Bryan ergueu ligeiramente as sobrancelhas.— Sr. Bryan, a Srta. Vanessa não quis voltar para casa e insistiu para que eu a trouxesse aqui.Eduardo estava atrás de Vanessa, com uma expressão abatida e receosa, temendo que Bryan o repreendesse.Bryan levantou a mão com indiferença, colocou a primeira xícara de chá recém-preparado na mesa e disse calmamente: — Que bom, venha tomar um chá comigo.Vanessa franziu a testa, deu alguns passos rápidos à frente e disse: — Você não vai me explicar por que seu assistente estava no lugar onde eu estava comendo?Eduardo, que estava atrás, saiu silenciosamente e também fechou a porta.— Se eu disser que foi uma coincidência, você acredita?— Eu não acredito em nada! — Vanessa segurava a bolsa com força, e se não fosse pela sua racionalidade, teria jogado a bolsa no rosto de Bryan. — Essa não é a primeira vez que você me persegue. Você sabe o que é isso?— Quando foi a última vez?— No restaurante japonês! Você realmente esqueceu?— Naquela vez, foi
Enquanto Vanessa resistia, o laço dsua gola se soltou, revelando sua pele de porcelana. A temperatura do ambiente pareceu subir vários graus de uma só vez, e o olhar de Bryan se tornou instantaneamente mais intenso. Ele segurou firmemente o pulso dela, enquanto a distância entre seus rostos diminuía.Vanessa, assustada, virou a cabeça e fechou os olhos, evitando o rosto dele. O beijo pousou em seu lóbulo da orelha, a leve brisa fresca fez Bryan recuperar a consciência. Ao ver o rosto nervoso e inquieto de Vanessa, ele franziu a testa, soltou ela e se sentou.De repente, o peso sobre ela desapareceu e ela rapidamente se moveu para o lado. O ar parecia congelado, foi um momento tão embaraçoso que dava vontade de se enfiar em um buraco no chão.Bryan se inclinou e serviu uma xícara de chá, dizendo em um tom calmo: — Se você não está pronta, eu posso esperar, mas não demore muito.Vanessa ficou surpresa.A xícara de porcelana branca foi empurrada em sua direção. O chá era claro e límpido
— Com ela, foi só uma diversão passageira, ela nunca poderia se comparar a você. — Disse Igor, sem vergonha. — Mas nós já nos divorciamos.— Se você quiser, podemos nos casar de novo a qualquer momento, de verdade. — Com medo de que Vanessa tivesse alguma dúvida, Igor disse. — Eu sei que você sofreu muito morando com minha mãe e minha irmã. Se casarmos novamente, nós nos mudamos para um lugar só nosso, que tal? — Enquanto falava, ele segurou a mão de Vanessa, com os olhos cheios de “amor”, como quando a pediu em casamento três anos atrás. — Vanessa, eu realmente te amo.Vanessa deixou que ele segurasse sua mão, enquanto fingia acreditar na declaração apaixonada. Ela examinou o homem à sua frente de cima a baixo, com cuidado. Naquele momento, ela simplesmente não conseguia se lembrar do que a havia atraído nele no início, para acabar presa naquela quase falida família Ribeiro com um fracassado como ele por tantos anos. — Igor, você sabe? Ouvir essas suas palavras só me dá vontade de v
— Qual segredo?Os lábios de Vanessa se curvaram ligeiramente. — Antes de nos separarmos, eu te dei um presente grandioso: Eu também traí.— O que você disse? — Igor ficou paralisado.— Você não disse que já viu de tudo nesse meio? Por que agora está tão surpreso quando é com você?— Repita isso. — Igor agarrou com raiva a mão de Vanessa. — Quando isso aconteceu?Vanessa não esperava que Igor agisse assim. — Me solte!— Soltar? Você, sua vadia! — Igor estava tão furioso que sentiu seu sangue ferver e seu rosto ficou verde de raiva. Ele empurrou Vanessa contra a parede e a segurou pelo pescoço. — Você me traiu e ainda tem a ousadia de tentar ficar com metade dos meus bens?— Cof, cof.Vanessa tentou bater no rosto de Igor com todas as suas forças, mas não conseguiu resistir à força do homem.Quando ela achou que estava prestes a ser sufocada, a porta do elevador se abriu de repente. Uma figura saiu correndo do elevador e, ao ver a cena, imediatamente socou o rosto de Igor, seguindo co
O punho de Bryan estava todo rasgado, ainda sangrando. Dava para ver que ele tinha acabado de se ferir na luta com Igor.— Me lembrei que tenho remédios em casa. — Vanessa imediatamente disse.Dito isso, ela se levantou rapidamente e foi para o quarto pegar a caixa de primeiros socorros. Bryan queria chamar ela e dizer que não precisava de tratamento, mas, ao ver ela tão apressada, as palavras ficaram presas na garganta.— A caixa de primeiros socorros é a mesma que Eduardo e Linda trouxeram da última vez. Disseram que era para manter alguns medicamentos em casa, deve ter iodopovidona e gazes. — Vanessa murmurou enquanto abria a caixa e, após encontrar o que precisava, puxou a mão de Bryan sem esperar. — Está toda ferida, aguente um pouco.Vanessa estava com a cabeça baixa, desinfetando com cautela usando um cotonete ensopado de iodo, totalmente alheia ao fato de que o homem à sua frente a observava o tempo todo, seus olhos frios lentamente começaram a descongelar.Enquanto ela estava
— Qual é o problema?Diante dos policiais, Vanessa e seu grupo de quatro pessoas estavam sentados em fila. Além de Eduardo, os três envolvidos tinham identidades um pouco especiais, especialmente Bryan, então era melhor tratar a questão com cautela, minimizando o problema tanto quanto possível.— Foi um mal-entendido. — Vanessa disse primeiro.— Mal-entendido? — O policial apontou para Igor, que estava com o rosto machucado. — Você chama isso de mal-entendido?— E você o que acha? — Vanessa não se apressou a defender, mas lançou um olhar profundo para Igor. — Sr. Igor.Igor, cobrindo os olhos, hesitou um momento. Embora não estivesse satisfeito, teve que admitir: — Foi um mal-entendido, estávamos apenas brincando.Como a pessoa agredida não estava buscando mais consequências, o policial não teve como insistir.— Vocês estão cometendo uma perturbação da ordem pública. Dessa vez, vou apenas dar um aviso verbal e pedir que assinem um documento. Na próxima vez, a situação será mais séria.
O elevador fez um som de "ding", o sinal de abertura das portas soou, e eles chegaram ao andar onde Vanessa morava. Uma voz fria veio do lado, ecoando no elevador: — Chegamos, pode ir.— Espera um pouco. — Vanessa o chamou e rapidamente foi para casa. Quando voltou, estava segurando uma caixa de curativos. — Me dê sua mão.Bryan ficou ligeiramente surpreso.Vendo que ele ainda estava atordoado, Vanessa puxou a mão dele e começou a aplicar os curativos de forma cuidadosa, mas desajeitada. Os curativos ficaram colocados de maneira irregular e desorganizada, fazendo a situação parecer ainda mais desastrosa.— É, ficou meio feio, mas deixa assim, melhor do que acabar machucando de novo.— Está ótimo. — Disse Bryan.As palavras curtas e frias ecoaram nos ouvidos, quando seus olhares se encontraram, o rosto de Vanessa corou e ela desviou o olhar. — Obrigada pelo que fez hoje.— É assim que você me agradece? — Bryan se aproximou dela.Vanessa de repente ficou nervosa, deu alguns passos para
No dia seguinte, Vanessa foi acordada pelo toque do celular.— Alô? — Ela atendeu, ainda meio sonolenta, e ouviu a voz de Michele do outro lado da linha.— Você ainda está dormindo?— Michele? Você já voltou da viagem?— Acabei de voltar e já vi as notícias. Dessa vez, você ficou famosa.— Que notícias?— Enviei para você. Dá uma olhada.Vanessa, sem entender direito, pegou o celular e viu as notícias enviadas por Michele. Ela acordou de repente.Logo pela manhã, o Twitter estava cheio de fotos dela, Bryan e Igor sendo levados para a delegacia na noite anterior.“Bryan, presidente do Grupo Barbosa, se envolve em briga durante a madrugada por uma mulher misteriosa.”Embora Vanessa e Igor estivessem desfocados nas imagens, a censura era tão leve que qualquer um que os conhecesse poderia identificar eles de imediato. Especialmente Igor, que era conhecido como um dos “Quatro Príncipes da Cidade D”, seria facilmente reconhecido.Os comentários explodiram.“Esse é o Igor, presidente do Grupo