- Clara você está com fome? Ele perguntou, mostrando a garrafa e o pacote de castanhas. - Não se preocupe estou bem. Ela disse se encolhendo, tentando se esconder sob a manta. Ele abriu a garrafa de vinho e jogou um punhado de castanhas a beira da lareira para esquenta-las. Ele serviu vinho para ela e para ele. - Obrigada. Ana agradeceu. Ele bebeu um pouco e tirou umas castanhas do fogo descascando-as e dando a ela. Eles comeram e conversaram, Adrian contou de quando vinha para a cabana com seu pai, os dois caçavam juntos.Já fazia um tempo que eles não vinham, ele já até tinha se esquecido da cabana. Ele perguntou sobre ela, Ana contou que seu pai havia morrido quando ela ainda era menina. Desde então viveu sozinha, contava somente com seu padrinho. Ela não mentiu, ela apenas omitiu alguns fatos. O vinho estava fazendo efeito em Ana, que não tinha costume de beber. Adrian olhou para ela, seus cabelos ficavam ainda mais brilhantes com a claridade das chamas da lareira.Seu r
Ela sentiu ciúme de Adrian e uma inveja cresceu dentro dela. - Vocês dormiram jutos? Ela perguntou quase instantaneamente, sem perceber. O casal se assustou ao ouvir a voz de Veronica. - O que você faz aqui tão cedo? Onde você estava ontem? Adrian perguntou em tom de desagrado. Neste momento Ana não queria se envolver, soltou o braço de Adrian e foi direto para a cozinha, procurar Mercedes ela queria ver Isabel e Sofia. Veronica viu Ana se afastando, ela aproveitou para fazer uma cena para tentar justificar sua ausência no dia anterior. - Estava com muita dor de cabeça, tomei um medicamento e não vi quando procuravam por Sofia, mas agora está tudo bem. - Sofia estava sob seus cuidados como pode ser tão irresponsável? Até Clara se deslocou de sua casa para procurá-la. Ele disse olhando firmemente para ela. Veronica tentou segurar o braço dele, que rejeitou o toque. - Olhe eu sei que errei, mas não tive intenção, Sofia é muito mimada está sempre fugindo eu já te disse que ela p
Bruno falou com Guilherme, o detetive que investigava a morte de Antonio. - O que você conseguiu encontrar? Ele perguntou curioso. Bruno se importava com Antonio, mas o que mais lhe perturbava era que se ele tivesse conseguido falar com Antonio a tempo, talvez Ana ainda estivesse viva e ele teria uma chance de lhe pedir perdão. - Consegui com o bar a autorização para ver as imagens das câmeras, sabíamos que havia uma mulher com ele, mas não sabemos quem ela é, talvez ela possa dar alguma pista. - Esta é a mesma mulher que estava com ele na boate? Perguntou Bruno. - Não sabemos, como a boate tem acordo de sigilo, tive que pedir na justiça para ver as imagens das câmeras, estou aguardando. Bianca estava muito tensa nos últimos dias por conta da frieza de Bruno e sua determinação em esclarecer a morte de Antonio. Ela ligou para Diego, queria encontrá-lo. Diego, o amante secreto de Bianca, ouviu pelos corredores da boate sobre a morte de Antonio e ainda que a polícia havia investig
Ana ficou a maior parte do tempo em casa com Isabel, apenas mandou uma mensagem para Mercedes para saber de Sofia, ela desconfiava de Veronica. Adrian passou o domingo com Sofia, foram visitar juntos as vinhas, ela gostava de passear e depois ele se lembrou do parque onde Clara estava com a garotinha. Ele resolveu levar Sofia lá para brincar, havia outras crianças lá e o ambiente era bom, ele também arriscou, queria encontrar Clara. Ana colocou Isabel no carrinho e saiu para passear, o clima era bom ensolarado e vento fresco. Isabel crescia a olhos vistos, era inteligente e risonha. Ana gostava de passear com Isabel, caminhar ao ar livre fazia bem para o corpo e para a mente.No caminho até o parque, Ana passou por uma igreja, entrou e fez uma oração para Clara, ela pediu proteção para ela e Isabel, ao fim se lembrou de Sofia e dos problemas que ela enfrentava, também rezou por ela. Sentado em um banco Adrian observava Sofia brincar com outras crianças era a primeira vez que ele a
- Não estou mentindo, deve ser Clara! Ela inventou coisas a meu respeito, colocando Sofia contra mim, ela disse em desespero. - O que Clara tem a ver com isso? Porque ela faria isso? - Eu não sei, inveja? Ciúme? Não sabemos de onde essa mulher veio. Ela disse chorando. - Porque você acha que ela teria ciúme? Ela está aqui a pouco tempo. - Ela deve ter interesse em você, ela tentou te seduzir não tentou? Foi por isso que você deu emprego a ela! Ela é jovem e bonita! - Não diga bobagens! O que estou te perguntando não tem nada a ver com Clara, se eu souber que você ou qualquer pessoa prejudique Sofia eu não responderei por mim. Ele ia dizer a ela que a viu saindo do quarto de Sofia, mas isso a deixaria apreensiva e caso ela estivesse mesmo provocando Sofia ele não conseguiria saber, mas ele já não via mais Veronica com os mesmos olhos. Veronica saiu fingindo estar ofendida, na verdade, ela estava muito irritada. “Será que aquela garota insuportável disse alguma coisa”? Ana como
Os dois continuaram o caminho em silencio, Ana estava certa o caminho era muito bonito e sol da manhã sobre as parreiras deixava a paisagem ainda mais bela. O clima era fresco e ventava um pouco, o sol brilhava e não havia nuvens no céu que era de um azul lindo. Quando chegaram Ana viu um prédio grande parecia uma construção antiga com grandes arcos e de tijolos a vista, na entrada dois pinheiros muito altos um em cada lado da entrada. - Vamos. Ele disse abrindo a porta para Ana. Ela parou ao pé da escada e olhou para cima a construção era muito bonita e imponente. - Então o que acha? Ele perguntou passando o braço sobre os ombros dela. Ela olhou para ele meio tímida – Sim é muito bonita. - Vamos entrar, lá dentro você verá como é feito o vinho que você tomou no sábado, depois vamos ver a plantação. Conforme os dois iam caminhando pela fabrica os funcionários os cumprimentavam calorosamente, dava para perceber a admiração e respeito que tinham por Adrian. O lugar era incrível
Ele fechou a porta novamente e continuou o trabalho. Ana acordou assustada, levantou rápido ajeitando suas roupas. Ela dormiu por duas horas ou mais, estavam no meio da tarde. Ela saiu do quarto e viu Adrian focado no trabalho. - Oi, você está ocupado? Dormi. Ela disse, se sentindo envergonhada. - Não já terminei, você estava cansada, agora podemos ir. Ele disse fechando a pasta e guardando-a em uma gaveta. Ele se levantou e no caminho pegou um chapéu, que estava pendurado em um gancho na parede, colocando-o sobre a cabeça de Ana – Você pode se queimar, vamos. Ao chegar no pátio Adrian fez um sinal e um funcionário lhe trouxe um trator muito pequeno, ele sentou no banco e mostrou a asa do trator para que Ana sentasse. - Aqui? Ela perguntou curiosa. - Tem medo? Pode ir no meu colo se quiser. - Eu vou aqui mesmo. Ela disse se encostando na asa ficando de pé ao lado dele. Ele riu e saiu com o trator. Com o movimento do trator e o vento Ana tinha que segurar o chapéu com uma das
Ana saiu para pegar o ônibus, Adrian correu e entrou no quarto e ficou esperando ela entrar no ônibus, ele a seguiu. Ana desceu no centro igualmente ele fez quando pegou carona com ele e Rubens, ela entrou no mercadão, ele estacionou e entrou também. Ana andava depressa entre as gondolas e os box de frutas e legumes, tinha muita gente e Adrian a segui de longe não queria ser visto. - Desculpe, me desculpe. Uma moça tropeçou em Adrian e derrubou uma sacola de laranjas ele ficou sem saber o que fazer, não sabia se segui Clara ou se ajudava a moça recolher as frutas. - Está tudo bem. Ele disse se abaixando e recolhendo as frutas rapidamente com suas mãos ágeis e grandes. Ele deixou a moça para trás e correu para alcançar Clara, mas a perdeu de vista. Ana saia pela porta e atravessa a rua entrando em um beco saindo em outra rua, se ele não acompanhasse nunca saberia onde ela havia entrado. Adrian se sentiu frustrado e irritado, mas estava decidido descobrir o que havia com Clar