Quando eu fui descer as escadas percebo algo de diferente, nos quadros perto das escadas havia um retrato, algo novo que foi colocado por alguém nesses dias.
Era uma foto nova, de Liam, Lilian, Natasha e Andrew assim que chegaram na casa, uma foto onde aparecia todos em cima dos outros sorrindo no quintal.
Natasha pega a foto e fica observando, sorrindo alegremente.
— Você vem? perguntou Lilian
— Sim, estou indo. disse Natasha
Chegando na cozinha todos estavam comendo o bolo feito por Natasha.
Natasha para e fica encostada na porta e pensa :
— Formamos uma bela família.
— Tudo bem? perguntou Liam
— Tudo. respondeu Natasha
— O bolo está uma delícia. disse Andrew
— Obrigada. disse Natasha
— Está maravilhoso de verdade. disse Liam
— Que bom que gostaram, fico feliz. disse Natasha
A tarde chegou fazendo um pouco de calor, pegamos alguns livros e fomos para o quintal para nos refrescar.
Ventava bastante, ficamos deitados na grama lendo com óculos escuros. Lilian estava deitada em meu colo e eu penteava seus cabelos com minhas mãos.
— Por mim ficaria assim por toda a minha vida. disse Lilian
— Todo mundo deve ter um pouco de carinho, faz bem para o espírito. disse Natasha
— Mais tarde podemos terminar o passeio, que tal? perguntou Liam
— Acho uma bela ideia. disse Lilian
— Aonde vamos? perguntou Natasha
— Será um lugar especial. disse Andrew
Ao final do entardecer voltamos para dentro, arrumamos a casa e saímos rumo ao lugar misterioso.
Chegamos no centro da cidade na baía de Seattle, podíamos apreciar as luzes da cidade. Lilian ficou fascinada pela torre, prometemos que voltariam para ver melhor.
Logo em seguida, fomos ao Museum of Pop Culture algo que me chamou minha atenção, por que tenho um grande apreço pela música.
A música sempre esteve presente em minha vida, desde criança passou o tempo livro ouvindo alguns discos dos meus pais durante horas afim.
Passeávamos pelas ruas de Nova York com o som ligado sentindo a essência da canção e cantamos juntos cada faixa, era muito divertido.
Antes era mais fácil das situações agradáveis simplesmente acontecerem, assim como a neve caindo sobre o solo. O bater de asas de uma borboleta com suas belíssimas cores formando uma bela imagem em câmera lenta na óptica dos olhos daqueles que possuem uma sensibilidade para com a típica beleza dos momentos breves.
Mas no instante aquilo se transforma em lembranças, apenas e somente isso. Ficando no agridoce sentimento de esperança do retorno da sensação de se recriar, mas falhando ao perceber que não voltará.
Por um segundo penso que a felicidade me transforma, assim surgindo um fluxo de energia fluindo pelo meu corpo, como se estivesse em chamas e voando sobre a superfície e eu mesma observando o fenômeno acontecer. Saindo do lugar ao mesmo tempo parada vendo as cores favoritas do meu agrado, explanando sobre mim. E sorrisos de alegrias ecoando as colinas verdes e resplendentes de um cenário de poesia romântica.
Voltando a minha atenção assim que Andrew estacionou o carro, Lilian me olha alegremente e acena com a cabeça. E eu já sabia exatamente o que estava pensando.
— Que lugar mais lindo! disse Lilian
— Vocês podem escolher o que quiserem. disse Liam
— Verdade? perguntou Lilian
— Por que não? Sim, estamos falando sério. disse Andrew
— Muito obrigada. disse Natasha – Venha Lilian, vamos escolher algo bem legal.
Escolhemos bastante coisas, mas no final levamos apenas o que realmente queríamos. Andamos pelas ruas, conversando e rindo, Liam contava algumas piadas no improviso, realmente tinha talento para isso.
De volta para casa, Andrew lembrou que no sótão haviam pufes, me ofereço para ajudar.
Subimos e ele me avisou que estava um pouco bagunçado, puxando a escada de dava acesso ao sótão, imediatamente desceu.
O local era escuro e empoeirado, bastante espaçoso, mas com vários objetos no chão quase não conseguíamos andar, passando e esbarrando em tudo, Andrew finalmente encontrou.
Com uma visão perfeita da janela que tinha em seu formato triângulos e círculos, possivelmente antiga.
— Uau, bela visão. disse Natasha
— Você quer ver mais de perto? perguntou Andrew
— Sim, eu gostaria. respondeu Natasha
Andrew empurrou a janela, e virou—se e ofereceu a mão para Natasha. Ajudando a subir e os dois ficaram no telhado.
— Aqui que eu venho quando preciso de me afastar um pouco do mundo. disse Andrew
— É muito bonito, às vezes é bom se desprender de aspectos que podem nos deixar sufocados. disse Natasha
— Tem toda a razão. disse Andrew
— Aquilo que nos ferem, nem sempre nos fortalecem, essa frase meu caro. Reforça a quem a diz a ilusão de se estar bem, o pondo em uma redoma de vidro cristalina, o forçando a não sair dela se sufocando pela própria dor, até sucumbir aos prantos a escura solidão. É preciso, no entanto, saber lidar com a dor, apenas aprender a lidar. disse Natasha
— Se acostumar com espinhos compõe a beleza da rosa, não a deixe menos atraente. Mas sim mais enigmática, com o perfume desejável e mais segura de não ser afetada por qualquer um. disse Andrew
— Você me entende. disse Natasha
— Pensamos parecidos em relação a isso. disse Andrew
Natasha e Andrew se entreolharam. Ela sorriu colocando a mão no queixo e voltou a visão para o céu.
Passamos um bom tempo discutindo as funcionalidades do universo que esquecemos da hora, depois de algum tempo voltamos para o andar de baixo.
Assim que desceram Liam exclamou:
— Puxa, vocês demoraram.
— A conversa estava muito interessante. disse Natasha segurando o ombro de Liam
Liam olhou para Andrew e segurou seu braço.
— Irmão o que está acontecendo? perguntou Liam curioso e sorridente
— Nada Liam, não seja inconveniente. disse Andrew
— Tá legal, acredito. disse Liam
Todos se reuniram para jogar videogames na sala de jogos, pegamos os pufes e centralizamos na frente da televisão.
A partida foi um contra o outro, Natasha versus Andrew e Lilian versus Liam.
— Desta vez você não vai ganhar Liam. disse Lilian
— Veremos pirralha. disse Liam confiante
— Que comece o jogo. disse Natasha
Uma queda de energia acabou atrapalhando a brincadeira, ficamos surpresos pois de acordos com os meninos o bairro raramente tinha uma queda de energia há anos.
Seguimos com as lanternas dos celulares em busca de velas, no armário perto do relógio debaixo das escadas.
— Encontrei, me ajudem a levar. disse Andrew
Levamos para acender no castiçal que ficava guardado no mesmo local.
Debruçados na mesa de jantar, os olhos de Lilian brilhavam no fogo das velas.
Sugerir para jogarmos cartas para passar o tempo, todos concordaram e fomos.
Horas e minutos se transformaram no piscar de olhos, ficamos preocupados com a situação.
Lilian disse que era melhor se ligássemos para alguém, pelo menos para assegurar quando a energia voltaria.
Quando íamos ligar, no perfeito segundo tudo volta ao normal.
— Ainda bem, menos mal. disse Natasha
Enquanto Andrew ia checar a vizinhança, Liam me chamou para conversar no corredor.
— Sabe o aniversário de Andrew está chegando, estou pensando em fazer uma surpresa, o que acha? perguntou Liam
— Acho ótimo, em que posso ajudar. respondeu Natasha
— Na decoração, você e Lilian são boas nisso? perguntou Liam
— Se somos? Somos peritas nisso. respondeu Natasha
— Que bom serão de grande ajuda. disse Liam
— Então como vai acontecer? perguntou Natasha
— Vou distraí—lo para irmos até o centro da cidade fazer compras, mas você vai inventar que Lilian está se sentindo doente. Então vocês começam a organizar. respondeu Liam
— Ok. disse Natasha – Vamos arrasar.
— Assim que se fala. disse Liam
Foi feito exatamente o que estava combinado, e Andrew não suspeitou de nada. Seu aniversário seria um dia depois de amanhã.
Esperávamos que ele ficasse animado.
Organizamos tudo, os refrigerantes, os salgadinhos e é claro o brigadeiro. Convidamos alguns familiares, as cinco primas de Andrew e Liam. A Beth, Lis, Sarah, Charlote e Abigail. Cada uma delas trouxeram presentes gigantes. Lá pelas cinco e meia da tarde, estava pronta a festa, era só questão de tempo. Assim que Andrew e Lilian passaram pela porta, gritamos : SURPRESA! Todos nós desejamos felicidades a ele, cantamos parabéns. comemos e bebemos tudo. Quando a festa acabou, Andrew estava na varanda se despendido dos últimos convidados.
O vento batia forte, contra os nossos rostos. Resolvi tirar a fenda de Lilian, quando abriu os olhos teve uma grande surpresa, estávamos no telhado. — Natasha o que é isso? — Um piquenique no início da manhã, gostou? perguntou Natasha — Adorei. disse Lilian Haviam duas c
Passaram-se dois dias e chegou a hora de encontrar os nossos pais no aeroporto ou quase isso...A manhã estava fria, vestimos roupas apropriadas : jaquetas, luvas, camisas de manga comprida e cachecol. Mesmo assim, ainda sentíamos frio. — Hoje o dia acordou gelado. observou Liam — Boa obser
Pegamos o táxi e seguimos para casa, no caminho vimos o local onde ocorreu o acidente. Havia destroços por toda parte, cacos de vidros, rodeavam e formavam a silhueta perfeita do carro. — Terrível. disse Lilian — Já passou. disse Natasha — Estou curioso, pois regulei os freios uma semana antes de partimos. E tudo estava normal. disse Andrew no banco da frente
Naquela madrugada, Andrew e eu pegamos tantos bombons, salgadinhos e chicletes. Que era possível abrir nossa própria empresa.— Já podemos ir. digo — Ainda não, preciso fazer uma coisa. disse Andrew — Então faça. disse Natasha
A noite apareceu e trouxe com ela, uma forte tempestade. Natasha, Lilian e Andrew estavam assistindo televisão, os três enrolados em cobertores, tomado sorvetes e chocolate quente. — Nada melhor que isso. disse Lilian — Com certeza. respondo — Tirou as palavras da minha boca. disse Andrew
No dia seguinte, acordei muito bem, no quarto tinha uma cama grande, um armário, o piso era madeira. Parecia um sonho, até que ouvi, um grito vindo do jardim. Sai correndo para ver o que estava acontecendo. Quando cheguei, encontrei Andrew encharcado dos pés à cabeça. Tentei segurar o riso, mas não conseguir.— Isso não tem graça. disse Andrew Quando acordei, percebi que a casa estava limpa, geralmente ficava bagunçada por causa de Liam. — Oi bom dia. disse Judite — Bom dia. respondo — Como você está? perguntou Judite &Capítulo 14