— Ah! — Um grito de dor ecoou.Vanessa aproveitou a oportunidade para morder o segurança com força, conseguindo se soltar rapidamente. Ela tropeçou e correu em direção à porta.Quando se deparou com o olhar de Bryan, o rosto dele estava sério como sempre, mas seus olhos estavam cheios de desespero.Vanessa ficou congelada por um instante, antes de ser puxada para os braços dele.A sensação familiar de segurança a acalmou momentaneamente, e Bryan a apertou mais forte contra seu peito. Seus olhos se encheram de lágrimas, ela fez um grande esforço para não chorar.Se Bryan não tivesse chegado a tempo, ela não sabia o que aqueles homens fariam com ela.— Você é boa, Vanessa! — Nanda gritou com raiva. — Ainda trouxe reforços! Não posso acreditar que o Grupo Barbosa esteja envolvido nesse tipo de sujeira, e agora querendo colocar isso em cima da minha filha!O olhar de Bryan se estreitou, e ele falou com frieza:— Velha, você está ficando cega?Nanda, furiosa, retrucou:— Vou acabar com você
Bryan lançou um olhar gélido com seus olhos profundos e sombrios.Esther empalideceu e perguntou:— Repórter? Foi você quem chamou o repórter?Ela olhou incrédula para Rafaela. Tinha ficado combinado que ninguém saberia do ocorrido naquele dia, mas, para se vingar de Vanessa, Rafaela estava disposta a expor até ela mesma. Com esse olhar de Esther, Igor finalmente teve a confirmação do que antes ele apenas suspeitava.— O que eu tenho a ver com isso, eu...Uma bofetada estrondosa caiu no rosto de Rafaela. Ela segurou o rosto, olhando incrédula para Igor. — Você me bateu?Não era a primeira vez que Igor a agredia por causa de Vanessa.Em meio ao silêncio mortal que se seguiu, Vanessa sentiu a pressão em seu ombro aumentar. Bryan, com o rosto impassível, disse:— Parece que ainda há pessoas sensatas na família Ribeiro. Sendo assim, os assuntos pessoais do Sr. Igor não são da nossa conta.Deixando essas palavras no ar, Bryan pegou Vanessa nos braços e se virou para sair.— Quem deu permis
Vanessa foi levada de volta para a mansão da família Barbosa.Antes que ela pudesse reagir, Bryan a pegou e a tirou do carro diretamente.Helen e Caio estavam na sala de estar, esperando ansiosamente. Ao ver Vanessa ser carregada para dentro, os dois pensaram que ela estivesse machucada.— Vani, você está bem?— Mana, o que aconteceu com você?— Ela está bem. — A voz fria de Bryan ecoou pela sala. — Mãe, leve o Caio de volta para casa primeiro.Os três ficaram surpresos, especialmente Vanessa.Helen foi a primeira a reagir e não conseguiu esconder a alegria.— Tudo bem, já que ela está bem, nós vamos deixar vocês a sós. Não vamos mais incomodar vocês.Caio ainda queria dizer algo, mas foi rapidamente puxado por Helen.A noite já estava avançada, e a enorme mansão subitamente ficou silenciosa.— Pode me colocar no chão. — Vanessa disse suavemente.Então, Bryan a colocou no chão.— Sobre o que aconteceu hoje, obriga...— Quem te deu a coragem de se encontrar com a Rafaela em segredo?Van
Bryan estava tão furioso que as emoções reprimidas há tanto tempo finalmente explodiram por completo naquele momento.Vanessa suportava a dor que sentia, apertando os dentes e dizendo:— Por que eu deveria acreditar em você?O incêndio criminoso, a morte de Bruno, e a perda de seu filho... Qual dessas coisas poderia fazer com que ela confiasse no homem à sua frente?— Eu nunca vou confiar em você!Os olhos frios de Bryan foram tomados por uma camada de gelo.— O que você disse? Repita.— Eu perdi meu filho, o assassino ainda está solto, e eu nunca vou confiar em você de novo!A frieza se infiltrava no seu olhar, tremulando, enquanto a fúria que já estava no limite finalmente rompia todas as barreiras da razão. Em um silêncio mortal, até mesmo um segundo de contato visual parecia incrivelmente longo e insuportável.Os lábios frios dele se relaxaram levemente, e ele perguntou:— Será que basta ter uma criança para recomeçar?Vanessa ficou paralisada.No instante seguinte, seus olhos se a
Saindo da mansão, Bryan não foi a lugar algum e ficou na garagem durante toda a noite.Não sabia quanto tempo havia passado, até que viu a luz do quarto principal no segundo andar se acender. Somente então suas sobrancelhas franzidas relaxaram um pouco.No dia seguinte, Vanessa dormiu até o meio-dia.Do lado de fora, ouviu o som da batida na porta, era a empregada.— Srta. Vanessa. A cabeça de Vanessa estava pesada, e ela mal conseguiu abrir os olhos, vendo uma silhueta borrada ao lado da cama. A pessoa estendeu a mão para sentir sua temperatura.— Ah, está com um pouco de febre?Em meio ao torpor, Vanessa não soube quanto tempo se passou, apenas sentiu que alguém estava limpando seu corpo. A temperatura quente de sua testa também foi diminuindo aos poucos.Quando acordou novamente, já era noite.— Acho que finalmente a febre cedeu. — Patrícia suspirou aliviada ao olhar o termômetro.Vanessa se recostou na cabeceira da cama, completamente sem forças. Patrícia deu um pouco de canja de
Igor ficou pálido de repente.— Chega. — Vanessa franziu a testa, interrompendo Bryan. Para Igor, ela relaxou um pouco os lábios comprimidos e disse. — Pode ir.A mão de Igor, que estava caída ao lado do corpo, se apertou e depois relaxou, sem forças.— Certo, eu vou embora. O contrato está com vocês, vejam se há algo errado e me avisem se precisarem de alguma coisa. Desculpem mais uma vez.— Patrícia, acompanhe o convidado. — A voz fria de Bryan ecoou pela sala.Igor hesitou por um instante, depois deu alguns passos e saiu.Com o som do motor desaparecendo ao longe, o silêncio foi tomando conta do ambiente, a ponto de o ar parecer congelar, deixando uma pressão que tornava difícil até respirar.Vanessa se levantou.— Onde você vai? — Bryan a chamou.— Vou descansar no quarto.— Se eu não tivesse voltado, você pretendia descansar junto com ele?Vanessa levantou a cabeça de repente.— Você sente prazer em me humilhar assim?— Sou eu quem está te humilhando? Eu saí por um momento, e você
Vanessa olhou para ele, forçada a erguer o rosto, ela parecia teimosa como uma flor cheia de espinhos, serena e forte. Mesmo sem conseguir dizer uma única palavra, seu olhar dizia a Bryan que queria ir embora.Bryan apertou ainda mais a bochecha dela, fazendo ela gemer baixinho enquanto o intenso desejo de posse ardia nos seus olhos frios.— Esquecer de mim? Nem pense nisso.As sobrancelhas de Vanessa se franziram de imediato enquanto tentava se libertar, mas ele a empurrou de volta para o sofá, e seu olhar frio fez ela estremecer. Ela cerrou os punhos, mas não conseguiu se soltar. Rangendo os dentes, ela disse:— Bryan, não me faça odiar você.O semblante de Bryan escureceu, e ele aliviou um pouco a força na mão.Vanessa se soltou imediatamente e se afastou para o outro lado do sofá, criando uma distância segura entre eles. Sentou-se pesadamente, como se quisesse demonstrar sua insatisfação.O silêncio mortal na sala fez parecer que o tempo havia parado.— Senhor, você já jantou? Gost
Vanessa colocou a tigela na bandeja e sorriu para Patrícia.— Você também deveria ir descansar.Claramente, ela nem tinha escutado o que Patrícia disse.Patrícia saiu, sem outra escolha.— Para quê tudo isso, afinal?Depois que Patrícia se foi, Vanessa ficou encostada no travesseiro, incapaz de pegar no sono por um bom tempo. As pessoas eram diferentes, e a força de Bryan a deixava sem qualquer capacidade de resistência. Ao vislumbrar o lado sombrio dele, um medo profundo crescia dentro dela.Por vários dias, Bryan dormiu no escritório. Embora Vanessa estivesse descansando na mansão, eles quase não se viam, nem mesmo nas refeições, e essa situação permaneceu até que Helen tomou conhecimento do ocorrido.Na hora do almoço, Bryan estava sentado na sala de jantar quando Patrícia entrou.— Senhor, a Srta. Vanessa disse que não está com fome agora e prefere comer mais tarde. Posso levar a comida para o quarto dela depois.— Entendi. — Respondeu Bryan, franzindo ligeiramente a testa. — Eu me