Depois do jantar, já se aproximava das nove horas.Vanessa estava cortando frutas na cozinha, e Bryan entrou logo atrás.Assim que Vanessa o viu, ficou visivelmente irritada.— Já comeu, já bebeu o chá, ainda não foi embora?— Vou levar minha mãe de volta mais tarde.— Não precisa, a madrinha vai ficar mais um tempo e eu a levo de volta.— Você realmente me odeia? — A pergunta repentina de Bryan fez Vanessa hesitar por um momento, e a faca escorregou de suas mãos.O som do impacto foi seguido por uma dor intensa, e Vanessa gritou, enquanto a faca batia na tábua de corte.— Não se mexa! — Bryan agarrou sua mão, e um pedaço da pele de seu dedo indicador foi cortado, sangrando profusamente. Em questão de segundos, a palma da mão ficou coberta de sangue, uma visão chocante. — Como você pode ser tão desastrada?Vanessa cerrou os dentes.— Foi culpa sua, se você não estivesse falando comigo isso não teria acontecido!— Eu vou te levar ao hospital.— Não vou! — Vanessa se soltou irritada. — U
— Você tem sentimentos por mim. — A voz fria veio de cima da cabeça de Vanessa, fazendo com que seu coração pulasse um pouco.Ela mordeu os dentes e negou:— Não, agora me solta.— Você guardou tudo o que te dei, e nem se opôs a eu vim até a sua casa para jantar.— Você é quem me seguiu! — Vanessa se irritou, falando em voz baixa. — Se você não me soltar, vou gritar. Vai acreditar que vou te dar uma pancada na cabeça?— Grite então.— Eu... — Antes que Vanessa pudesse terminar a frase, o rosto dele se aproximou repentinamente, fazendo ela ficar atordoada. — Hum... Ela abriu os olhos incrédula, e suas mãos, que se moviam descontroladas, foram apertadas por alguém.Bryan beijou ela de forma imersiva, fechando os olhos e desfrutando aquele momento de prazer. As respirações pesadas se misturaram, e o atrito dos corpos gerou uma chama, deixando ambos desorientados.— Caio, por que tem sangue na cozinha?— Ah?De repente, um som de batidas na porta interrompeu o momento. — Mana, você est
Vanessa estava tão irritada que quase vomitou sangue, lançando um olhar furioso para o "mosquito".Ele fez de propósito! Queria fazer ela passar vergonha! Vanessa estava bem irritada.O "mosquito", naquele momento, estava com uma expressão tranquila, dizendo calmamente:— Já está tarde. Mãe, nós devemos voltar.Helen olhou para o relógio e exclamou:— Ai, já quase são dez horas.Depois de dar algumas instruções a Vanessa para que descansasse bem, Helen finalmente se despediu e saiu.Após se arrumar, Vanessa ficou se revirando na cama, sem conseguir dormir. Sempre que fechava os olhos, a imagem daquela noite voltava à sua mente. Ela até sentia que o quarto ainda estava impregnado com o cheiro de colônia do homem, algo que parecia impossível de dissipar.Na manhã seguinte.Devido à reunião de parceiros do projeto, Vanessa foi direto para o Grupo Ribeiro.— Quanto tempo, Srta. Vanessa. — Murilo disse, sorrindo assim que a viu. — Em nome do Grupo Ribeiro, te dou as boas-vindas oficiais.—
— Por favor, Sr. Bryan, não mude de assunto. Eu não disse que o Igor não tem essa capacidade.— É assim que é.Ao ouvir isso, os olhos de Vanessa se estreitaram ligeiramente.— Trabalhei com o Igor por três anos, e sua capacidade é mais clara para mim do que para qualquer outra pessoa. Se o Sr. Bryan ainda estiver desconfiado, posso pessoalmente ajudar nesse projeto.— A reconstrução do velho bairro da Imobiliária Segura ainda não foi concluída, não é? Você vai conseguir dar conta?— Não vai interferir.Ao ver que ela estava decidida a defender Igor, um frio crescente se formou nos olhos de Bryan.Vanessa não demonstrou nenhum medo e manteve seu olhar fixo nele, implacável.A tensão entre os dois era palpável, e os outros na sala de reunião se entreolharam, sem saber o que fazer. Foi Murilo quem, então, tentou aliviar o clima, dizendo:— Acho que a proposta do Sr. Bryan tem seus méritos, mas o que a Sra. Vanessa disse também não está errado. Que tal se ambos cederem um pouco?...Após
No estacionamento subterrâneo.— Qual é a sua intenção, afinal? — Vanessa bloqueou a frente do carro de Bryan e perguntou diretamente. — Você não sabe como a Rafaela é? Se ela entrar no projeto e algo der errado, quem vai assumir a responsabilidade?— Se não deixar ela entrar no projeto, aí sim é que vai dar problema.— Você não confia tanto assim nas capacidades dos outros, então por que insiste em se envolver nesse projeto?Os olhos de Bryan escureceram um pouco.— Por que? Você não sabe?Vanessa ficou em silêncio, surpresa.O som do motor ecoou enquanto o carro preto de negócios deixava o estacionamento.Enquanto observava a imagem no retrovisor, cada vez mais distante, Eduardo falou cautelosamente:— Sr. Bryan, por que você não foi direto ao ponto com a Sra. Vanessa? Essa estratégia de “melhor ofender um homem de honra do que um homem de pouco caráter” é bastante comum nos negócios.Não permitir que a Rafaela entrasse no projeto provavelmente causaria alguns problemas nos bastidore
— Ela me avisou que ia sair do trabalho, dizendo que ia encontrar alguém, e depois não tive mais notícias.Vanessa não era o tipo de pessoa que esquecia os detalhes. Ela tinha combinado com Caio de voltar para casa para o jantar, e se tivesse algo para fazer, com certeza teria avisado com antecedência. Provavelmente algo imprevisto havia acontecido.O coração de Bryan afundou.— Não se apresse. Eu vou entrar em contato com ela.Depois de desligar o telefone, ele imediatamente ordenou a Eduardo:— Chame a polícia agora mesmo e entre em contato com a operadora de telefonia para rastrear o celular da Vanessa.— Sr. Bryan, se a Srta. Vanessa apenas tiver se distraído com algum cliente e esquecido da hora? Não seria melhor não exagerar? E se não for nada grave? — Eduardo lembrou.Bryan olhou ele friamente, com uma expressão sombria, e respondeu em tom grave:— Se for algo grave, será tarde demais.Do outro lado, em um hotel no norte da cidade.Quando Vanessa acordou, sua cabeça ainda estava
O som do colarinho da camisa sendo rasgado ecoou no quarto.A cabeça de Vanessa estava turva, e ela só conseguia ver o sorriso depravado do homem balançando diante de seus olhos. Suas mãos tatearam ao redor, sem saber exatamente o que havia pegado, mas usou toda a sua força para golpear a parte de trás da cabeça do homem.Com um estrondo, o vidro estilhaçou, caindo do teto e se espalhando pela cama.O homem parou abruptamente, olhando para Vanessa com os olhos arregalados, como se não acreditasse no que acontecia.— Desgraçada, você ousa...Antes que pudesse terminar a frase, seu corpo enorme desabou sobre ela.Vanessa ficou sem ar, quase desmaiando de dor, e teve que fazer um grande esforço para empurrar ele para o lado. Quando conseguiu se levantar, viu o homem completamente nu e, com nojo, deu um forte chute nele que o mandou para o chão.Ela puxou a cortina e imediatamente viu o chicote pendurado na parede.Esse lugar provavelmente era algum tipo de hotel de luxo para práticas sexu
O homem ficou surpreso por um momento, olhando para o corpo quase perfeito de Vanessa, e então sorriu de forma completamente vulgar.— Se está vindo até mim, não vou deixar passar.— Se você tocar em um fio de cabelo meu, eu juro que vou te processar até você passar o resto da vida na prisão!Vanessa o olhou com ódio, seus olhos cheios de fúria, e a pressão que emanava dela fez o homem hesitar por um instante.Esther rapidamente segurou Vanessa pelo braço.— Sr. Ângelo, ela está só tentando te assustar!Ao ver a situação se complicar, Vanessa usou toda sua força para empurrar Esther para longe.O som de um tapa ecoou pelo ambiente, fazendo com que Esther fosse derrubada no chão, com a mão no rosto, completamente incrédula.— Você se atreve a me bater?Aproveitando que o homem estava paralisado, Vanessa correu em direção à porta, mas, antes que pudesse chegar, o homem a agarrou firmemente. Eles se entrelaçaram numa luta intensa.— Para onde pensa que vai?— Socorro! Socorro, alguém me a