— Eduardo? — Vanessa avistou o homem que estava pagando no caixa. — Você também veio comer aqui?Eduardo puxou os cantos da boca de maneira anormal, esboçando um sorriso forçado, visivelmente desconfortável. — Srta. Vanessa.Vanessa olhou instintivamente para trás de Eduardo. — O Sr. Bryan também está aqui?— Oh, o Sr. Bryan não veio. Eu vim jantar sozinho. — Eduardo respondeu.Vanessa finalmente suspirou aliviada e sorriu. — Que coincidência te encontrar aqui.Eduardo assentiu educadamente e cumprimentou alguém atrás de Vanessa. — Advogado Severino.Severino também o cumprimentou.Os três saíram juntos do restaurante.— Essa hora é difícil conseguir um táxi. Srta. Vanessa, você vai voltar para o Jardim do Comércio Mundial, certo? Estou indo naquela direção e posso te levar. — Eduardo disse.Severino, no entanto, interrompeu:— Não é necessário, eu levo Vanessa para casa.— Acho que a casa do Sr. Severino fica no lado oeste da cidade, né? Isso não é muito no caminho. Não precisa se
Bryan ergueu ligeiramente as sobrancelhas.— Sr. Bryan, a Srta. Vanessa não quis voltar para casa e insistiu para que eu a trouxesse aqui.Eduardo estava atrás de Vanessa, com uma expressão abatida e receosa, temendo que Bryan o repreendesse.Bryan levantou a mão com indiferença, colocou a primeira xícara de chá recém-preparado na mesa e disse calmamente: — Que bom, venha tomar um chá comigo.Vanessa franziu a testa, deu alguns passos rápidos à frente e disse: — Você não vai me explicar por que seu assistente estava no lugar onde eu estava comendo?Eduardo, que estava atrás, saiu silenciosamente e também fechou a porta.— Se eu disser que foi uma coincidência, você acredita?— Eu não acredito em nada! — Vanessa segurava a bolsa com força, e se não fosse pela sua racionalidade, teria jogado a bolsa no rosto de Bryan. — Essa não é a primeira vez que você me persegue. Você sabe o que é isso?— Quando foi a última vez?— No restaurante japonês! Você realmente esqueceu?— Naquela vez, foi
Enquanto Vanessa resistia, o laço dsua gola se soltou, revelando sua pele de porcelana. A temperatura do ambiente pareceu subir vários graus de uma só vez, e o olhar de Bryan se tornou instantaneamente mais intenso. Ele segurou firmemente o pulso dela, enquanto a distância entre seus rostos diminuía.Vanessa, assustada, virou a cabeça e fechou os olhos, evitando o rosto dele. O beijo pousou em seu lóbulo da orelha, a leve brisa fresca fez Bryan recuperar a consciência. Ao ver o rosto nervoso e inquieto de Vanessa, ele franziu a testa, soltou ela e se sentou.De repente, o peso sobre ela desapareceu e ela rapidamente se moveu para o lado. O ar parecia congelado, foi um momento tão embaraçoso que dava vontade de se enfiar em um buraco no chão.Bryan se inclinou e serviu uma xícara de chá, dizendo em um tom calmo: — Se você não está pronta, eu posso esperar, mas não demore muito.Vanessa ficou surpresa.A xícara de porcelana branca foi empurrada em sua direção. O chá era claro e límpido
— Com ela, foi só uma diversão passageira, ela nunca poderia se comparar a você. — Disse Igor, sem vergonha. — Mas nós já nos divorciamos.— Se você quiser, podemos nos casar de novo a qualquer momento, de verdade. — Com medo de que Vanessa tivesse alguma dúvida, Igor disse. — Eu sei que você sofreu muito morando com minha mãe e minha irmã. Se casarmos novamente, nós nos mudamos para um lugar só nosso, que tal? — Enquanto falava, ele segurou a mão de Vanessa, com os olhos cheios de “amor”, como quando a pediu em casamento três anos atrás. — Vanessa, eu realmente te amo.Vanessa deixou que ele segurasse sua mão, enquanto fingia acreditar na declaração apaixonada. Ela examinou o homem à sua frente de cima a baixo, com cuidado. Naquele momento, ela simplesmente não conseguia se lembrar do que a havia atraído nele no início, para acabar presa naquela quase falida família Ribeiro com um fracassado como ele por tantos anos. — Igor, você sabe? Ouvir essas suas palavras só me dá vontade de v
— Qual segredo?Os lábios de Vanessa se curvaram ligeiramente. — Antes de nos separarmos, eu te dei um presente grandioso: Eu também traí.— O que você disse? — Igor ficou paralisado.— Você não disse que já viu de tudo nesse meio? Por que agora está tão surpreso quando é com você?— Repita isso. — Igor agarrou com raiva a mão de Vanessa. — Quando isso aconteceu?Vanessa não esperava que Igor agisse assim. — Me solte!— Soltar? Você, sua vadia! — Igor estava tão furioso que sentiu seu sangue ferver e seu rosto ficou verde de raiva. Ele empurrou Vanessa contra a parede e a segurou pelo pescoço. — Você me traiu e ainda tem a ousadia de tentar ficar com metade dos meus bens?— Cof, cof.Vanessa tentou bater no rosto de Igor com todas as suas forças, mas não conseguiu resistir à força do homem.Quando ela achou que estava prestes a ser sufocada, a porta do elevador se abriu de repente. Uma figura saiu correndo do elevador e, ao ver a cena, imediatamente socou o rosto de Igor, seguindo co
O punho de Bryan estava todo rasgado, ainda sangrando. Dava para ver que ele tinha acabado de se ferir na luta com Igor.— Me lembrei que tenho remédios em casa. — Vanessa imediatamente disse.Dito isso, ela se levantou rapidamente e foi para o quarto pegar a caixa de primeiros socorros. Bryan queria chamar ela e dizer que não precisava de tratamento, mas, ao ver ela tão apressada, as palavras ficaram presas na garganta.— A caixa de primeiros socorros é a mesma que Eduardo e Linda trouxeram da última vez. Disseram que era para manter alguns medicamentos em casa, deve ter iodopovidona e gazes. — Vanessa murmurou enquanto abria a caixa e, após encontrar o que precisava, puxou a mão de Bryan sem esperar. — Está toda ferida, aguente um pouco.Vanessa estava com a cabeça baixa, desinfetando com cautela usando um cotonete ensopado de iodo, totalmente alheia ao fato de que o homem à sua frente a observava o tempo todo, seus olhos frios lentamente começaram a descongelar.Enquanto ela estava
— Qual é o problema?Diante dos policiais, Vanessa e seu grupo de quatro pessoas estavam sentados em fila. Além de Eduardo, os três envolvidos tinham identidades um pouco especiais, especialmente Bryan, então era melhor tratar a questão com cautela, minimizando o problema tanto quanto possível.— Foi um mal-entendido. — Vanessa disse primeiro.— Mal-entendido? — O policial apontou para Igor, que estava com o rosto machucado. — Você chama isso de mal-entendido?— E você o que acha? — Vanessa não se apressou a defender, mas lançou um olhar profundo para Igor. — Sr. Igor.Igor, cobrindo os olhos, hesitou um momento. Embora não estivesse satisfeito, teve que admitir: — Foi um mal-entendido, estávamos apenas brincando.Como a pessoa agredida não estava buscando mais consequências, o policial não teve como insistir.— Vocês estão cometendo uma perturbação da ordem pública. Dessa vez, vou apenas dar um aviso verbal e pedir que assinem um documento. Na próxima vez, a situação será mais séria.
O elevador fez um som de "ding", o sinal de abertura das portas soou, e eles chegaram ao andar onde Vanessa morava. Uma voz fria veio do lado, ecoando no elevador: — Chegamos, pode ir.— Espera um pouco. — Vanessa o chamou e rapidamente foi para casa. Quando voltou, estava segurando uma caixa de curativos. — Me dê sua mão.Bryan ficou ligeiramente surpreso.Vendo que ele ainda estava atordoado, Vanessa puxou a mão dele e começou a aplicar os curativos de forma cuidadosa, mas desajeitada. Os curativos ficaram colocados de maneira irregular e desorganizada, fazendo a situação parecer ainda mais desastrosa.— É, ficou meio feio, mas deixa assim, melhor do que acabar machucando de novo.— Está ótimo. — Disse Bryan.As palavras curtas e frias ecoaram nos ouvidos, quando seus olhares se encontraram, o rosto de Vanessa corou e ela desviou o olhar. — Obrigada pelo que fez hoje.— É assim que você me agradece? — Bryan se aproximou dela.Vanessa de repente ficou nervosa, deu alguns passos para