— Por que você está rindo? — Clara viu um sorriso no rosto de Vanessa e franziu as sobrancelhas imediatamente.Vanessa então voltou a ficar séria. — Fico curiosa, com que autoridade você vem me mandar embora com dinheiro? A mãe do Bryan? Pelo que sei, a mãe dele está no exterior.O rosto de Clara ficou rígido.Vanessa continuou a perguntar: — Ele sabe que você veio me procurar?— Foi a Sra. Barbosa quem me mandou, você sabe quem ela é? A avó do Bryan, a dona da família Barbosa.— E o que isso tem a ver comigo? — Vanessa permaneceu impassível. — Primeiro, pedir para eu estabelecer condições? Com todo respeito, acho que você não tem a autoridade para decidir isso. Se eu pedir muito, você teria como pagar? A Sra. Barbosa te deu esse poder?— Você!— Segundo, obrigada por me lembrar, eu vou alugar o escritório no World Trade Center.— O quê? — Clara ficou instantaneamente furiosa.Vanessa não deu a Clara a chance de falar mais, pegou o celular na frente dela e ligou para alguém. — Eu de
Bryan não demonstrou nem um pouco de impaciência.Eduardo, ao lado, estava surpreso e só voltou à realidade quando percebeu o olhar do chefe, então se afastou silenciosamente.— Tia, tome um chá. — Bryan serviu uma xícara de chá para Cláudia. — O tempo tem estado ruim nos últimos dias. O que a trouxe aqui?— Ah, sim, eu vim trazer algumas coisas gostosas para você. — Cláudia, animada, colocou a caixa térmica que trouxe e disse. — Bryan, veja o que eu preparei especialmente para você: carne de porco ao molho de soja e sopa de galinha com ginseng. Tudo isso é bom para o seu corpo. Você tem trabalhado tanto, precisa comer mais, está muito magro.— Você fez essa viagem tão longa só para isso. Deve ter dado muito trabalho. — Bryan sorriu levemente. — Não foi nada. A nossa Vanessa não é de falar muito. Você a ajudou tanto, mas ela continua com aquela cara fechada e não parece grata. Como mãe, eu acabo me preocupando mais. Não leve a mal, ela é só um pouco teimosa.— Ela é ótima. — Respondeu
Quando a noite caiu, as luzes de néon começaram a acender nas ruas da Cidade D. Vanessa, furiosa, saiu do condomínio e caminhou por um tempo indeterminado. Cansada, parou na calçada e, se lembrando das provocações do membro da família Barbosa na tarde, e de como sua mãe, sem vergonha, foi atrás de Bryan, se sentiu cada vez mais irritada. Ela deu um forte chute na árvore próxima.Ela já não se lembrava que as atitudes impertinentes de sua mãe haviam causado tantos problemas a ela.De repente, o som da buzina de um carro soou. Vanessa olhou para cima e viu um carro preto parando lentamente ao seu lado. A janela traseira foi abaixada, revelando o rosto severo de dentro.Bryan?Vanessa ficou surpresa.Bryan a olhou e, com uma voz neutra, perguntou: — O que aconteceu? Saiu à noite para descarregar a raiva na árvore da calçada?Vanessa franziu a testa e perguntou: — O que você está fazendo aqui?Do lado de fora, a voz de Eduardo se ouviu: — O Sr. Bryan acabou de levar a Sra. Cláudia para
Vanessa desceu do carro e, através da porta, agradeceu a Bryan, que ainda estava dentro do veículo. — Obrigada.— Sua mãe me mandou comida e você está me agradecendo?— Não é por isso. É pela questão do escritório.Bryan franziu um pouco a testa.— Eu vou voltar agora. — Vanessa acenou com a cabeça em direção ao carro para se despedir, então se virou e entrou no condomínio.Bryan se recostou no encosto da cadeira, pensativo.— A questão do escritório, quando ela descobriu isso?Eduardo também estava curioso. — O corretor disse que a Srta. Vanessa ligou para ele à tarde e concordou com o contrato na hora. Ele também achou estranho, pois ela tinha acabado de ver o escritório.Os olhos de Bryan ficaram sombrios.Quando Vanessa chegou em casa, Cláudia já tinha ido embora.Ela viu as frutas cortadas na mesa de café, com um bilhete embaixo: “Fui embora. Se lembre de comer mais frutas, não deixe por muito tempo, pois podem oxidar e perder nutrientes. A carne de porco ao molho de soja e a s
De manhã cedo.Vanessa entrou em contato com a empresa de reformas e iniciou oficialmente a reforma do escritório no prédio comercial.— Além da pintura das paredes, quase não há necessidade de fazer grandes alterações. O acabamento desse escritório ainda está bem novo e muito pode ser aproveitado como está. — Disse o responsável pela empresa de reformas.— Quanto tempo deve levar para terminar?— Bem rápido, dentro de uma semana, a decoração estará concluída.Vanessa estava conversando com os trabalhadores sobre os detalhes da reforma quando ouviu uma voz masculina familiar na porta.— Vanessa.— Severino? — Vanessa, ao ver Severino, imediatamente mandou os trabalhadores continuarem com o que estavam fazendo e foi ao encontro dele. — O que você está fazendo aqui?Severino, vestido com um terno e carregando uma pasta, estava com uma aparência elegante e gentil. — Eu tinha uma reunião com um cliente por aqui e aproveitei para passar e ver como estava a reforma. Está tudo indo bem?— Es
Quando a noite caiu, Bryan havia acabado de sair de uma reunião e voltou para o escritório. Assim que colocou o celular na mesa, uma mensagem anônima apareceu na tela. Era apenas uma foto.— Chefe, essa é a ata da reunião de hoje, você... — Eduardo não terminou a frase ao perceber que Bryan não parecia estar bem, então pergntou. — Chefe, o que aconteceu?Bryan colocou o celular sobre a mesa. Na tela, havia uma foto.Curioso, Eduardo se aproximou para dar uma olhada e viu duas pessoas jantando em um restaurante. Uma delas era Vanessa, a outra, o advogado Severino, que havia ajudado Vanessa com um caso.— Não é a Srta. Vanessa e o advogado Severino? — Eduardo mal terminou a frase antes de perceber a tensão no ar. Ele se calou rapidamente e olhou cautelosamente para Bryan. — Chefe, eles só estão jantando. Talvez a Srta. Vanessa tenha algum assunto legal para discutir com o advogado Severino.“A mulher que o chefe está de olho, outros ainda têm a ousadia de se aproximar? Realmente não sabe
— Eduardo? — Vanessa avistou o homem que estava pagando no caixa. — Você também veio comer aqui?Eduardo puxou os cantos da boca de maneira anormal, esboçando um sorriso forçado, visivelmente desconfortável. — Srta. Vanessa.Vanessa olhou instintivamente para trás de Eduardo. — O Sr. Bryan também está aqui?— Oh, o Sr. Bryan não veio. Eu vim jantar sozinho. — Eduardo respondeu.Vanessa finalmente suspirou aliviada e sorriu. — Que coincidência te encontrar aqui.Eduardo assentiu educadamente e cumprimentou alguém atrás de Vanessa. — Advogado Severino.Severino também o cumprimentou.Os três saíram juntos do restaurante.— Essa hora é difícil conseguir um táxi. Srta. Vanessa, você vai voltar para o Jardim do Comércio Mundial, certo? Estou indo naquela direção e posso te levar. — Eduardo disse.Severino, no entanto, interrompeu:— Não é necessário, eu levo Vanessa para casa.— Acho que a casa do Sr. Severino fica no lado oeste da cidade, né? Isso não é muito no caminho. Não precisa se
Bryan ergueu ligeiramente as sobrancelhas.— Sr. Bryan, a Srta. Vanessa não quis voltar para casa e insistiu para que eu a trouxesse aqui.Eduardo estava atrás de Vanessa, com uma expressão abatida e receosa, temendo que Bryan o repreendesse.Bryan levantou a mão com indiferença, colocou a primeira xícara de chá recém-preparado na mesa e disse calmamente: — Que bom, venha tomar um chá comigo.Vanessa franziu a testa, deu alguns passos rápidos à frente e disse: — Você não vai me explicar por que seu assistente estava no lugar onde eu estava comendo?Eduardo, que estava atrás, saiu silenciosamente e também fechou a porta.— Se eu disser que foi uma coincidência, você acredita?— Eu não acredito em nada! — Vanessa segurava a bolsa com força, e se não fosse pela sua racionalidade, teria jogado a bolsa no rosto de Bryan. — Essa não é a primeira vez que você me persegue. Você sabe o que é isso?— Quando foi a última vez?— No restaurante japonês! Você realmente esqueceu?— Naquela vez, foi