Os dias foram passando, Ana ajudava Clara nos afazeres e também nas contas da casa. Na pequena chácara ela tinha uma horta que estava desativada, pois Clara já não podia cuidar, também umas galinhas poedeiras. Ana tratava das galinhas, limpou o quintal e podou algumas arvores frutíferas, um vizinho a viu fazendo isso e ofereceu ajuda, Ana aceitou as pessoas do lugar eram muito boas. Ela foi em uma lojinha e comprou agulhas de tricô e linhas notou que Clara não tinha enxoval para Isabel e já estava adiantada a gestação, ela iria tricotar algumas peças. Ela aproveitou para encomendar algumas roupinhas para a lojista que de tempo em tempo ia para a cidade. Quando Ana chegou com as linhas Clara ficou espantada. - Você sabe tricotar? - Sim, aprendi com minha avó, vou fazer umas coisas para Isabel, pedi também para a lojista umas peças de roupa para ela, tem que prepara o enxoval da pequena. - Sim eu precisava ir á cidade, mas não me senti m
Ana e Clara partiram de carro, ele não poderia rastreá-la, afinal o carro estava no nome de Clara. Embora Clara estivesse fugido, não a procuravam mais, o pai de Isabel havia sido morto, logo Clara não precisava fugir mais, mas ainda assim ela fugia. Ana se perguntou se tinha mais alguém de quem Clara fugia, ela não quis mexer nas feridas da amiga e quando ela quisesse falar, ela a escutaria. Elas rodaram alguns quilômetros e até encontrar uma parada, como Clara já estava bem adiantada na gestação, elas tinham que parar para ela descansar. Foram quatro dias, assim, dormiam em pousadas e paravam para comer e aproveitar as belezas naturais no caminho, mas Ana estava preocupada com a amiga, tinham que se instalar logo. A cidade escolhida foi uma cidade de fronteira como já tinham combinado a cidade se chamava Uruguaiana, ficava em outro estado, elas atravessaram um Estado todo. A cidade era razoavelmente grande, se fossem para uma muito pequena elas poderiam chamar atenção, além di
Ele aceitou e mandou para Ana os valores que as ações estavam valendo na bolsa, ele ofereceu a ela vinte por cento a mais pelas ações e por seis meses o lucro das ações. Ana ficou muito feliz, ela queria que seu padrinho ficasse com as ações, ele cuidaria delas como seu pai faria. Sua mãe quando soubesse ia surtar. Ela aceitou de bom grado, em outra época ela não aceitaria, pois não gostava de “tirar vantagem” dos outros, mas hoje ela precisava do dinheiro para o tratamento de Clara. Ela o instruiu a depositar o dinheiro direto na conta de Clara para não chamar a atenção de Bruno. Depois que Clara se recuperou do parto, Ana a acompanhou até o hospital e ela iniciou o tratamento. Ana precisava trabalhar não sabia quanto ficaria o trabalho todo além disso tinha que pensar nos gastos e futuro de Isabel. Ana sempre gostou de cozinhar, ela conseguiu um emprego numa panificadora, o horário de trabalho era excelente, ela entraria as quatro da manhã saindo as dez, dava para levar Clara p
“ Ana onde você está? O que anda fazendo, me desculpe! ”. Bruno lastimou caminhando sem rumo pelo calçadão.Bianca ficou frustrada, ela realmente achou que Bruno a levaria para jantar, já havia tanto tempo que Ana tinha desaparecido e ele ainda estava aos cacos a procurando “tomara que ela esteja morta”!Ela pensou com raiva, entrando em seu carro e se dirigindo até uma boate não muito longe dali, lá tinha um carinha que ela encontrava toda vez que levava um fora de Bruno.Ele não acha que vou ficar sozinha enquanto espero por ele! Ela sorriu ao pensar. O cara era um ‘garçom’ da casa que ‘prestava alguns favores’.Ela entrou e logo o viu numa mesa com quatro garotas, uma delas puxava a gravata dele de forma insinuante, todas riam, já deviam estar bêbadas.Ele era bonito, mas não se comparava a Bruno, além disso era apenas um garçom com uns atributos a mais.Ela caminhou até ele, e olhando para a garota que o estava segurando pela gravata.- Este garoto está em serviço e agora ele vai
Bianca reconheceu o detetive de Bruno sentado sozinho no balcão, ela sabia que ele procurava por Ana a mando de Bruno, curiosa ela foi até ele toda coquete. - Senhor detetive, está comemorando algo? Posso me sentar com você? Ele olhou para ela meio incrédulo, tirou a pasta que estava na banqueta ao lado, sorrindo ele disse: - Claro, sente-se! Estou contente, um trabalho parece concluído, comemoras comigo? - Claro, este trabalho tem a ver com Bruno? Ele parece tão ranzinza ultimamente, não é? Pobre do meu amigo. Ela disse melosamente. Ele todo vaidoso: - Sim, eu tinha um trabalho muito complicado, mas por fim eu consegui resolver e acho que seu amigo vai ficar muito feliz. - Posso saber que trabalho é este? Ela perguntou passando o dedo indicador na borda do copo e depois levando-o na boca de forma sexy. Ele ao ver isso engoliu seco e não pode evitar de pensar coisas impuras. - É sigiloso, mas você ficará sabendo, tenho tudo que ele precisa nesta pasta. - Interessante, vamos c
Clara, usando o telefone fez umas ligações e deu seguimento ao seu plano, ‘hoje com a internet se consegue muita coisa’ ela pensou. Quando a enfermeira abriu a porta para trocar seu soro, ela viu a faxineira ao longe vigiando seu quarto. Bruno estava ansioso para encontrar Antônio, mas ele não apareceu o dia todo, ligava para ele e seu telefone estava desligado. Ele estava incomodado com o sumiço do homem, mas acreditou que ele deveria estar em alguma missão. Ana visitaria Clara a tarde como de costume. Ao chegar ao hospital, Ana notou que Clara havia pintado o cabelo, as duas eram muito parecidas, mas os cabelos de Ana eram ruivos e de Clara loiros. Inclusive Clara já havia usado cabelos ruivos quando mais jovem. - Como você está? Ana perguntou ansiosa, a amiga parecia mais abatida ultimamente. - Não muito bem, precisamos conversar, olhe discretamente pela porta veja se tem uma faxineira no corredor. Ela disse, sussurrando para Ana. Ana não entendeu, mas fez o que a amiga disse
Clara se debruçou no parapeito da ponte e sentiu uma sensação de liberdade ao sentir o frescor e a leveza do vento em seu rosto. Sabe quando você sonha que está voando? Clara viveu aquela sensação até que seu corpo submergiu nas aguas frias do lago. Ana chorou muito e foi olhar se havia alguma coisa na internet, ela viu uma reportagem em que alguém viu, de longe, uma garota cair no lago o corpo de bombeiros estava procurando pelo corpo. Ana sentiu seu coração afundar ela estava decida ir até a polícia e dizer que se tratava de Clara, mas Clara estava com seus documentos e se não deixassem que ela ficasse com Isabel? Ela estaria traindo sua amiga e seria em vão todo o seu esforço. “ Ela foi muito corajosa, ela abdicou de sua vida para que Isabel e eu tivéssemos a oportunidade de ter uma vida feliz”. Ela pensou. Ela olhou mais uma vez para Isabel e decidiu fazer o que Clara havia dito, Isabel era a prioridade! Ana juntou umas roupas e os documentos, mandou uma mensagem para a imobi
Ana chegou a nova cidade apenas com uma mochila, uma mala de rodinha e Isabel no colo. O clima da cidade era agradável, ela passou tranquilamente pela triagem da polícia internacional.“Agora, Ana está morta, quem vive é Clara” ela olhou com os olhos cheio de lágrimas para Isabel. Antes de sair da cidade ela deixou uma mensagem anônima para seu padrinho para que fizesse o enterro de Clara, ela pediu para que ele a enterrasse junto de seu pai.Ela precisava encontrar um hotel e comprar um novo celular, ela passou numa loja e comprou um celular, pediu informação e encontrou um hotel não muito longe dali. Ela entrou fechou suspirou ao fechar a porta. Deu um banho na pequena Isabel, a alimentou e a fez dormir, ela também estava cansada.Ana entrou no banheiro para tomar um banho, não pode evitar de chorar enquanto a água caia sobre sua cabeça.Bruno partiu imediatamente para a cidade onde supostamente Ana havia morado, foi direto a polícia. Lá descobriu que realmente a jovem Ana havia si