— Você chamou a Michele?— Chamei, mas ela disse que teria que fazer hora extra à noite, então não poderia vir hoje. Que pena, Michele com certeza adoraria esse tipo de bistrô, ela sempre foi mais artística.Os olhos de Severino brilharam levemente. — É mesmo? Eu não sabia.— Não acredito, nós três nos conhecemos há tantos anos, você ainda não sabe como é a Michele? Além disso, depois da formatura, vocês dois não trabalharam juntos por um tempo?— Vanessa, você está enganada. Michele e eu trabalhamos juntos devido à colaboração entre a empresa dela e o nosso escritório de advocacia. Na verdade, fora do trabalho, não tivemos muito contato. Nós dois somos bastante ocupados.— Vocês deveriam ter mais contato. Vocês dois estão solteiros, quem sabe, com mais interação, algo pode acontecer.— Vanessa. — De repente, Severino ficou sério.— Eu só estava brincando.— Esse tipo de coisa não é algo para se brincar.— Desculpe, mano. — Vanessa ficou ligeiramente surpresa.Percebendo que tinha sid
Ao retornar ao hotel, Vanessa foi direto até a recepção para fazer o check-out. Desde que se mudou da casa da família Ribeiro até o fim do processo, já havia se passado três meses que ela estava hospedada ali, essa despesa não era nada pequena. Embora ela agora tivesse dinheiro, só de pensar no valor já sentia um aperto no peito.— Boa tarde, vou fazer o check-out amanhã ao meio-dia. Pode fechar a conta, por favor.— Qual é o número do quarto?— 1204.— Srta. Vanessa, certo? O seu quarto não precisa de pagamento.— Já foi pago? — Vanessa ficou surpresa.— O Sr. Bryan é um dos acionistas do hotel. — O gerente do hotel deu um leve sorriso e respondeu.Só então Vanessa entendeu o que estava acontecendo.De volta ao quarto, ela se jogou no sofá e soltou um longo suspiro. Agora estava em dívida com Bryan mais uma vez.Ela odiava dever favores, porque no mundo de hoje, qualquer coisa que pudesse ser resolvida com dinheiro não deveria se transformar em dívida de gratidão, já que essa era muit
À noite, Vanessa se revirou na cama sem conseguir dormir. Cada vez que fechava os olhos, a mente era inundada com imagens do dia em que esteve com Bryan, e os ecos da voz dele preenchiam seus ouvidos. Ela não podia negar que o homem era muito charmoso.Na manhã seguinte, Vanessa arrumou suas poucas coisas e se mudou para a nova casa.— Obrigada, pode deixar aqui mesmo. — Depois de se despedir dos trabalhadores que ajudaram na mudança, ela fechou a porta e ficou na sala de estar limpa e arejada, se sentindo revigorada.— Ding-dong — O som da campainha soou.— Já vou! — Vanessa achou que talvez os trabalhadores tivessem esquecido alguma coisa, mas ao abrir a porta, encontrou Eduardo, o assistente de Bryan. — Assistente Eduardo? O que você está fazendo aqui?— Bom dia, Srta. Vanessa. O Sr. Bryan soube que você estava se mudando hoje e pediu para eu trazer alguns itens de uso pessoal. — Enquanto falava, Eduardo levantou a sacola que carregava.Vanessa ficou parada por um momento, surpresa.
Vanessa estava arrumando suas malas na sala de estar. O som de uma porta batendo vinha da cozinha. Com um “bang”, Vanessa se sobressaltou e, instintivamente, olhou para trás. Justo a tempo de ver Linda preparando um peixe. Com um golpe firme e decidido, Linda cortou a cabeça do peixe de uma vez só.O pescoço de Vanessa gelou repentinamente e seu coração quase deu um salto. Ela desviou o olhar silenciosamente. Por que tinha a sensação de que Linda a estava tratando como aquele peixe?Enquanto isso, Eduardo já havia recebido Bryan.Bryan tinha uma reunião com um cliente externo naquela manhã no centro de exposições. Ele deveria almoçar com o parceiro de negócios, mas antecipou o encontro.— Chefe, por que pedir para Linda cozinhar na casa da Srta. Vanessa? Com aquela cara feia da Linda, a Srta. Vanessa provavelmente não vai se dar bem com ela. Por que não mandar a Tina? Ela cozinha melhor do que a Linda.— Tina fala demais. — Depois de deixar essa observação, Bryan lançou um olhar para
Vanessa mal tinha acabado de ver os pratos e não pôde deixar de expressar sua sincera admiração: — Linda, você é incrível!— Obrigada, Srta. Vanessa, fico feliz que tenha gostado. — Linda sorriu e se dirigiu a Bryan. — Sr. Bryan, fiquem à vontade, eu vou indo.— Não vá, coma conosco. — Vanessa imediatamente tentou manter ela ali.No entanto, Linda simplesmente desamarrou o avental e, de forma educada, mas distante, se despediu: — Fica para a próxima vez, Srta. Vanessa. Se houver algo que não agrade, por favor, me avise, para que eu possa melhorar na próxima.Dizendo isso, ela foi embora junto com Eduardo, que a esperava na porta.Vanessa tentou chamar eles, mas tudo o que ouviu foi o som da porta da casa se fechando.Na grande casa, restaram apenas Vanessa e Bryan. Uma atmosfera constrangedora começou a se espalhar pelo ar.— Onde fica o banheiro? — A voz de Bryan quebrou o silêncio.— Ali. — Vanessa prontamente apontou para o lado.Observando as costas de Bryan enquanto ele se afast
— Ah, que dor! — Vanessa, enquanto cobria a testa, também tapava um dos olhos, espiando discretamente o homem à sua frente, que agora estava rindo ainda mais. Era raro ver Bryan sorrir. Na sua memória, além daquele sorriso enigmático que sempre a deixava desconfortável e assustada, ele quase sempre mantinha uma expressão fria e difícil de decifrar. Ele realmente sabia pregar peças nas pessoas. — E então, você vai pagar hora extra para a Linda? Posso ajudar ela a entrar em contato.— Não fui eu quem a chamou para cozinhar. — Vanessa respondeu com confiança. — Você nem pediu minha permissão, simplesmente deixou que ela viesse carregada de sacolas. Você tem ideia do quão desconfortável e vergonhoso isso é para mim?— Na próxima vez, aviso antes.— Vai ter uma próxima vez? Por favor, Sr. Bryan, me poupe, e poupe a Linda também.Linda, uma mestre em finanças da Universidade de Colômbia, correndo para cozinhar para os outros de tempos em tempos, mesmo que não dissesse nada, no fundo, c
Violeta fechou o punho e planejou secretamente que, assim que se casasse com o Bryan, a primeira coisa que faria seria demitir Linda e outras secretárias, para eliminar possíveis problemas no futuro.— Senhorita, o Sr. Bryan não está na exposição. Devemos voltar para casa? — O motorista perguntou à frente.— Voltar para casa? — Violeta ponderou por um momento. — Vamos à padaria que visitamos da última vez e, em seguida, à casa da família Barbosa.Ela não tinha como convencer Bryan, mas a Sra. Barbosa gostava dela, e ela precisava aproveitar a oportunidade para se destacar. Era sua última chance.Logo chegaram à casa da família Barbosa.Infelizmente, a Sra. Barbosa estava tirando uma soneca.— Violeta, venha, tome um chá. É um chá chinês de alta qualidade. — Clara preparou o chá pessoalmente e convidou Violeta a se sentar. — A senhora geralmente tira a soneca nesse horário e costuma dormir até às duas da tarde.Frustrada por não conseguir alcançar seus objetivos, Violeta sentiu um desco
Vanessa, após o almoço, serviu uma xícara de chá para Bryan. — Chá de jasmim. — Obrigado. — Bryan pegou a xícara e olhou ao redor da casa. O apartamento tinha uma configuração de dois quartos, uma sala, uma cozinha e dois banheiros. Era o tipo de imóvel essencial desenvolvido por construtoras, um apartamento compacto que muitas pessoas passavam a vida toda trabalhando na Cidade D sem conseguir comprar, afinal, estava no centro da cidade. — Essa localização é boa. — Disse Bryan.— É mesmo? Eu não pesquisei muito, mas o entorno é bem conveniente. — Vanessa respondeu enquanto arrumava a mesa. — Tenho que agradecer a um amigo meu que ajudou a encontrar.— Aquele seu amigo advogado?— Isso.As sobrancelhas de Bryan se franziram levemente, como se estivesse refletindo sobre algo. — Tem alguma coisa em casa com a qual eu possa ajudar? — Ele perguntou.— Não. — Vanessa balançou a cabeça imediatamente. — Eu já terminei de arrumar tudo.— Ótimo, então à tarde você vai comigo ao local d