Capítulo Oitenta e quatro

Lorenzo Ricci

A presença dele me incomodava.

Tom Lins estava sentado à minha frente, um homem de olhar calculista, com um meio sorriso de quem sabia muito mais do que deveria. Eu já lidava com inimigos o suficiente para reconhecer quando alguém era um perigo iminente. E ele definitivamente era.

— Você tem trinta segundos para me dizer o que quer antes que eu mande te arrastarem para fora daqui.

Ele não pareceu intimidado. Pelo contrário, seu olhar avaliou cada movimento meu antes de soltar um suspiro, como se estivesse prestes a contar um segredo perigoso.

— Eu não estou aqui como seu inimigo — disse ele, entrelaçando os dedos sobre a mesa. — Sei quem você é e o que faz. Mas há muito sobre a Camila que você não sabe.

Minha mandíbula se enrijeceu.

— Se acha que vou deixar que chegue perto dela, esqueça.

Tom deu um sorriso amargo.

— Eu sei. E, honestamente, é melhor que ela continue me vendo como um monstro. Mas se estou aqui, é porque, apesar de tudo, eu a amo.

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