Quando a noite caiu, as luzes de néon começaram a acender nas ruas da Cidade D. Vanessa, furiosa, saiu do condomínio e caminhou por um tempo indeterminado. Cansada, parou na calçada e, se lembrando das provocações do membro da família Barbosa na tarde, e de como sua mãe, sem vergonha, foi atrás de Bryan, se sentiu cada vez mais irritada. Ela deu um forte chute na árvore próxima.Ela já não se lembrava que as atitudes impertinentes de sua mãe haviam causado tantos problemas a ela.De repente, o som da buzina de um carro soou. Vanessa olhou para cima e viu um carro preto parando lentamente ao seu lado. A janela traseira foi abaixada, revelando o rosto severo de dentro.Bryan?Vanessa ficou surpresa.Bryan a olhou e, com uma voz neutra, perguntou: — O que aconteceu? Saiu à noite para descarregar a raiva na árvore da calçada?Vanessa franziu a testa e perguntou: — O que você está fazendo aqui?Do lado de fora, a voz de Eduardo se ouviu: — O Sr. Bryan acabou de levar a Sra. Cláudia para
Vanessa desceu do carro e, através da porta, agradeceu a Bryan, que ainda estava dentro do veículo. — Obrigada.— Sua mãe me mandou comida e você está me agradecendo?— Não é por isso. É pela questão do escritório.Bryan franziu um pouco a testa.— Eu vou voltar agora. — Vanessa acenou com a cabeça em direção ao carro para se despedir, então se virou e entrou no condomínio.Bryan se recostou no encosto da cadeira, pensativo.— A questão do escritório, quando ela descobriu isso?Eduardo também estava curioso. — O corretor disse que a Srta. Vanessa ligou para ele à tarde e concordou com o contrato na hora. Ele também achou estranho, pois ela tinha acabado de ver o escritório.Os olhos de Bryan ficaram sombrios.Quando Vanessa chegou em casa, Cláudia já tinha ido embora.Ela viu as frutas cortadas na mesa de café, com um bilhete embaixo: “Fui embora. Se lembre de comer mais frutas, não deixe por muito tempo, pois podem oxidar e perder nutrientes. A carne de porco ao molho de soja e a s
De manhã cedo.Vanessa entrou em contato com a empresa de reformas e iniciou oficialmente a reforma do escritório no prédio comercial.— Além da pintura das paredes, quase não há necessidade de fazer grandes alterações. O acabamento desse escritório ainda está bem novo e muito pode ser aproveitado como está. — Disse o responsável pela empresa de reformas.— Quanto tempo deve levar para terminar?— Bem rápido, dentro de uma semana, a decoração estará concluída.Vanessa estava conversando com os trabalhadores sobre os detalhes da reforma quando ouviu uma voz masculina familiar na porta.— Vanessa.— Severino? — Vanessa, ao ver Severino, imediatamente mandou os trabalhadores continuarem com o que estavam fazendo e foi ao encontro dele. — O que você está fazendo aqui?Severino, vestido com um terno e carregando uma pasta, estava com uma aparência elegante e gentil. — Eu tinha uma reunião com um cliente por aqui e aproveitei para passar e ver como estava a reforma. Está tudo indo bem?— Es
Quando a noite caiu, Bryan havia acabado de sair de uma reunião e voltou para o escritório. Assim que colocou o celular na mesa, uma mensagem anônima apareceu na tela. Era apenas uma foto.— Chefe, essa é a ata da reunião de hoje, você... — Eduardo não terminou a frase ao perceber que Bryan não parecia estar bem, então pergntou. — Chefe, o que aconteceu?Bryan colocou o celular sobre a mesa. Na tela, havia uma foto.Curioso, Eduardo se aproximou para dar uma olhada e viu duas pessoas jantando em um restaurante. Uma delas era Vanessa, a outra, o advogado Severino, que havia ajudado Vanessa com um caso.— Não é a Srta. Vanessa e o advogado Severino? — Eduardo mal terminou a frase antes de perceber a tensão no ar. Ele se calou rapidamente e olhou cautelosamente para Bryan. — Chefe, eles só estão jantando. Talvez a Srta. Vanessa tenha algum assunto legal para discutir com o advogado Severino.“A mulher que o chefe está de olho, outros ainda têm a ousadia de se aproximar? Realmente não sabe
— Eduardo? — Vanessa avistou o homem que estava pagando no caixa. — Você também veio comer aqui?Eduardo puxou os cantos da boca de maneira anormal, esboçando um sorriso forçado, visivelmente desconfortável. — Srta. Vanessa.Vanessa olhou instintivamente para trás de Eduardo. — O Sr. Bryan também está aqui?— Oh, o Sr. Bryan não veio. Eu vim jantar sozinho. — Eduardo respondeu.Vanessa finalmente suspirou aliviada e sorriu. — Que coincidência te encontrar aqui.Eduardo assentiu educadamente e cumprimentou alguém atrás de Vanessa. — Advogado Severino.Severino também o cumprimentou.Os três saíram juntos do restaurante.— Essa hora é difícil conseguir um táxi. Srta. Vanessa, você vai voltar para o Jardim do Comércio Mundial, certo? Estou indo naquela direção e posso te levar. — Eduardo disse.Severino, no entanto, interrompeu:— Não é necessário, eu levo Vanessa para casa.— Acho que a casa do Sr. Severino fica no lado oeste da cidade, né? Isso não é muito no caminho. Não precisa se
Bryan ergueu ligeiramente as sobrancelhas.— Sr. Bryan, a Srta. Vanessa não quis voltar para casa e insistiu para que eu a trouxesse aqui.Eduardo estava atrás de Vanessa, com uma expressão abatida e receosa, temendo que Bryan o repreendesse.Bryan levantou a mão com indiferença, colocou a primeira xícara de chá recém-preparado na mesa e disse calmamente: — Que bom, venha tomar um chá comigo.Vanessa franziu a testa, deu alguns passos rápidos à frente e disse: — Você não vai me explicar por que seu assistente estava no lugar onde eu estava comendo?Eduardo, que estava atrás, saiu silenciosamente e também fechou a porta.— Se eu disser que foi uma coincidência, você acredita?— Eu não acredito em nada! — Vanessa segurava a bolsa com força, e se não fosse pela sua racionalidade, teria jogado a bolsa no rosto de Bryan. — Essa não é a primeira vez que você me persegue. Você sabe o que é isso?— Quando foi a última vez?— No restaurante japonês! Você realmente esqueceu?— Naquela vez, foi
Enquanto Vanessa resistia, o laço dsua gola se soltou, revelando sua pele de porcelana. A temperatura do ambiente pareceu subir vários graus de uma só vez, e o olhar de Bryan se tornou instantaneamente mais intenso. Ele segurou firmemente o pulso dela, enquanto a distância entre seus rostos diminuía.Vanessa, assustada, virou a cabeça e fechou os olhos, evitando o rosto dele. O beijo pousou em seu lóbulo da orelha, a leve brisa fresca fez Bryan recuperar a consciência. Ao ver o rosto nervoso e inquieto de Vanessa, ele franziu a testa, soltou ela e se sentou.De repente, o peso sobre ela desapareceu e ela rapidamente se moveu para o lado. O ar parecia congelado, foi um momento tão embaraçoso que dava vontade de se enfiar em um buraco no chão.Bryan se inclinou e serviu uma xícara de chá, dizendo em um tom calmo: — Se você não está pronta, eu posso esperar, mas não demore muito.Vanessa ficou surpresa.A xícara de porcelana branca foi empurrada em sua direção. O chá era claro e límpido
— Com ela, foi só uma diversão passageira, ela nunca poderia se comparar a você. — Disse Igor, sem vergonha. — Mas nós já nos divorciamos.— Se você quiser, podemos nos casar de novo a qualquer momento, de verdade. — Com medo de que Vanessa tivesse alguma dúvida, Igor disse. — Eu sei que você sofreu muito morando com minha mãe e minha irmã. Se casarmos novamente, nós nos mudamos para um lugar só nosso, que tal? — Enquanto falava, ele segurou a mão de Vanessa, com os olhos cheios de “amor”, como quando a pediu em casamento três anos atrás. — Vanessa, eu realmente te amo.Vanessa deixou que ele segurasse sua mão, enquanto fingia acreditar na declaração apaixonada. Ela examinou o homem à sua frente de cima a baixo, com cuidado. Naquele momento, ela simplesmente não conseguia se lembrar do que a havia atraído nele no início, para acabar presa naquela quase falida família Ribeiro com um fracassado como ele por tantos anos. — Igor, você sabe? Ouvir essas suas palavras só me dá vontade de v