Vanessa mal tinha acabado de ver os pratos e não pôde deixar de expressar sua sincera admiração: — Linda, você é incrível!— Obrigada, Srta. Vanessa, fico feliz que tenha gostado. — Linda sorriu e se dirigiu a Bryan. — Sr. Bryan, fiquem à vontade, eu vou indo.— Não vá, coma conosco. — Vanessa imediatamente tentou manter ela ali.No entanto, Linda simplesmente desamarrou o avental e, de forma educada, mas distante, se despediu: — Fica para a próxima vez, Srta. Vanessa. Se houver algo que não agrade, por favor, me avise, para que eu possa melhorar na próxima.Dizendo isso, ela foi embora junto com Eduardo, que a esperava na porta.Vanessa tentou chamar eles, mas tudo o que ouviu foi o som da porta da casa se fechando.Na grande casa, restaram apenas Vanessa e Bryan. Uma atmosfera constrangedora começou a se espalhar pelo ar.— Onde fica o banheiro? — A voz de Bryan quebrou o silêncio.— Ali. — Vanessa prontamente apontou para o lado.Observando as costas de Bryan enquanto ele se afast
— Ah, que dor! — Vanessa, enquanto cobria a testa, também tapava um dos olhos, espiando discretamente o homem à sua frente, que agora estava rindo ainda mais. Era raro ver Bryan sorrir. Na sua memória, além daquele sorriso enigmático que sempre a deixava desconfortável e assustada, ele quase sempre mantinha uma expressão fria e difícil de decifrar. Ele realmente sabia pregar peças nas pessoas. — E então, você vai pagar hora extra para a Linda? Posso ajudar ela a entrar em contato.— Não fui eu quem a chamou para cozinhar. — Vanessa respondeu com confiança. — Você nem pediu minha permissão, simplesmente deixou que ela viesse carregada de sacolas. Você tem ideia do quão desconfortável e vergonhoso isso é para mim?— Na próxima vez, aviso antes.— Vai ter uma próxima vez? Por favor, Sr. Bryan, me poupe, e poupe a Linda também.Linda, uma mestre em finanças da Universidade de Colômbia, correndo para cozinhar para os outros de tempos em tempos, mesmo que não dissesse nada, no fundo, c
Violeta fechou o punho e planejou secretamente que, assim que se casasse com o Bryan, a primeira coisa que faria seria demitir Linda e outras secretárias, para eliminar possíveis problemas no futuro.— Senhorita, o Sr. Bryan não está na exposição. Devemos voltar para casa? — O motorista perguntou à frente.— Voltar para casa? — Violeta ponderou por um momento. — Vamos à padaria que visitamos da última vez e, em seguida, à casa da família Barbosa.Ela não tinha como convencer Bryan, mas a Sra. Barbosa gostava dela, e ela precisava aproveitar a oportunidade para se destacar. Era sua última chance.Logo chegaram à casa da família Barbosa.Infelizmente, a Sra. Barbosa estava tirando uma soneca.— Violeta, venha, tome um chá. É um chá chinês de alta qualidade. — Clara preparou o chá pessoalmente e convidou Violeta a se sentar. — A senhora geralmente tira a soneca nesse horário e costuma dormir até às duas da tarde.Frustrada por não conseguir alcançar seus objetivos, Violeta sentiu um desco
Vanessa, após o almoço, serviu uma xícara de chá para Bryan. — Chá de jasmim. — Obrigado. — Bryan pegou a xícara e olhou ao redor da casa. O apartamento tinha uma configuração de dois quartos, uma sala, uma cozinha e dois banheiros. Era o tipo de imóvel essencial desenvolvido por construtoras, um apartamento compacto que muitas pessoas passavam a vida toda trabalhando na Cidade D sem conseguir comprar, afinal, estava no centro da cidade. — Essa localização é boa. — Disse Bryan.— É mesmo? Eu não pesquisei muito, mas o entorno é bem conveniente. — Vanessa respondeu enquanto arrumava a mesa. — Tenho que agradecer a um amigo meu que ajudou a encontrar.— Aquele seu amigo advogado?— Isso.As sobrancelhas de Bryan se franziram levemente, como se estivesse refletindo sobre algo. — Tem alguma coisa em casa com a qual eu possa ajudar? — Ele perguntou.— Não. — Vanessa balançou a cabeça imediatamente. — Eu já terminei de arrumar tudo.— Ótimo, então à tarde você vai comigo ao local d
O que ela estava pensando?Nesse momento, Bryan estava a caminho da antiga residência da família.O mordomo ligou, dizendo que a avó estava subitamente passando mal e pediu para ele voltar o quanto antes. Quando o pai de Bryan faleceu de forma inesperada, ele só voltou ao país e assumiu o Grupo Barbosa por causa da saúde da avó.— Jovem senhor, você voltou.— E a vovó? Por que não a levaram ao hospital?O mordomo, hesitante, respondeu: — A senhora disse que não era nada grave e que não precisava ir ao hospital.— Vou ligar para o Yuri.Enquanto falava, Bryan já estava prestes a chamar seu amigo Yuri.Antes mesmo que pudesse fazer a ligação, Clara saiu da sala de estar da senhora.— Bryan, não precisa chamar o Dr. Yuri, a vovó pediu que você entrasse.Bryan franziu ligeiramente as sobrancelhas e entrou com passos largos.— Vovó.A Sra. Barbosa estava sentada em uma cadeira de madeira tradicional, com uma expressão um pouco séria, mas sem nenhum sinal de doença.— Você voltou.— Vovó, v
— Os fundos do Grupo Barbosa já devem ter sido creditados, certo? Então está bem, é fundamental controlar rigorosamente a qualidade na fase de aquisição do projeto. Vou desligar agora, estarei aí em breve.No banheiro, Vanessa colocou o celular na prateleira e, olhando no espelho, aplicou batom. Sua pele era naturalmente boa, e o batom nude deixava a maquiagem muito limpa, dando um ar sofisticado e elegante a ela.Com o início do projeto se aproximando, vários pagamentos do Grupo Barbosa foram recebidos recentemente. Vanessa passou os últimos dias ocupada com as questões de compras. Com a aquisição dos materiais principais concluída, ela só precisaria ocasionalmente visitar a obra.— Chegamos.— Obrigada, motorista.Vanessa desceu do carro e olhou para o antigo bairro decadente à sua frente, mas em sua mente já via a futura prosperidade e agitação do lugar.O projeto que estavam desenvolvendo em parceria com o Grupo Barbosa era justamente na parte sul desse velho bairro. Iriam transfor
Rafaela cruzou os braços e afirmou com confiança: — Claro que foi o presidente do Grupo Ribeiro quem me deu essa autoridade. Sr. Bryan designou você, Vanessa, como a responsável pelo projeto, mas não especificou quem poderia ser membro da equipe. Eu só queria ajudar.— É assim que você ajuda?Vanessa olhou para a casa atrás dela. A entrada estava uma bagunça, com a velha porta de madeira mostrando sinais evidentes de ter sido forçada, quase caindo aos pedaços.Rafaela deu de ombros e disse indiferente: — Vanessa, você está fora da realidade? Nós já pagamos, mas a velha se recusa a sair. Está claro que ela quer nos extorquir mais dinheiro. Tínhamos que agir assim. Caso contrário, o progresso do projeto seria prejudicado. Você vai se responsabilizar? Pode demolir. — Rafaela ordenou diretamente aos dois homens.Vanessa repreendeu com raiva:— Quero ver quem ousa!— Vanessa, chega, tá bom? Eu me ofereci para ser a vilã, você ainda não está satisfeita?— Rafaela, eu estou te avisando agor
Vanessa estava de pé na entrada do hospital, segurando o celular. Era o final de agosto, tinha acabado de chover e a manhã ainda estava um pouco fria. Ela vestia apenas um cardigã fino de tricô e, após algum tempo, começou a se sentir cansada, decidindo voltar para o quarto do hospital para esperar.— Vanessa. — Quando estava prestes a sair, uma voz masculina clara e firme a chamou ao vento. Instintivamente, Vanessa se virou e, antes que pudesse reagir, foi puxada para um abraço.Mesmo através do tecido espesso do terno, ela podia ouvir claramente as batidas do coração que vinham do peito dele, um pouco aceleradas, como se ele tivesse corrido até ali.— Pensei que algo tivesse acontecido com você. — A voz que vinha de cima fez Vanessa parar de lutar instintivamente. A preocupação com alguém não podia ser fingida. Vanessa ficou tão atônita que esqueceu de empurrar ele. Ficou nos braços dele por um longo tempo, sob o olhar curioso dos pedestres, até finalmente recobrar a consciência.—