LUCA
Sentado no canto da nossa caverna eu me sentia engaiolado. Havia tanta raiva e irritação dentro de mim... Mas também muita culpa que eu não conseguia colocar para fora porque estava proibido de chegar perto de Ully.
- Acho que nós devíamos ir embora. – minha mãe parecia mais conformada do que eu.
Não que estivesse feliz, isso tinha sido quando podia ficar entre seu povo, mas depois de brigar comigo pelo que eu tinha feito, parecia conformada em aceitar que teríamos que nos virar por nós mesmos.
Eu ainda não tinha parado de brigar comigo mesmo pelo que tinha feito, mas por
SEGUNDA PARTELUCA Acordei e sentei na minha cama, sentindo o lençol escorregar pelo meu tronco nu, para me espreguiçar esticando os braços acima da cabeça. Pude ver o sol nascendo pela parede lateral do quarto, que era toda de vidro e as cortinas estavam completamente abertas, enquanto me levantava. A primeira coisa do dia era tomar o café da manhã que alguém já deveria ter servido. Eu adorava ser servido, mas odiava encontrar estranhos pelo meu apartamento. Isso era rigorosamente respeitado, depois que ameacei um dos homens o pendurando pela janela por apenas um minuto. Realmente tudo estava lá, cuidadosamente co
ULLY Acordei, mas estava tão confortável que apenas me aconcheguei mais ao corpo de Anton. Ele passou o braço gentilmente ao meu redor, enfiou o nariz entre meus cabelos e puxou o ar suavemente. - Bom dia. – falei escondendo o rosto em seu peito. - Bom dia. – seus lábios tocaram minha testa. Nunca pensei que seria tão bom estar com alguém dessa forma, indo dormir e acordando todos os dias juntos, mas com Anton era fácil. Nós nos encaixávamos muito bem, entendíamos um ao outro e conseguíamos respeitar as diferenças. Mas o principal é que nós confi&aacu
ULLY - Você estava realmente habilidosa hoje. – Anton me elogiou quando paramos em cima de uma árvore, ambos ofegantes. - Você também não estava nada mau. – sorri. Ele se inclinou para me beijar por um momento, depois ficou sério e me olhou diretamente dentro dos olhos. - Aconteceu algo hoje? Hesitei. Anton não gostava de Luca, principalmente depois que ele tinha me feito perder a visão, e nunca se sentia muito confortável em conversar sobre ele. Era sempre um ponto sensível.&
LUCA Eu gostava de observar a noite através da janela de vidro, as luzes da cidade muito abaixo de mim e a imensidão de pessoas que sempre passavam por ali. Eu estava muito bem localizado no centro, na cobertura do prédio mais alto, com todo o conforto que nunca tinha imaginado ter. No entanto eu andava pensando cada vez mais frequentemente em encontrar aquele bando de Ully. E cada vez que eu pensava sentia uma onda de raiva percorrer meu corpo, me estimulando, me impulsionando para a frente. Terminar o que eu tinha começado com Anton. Escutei um movimento atrás de mim e me virei, apenas para ver Sarita se acomodando melhor em meio ao grande edredom cinza, entregue ao sono mais profundo com uma ex
ULLY Quando saí de casa na manhã seguinte, Dana e Lorian, que agora dividiam uma casa, vieram na minha direção, provavelmente saindo de um pouco de exercício entre as árvores. - Cansadas? – perguntei mirando minha mãe com olhos provocativos. - Ainda temos muita potência, menina. – ela retrucou com um sorriso sarcástico. Me aproximei mais e baixei o tom de voz: - Tem algo que quero perguntar. Minha mãe fez sinal para que Lorian seguiss
LUCA O homem estava em frangalhos, sentado na sala escura, e totalmente disposto a dizer qualquer coisa. Tinham passado a noite toda com ele, e com certeza não tinha sido para dormir, e me chamado logo cedo apenas porque eu era intimidador. - Qual seu nome? – perguntei friamente. - Tom. – sua voz estava fraca, o sangue escorria pelo rosto e pingava no chão. Andei de um lado para o outro, sem muita pressa, e apenas para que ele sentisse ainda mais medo. - Ouvi dizer que você participou de uma fuga há cerca de um ano? – falei casualmente, como
ULLY Pulei pela janela e aterrissei dentro do quarto com um giro desnecessário. Anton riu imediatamente, passando as pernas pela janela com bem menos classe. - Exibida. – provocou. Eu andava elaborando um pouco mais nas corridas e saltos. Queria forçar um pouquinho além do meu limite, ir um pouco mais longe. Isso me fazia voltar bem mais cansada para casa, mas também bem mais satisfeita. - Queria falar uma coisa com você. – ele se aproximou, sorrindo. - O quê? – perguntei ansiosamente, esperando alguma coisa terrível.
LUCA - Vai me tratar com frieza para sempre? – perguntei rispidamente enquanto Adriane comia em silêncio. Depois de mais de um ano eu esperava que ela voltasse ao normal. Nossa relação não era exatamente boa, mas imaginei que poderia ser reconstruída nesse novo lugar, com conforto e sem medo. - O que quer que eu diga? – ele perguntou com aquela voz sem emoção, sem me olhar. Adriane fazia muito isso. Na verdade, raramente ela me olhava e, se precisasse olhar, era rapidamente e com olhos muito vazios. - Que está grata por