3 Anos Depois...
Elisângela
Há tempos decidi viver intensamente, como se cada dia fosse o último. Hoje, posso dizer que vivo de verdade, e não apenas sobrevivo, como fazia antes. Eu e Eduardo juntamos as escovas de dentes, como se diz por aí. Ele foi o presente que a vida me deu quando eu achava que não havia mais espaço para felicidade. Meus filhos o aceitaram de braços abertos, e, mesmo sem perceberem, me deram a chance de recomeçar.
Há três anos, temi viver novamente o pesadelo de enfrentar a doença. Ela regrediu, mas o amor da minha família foi minha fortaleza. Hoje, posso dizer com orgulho: estou curada. Foi doloroso, foi uma luta árdua, mas a vitória veio. E, com ela, a certeza de que sou mais forte do que jamais imaginei. Através dessa jornada,
BárbaraA vida me deu um baile daqueles. Eu e Ricardo sempre fomos o tipo de casal que curtia a noite e adorava fazer loucuras juntos. Mas dessas loucuras veio o maior presente das nossas vidas: nossos gêmeos. Nunca me imaginei como mãe, muito menos sonhava com isso. Mas, quando Rodrigo e Rafael chegaram, tudo mudou. Eles são a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu.E que dupla! Não tem como não me apaixonar por eles. Eles são a cara do pai — meu Deus, como são parecidos com o Ricardo! Isso só me fez ficar ainda mais apaixonada pelo meu amor. Apesar disso, cada um tem suas particularidades. O Rafa tem os olhos da minha mãe e do meu irmão, enquanto o Rodrigo é uma cópia sem tirar nem pôr do Ricardo. São gêmeos idênticos, mas conseguimos
HenryApesar de todas as provações que enfrentamos, eu e Melissa seguimos juntos, mais fortes do que eu jamais imaginei. Passamos por tantos desafios que provaram o quão poderoso pode ser o amor. Ele resiste, ele se transforma, e ele nos une ainda mais. Tenho uma esposa incrível, além de linda, que amo profundamente. Hoje, faço questão de não deixar nada mal resolvido entre nós. Quero continuar me dedicando a ela, dando-lhe toda a atenção e carinho que merece.Faço tudo por Melissa e pelo bem-estar dos meus filhos. Sim, meus filhos, no plural. Além da nossa querida Mia, temos Pedro Henrique, que veio para completar ainda mais nossa felicidade. Mas nossa família ainda não está completa. Pretendemos ter mais um filho, para adoçar ainda mais os nossos dias. Estou incri
Manhã seguinte…MelissaA festa já começou, e é uma loucura deliciosa. Minha menina está vestida de Moana — nada a ver com magia, mas absolutamente adorável. Já meu pequeno está de Batman, seu herói favorito. Quanto a mim? Estou de Malévola, e o Henry… ah, meu mágico está simplesmente um arraso.Hoje comemoramos o aniversário dos nossos três amores: Mia, Rafael e Rodrigo. É o primeiro aninho dos gêmeos da Bárbara e do Ricardo, e, claro, a festa é em conjunto. Nossa família sempre foi unida, e isso só se fortaleceu ao longo dos anos. Não poderia estar mais feliz com essa fase. A felicidade reina em nosso lar.Minha mãe está aqui, acompanha
Chegamos em casa após a festinha.— Ai, filhão, quem fez mágica? O papai fez, você viu! — Henry estava todo empolgado, feliz por tudo ter dado certo.Estou sentada com Mia no outro sofá. Ela ganhou mais uma "especiaria" e agora está passando esmalte em minhas unhas.— Tá lindo, mamãe?— Tá lindo, filha… — Respondi, sorrindo ao ver minhas unhas borradas. Pelo jeito, Mia será daquelas meninas bem femininas. Adora penteados, maquiagem e tudo o mais.— Bora jogar videogame? — Henry chamou Pedro, animado.— Não vão ficar até tarde, meninos — ale
SEMANAS ATRÁSMelissa VenezaEu estava determinada a finalmente ter uma conversa amigável com Henry, algo que não acontecia há muito tempo. Saí da minha loja e segui para a ST TECHNOLOGIC, a empresa dele. O prédio imponente e espelhado sempre chamou minha atenção, e, como sempre, admirei sua beleza ao me aproximar. Mesmo sendo esposa do presidente da empresa, minha presença ali era incomum, o que justificava os olhares curiosos que recebi ao atravessar a recepção.Meu nome é Melissa Veneza, tenho 26 anos, e o homem com quem estou prestes a discutir o divórcio é Henry Stuart, herdeiro de tudo isso. Ele mal aparecia em casa ultimamente, e não havia mais motivos para mantermos um vínculo sem futuro. Enquanto esperava o elevador, meu coração estava calmo, ou pelo menos eu tentava manter a tranquilidade. Quando a porta se abriu, entrei, e o reflexo do espelho me mostrou uma mulher decidida, mas com um turbilhão interno. Era horário de almoço, o prédio estava quase vazio. Passei pela mesa d
Agora posso dizer com certeza: estamos em processo de separação. Foram apenas três anos de casados, e o que parecia ser um conto de fadas acabou mais rápido do que eu imaginava. No começo, foi uma paixão avassaladora, mas com o tempo, a chama foi se apagando. É isso que acontece quando você se deixa levar por um fogo de palha: ele logo se extingue. Henry me decepcionou da mesma maneira que eu o decepcionei. Eu adorava provocar seu ciúme — e ele era muito ciumento. Dançava com meus amigos, rebolava na frente dele, sabendo que o deixava furioso, só para vê-lo perder o controle. No fim, tudo sempre terminava no mesmo lugar: na cama. Infantilidade, eu sei. Mas o que eu nunca imaginei era que tudo acabaria assim, com a descoberta da traição dele. Não sei por que eu achava que ele seria fiel. Sua mãe fez questão de colocar Renata, sua afilhada e ex-namorada, na empresa, e era ela quem eu encontrei no colo dele, aos beijos. Já estávamos em crise, e vê-la trabalhando ao lado dele só piorou
Para o meu desgosto, Henry ficou mais tempo do que eu imaginava, esperava que ele fosse ver a Mia, mas logo fosse embora, ela é bebê, o máximo que faz é rir de suas palhaçadas e chorar de cansaço ou dor, o que ele tanto faz la em cima? Só falta ter dormido. Agora me pergunto, onde estão suas viagens repentinas? Seu trabalho dia e noite, porque era isso que vivíamos nos últimos dias de casamento, um distanciamento total entre casal, nada mais mudava o nosso humor gélido um com o outro, odeio admitir isso, mas é a realidade, não nascemos um para o outro se é que existe isso, dou graças a Deus que tive uma mãe sabia e como ela mesma diz, ninguém morre de amor.Fiz hora na cozinha esperando ele ir embora, mas nada, já era hora da Mia jantar e ele ainda estava com ela no quarto, não teve jeito, tive que intervir. Subi as escadas e fui até o quarto me deparando com ele deitado com ela ouvindo músicas infantis. Pigarreei e ele me olhou de imediato.— Sei que está com saudades dela, mas está
HenryAssim que vi Melissa sair daquela sala, praticamente empurrei Renata para longe e corri para o elevador, que se fechou antes de eu conseguir alcançá-lo. Mas não antes de ver o olhar de decepção de Melissa. Caramba, ela não merecia isso.— O que foi que eu fiz? — murmurei, atordoado, enquanto Renata vinha atrás de mim.— Ei, ei, aonde você vai? Deixa ela! — Ela disse, tentando me impedir.— Dá um tempo, Renata! — Saí disparado atrás de Melissa. Como o elevador estava ocupado, desci correndo pelas escadas. Quando cheguei ao térreo, a vi conversando com Ricardo, mas, ao ouvir minha voz, ela entrou no carro e partiu.— O que tá acontecendo, Henry? — perguntou Ricardo, surpreso, enquanto eu bati no carro, tentando impedi-la de ir embora. Mas era tarde demais.— Fiz besteira, irmão. Melissa me viu com Renata. — Passei as mãos pela cabeça, imaginando as conclusões que ela já devia ter tirado.— Você enlouqueceu? — Ricardo perguntou, sério.— Cara, eu nunca traí a Melissa... — disse, de