Finalmente, Vanessa havia se afastado da família Ribeiro, cortando todos os laços, e conseguiu alugar um apartamento que realmente gostava. Tudo estava começando a melhorar.Severino estava parado dentro do apartamento, observando silenciosamente a silhueta azul e branca que se destacava na varanda. Sob a admiração em seu olhar, havia um desejo que lentamente emergia. De repente, seu olhar se tornou firme, ele apertou o punho.Dessa vez, ele não deixaria a oportunidade escapar. — Tem um Walmart aqui perto, dá uns dez minutos a pé. Podemos ir comprar algumas coisas e eu trago tudo para você, assim não precisa se preocupar em carregar nada sozinha depois. Ah, e você deixou o carro na casa da família Ribeiro, né? Pode usar o meu carro nos próximos dias. — Disse Severino.— Não precisa. — Vanessa respondeu rapidamente, abanando as mãos. — Atualmente, não estou trabalhando. Fora os projetos que preciso acompanhar, praticamente não preciso ir à empresa. Por enquanto, posso chamar um táxi. —
Cláudia, apesar de ser interesseira e obcecada por dinheiro, com um vício em jogos de azar, educou muito bem seus dois filhos. Caio, em especial, era alguém que não tolerava injustiças, a ponto de até mesmo Cláudia sentir um certo receio dele. Vanessa sabia que, se contasse a Caio que Bryan estava prestes a se casar e ainda a pertubava, ele jamais reagiria como a mãe, que se aproveitava da situação. Não importava que Bryan fosse o presidente do Grupo Barbosa ou o homem mais rico do mundo.Satisfeita, Vanessa desligou o celular. A essa altura, quando chegasse em casa, Bryan certamente já teria sido expulso por Caio. Meia hora depois, Vanessa caminhava em direção à casa de jogos da sua família, carregando sua bolsa. Na entrada, havia uma placa com os dizeres “Fechado Temporariamente”.Vanessa parou na porta e sentiu o aroma de pastéis no ar, o que lhe causou uma certa emoção. Em três anos de casamento com a família Ribeiro, ela raramente visitava sua própria família. Primeiro, porque
— Você acha que eu não considerei o que você disse?— Bryan Barbosa! — Foi a primeira vez que Vanessa gritou seu nome completo, com os punhos cerrados tremendo levemente, rangendo os dentes. — O que você pensa que eu sou? Uma mulher que se vende?— Você acha que eu gastaria tanto tempo e dinheiro se estivesse procurando uma mulher assim?— O que você quer dizer com isso? Você vai se casar, por que ainda está atrás de mim?— Quem te disse que eu vou me casar?— A Violeta me disse pessoalmente.— Ah, é? A Violeta disse isso? — Bryan não franziu a testa nem por um segundo, observando Vanessa com calma. — Foi no dia em que você a encontrou no meu escritório?— Isso mesmo. — Vanessa respondeu irritada. — Eu já vi muitos homens ricos sustentando amantes, mas não me importo com o que vocês fazem. Eu, Vanessa, não preciso de dinheiro nem de homens correndo atrás de mim, então pare de sonhar!— Não é de se admirar que você não tenha respondido minhas mensagens depois daquele dia. — O canto dos
Vanessa correu até a entrada do beco, apoiando-se na parede desgastada enquanto ofegava. Ela tocou o peito, tentando acalmar o coração acelerado, mas, ao fechar os olhos, a imagem do beijo de Bryan ainda estava fresca em sua mente, com o calor dos lábios ainda presente.— Vanessa. — A voz de Bryan veio de trás dela. Vanessa ficou imediatamente alarmada, seus saltos altos de repente se descontrolaram.— Ah!! — Com um grito, ela foi abraçada firmemente por um par de grandes mãos.— Está tudo bem? — Bryan perguntou.Vanessa tentou afastá-lo apressadamente, mas ainda não estava em pé. Na confusão, acabou se jogando nos braços de Bryan, com o rosto colado em seu peito. Por um momento, o ar ficou silencioso.A voz de Bryan veio de cima dela: — Eu não esperava que você estivesse mais interessada nessa parte.Vanessa puxou uma respiração profunda e acabou se engasgando.— Cof, cof...— Calma. — Bryan a estava batendo nas costas para ajudá-la a respirar.Vanessa ficou com o rosto vermelho. —
Depois de terminar a refeição, Vanessa foi puxada para o quarto por seu irmão Caio.— Mana, você está realmente namorando com ele?— Nossa mãe está tão obcecada com dinheiro que você também entrou na onda? — Vanessa cutucou a testa de Caio e falou irritada. — Que olho viu que eu estou namorando com ele?— Então vocês acabaram de... — Caio juntou as duas mãos e bateu uma na outra. — Se beijar.Vanessa corou imediatamente.— Aquilo... Foi um acidente!— Não existem tantos acidentes assim. — Caio franziu a testa, com uma expressão madura para a idade. — Mana, você acabou de se divorciar, eu entendo que é difícil para você ficar sozinha, mas se você quer se casar novamente, precisa estar atenta e pensar bem.Vendo a preocupação de Caio, Vanessa se sentiu aquecida por dentro e lhe deu um tapinha no ombro.— Fique tranquilo, eu sei o que estou fazendo. Estude bem, se quiser fazer pós-graduação aqui ou no exterior, é com você, porque agora eu tenho dinheiro.Caio balançou a cabeça.— Eu quero
Vanessa finalmente conseguiu tirar Bryan do beco.— Sr. Bryan, eu estava pensando que seria necessário fazer mais uma reunião antes do início das obras para discutir...— A sua mãe não nos acompanhou. — A frase fria interrompeu o discurso que Vanessa havia preparado ao longo do caminho.Vanessa deu uma tosse seca, tentando disfarçar seu constrangimento.Nesse tarde, não haveria nenhuma reunião sobre o projeto. Foi apenas a desculpa de Vanessa.Na frente de Vanessa, Bryan ligou para o motorista. — Venha me buscar agora, estou na saída do beco.Quando Bryan desligou, Vanessa rapidamente disse: — Já que alguém vem te buscar, Sr. Bryan, vou me retirar. Nos vemos na reunião do projeto.Bryan agarrou o braço de Vanessa. — Você me tirou de lá e agora quer me deixar sozinho aqui?— Eu... — Vanessa não soube o que dizer por um momento. — Não foi isso que eu quis dizer.— Você não queria ficar a sós comigo? Estou atendendo ao seu pedido.— O quê?Enquanto falavam, o carro de Bryan já havia ch
Mas afinal, após tanto tempo seguindo Bryan, o faro de Eduardo ainda era bastante apurado. Após um breve momento de perplexidade, ele logo pensou em uma possibilidade. — É a Srta. Vanessa que quer alugar um escritório?Bryan respondeu indiferente com um simples "Sim".Eduardo imediatamente entendeu a situação. — Entendi, chefe. Quer que eu abaixe um pouco o aluguel?— Não precisa, siga o preço de mercado.Vanessa não gostava de se aproveitar dos outros e também não faltava dinheiro para ela. Se não fosse pela preocupação com a segurança e os problemas administrativos de outros edifícios, ele nem teria se dado ao trabalho de ajudá-la.Em outro lugar, Vanessa foi ver um escritório que o corretor havia indicado.— Esse lugar é meio velho, mas o aluguel é razoável. Você recebe o que paga, né? — O corretor explicou sobre a propriedade enquanto Vanessa dava uma volta. Ela olhou ao redor, mas não ficou satisfeita.— Não entra nem luz do sol aqui, parece bem deprimente. Melhor deixar para lá
[Como você sabe onde eu aluguei o apartamento? Foi o Severino que te contou?]A mensagem de Vanessa apareceu na tela. Michele segurou o celular e respondeu: [Acontece que eu também conheço o amigo do Severino que foi para o exterior. Foi só um palpite.][Entendi. Então, você quer jantar comigo hoje à noite?][Não, eu tenho uma reunião por vídeo à noite. Fica para a próxima.][Tudo bem.]Depois de responder à mensagem de Michele, Vanessa chamou o corretor que estava com ela para ver o apartamento e disse:— Por favor, continue procurando um escritório adequado para mim. Não precisa ser grande, mas o ambiente precisa ser agradável.— Claro, sem problemas.Do outro lado, após colocar o celular de lado, Michele se apoiou na pia e se levantou. Ela olhou para o espelho, encarando seu rosto cansado, lavou o rosto com água fria e, enquanto tocava seu rosto molhado, um olhar de autocrítica surgiu em seus olhos, que antes eram gentis e firmes. Ela realmente não era tão bonita quanto Vanes