À noite, Vanessa se revirou na cama sem conseguir dormir. Cada vez que fechava os olhos, a mente era inundada com imagens do dia em que esteve com Bryan, e os ecos da voz dele preenchiam seus ouvidos. Ela não podia negar que o homem era muito charmoso.Na manhã seguinte, Vanessa arrumou suas poucas coisas e se mudou para a nova casa.— Obrigada, pode deixar aqui mesmo. — Depois de se despedir dos trabalhadores que ajudaram na mudança, ela fechou a porta e ficou na sala de estar limpa e arejada, se sentindo revigorada.— Ding-dong — O som da campainha soou.— Já vou! — Vanessa achou que talvez os trabalhadores tivessem esquecido alguma coisa, mas ao abrir a porta, encontrou Eduardo, o assistente de Bryan. — Assistente Eduardo? O que você está fazendo aqui?— Bom dia, Srta. Vanessa. O Sr. Bryan soube que você estava se mudando hoje e pediu para eu trazer alguns itens de uso pessoal. — Enquanto falava, Eduardo levantou a sacola que carregava.Vanessa ficou parada por um momento, surpresa.
Vanessa estava arrumando suas malas na sala de estar. O som de uma porta batendo vinha da cozinha. Com um “bang”, Vanessa se sobressaltou e, instintivamente, olhou para trás. Justo a tempo de ver Linda preparando um peixe. Com um golpe firme e decidido, Linda cortou a cabeça do peixe de uma vez só.O pescoço de Vanessa gelou repentinamente e seu coração quase deu um salto. Ela desviou o olhar silenciosamente. Por que tinha a sensação de que Linda a estava tratando como aquele peixe?Enquanto isso, Eduardo já havia recebido Bryan.Bryan tinha uma reunião com um cliente externo naquela manhã no centro de exposições. Ele deveria almoçar com o parceiro de negócios, mas antecipou o encontro.— Chefe, por que pedir para Linda cozinhar na casa da Srta. Vanessa? Com aquela cara feia da Linda, a Srta. Vanessa provavelmente não vai se dar bem com ela. Por que não mandar a Tina? Ela cozinha melhor do que a Linda.— Tina fala demais. — Depois de deixar essa observação, Bryan lançou um olhar para
Vanessa mal tinha acabado de ver os pratos e não pôde deixar de expressar sua sincera admiração: — Linda, você é incrível!— Obrigada, Srta. Vanessa, fico feliz que tenha gostado. — Linda sorriu e se dirigiu a Bryan. — Sr. Bryan, fiquem à vontade, eu vou indo.— Não vá, coma conosco. — Vanessa imediatamente tentou manter ela ali.No entanto, Linda simplesmente desamarrou o avental e, de forma educada, mas distante, se despediu: — Fica para a próxima vez, Srta. Vanessa. Se houver algo que não agrade, por favor, me avise, para que eu possa melhorar na próxima.Dizendo isso, ela foi embora junto com Eduardo, que a esperava na porta.Vanessa tentou chamar eles, mas tudo o que ouviu foi o som da porta da casa se fechando.Na grande casa, restaram apenas Vanessa e Bryan. Uma atmosfera constrangedora começou a se espalhar pelo ar.— Onde fica o banheiro? — A voz de Bryan quebrou o silêncio.— Ali. — Vanessa prontamente apontou para o lado.Observando as costas de Bryan enquanto ele se afast
— Ah, que dor! — Vanessa, enquanto cobria a testa, também tapava um dos olhos, espiando discretamente o homem à sua frente, que agora estava rindo ainda mais. Era raro ver Bryan sorrir. Na sua memória, além daquele sorriso enigmático que sempre a deixava desconfortável e assustada, ele quase sempre mantinha uma expressão fria e difícil de decifrar. Ele realmente sabia pregar peças nas pessoas. — E então, você vai pagar hora extra para a Linda? Posso ajudar ela a entrar em contato.— Não fui eu quem a chamou para cozinhar. — Vanessa respondeu com confiança. — Você nem pediu minha permissão, simplesmente deixou que ela viesse carregada de sacolas. Você tem ideia do quão desconfortável e vergonhoso isso é para mim?— Na próxima vez, aviso antes.— Vai ter uma próxima vez? Por favor, Sr. Bryan, me poupe, e poupe a Linda também.Linda, uma mestre em finanças da Universidade de Colômbia, correndo para cozinhar para os outros de tempos em tempos, mesmo que não dissesse nada, no fundo, c
Violeta fechou o punho e planejou secretamente que, assim que se casasse com o Bryan, a primeira coisa que faria seria demitir Linda e outras secretárias, para eliminar possíveis problemas no futuro.— Senhorita, o Sr. Bryan não está na exposição. Devemos voltar para casa? — O motorista perguntou à frente.— Voltar para casa? — Violeta ponderou por um momento. — Vamos à padaria que visitamos da última vez e, em seguida, à casa da família Barbosa.Ela não tinha como convencer Bryan, mas a Sra. Barbosa gostava dela, e ela precisava aproveitar a oportunidade para se destacar. Era sua última chance.Logo chegaram à casa da família Barbosa.Infelizmente, a Sra. Barbosa estava tirando uma soneca.— Violeta, venha, tome um chá. É um chá chinês de alta qualidade. — Clara preparou o chá pessoalmente e convidou Violeta a se sentar. — A senhora geralmente tira a soneca nesse horário e costuma dormir até às duas da tarde.Frustrada por não conseguir alcançar seus objetivos, Violeta sentiu um desco
Vanessa, após o almoço, serviu uma xícara de chá para Bryan. — Chá de jasmim. — Obrigado. — Bryan pegou a xícara e olhou ao redor da casa. O apartamento tinha uma configuração de dois quartos, uma sala, uma cozinha e dois banheiros. Era o tipo de imóvel essencial desenvolvido por construtoras, um apartamento compacto que muitas pessoas passavam a vida toda trabalhando na Cidade D sem conseguir comprar, afinal, estava no centro da cidade. — Essa localização é boa. — Disse Bryan.— É mesmo? Eu não pesquisei muito, mas o entorno é bem conveniente. — Vanessa respondeu enquanto arrumava a mesa. — Tenho que agradecer a um amigo meu que ajudou a encontrar.— Aquele seu amigo advogado?— Isso.As sobrancelhas de Bryan se franziram levemente, como se estivesse refletindo sobre algo. — Tem alguma coisa em casa com a qual eu possa ajudar? — Ele perguntou.— Não. — Vanessa balançou a cabeça imediatamente. — Eu já terminei de arrumar tudo.— Ótimo, então à tarde você vai comigo ao local d
O que ela estava pensando?Nesse momento, Bryan estava a caminho da antiga residência da família.O mordomo ligou, dizendo que a avó estava subitamente passando mal e pediu para ele voltar o quanto antes. Quando o pai de Bryan faleceu de forma inesperada, ele só voltou ao país e assumiu o Grupo Barbosa por causa da saúde da avó.— Jovem senhor, você voltou.— E a vovó? Por que não a levaram ao hospital?O mordomo, hesitante, respondeu: — A senhora disse que não era nada grave e que não precisava ir ao hospital.— Vou ligar para o Yuri.Enquanto falava, Bryan já estava prestes a chamar seu amigo Yuri.Antes mesmo que pudesse fazer a ligação, Clara saiu da sala de estar da senhora.— Bryan, não precisa chamar o Dr. Yuri, a vovó pediu que você entrasse.Bryan franziu ligeiramente as sobrancelhas e entrou com passos largos.— Vovó.A Sra. Barbosa estava sentada em uma cadeira de madeira tradicional, com uma expressão um pouco séria, mas sem nenhum sinal de doença.— Você voltou.— Vovó, v
— Os fundos do Grupo Barbosa já devem ter sido creditados, certo? Então está bem, é fundamental controlar rigorosamente a qualidade na fase de aquisição do projeto. Vou desligar agora, estarei aí em breve.No banheiro, Vanessa colocou o celular na prateleira e, olhando no espelho, aplicou batom. Sua pele era naturalmente boa, e o batom nude deixava a maquiagem muito limpa, dando um ar sofisticado e elegante a ela.Com o início do projeto se aproximando, vários pagamentos do Grupo Barbosa foram recebidos recentemente. Vanessa passou os últimos dias ocupada com as questões de compras. Com a aquisição dos materiais principais concluída, ela só precisaria ocasionalmente visitar a obra.— Chegamos.— Obrigada, motorista.Vanessa desceu do carro e olhou para o antigo bairro decadente à sua frente, mas em sua mente já via a futura prosperidade e agitação do lugar.O projeto que estavam desenvolvendo em parceria com o Grupo Barbosa era justamente na parte sul desse velho bairro. Iriam transfor