O homem à frente tinha por volta de trinta anos, com uma aparência comum, mas exalava uma certa astúcia indescritível.— Deixe eu me apresentar, meu nome é Vitor Antunes, sou da Cidade D. Ontem, eu te vi na festa e fiquei impressionado. Queria deixar meu contato com você, mas você foi embora cedo demais.— Espera um pouco. — Vanessa ficou confusa. — Como você soube que eu estava aqui?— A Sra. Helen não te contou? Foi ela quem concordou em nos apresentar, para nos conhecermos melhor.— Desculpa, espera aí. — Vanessa imediatamente fez uma ligação para Helen.“Desculpe, o número que você ligou não está disponível no momento, por favor, tente novamente mais tarde.”Ótimo, a ligação simplesmente não conectou.Vanessa olhou para Vitor, um pouco embaraçada.— Então, eu realmente não sabia de nada. Agora, o telefone da minha madrinha também não está funcionando, isso tudo é muito inesperado.Vitor rapidamente respondeu:— Nada inesperado, de forma alguma. Se algo foi inesperado, foi eu ser tã
Vitor ficou completamente atordoado.— Não, vocês...Bryan, sem hesitar, pegou a bolsa de Vanessa e a puxou para sair rapidamente.— Quem é sua esposa? Me solta! — Enquanto saíam do restaurante, Vanessa estava se debatendo.Bryan a jogou sem cerimônia dentro do carro.— Ah! — Vanessa gritou ao cair dentro do veículo.Quando ela se esforçou para se levantar, Bryan pressionou uma mão no teto do carro e segurou a porta com a outra, com faíscas de raiva quase pulando de seus olhos.— Quem te mandou vir para esse encontro?Vanessa respondeu irritada:— Pergunte para a sua mãe!— Ela te mandou e você veio? — Bryan estava furioso, empurrando ela de volta para o assento. — Quem era aquele? Você o conhece bem? Como você foi almoçar com ele?Vanessa também ficou irritada.— E daí se não conheço bem? Um almoço não é uma boa oportunidade para se familiarizar? Eu e você também não éramos próximos no início!— O que você disse?O olhar de Bryan escureceu de repente, suas sobrancelhas se franziram co
— Madrinha. — Vanessa rapidamente segurou Helen. — Tem alguém aí.Na entrada do shopping no centro da cidade, o movimento era intenso, qualquer pequena discussão atraía uma multidão de curiosos. Bryan era uma figura pública. Se fosse reconhecido, com certeza estaria no topo dos trendings.Helen lançou um olhar fulminante em direção a Bryan.— Eu estou fazendo isso por causa da Vani, não quero mais discutir com você, mas na próxima vez, vai ver só. — Ela então deu uma leve batida na mão de Vanessa. — Vamos ignorar ele e seguir para o almoço. O Vitor está nos esperando.— Ah? — O rosto de Vanessa mudou instantaneamente, tentando escapar. — Madrinha, eu acabei de lembrar que tenho um compromisso no trabalho. Vou voltar agora.— Esse pouco tempo não vai atrapalhar, certo?— É realmente urgente.— Vani, você não gosta do Vitor, né? Não tem problema, eu posso te apresentar outros rapazes. Há tantos jovens promissores por aí, com certeza você vai encontrar alguém de quem goste, não é?Vanessa
Ela se afastou sem esperar que Bryan falasse.Na noite anterior, ele a havia enredado com seu truque de beber demais. Agora, ele queria tentar outra estratégia? Ela não era boba.Bryan pensou em sair do carro para ir atrás dela, mas o som da buzina de um carro atrás dele o fez parar. Já fazia um tempo que ele estava parado na esquina e o tráfego estava se acumulando. Quando ele estava prestes a se juntar ao fluxo de carros, seus olhos atravessaram a janela e viram uma figura familiar na frente do Edifício World Trade Center: Era Igor.O olhar de Bryan se estreitou instantaneamente.Nesse momento, Vanessa se apressava para entrar no prédio.— Vanessa!— Igor? — Vanessa levantou a cabeça e viu Igor parado na entrada do prédio. — O que você está fazendo aqui?— Meu tio me pediu para te entregar umas coisas. Já deixei na sua sala, estava indo embora, mas não esperava te encontrar aqui. — Igor olhou rapidamente para trás de Vanessa e avistou o carro de Bryan. — Você acabou de chegar?— Si
Violeta acreditava que a Sra. Barbosa a valorizava e até se sentia confiante de que, na visão da Sra. Barbosa, ela, como futura nora, seria muito mais importante do que a ex-nora que já havia rompido com a família Barbosa.Infelizmente, ela havia cometido um erro de cálculo.— Quem você quer que saia da Cidade D? — O rosto da Sra. Barbosa de repente ficou sério, e ela disse com frieza. — Ela é a mãe biológica do Bryan, não importa onde esteja, ela sempre será uma Barbosa.O sorriso de Violeta desapareceu instantaneamente.A Sra. Barbosa retirou as mãos, cruzando-as à frente do corpo, com uma expressão tão séria que deixou Violeta nervosa.— Vovó, claro que não era isso que eu queria dizer. Só que não podemos deixar a Vanessa sempre ao lado da Sra. Helen, né? A Sra. Helen agora escuta tudo o que ela diz, você realmente quer que ela se case com o Bryan?— Essa é uma questão a ser pensada com calma. Já que ela não gosta de você, é melhor dar um tempo, não a incomode, é raro ela querer pas
— Ah? — Vanessa se surpreendeu. — Quando isso aconteceu? Ele estava aqui comigo de tarde, não fiquei sabendo disso.— Foi agora à tarde, mais precisamente, acabou de acontecer.— Como assim?— Aquele terreno na ladeira oeste já estava com contrato de intenção assinado, mas à tarde alguém veio e pegou.— Mas o contrato de intenção já estava assinado! Quem é que ia querer fazer algo contra o Grupo Ribeiro, provocando confusão? Aquela terra na ladeira oeste também não é lá essas coisas para ser um bom recurso para desenvolvimento.— Foi o Grupo Barbosa. — Murilo disse de forma curta e direta.Essas quatro palavras caíram como uma bomba nos ouvidos de Vanessa e ela percebeu imediatamente.Assim que desligou o telefone, Vanessa imediatamente ligou para o celular de Bryan.— Alô? Foi você que pegou o terreno na ladeira oeste?A voz do outro lado da linha era calma, sem pressa:— Vou chegar daqui três minutos.Vanessa apertou o celular com força.— Eu acabei de assinar uma parceria com o Grup
O outono já tinha começado na cidade D, o ar estava esfriando aos poucos.Vanessa Fonseca estava encostada na porta do banheiro, com os olhos fixos na tela do celular, onde estava aberto o perfil de seu marido, Igor Ribeiro. Ao lado dele, o rosto de uma mulher estava coberto por um mosaico perfeito, mas dava para ver a tatuagem de rosa no ombro dela.Nesse momento, ela ouviu o barulho da torneira sendo aberta e vozes baixas de fofoca de algumas funcionárias do lado de fora:— Você viu que a Sra. Vanessa vive ocupada, nunca se arruma. Será que ela não tem medo de que o presidente faça coisa errada por aí?— Pois é, eles já estão casados há quase três anos, mas nada de terem um filho.— Ouvi dizer que a Sra. Vanessa não pode ter filhos...As risadas se dissiparam e o ambiente ficou silencioso novamente.Vanessa, com o rosto pálido, abriu a porta. No espelho em frente, ela viu sua própria imagem: um conjunto formal e antiquado, maquiagem discreta, cabelo longo preso em um coque, e um par
— Vanessa? — Rafaela acenou a mão na frente dela, piscando os olhos inocentemente. — Você realmente está bem? Quer que eu ligue para Igor e pergunte se você pode ir para casa hoje à noite? Eu cuido das coisas da empresa para você.A jovem à sua frente continuava com uma expressão inocente e inofensiva.Vanessa cravou as unhas na carne, contendo as emoções. Ela forçou um sorriso leve e disse: — Estou bem, pode sair.Nesse momento, rasgar a máscara e brigar com a Rafaela só a faria virar piada.— Ah, tudo bem. — Rafaela riu, tentando segurar a mão dela novamente, mas Vanessa discretamente evitou o contato.O Grupo Ribeiro Imóveis estava em decadência há anos, mas desde que Vanessa se casou com Igor, em três anos, sob sua gestão, a empresa subiu de uma posição insignificante para se tornar uma das principais na cidade D.Nesse mês, ainda fecharam uma parceria com o Grupo Barbosa, e o futuro parecia promissor.Vanessa saiu do banheiro e a festa de comemoração já havia começado.Ela ainda