diego. - O senhor quem é? Um policial perguntou. - Sou um amigo preciso ir também? - É bom que o senhor nos acompanhe também. Assim os dois foram levados para a delegacia, Bianca estava transtornada, mas Diego a acalmava, apesar dele também estar chateado por ter que ir a policia por causa dela. Diego não fazia ideia do que Bianca estava sendo acusada, ao dar ser ouvido Diego foi dispensado, pois a policia entendeu que ele não tem nada a ver com o caso de Antonio, Diego provou que estava fora da cidade em um resort com uma de suas amantes. No depoimento de Bianca já não foi tão tranquilo, ela e
- Senhor Adrian? O médico perguntou. - Sim como Ana está, o que aconteceu? Ele perguntou muito nervoso. - Me desculpe demorei, pois, uma paciente teve uma parada cardíaca, e tivemos muito trabalho para reanima-la. - E então. Ele disse apressado. - Ana ainda não acordou, mas tem uma coisa que está nos preocupando, já tem quase dez dias que Ana está em coma e hoje um de seus exames de sangue deu alterado um hormônio. - Que hormônio é este? É grave? Não importa quanto custe o tratamento faça se precisar sair da cidade me avise. Ele disse rapidamente. - Este é um hospital bem equipado e nossa equipe experiente, o hormônio pode indicar um tumor, você sabe se Ana tem algum caso na família? O médico perguntou. - Não que eu saiba doutor, mas o senhor tem certeza? Ana parece tão saudável! Ele disse angustiado. - Bom a não ser que ... - Que? Adrian perguntou ansioso. - Ela esteja gravida, mas se for assim é um milagre sofrer um acidente como aquele, passar dias em coma e a gestação es
Ele não sabia o que se passava em sua mente. Ao reparar mais de perto ele viu correr lágrimas de seus olhos, o coração de Adrian se apertou em pensar quanto sofrimento Ana pode ter passado em sua vida e ele também não foi tão bom com ela. - Ana, Ana... Acorde é apenas um sonho, estou aqui pode ouvir minha voz? Ele disse baixinho a ela. Neste instante Ana apertou sua mão e abriu os olhos, seus olhos verdes estavam úmidos pelas lágrimas. Ela tentou falar alguma coisa, mas pelos aparelhos ela não consegui pronunciar. - Isabel? Adrian perguntou. Ela apertou sua mão para confirmar. - Ela está bem, com minha mãe e Mercedes não se preocupe estão todos bem, só se preocupe com você. Ana levantou um pouco sua mão fazendo um gesto para que ele se aproximasse ainda mais, ele se aproximou de sua mão. Ela se esforçou e tocou o rosto dele, a barba estava longa e sem corte, ele parecia mais magro e abatido. Adrian entendeu o que ela queria dizer e seus olhos também se umedeceram, ele segurou s
Quando Ana desceu de cadeiras de roda e viu Sofia e Isabel no colo da mãe de Adrian ela sentiu como se fosse uma família, apesar do pouco tempo de convívio. Ela chorou emocionada. - Não chore, querida é sua família que veio de buscar. Ele disse ao ouvido dela enquanto empurrava a cadeira de rodas. Sofia correu ao encontro de Ana. - Clara!! O que aconteceu? Eu estava com muitas saudades. A pequena disse abraçando as pernas de Ana, chorando. - Não se preocupe meu bem, foi só um susto estou bem, com muitas saudades de você e Isabel. - Olha Isabel, já anda bem sozinha eu ajudei. Disse a garotinha orgulhosa de si. - Que maravilhoso! Ana afagou seus cabelos. Ao chegar mais perto Ana pode ver o quanto Isabel cresceu nestas semanas que ela esteve fora. - Deixe-me pega-la um pouquinho. Ela disse chorando e esticando os braços. - Cuidado, lembre-se que o médico disse. Adrian a alertou colocando Isabel sentadinha em seu colo. A família feliz caminhava até o carro, estavam aliviados em