— Bryan!Vanessa olhou incrédula para o sangue que jorrava diante dela, sua mente ficou completamente vazia. O sangue escorria de sua mão, pingando no chão.Bryan tocou seu rosto e disse, com a voz rouca e baixa:— Não entre em pânico, está tudo bem.Ele se virou, com a mão pressionando sua barriga ainda sangrando.Nanda tremia e, com um estrondo, a faca caiu no chão.— Não fui eu, foi você quem se jogou contra a faca!Bryan olhou para ela com um olhar gelado, dizendo:— Você deveria se considerar sortuda por essa faca não ter ido parar no corpo da Vanessa. Caso contrário, eu faria você e toda a família Ribeiro pagarem um preço cem vezes maior.Bryan começou a caminhar em direção a ela, o sangue escorria pelos dedos, pingando no chão em um espetáculo horrível.— Não se aproxime. — Nanda recuou apressada, tremendo de medo.— Volte e diga à sua filha que ela destruiu sua própria honra. Se ela quiser acabar como Rafaela, presa, eu ficarei feliz em levar ela até lá. — Bryan fez uma pausa,
— E Esther?— Ela? Depende se você vai denunciar ela.Esther, afinal, também foi uma das vítimas, mas desde o momento em que ela planejou e armou contra Vanessa, ela deixou de ser vítima e passou a ser cúmplice. O grau de sua culpa estava completamente nas mãos de Vanessa.Vanessa não se importou.— Deixe para lá, me deixa ver seus ferimentos.Ela não tinha tempo para se preocupar com os problemas da família Ribeiro naquele momento. O destino da família Ribeiro não era de seu interesse. Sua mente ainda estava cheia da cena de Bryan saindo correndo do escritório.Bryan estava de lado, abotoando sua camisa.— O que tem de mais? Não é nada.Antes que pudesse terminar a frase, Vanessa o agarrou.— Me deixe ver.Sem dar explicações, ela puxou sua mão e começou a desabotoar a camisa que ele havia começado a abotoar.Nesse momento, a porta se abriu de repente.— Bryan!— Cunhado!As vozes de Caio e Helen vieram simultaneamente da porta.Caio e Helen estavam na porta, olhando para as duas pess
— Ela não toma nenhum medicamento crônico normalmente?— Minha mãe tem pressão alta, então ela toma remédio para pressão regularmente. Ultimamente, ela tem reclamado de problemas para dormir, então tem tomado alguns sedativos de venda livre.— Você trouxe? Me deixe ver.— Minha mãe deve ter trazido na bolsa dela.Igor mexeu na bolsa que Nanda carregava e, de fato, encontrou alguns frascos de remédio.O médico despejou algumas cápsulas na mão, observou por um instante sem chegar a nenhuma conclusão e as entregou diretamente à enfermeira.— Leve isso ao laboratório para análise.— Doutor, o que está acontecendo com a minha mãe?— Com todo o respeito, é possível que a paciente tenha consumido por um longo período medicamentos que prejudicam os rins. Ainda bem que vocês a trouxeram a tempo, porque, se a situação continuasse se agravando, poderia ser muito grave.— Isso não pode ser! Os remédios para pressão são receitados no hospital, e os sedativos...De repente, Igor ficou paralisado, co
Vanessa ficou parada por um instante, os olhos instantaneamente tomados pelo espanto.Igor rangeu os dentes e disse:– Embora eu saiba que estou sendo muito inconveniente, no momento eu realmente não sei em quem mais confiar. Vanessa, você poderia cuidar da minha mãe por um tempo?Ao ouvir isso, Vanessa franziu levemente a testa.– A família Ribeiro está um caos agora. Se souberem que minha mãe adoeceu, aqueles parentes, cada um com segundas intenções, vão aparecer enquanto eu não estiver. Esther está fora de si, não tem ninguém em casa, e a delegacia está exigindo que eu coopere com a investigação...Igor começou a despejar, de forma confusa, todos os problemas que enfrentava, já à beira do colapso.– E então? Com que direito você pede isso para a Vanessa? — Uma voz fria ecoou atrás de Vanessa.Os olhos gelados de Bryan se ergueram ligeiramente, se fixando em Igor sem piscar. Sua presença opressora carregava uma dose inegável de sarcasmo.– Devoção cega à mãe, excesso de indulgência c
— Quem está ansiosa? — O rosto de Vanessa queimava intensamente. — Vou entrar para dar uma olhada. Fique aqui sozinho.Igor deu algumas instruções para Nanda, agradeceu incontáveis vezes a Vanessa e Bryan, depois saiu apressado.Olhando para Nanda, deitada na cama sem poder se mover, Vanessa apertou o olhar e trouxe um copo d'água para ela. Igor, afinal, sempre foi um filho mimado desde pequeno. Mesmo depois de tanto tempo conversando, nem percebeu que a boca da própria mãe estava ressecada ao ponto de rachar e nem sequer ofereceu água a ela.— Beba devagar. Vou pegar mais um copo.— Não precisa, já é suficiente.— Está bem, então descanse. Se precisar de algo, é só me chamar.Vanessa se sentou, colocou um copo de água na mesa de centro e olhou para Bryan, que estava sentado em frente, folheando uma revista. Seu rosto parecia uma pintura, ele permanecia frio e indiferente como sempre.Encostada no travesseiro, Nanda observava os dois e se perdia em seus pensamentos.— Vanessa. — A voz
O outono já tinha começado na cidade D, o ar estava esfriando aos poucos.Vanessa Fonseca estava encostada na porta do banheiro, com os olhos fixos na tela do celular, onde estava aberto o perfil de seu marido, Igor Ribeiro. Ao lado dele, o rosto de uma mulher estava coberto por um mosaico perfeito, mas dava para ver a tatuagem de rosa no ombro dela.Nesse momento, ela ouviu o barulho da torneira sendo aberta e vozes baixas de fofoca de algumas funcionárias do lado de fora:— Você viu que a Sra. Vanessa vive ocupada, nunca se arruma. Será que ela não tem medo de que o presidente faça coisa errada por aí?— Pois é, eles já estão casados há quase três anos, mas nada de terem um filho.— Ouvi dizer que a Sra. Vanessa não pode ter filhos...As risadas se dissiparam e o ambiente ficou silencioso novamente.Vanessa, com o rosto pálido, abriu a porta. No espelho em frente, ela viu sua própria imagem: um conjunto formal e antiquado, maquiagem discreta, cabelo longo preso em um coque, e um par
— Vanessa? — Rafaela acenou a mão na frente dela, piscando os olhos inocentemente. — Você realmente está bem? Quer que eu ligue para Igor e pergunte se você pode ir para casa hoje à noite? Eu cuido das coisas da empresa para você.A jovem à sua frente continuava com uma expressão inocente e inofensiva.Vanessa cravou as unhas na carne, contendo as emoções. Ela forçou um sorriso leve e disse: — Estou bem, pode sair.Nesse momento, rasgar a máscara e brigar com a Rafaela só a faria virar piada.— Ah, tudo bem. — Rafaela riu, tentando segurar a mão dela novamente, mas Vanessa discretamente evitou o contato.O Grupo Ribeiro Imóveis estava em decadência há anos, mas desde que Vanessa se casou com Igor, em três anos, sob sua gestão, a empresa subiu de uma posição insignificante para se tornar uma das principais na cidade D.Nesse mês, ainda fecharam uma parceria com o Grupo Barbosa, e o futuro parecia promissor.Vanessa saiu do banheiro e a festa de comemoração já havia começado.Ela ainda
Ela provavelmente já havia esquecido daquele encontro na juventude.Vanessa mordeu o lábio e, meio confusa, não conseguia ver o rosto do homem claramente. Um pouco constrangida, disse: — Pode me ajudar a encontrar meus óculos?Após um momento de silêncio, Bryan permaneceu calado.Nesse instante, a pequena mulher, com o rosto corado, tinha olhos brilhantes e sedutores, mas infelizmente, seus olhos estavam desfocados e ela não olhava para ele.Naquela época, ele foi forçado a ir para o exterior. Quando voltou, a amada já era esposa de outro.— Aqui está. — Bryan soltou uma risada enigmática, ele havia encontrado os óculos e estendeu a mão para os entregar a Vanessa.— Obrigada. — Vanessa estendeu a mão para pegar, mas ao tocar os dedos ásperos do homem, recuou instintivamente.— Desculpa.Vanessa colocou os óculos e finalmente conseguiu enxergar claramente.Bryan ficou com uma expressão sombria, desviou o olhar e entrou na sala.Vanessa ficou parada ali por um momento, depois o seguiu p