LUCA
O homem estava em frangalhos, sentado na sala escura, e totalmente disposto a dizer qualquer coisa. Tinham passado a noite toda com ele, e com certeza não tinha sido para dormir, e me chamado logo cedo apenas porque eu era intimidador.
- Qual seu nome? – perguntei friamente.
- Tom. – sua voz estava fraca, o sangue escorria pelo rosto e pingava no chão.
Andei de um lado para o outro, sem muita pressa, e apenas para que ele sentisse ainda mais medo.
- Ouvi dizer que você participou de uma fuga há cerca de um ano? – falei casualmente, como
ULLY Pulei pela janela e aterrissei dentro do quarto com um giro desnecessário. Anton riu imediatamente, passando as pernas pela janela com bem menos classe. - Exibida. – provocou. Eu andava elaborando um pouco mais nas corridas e saltos. Queria forçar um pouquinho além do meu limite, ir um pouco mais longe. Isso me fazia voltar bem mais cansada para casa, mas também bem mais satisfeita. - Queria falar uma coisa com você. – ele se aproximou, sorrindo. - O quê? – perguntei ansiosamente, esperando alguma coisa terrível.
LUCA - Vai me tratar com frieza para sempre? – perguntei rispidamente enquanto Adriane comia em silêncio. Depois de mais de um ano eu esperava que ela voltasse ao normal. Nossa relação não era exatamente boa, mas imaginei que poderia ser reconstruída nesse novo lugar, com conforto e sem medo. - O que quer que eu diga? – ele perguntou com aquela voz sem emoção, sem me olhar. Adriane fazia muito isso. Na verdade, raramente ela me olhava e, se precisasse olhar, era rapidamente e com olhos muito vazios. - Que está grata por
ULLY Depois da discussão com Anton fiquei horas sentada em cima de uma árvore, abraçando os joelhos e deixando as lágrimas escorrerem, até que me acalmei e resolvi voltar para a casa. Ele estava sentado me esperando, visivelmente perturbado, e o alivio foi claro quando me viu ali dentro. - Quase pensei que você não voltaria. – ele andou até mim e me puxou para um abraço. Não resisti, precisava tanto daquele conforto quanto ele. Enterrei o rosto em seu peito por um longo tempo, estudando o que eu poderia falar, mesmo que no final eu soubesse o que iria acontecer.&nbs
LUCA Eu sentia ondas de excitação conforme marchava pela floresta, com vários homens atrás de mim. Tinha sido difícil encontrar a localização da nova moradia, mas nada era impossível quando se tinha uma determinação inabalável e um homem com dinheiro por trás. Artur tinha usado uma câmera, pelo que entendi, e achou alguma movimentação estranhas entre árvores. Eu não tinha visto as imagens, mas só podiam ser eles dentro daquela mata fechada e afastada. Era perto de um povoado humano, o que fazia sentido, e longe o bastante da cidade para não correr riscos. Era o lugar mais seguro que já tinham es
ULLY Quando Lorian caiu senti um crescente desespero, a sensação de impotência por sermos em número menor e estarmos todos amarrados de joelhos. Mas quando Luca matou Violetta com as próprias mãos, o pânico me tomou completamente, deixando minha capacidade de raciocínio inútil. Ele estava nos olhando de novo, sádico, e tudo que eu conseguia pensar era em Anton e em como eu não sabia onde ele estava e quando apareceria. A última vez que o tinha visto tinha sido pela manhã, e isso parecia quase em outra vida agora. - Onde está seu querido, Ully? – Luca se aproximou de mim novamente.&n
LUCA Era tão satisfatório finalmente colocar toda minha raiva diretamente para quem a merecia. Eu estava muito melhor do que da última vez que combatemos, podia perceber pelas expressões de Anton a cada golpe que eu investia ou bloqueava, o quanto ele estava impressionado. - Vou acabar com você. – ri, avançando em sua direção. - Vou gostar de ver você tentar. – ele retrucou, arfando e dando passos para trás. Avancei outra vez, completamente extasiado por cada impacto dos meus punhos ou pés contra ele. Não que ele não revidasse bem, eu já esperava que si
TERCEIRA PARTELUCA Acordei com o braço de Sarita por cima de mim e abri os olhos para encarar a madrugada através do vidro do quarto. Ainda estava longe de amanhecer e tudo era silencioso e escuro, mas eu estava estranhamente desperto e um pouco inquieto para continuar deitado. Colocando o braço dela com cuidado sobre o colchão, me levantei e sai do quarto. A casa estava toda apagada, só a luminosidade que entrava pelas janelas iluminava o caminho. Não que eu precisasse daquilo para me locomover com facilidade por ali. Atravessei a sala e fui até a porta do terceiro quarto do apartamento, o que estivera vazio por mais tempo, e
LUCA - Gostaria que eu trouxesse o café para o quarto? – Sarita perguntou assim que me movi na cama, ainda de olhos fechados. - Não. – respondi me espreguiçando – Isso não seria gentil com nossa hóspede. - Posso levar o dela até o quarto... – retrucou em voz baixa. Abri os olhos para encará-la, em pé ao meu lado na cama, com a luz do sol contra seu corpo. - Algum problema? – perguntei me sentando. - Nenhum. – rapidamente el