Bryan tinha uma expressão ligeiramente irritada no rosto. Suas mãos, ao segurarem o volante, estavam com os dedos bem definidos, e a força que ele exercia claramente escondia uma emoção reprimida.Quando Vanessa se divorciou, deixou claro que não queria mais ter qualquer ligação com a família Ribeiro. Por isso, vendeu suas ações do Grupo Ribeiro. Mas agora, estava ali, não apenas se reaproximando do grupo, como também ajudando ativamente o ex-marido.— Agora as coisas são diferentes. — Vanessa disse com calma e compostura. — Murilo me ofereceu condições muito vantajosas. A Imobiliária Segura está precisando de conexões, e eu estou apenas fazendo uma parceria com ele.— Eu posso te oferecer condições ainda melhores. — Bryan olhou para ela com um olhar profundo e frio, que parecia não ter fim. — Basta vir para o Grupo Barbosa e me ajudar.Vanessa ficou surpresa e, por um instante, relaxou os lábios apertados.— Eu sei bem o que sou capaz de fazer. Não posso e nem quero me envolver nos as
Depois de um tempo, ela colocou o casaco de lado e fez questão de ignorar.— Obrigada, vou indo agora. — Vanessa disse de forma bem casual, jogando a frase por cima.— Não vai me convidar para subir?— Não é muito conveniente. — Com essas quatro palavras curtas, Vanessa pegou sua bolsa e desceu do carro, sentindo a mente um pouco confusa. Ela precisava de um tempo sozinha em casa.— Mana. — Uma voz masculina clara veio de trás.Vanessa virou e viu Caio, carregando dois sacos de lixo, que tinha acabado de sair do prédio para jogá-los fora.— Oi, cunhado, você também está aqui. — Caio se inclinou para cumprimentar Bryan através da janela do carro.— Você pode não chamar ele assim? — Vanessa olhou para ele com irritação. — Quantas vezes já te falei?— Já me acostumei. — Caio fez uma careta.Seus olhos passaram rapidamente entre os dois.— Agora entendi por que a Helen apareceu de repente na nossa casa para jantar.— A madrinha chegou? — Vanessa se surpreendeu, e olhou automaticamente para
Depois do jantar, já se aproximava das nove horas.Vanessa estava cortando frutas na cozinha, e Bryan entrou logo atrás.Assim que Vanessa o viu, ficou visivelmente irritada.— Já comeu, já bebeu o chá, ainda não foi embora?— Vou levar minha mãe de volta mais tarde.— Não precisa, a madrinha vai ficar mais um tempo e eu a levo de volta.— Você realmente me odeia? — A pergunta repentina de Bryan fez Vanessa hesitar por um momento, e a faca escorregou de suas mãos.O som do impacto foi seguido por uma dor intensa, e Vanessa gritou, enquanto a faca batia na tábua de corte.— Não se mexa! — Bryan agarrou sua mão, e um pedaço da pele de seu dedo indicador foi cortado, sangrando profusamente. Em questão de segundos, a palma da mão ficou coberta de sangue, uma visão chocante. — Como você pode ser tão desastrada?Vanessa cerrou os dentes.— Foi culpa sua, se você não estivesse falando comigo isso não teria acontecido!— Eu vou te levar ao hospital.— Não vou! — Vanessa se soltou irritada. — U
— Você tem sentimentos por mim. — A voz fria veio de cima da cabeça de Vanessa, fazendo com que seu coração pulasse um pouco.Ela mordeu os dentes e negou:— Não, agora me solta.— Você guardou tudo o que te dei, e nem se opôs a eu vim até a sua casa para jantar.— Você é quem me seguiu! — Vanessa se irritou, falando em voz baixa. — Se você não me soltar, vou gritar. Vai acreditar que vou te dar uma pancada na cabeça?— Grite então.— Eu... — Antes que Vanessa pudesse terminar a frase, o rosto dele se aproximou repentinamente, fazendo ela ficar atordoada. — Hum... Ela abriu os olhos incrédula, e suas mãos, que se moviam descontroladas, foram apertadas por alguém.Bryan beijou ela de forma imersiva, fechando os olhos e desfrutando aquele momento de prazer. As respirações pesadas se misturaram, e o atrito dos corpos gerou uma chama, deixando ambos desorientados.— Caio, por que tem sangue na cozinha?— Ah?De repente, um som de batidas na porta interrompeu o momento. — Mana, você est
Vanessa estava tão irritada que quase vomitou sangue, lançando um olhar furioso para o "mosquito".Ele fez de propósito! Queria fazer ela passar vergonha! Vanessa estava bem irritada.O "mosquito", naquele momento, estava com uma expressão tranquila, dizendo calmamente:— Já está tarde. Mãe, nós devemos voltar.Helen olhou para o relógio e exclamou:— Ai, já quase são dez horas.Depois de dar algumas instruções a Vanessa para que descansasse bem, Helen finalmente se despediu e saiu.Após se arrumar, Vanessa ficou se revirando na cama, sem conseguir dormir. Sempre que fechava os olhos, a imagem daquela noite voltava à sua mente. Ela até sentia que o quarto ainda estava impregnado com o cheiro de colônia do homem, algo que parecia impossível de dissipar.Na manhã seguinte.Devido à reunião de parceiros do projeto, Vanessa foi direto para o Grupo Ribeiro.— Quanto tempo, Srta. Vanessa. — Murilo disse, sorrindo assim que a viu. — Em nome do Grupo Ribeiro, te dou as boas-vindas oficiais.—
— Por favor, Sr. Bryan, não mude de assunto. Eu não disse que o Igor não tem essa capacidade.— É assim que é.Ao ouvir isso, os olhos de Vanessa se estreitaram ligeiramente.— Trabalhei com o Igor por três anos, e sua capacidade é mais clara para mim do que para qualquer outra pessoa. Se o Sr. Bryan ainda estiver desconfiado, posso pessoalmente ajudar nesse projeto.— A reconstrução do velho bairro da Imobiliária Segura ainda não foi concluída, não é? Você vai conseguir dar conta?— Não vai interferir.Ao ver que ela estava decidida a defender Igor, um frio crescente se formou nos olhos de Bryan.Vanessa não demonstrou nenhum medo e manteve seu olhar fixo nele, implacável.A tensão entre os dois era palpável, e os outros na sala de reunião se entreolharam, sem saber o que fazer. Foi Murilo quem, então, tentou aliviar o clima, dizendo:— Acho que a proposta do Sr. Bryan tem seus méritos, mas o que a Sra. Vanessa disse também não está errado. Que tal se ambos cederem um pouco?...Após
No estacionamento subterrâneo.— Qual é a sua intenção, afinal? — Vanessa bloqueou a frente do carro de Bryan e perguntou diretamente. — Você não sabe como a Rafaela é? Se ela entrar no projeto e algo der errado, quem vai assumir a responsabilidade?— Se não deixar ela entrar no projeto, aí sim é que vai dar problema.— Você não confia tanto assim nas capacidades dos outros, então por que insiste em se envolver nesse projeto?Os olhos de Bryan escureceram um pouco.— Por que? Você não sabe?Vanessa ficou em silêncio, surpresa.O som do motor ecoou enquanto o carro preto de negócios deixava o estacionamento.Enquanto observava a imagem no retrovisor, cada vez mais distante, Eduardo falou cautelosamente:— Sr. Bryan, por que você não foi direto ao ponto com a Sra. Vanessa? Essa estratégia de “melhor ofender um homem de honra do que um homem de pouco caráter” é bastante comum nos negócios.Não permitir que a Rafaela entrasse no projeto provavelmente causaria alguns problemas nos bastidore
— Ela me avisou que ia sair do trabalho, dizendo que ia encontrar alguém, e depois não tive mais notícias.Vanessa não era o tipo de pessoa que esquecia os detalhes. Ela tinha combinado com Caio de voltar para casa para o jantar, e se tivesse algo para fazer, com certeza teria avisado com antecedência. Provavelmente algo imprevisto havia acontecido.O coração de Bryan afundou.— Não se apresse. Eu vou entrar em contato com ela.Depois de desligar o telefone, ele imediatamente ordenou a Eduardo:— Chame a polícia agora mesmo e entre em contato com a operadora de telefonia para rastrear o celular da Vanessa.— Sr. Bryan, se a Srta. Vanessa apenas tiver se distraído com algum cliente e esquecido da hora? Não seria melhor não exagerar? E se não for nada grave? — Eduardo lembrou.Bryan olhou ele friamente, com uma expressão sombria, e respondeu em tom grave:— Se for algo grave, será tarde demais.Do outro lado, em um hotel no norte da cidade.Quando Vanessa acordou, sua cabeça ainda estava