Prólogo!

Maria Elisa Parker

O dia estava nublado, algo que não me surpreendia, o dr.Antony com certeza estava a me esperar para acompanhá-lo na reunião. Adentrei os grandes portões da empresa cumprimentando os seguranças e a secretária do Hall de entrada, peguei o elevador indo diretamente para a sala da presidência, bati na porta antes de entrar.

- Elisa, o que está fazendo aqui? - Dr.Antony pergunta surpreso.

- Como assim, senhor? - Olho no meu relógio de pulso. - Temos uma reunião em trinta minutos.

- Senhorita Parker, eu tenho uma reunião em trinta minutos, a senhorita tem férias para curtir. - Ele diz e aí que cai a ficha.

- Eu esqueci completamente. -Digo e ele rir.

- Tem que desacelerar um pouco, Elisa. - Ele diz se aproximando. - Você é muito jovem minha querida, não pode só pensar em trabalho.

- Eu sei.

- Você lembra a minha filha, impulsiva e acelerada. - Ele diz sorrindo. - Eu só quero o seu bem, querida. Tenho você como uma filha, quero o seu bem, então eu concordo com Liara.

- Ela já veio encher o senhor com essa viagem para o México?

- Ela não veio me encher, ela só me contou que queria muito que você acompanhasse ela.

- Eu vou matar ela.

- Não vai não, você vai aceitar o convite dela e vai nessa viagem, vai curtir a vida menina.

- Está bem, senhor. - Ele sorrir e beija minha testa.

- Vai com Deus menina, e lembre-se, amo você como uma filha, quando precisar de um conselho é só me ligar.

- Eu agradeço. - Falo e saio da sala.

Como eu pude esquecer que eu já estava de férias? As coisas na minha vida acontecem tão rápido que eu mal tenho tempo de respirar, estava tão atarefada com os problemas da empresa que esqueci de minhas férias que fazia três anos que não tirava, e que agora o senhor Antony precisaria assinar meus três meses de férias se não iríamos para processo, então fui obrigada.

Assim que já estava fora da empresa peguei meu celular ligando para a Liara, eu iria aceitar ir com ela para o México, mas não poderia perder a chance de escomungá-la. Ela não devia ter ido pertubar o senhor Antony ela foi inconveniente, já não basta ela no meu pé agora tenho que ter o senhor Antony também.

~ Chamada On ~

- Bom dia minha gata. - Ela fala na maior cara lisa.

- Bom dia nada, sua honrosa. Quem mandou ir pertubar o senhor Antony com essa sua ideia ABSURDA de viajar para o México?

- Elisa, para de ser chata. Eu não quero ir sozinha, e

você

não tem nada a perder, você tem noventa dias de férias, as passagens estão pagas, comida e teto tudo pago e o melhor, vai estar com sua melhor amiga. Caramba, o que custa você ir comigo?

- Tudo, esses noventa dias eu poderia muito bem está procurando uma editora, escrevendo um novo romance, tomando um bom vinho da sacada do meu quarto.

- Você pode fazer tudo isso no México, e outra, tem uma editora maravilhosa, que você conhece muito bem.

- Vamos ser sinceras, Liara. Aquela editora nunca iria olhar para mim.

- Para você

não, mas para os seus roteiros.

- Obrigada pela parte que me toca.

- Também te amo, amiga.

- Você não existe, Liara.

- Claro que existo, sou de carne e osso, e vamos contar, uma gostosa do caralho.

- Kkkk, convencida também.

- Vamos amiga, não me deixa sozinha nessa, vai ter um par de eventos para ir, e eu não queria ficar sem uma companhia feminina, não que meu amigo

não seja uma ótima companhia, mas ele é um homem muito ocupado e não vai ter tanto tempo para me bajular, esse é o seu papel.

- Interesseira!

- Assim você me ofende. - Ela diz fingindo estar ofendida, mas logo escuto sua risada.

- Okay Liara, okay.

- Okay?

- Eu vou!

- Aaaeee porra!!!

- Olha a boca suja.

- Desculpe. - Ela diz rindo. - Vem para o seu apartamento, arrumei suas malas, vamos para uma social hoje e amanhã

embarcamos.

- Liara Martins, você...- Ela desliga na minha cara antes que eu pudesse xingá-la.

~ Chamada Off ~

Essa menina ainda me mata, me mete em cada uma, garanto que se não fosse eu na vida dela, ela já tinha sido sequestrada, morrido ou sei lá mais o que, é cada uma que ela se mete que eu vou te contar viu.

- Ou maluca olha por onde anda! - Um infeliz grita depois de quase me atropelar.

- Olha você infeliz, o sinal tá fechado. Filho da puta! - Digo alterada.

É cada maluco que eu encontro aqui nessa cidade viu, meu Deus!!!

Pego o primeiro táxi que vejo e peço que me leve até o endereço do meu apartamento, onde a maluca da minha amiga já deve ter feito o regaço. O que Liara tem de bonita, ela tem de desastrada.

.

.

.

Wesley Makaroto

Acordar em plena sexta-feira, ao meio dia é um atentado ao pudor aqui nessa casa. Pensei que teria um pouco de paz, já que meus pais estavam em Zacatecas, em uma viagem comemorativa das boldas de 45 anos de casados, mas como diz minha grande amiga Liara, a alegria de pobre dura pouco.

Sub: Vamos contar que esse ditado popular não combina muito com você, que vossa majestade é herdeiro, CEO e dono de uma empresa de tecnologia e de uma editora. Faça-me um favor Wesley, renove o seu vocabulário.

Além de ter que aturar a reclamação dos meus pais do porque eu estou em casa, ainda tenho que aturar meu próprio subconsciente me dando sermão. Eu mereço!

- Filho? - Minha mãe entra no meu quarto me pegando de surpresa.

- Bater na porta também é bom. - Digo me levantando e indo para o banheiro.

- O que você faz aqui? Por que não está na empresa?

- Mãe, por favor, não fala nada.

- Wesley Makaroto olha a forma que fala comigo, eu sou sua mãe.

- Mamãe, desculpe. Ontem tivemos um evento super importante na empresa, aconteceu alguns imprevistos e eu não fui hoje de manhã, marquei as reuniões para o período da tarde. Vou me arrumar e estou indo para a empresa agora mesmo, não se preocupe.

- Eu te ajudo até demais, menino.

- Eu sei mamãe.

- Você sabe muito bem que a única coisa que faz seu pai perder a linha é a empresa, é sua herança, é o nome da família.

- E eu cuido super bem, até melhor que o papai quando ele era o presidente.

- Sabemos disso.

- Mas o papai nunca vai admitir, ele só passou o cargo para me por causa do tio Jorge, ele nunca iria aceitar que a empresa ficasse nas mãos do irmãozinho caçula dele.

- Você sabe que a richa dos dois é antiga.

- Eu sei, mãe. Por mim, ficaria somente com a editora, é a minha verdadeira paixão.

- Eu sei meu filho, eu sei. Espere eu descer primeiro, vou distrair seu pai e aí você sai.

- Okay, mãe. - Deposito um beijo na testa dela e ela sai do quarto.

Segundos depois, desço as escadas saindo de casa antes que o coroa perceba que foi enganado, coisa que ele odeia.

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.

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Liara Martins

Receber um sim de Elisa para viajar comigo é um marco histórico, graças a Deus tive a brilhante ideia de contar para o senhor Antony, o chefe dela, da minha viagem para o México, e como ela sempre escuta ele, meu plano iria dar certo.

Sub: Você e esses planos mirabolantes.

O que tem demais eu fazer, por acaso, Wesley conhece os roteiros de Elisa, e Elisa conhecer a Editora de Wesley?

Essa vai ser a minha travessura do bem, Elisa é uma Escritora incrível e eu garanto que Wesley vai se apaixonar por cada palavra que ela escreve, mas ela não pode saber, pois ela não aceita que ninguém ajude-a.

Mas eu quero ver as obras dela sendo publicadas por a melhor editora do mundo, que é a Editora Makaroto, do meu melhor amigo. Vai ser uma mentira do bem, por uma boa causa, um dia ela vai me perdoar.

{...}

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