— Ah? — O rosto de Vanessa mudou imediatamente. — Sua casa?Antes que Vanessa pudesse perguntar por que ele a levou até lá em vez de ao hospital, Bryan já estava indo direto para dentro da mansão, perguntando enquanto caminhava:— O Yuri já chegou?— O Dr. Yuri chegou há dez minutos e está esperando na sala de estar.Vanessa ainda estava atônita, e a empregada ao lado dela a lembrou: — Srta. Vanessa, o vento está forte aqui fora, entre logo, o Dr. Yuri está esperando por você lá dentro.Só então Vanessa recobrou os sentidos e seguiu a empregada.Olhando ao redor, ela viu a grandeza do vasto jardim. A mansão em estilo europeu à sua frente era uma das dez propriedades mais luxuosas da capital, sempre presente no topo dos rankings de imóveis.Graças a Bryan, ela tinha a chance de estar ali.A empregada conduziu Vanessa para dentro da casa.— Yuri. — A voz fria de Bryan ecoou pela sala.O homem diante da vitrine se virou. Ele usava um jaleco branco, o que acentuava ainda mais sua estatura
Antes de sair, Yuri olhou para Vanessa e lembrou Bryan: — Tem certas coisas que eu aconselho você a tomar cuidado, caso contrário, se chegarem aos ouvidos da sua avó, podem prejudicar tanto a você quanto aos outros.Bryan franziu a testa.Assim que Yuri saiu, Vanessa também quis se despedir. — Já são onze horas, preciso ir, Sr. Bryan. Obrigada por tudo hoje, eu...— Você vai ficar aqui essa noite. — A voz fria interrompeu diretamente as palavras de Vanessa, a deixando atônita.— Sr. Bryan, você está brincando, não é?Bryan a salvou, e ela estava muito comovida e grata por isso, mas isso não significava que a relação entre eles precisava avançar. Ela também não achava que Bryan tinha obrigação de cuidar de seus assuntos.— Deixe pra lá, já está muito tarde, Sr. Bryan. Eu vou embora.Ela não queria continuar a se enredar com Bryan, então se levantou para sair.Mas antes de dar o primeiro passo no tapete de lã feito à mão da sala de estar, seu pulso foi agarrado com força. Com um grito
— Precisa ficar tão nervosa assim? — Bryan olhou para ela com uma expressão impassível.Vanessa finalmente conseguiu recuperar o fôlego. — Eu sou uma mulher divorciada e já na casa dos trinta. O que você viu em mim?— Somos muito compatíveis.— Compatíveis em quê? Nós nos conhecemos há quanto tempo? Você realmente me conhece?O olhar de Bryan se ergueu ligeiramente. — O que você acha?Vanessa ficou sem palavras, seu rosto ficou imediatamente vermelho. Ela se forçou a controlar a tempestade de emoções que sentia e respondeu com hesitação.— Sr. Bryan, na verdade, esse tipo de coisa precisa de mais tentativas para ver se somos compatíveis ou não. Como você pode ter certeza de que somos a combinação perfeita sem ter comparado com outras?— Você quer dizer que precisamos nos encontrar mais algumas vezes?— Não foi isso que eu quis dizer!Ela finalmente percebeu que, em certos momentos, Bryan tinha uma habilidade especial de conduzir a conversa para onde ele queria, desviando o sentido or
— Claro que é por causa dos nossos sentimentos. Você realmente acha necessário levar as coisas a esse ponto?— Sim, é necessário.Igor ficou sem palavras por um momento e depois, com urgência, disse: — Vanessa, desde quando você mudou tanto assim? Antes, você nunca se importava com essas coisas!— Eu não me importava antes porque éramos casados e eu era a gerente geral do Grupo Ribeiro. Agora me importo porque sou a Vanessa.Vanessa sempre foi racional. A pouca obediência e compreensão que demonstrou ao longo dos três anos de casamento foram dedicadas a Igor. Ela acreditava nele, não porque fosse ingênua, mas porque pensava que o casamento precisava ser baseado em confiança.Mas agora as coisas eram diferentes. Sem essas amarras, ela era apenas ela mesma.— O novo acordo de divisão de bens já foi redigido pelo meu advogado e deve chegar à sua empresa por volta da tarde. Não há muita diferença em relação ao anterior, exceto por um detalhe: Eu quero um apartamento duplex ao lado do Worl
— Sr. Bryan, você realmente não precisa me acompanhar, em plena luz do dia, o Igor não vai se atrever a fazer nada comigo. — A voz de Vanessa ecoou dentro do carro.Ela também não esperava que Bryan tivesse ficado esperando por ela do lado de fora da cafeteria.— Você está pensando demais, é só porque está no meu caminho.No caminho?Vanessa ficou ligeiramente surpresa. Tudo bem, talvez ela estivesse imaginando coisas.Nesse momento, Eduardo, o motorista, fez uma pergunta fora de hora:— Ah, Srta. Vanessa, para onde você vai?— Ah, eu vou para o escritório de Advocacia Carmo.Assim que as palavras saíram da boca de Vanessa, ela percebeu algo estranho. Ela ainda não tinha mencionado para onde ia, então como Bryan sabia que era no caminho?Mas nesse momento, o homem estava de braços cruzados, encostado no banco, com os olhos fechados, parecendo totalmente alheio à situação.Vanessa engoliu silenciosamente sua pergunta.Bryan sempre agia de forma imprevisível, quem sabia o que ele estava
— Quem te trouxe aqui?— Um amigo. — Vanessa não disse mais nada. — Ah, sim! Você leu os documentos que te enviei essa manhã?— Li sim. Vamos, vamos subir e falar sobre os detalhes do caso.Severino desviou o olhar que tinha lançado à distância e conduziu Vanessa até o andar de cima para discutir os detalhes do processo. — Se eu soubesse, teria te levado para casa ontem à noite. Deixar você passar por uma situação tão perigosa... Você está bem?— Estou bem, só me machuquei um pouco.Ao ver a ponta da gaze aparecendo sob o lenço de Vanessa, o rosto de Severino imediatamente se tornou sombrio.— Igor realmente ousou recorrer a sequestro e ameaças. Ele deve estar querendo ir para a prisão.— Acho difícil ele acabar preso. Ele pode muito bem jogar toda a culpa em Rafaela. No máximo, ficará detido por alguns dias. Também não quero fazer um grande alarde sobre isso.— Entendo. Farei o possível para garantir os seus melhores interesses.Enquanto falavam, o celular de Severino tocou. Ao ve
Fora do escritório, Vanessa foi levada à sala de descanso pela secretária, que disse: — Srta. Vanessa, por favor, descanse um pouco aqui. Vou pegar um chá para você.— Obrigada, ah. Espera aí! — Vanessa a chamou, olhando para o escritório em frente. — Michele costuma vir aqui?A secretária rapidamente balançou a cabeça. — Não, Srta. Michele está vindo pela primeira vez. O advogado Severino geralmente está muito ocupado e raramente recebe amigos no escritório. Eu também não sabia que a Srta. Michele era amiga do advogado Severino.— Entendi, obrigada. — Vanessa ficou pensativa.— De nada, por favor, aguarde um momento.Depois que a secretária saiu, Vanessa pegou seu celular e abriu o álbum de fotos. Ela ficou procurando por um tempo até encontrar uma foto de quatro anos atrás, quando se formou na universidade. Era uma foto de quatro pessoas. Ela e Michele estavam vestindo becas de formatura, cada uma segurando um buquê de flores, com Igor e Severino ao lado. Vanessa só soube que
— Alô? Mãe! — Vanessa nem terminou de falar, Cláudia já tinha desligado o celular. Ao ligar de novo, só deu caixa postal. O carro já tinha chegado à entrada do condomínio. Assim que saiu do carro, Vanessa viu Nanda e Cláudia juntas, com Cláudia como sempre, toda animada, gesticulando enquanto falava. — Mãe! — Vanessa correu em direção a elas. — Vani. — Cláudia a puxou, ainda com um sorriso no rosto. — Vamos, comprei uma melancia, vamos cortar e comer em casa.Vendo a mãe assim, era óbvio que ela ainda não sabia de nada. — Mãe, que melancia o quê, vem comigo primeiro. — Vanessa tentou puxar ela para ir embora, mas Nanda, claro, não perderia a oportunidade de zombar delas.— Vanessa, isso não está certo. Sua mãe, toda preocupada com você, veio trazer uma melancia nesse calor, e você ainda quer mandar ela embora?— Pois é, nossa Vani está sempre ocupada com o trabalho, mal tem tempo para a família. Como mãe, eu preciso me preocupar mais com o que ela não consegue dar conta.—