Maria Elisa Parker
Sem condições de acreditar que o ogro do aeroporto é o melhor amigo da Liara, eu não posso acreditar.
— Vocês já se conhecem? — Liara pergunta surpresa.
— Ele é o ogro do aeroporto. — Digo cruzando os braços.
— O que deixou seu celular em pedacinho? — Liara pergunta pasma.
— Olha como fala comigo mocinha, primeiro me chama de idiota e agora de ogro?
— Deve ser porque você é um idiota e um ogro, todo xingamento para você é pouco.
— Mas Wesley, você nem para pedir desculpas. — Liara diz cruzando os braços.
— Confesso que quis irritar a moça, por ela ser muito cabeça quente, uma verdadeira esquentadinha, mas quando eu ia pedir para ela me entregar o endereço para que eu pudesse entregar outro celular, ela simplesmente sumiu.
— Esquentadinha é a madrinha.
— Fica quieta, Elisa. — Liara diz irritada.
— Hoje mesmo vou pedir para minha assistente comprar um celular e mandar entregar aqui em casa.
— Não precisa.
— Claro que precisa, eu quebrei e faço questão de te dar outro.
— Eu ainda estou intrigada com a coincidência de vocês terem se conhecido antes de eu apresentá-los. — Liara diz pegando as malas. — Me ajudem com as malas, por favor.
— Claro. — Wesley diz, pegamos as malas e entramos na casa dele.
Sub: Mansão!
— Tia Victória ainda está por aí? — Liara pergunta com deboche na voz.
— Chegou de Zacatecas essa madrugada.
— Sempre viajando. — Liara diz se jogando no sofá.
— Depois que eu assumi a empresa e meu pai se aposentou, eles usam o tempo que tem para viajar e curtir as praias, ou simplesmente para ficar longe fr mim, e poder dormir em quartos separados e disfarçar que estão em crise.
— Tudo normal! — Liara diz.
— Se não for pedir demais, você poderia mostrar onde vamos ficar, eu estou toda suja do chão daquele aeroporto.
— Talvez se parasse de olhar no celular não estivesse suja.
— Aí garoto, vai implicar comigo mesmo? Liara já estou começando a me arrepender de ter vindo com você para cá.
— Talvez se não tivesse acontecido esse mal entendido, vocês pudessem se aturar. — Liara diz nos fuzilando com o olhar.
— Talvez sim. — Wesley diz sentando ao lado dela.
— Ou talvez não. — Digo cruzando os braços.
—Não seja marreta, Maria Elisa. — Ele diz com uma voz rouca e sexy fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.
— Ui, ele te chamando assim ficou tão sexy. — Liara diz rindo.
— Me erra, Liara. Afinal, Maria Elisa é meu nome, certo? Elisa é só para os íntimos.
— E eu vou ser muito íntimo seu. — Wesley diz dando uma cotovelada em Liara.
— Vai sonhando, só lá que você vai ser íntimo meu. Idiota!
— Bravinha ela. — Ele diz olhando para Liara.
— Você não viu nada meu amigo, essa aí é uma leoa.
— Vão continuar falando de mim na terceira pessoa? Eu tô aqui!
— Sabemos. — Liara diz. — O quarto ainda é o mesmo?
— Sim.
— Vou levar a porquinha lá.
— Me respeita! — Digo e ela dá risada.
— Também te amo. — Diz segurando minha mão e me puxando escada a cima.
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..Wesley Makaroto
Fiquei perplexo ao descobrir que a maluca do aeroporto é nada mais nada menos que a melhor amiga, da minha melhor amiga. Como esse mundo é pequeno.
Enquanto as duas estavam no quarto, decidi que iria da um pulo na empresa e depois na editora para ver como estava indo as inscrições do concurso.
— Bom dia meu filho, já voltou? — Minha mãe diz descendo as escadas.
— Sim, queria chegar antes de Liara.
— Aquela garota insolente já chegou?
— Sim, mamãe. E eu quero que a senhora trate ela e a amiga dela muito bem, pelo amor de Deus.
— Será impossível!
— Prometo que vou ficar de olho nela, filho. — Papai diz me dando um abraço.
— Eu vou da um pulo na empresa, volto em breve.
— Okay, querido. — Mamãe diz e vem me abraçar depositando um beijo em minha bochecha.
Sai de casa, entrando dentro da Ferrari e indo para a empresa, no caminho liguei para Mirtis e pedi para que ela comprasse um celular moderno para a dona encrenca.
Sub: O engraçado é que cada momento que você fala de Elisa, consegue um apelido novo e inusitado para ela.
Cheguei a empresa, assinei alguns papéis peguei o celular que Mirtis já havia comprado e segui para a Editora. Eu mal podia esperar para ver os novos escritores, sou apaixonado por palavras, e estava ansioso por ler roteiros novos e frescos. Ideias de escritores novatos são sempre cheias de detalhes que os antigos nunca conseguiriam colocar, escritores experientes têm a mente mais elaborada e séria para determinados roteiros, os jovens são impulsivos e inovadores, e eu adoro isso.
— Bom dia senhor Makaroto. — Denise, minha editora me cumprimenta. Confesso que Denise é uma das minhas funcionárias mais promissoras e é ela que manda em todo mundo aqui quando eu não estou.
— Bom dia, querida. — Digo lhe dando um abraço. — E para de me chamar de senhor, já nos conhecemos a muito tempo pra você ainda usar formalidades comigo.
— Okay Wesley. — Ela diz rindo.
— A maluca da Liara está na cidade.
— Não acredito.
— Pode acreditar, ela trouxe uma amiga com ela, que por coincidência do destino trombei no aeroporto, enfim, não tivemos um encontro amistoso.
— Isso dá uma perfeita história. — Denise diz rindo. — Vamos marcar uma baladinha hoje? Como nos velhos tempos.
— Vamos, assim que chegar em casa aviso a Liara, e com certeza a amiga marrenta vai junto.
— Marrenta? Com certeza deve ter te descascado, já amo ela.
— Vai ficar do lado dela agora?
— Nos mulheres temos que nos unir.
— Eu mereço! — Digo e ela dá risada.
Sai da Editora com o Tablet da empresa que tinha total acesso ao site das inscrições, e já tinha milhares de incritos, e minha equipe iria selecionar os melhores para eu analisar e escolher os dez ganhadores. Dentre todos aqueles escritores um nome me chamou atenção, por ser um pseudônimo, todos os outros usavam o nome verdadeiro, mas essa pessoa não, M.E Parker, esse era o nome que me chamou atenção e que com certeza eu iria ler o roteiro enviado, espero que seja tão bom quanto o nome.
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..Maria Elisa Parker
Deixamos Wesley na sala e subimos para o quarto, eu mal via a hora de tomar um banho, já sentia meus poros arder de tanta sujeira.
Sub: Não seja exagerada, Elisa.
— Eu vi que vocês falaram da mãe dele com deboche, qual é a treta?
— Eu e a dona Victória não nos damos muito bem, ela é uma dondoca metida a besta, e eu nunca lambi os pés dela, por isso ela não gosta de mim, e cá entre nós, nem eu gosto dela.
— Já vi que eu também não vou ir com a cara dela. — Digo entrando no banheiro.
Após tomar um banho relaxante, sai do banheiro arrumando meu cabelo e colocando um vestido solto, aqui é um mormasso.
— Wesley vai amar essas pernas. — Liara diz rindo.
— Vai a merda, vai.
— Estou brincando, mas como dizia os antigos, vocês se tratam como cão e gato, daqui a pouco da namoro.
— Não mesmo. Seu amigo é um ogro, mal educado, agora vamos parar de conversa paralela e vamos descer.
Ela assentiu e descemos as escadas, iríamos para a área externa esperar Wesley, mas encontramos os pais dele na sala assistindo TV. É agora que vou conhecer a bruaca da mãe dele.
— Bom dia senhor e senhora Makaroto. — Liara diz sorrindo.
— Bom dia minha querida. — O pai de Wesley diz sorridente. — Já falei para você que pode me chamar somente de Dionísio, deixa o senhor para lá.
— Eu sempre me esqueço. — Liara diz rindo e a bruaca permanece calada. — Essa aqui é minha amiga, Maria Elisa.
— É um prazer conhecer os senhores. — Digo tentando ser o mais simpática possível.
— Quem ver pensa que é educada. — Escuto a voz de Wesley, e eu me seguro para não xingar ele na frente dos pais.
— Ao contrário de você, eu sou muito educada sim, Wesley. — Digo o nome dele com sarcasmo.
— É um prazer conhecê-la, Elisa. — O senhor Dionísio fala.
— Eu vou pegar uma água. — Wesley fala e sai de perto de nos.
— Muito bonita a sua amiga, Liara. — Victória diz me olhando de cima a baixo. — Seria uma ótima modelo, o que você faz da vida Elisa?
— Eu sou assistente pessoal de um CEO em New York, mas eu estudei e sempre tive paixão para a escrita, eu escrevo.
— Ah que coincidência. — Victória diz com um tom de voz indecifrável.
— Voltei! — Wesley só faltou gritar.
— O que temos para hoje? — Liara pergunta.
— Denise nos chamou para uma balada. — Wesley diz sorridente.
— Adoro essas baladas que Denise conhece. — Liara diz empolgada.
— Não sei se eu gosto tanto. — Digo.
— Você vai amar, marrenta. — Ele diz chegando próximo demais e colocando um braço em volta do meu ombro.
— Não tenho tanta certeza, e não me chama de marrenta. — Digo tirando o braço dele do meu ombro. — Idiota! — Murmuro só pra ele escutar e o mesmo da risada.
Ogro!
{...}
Deixe
Ao acasoMaria Elisa Parker Mal chegamos nessa cidade e já querem me arrastar para baladas, eu sou da paz, de ficar em casa escrevendo minhas histórias e agora tenho que acompanhar esses dois malucos em festas, baladas e eventos, vê se eu posso com isso. Graças ao pai que ainda é cedo e eu ainda tenho tempo de tentar convencer Liara de não ir, se ela não for ninguém vai e tá tudo certo.Sub: Acho bem difícil de alguém conseguir convencer a lindona a desistir de algo que ela quer muito.Estava sentada em uma espreguiçadeira na beira da piscina tentando pensar em algo, Liara estava à horas no celular falando com essa tal de Denise, me deixando totalmente abandonada.— Ela esta te deixando de lado né?— Aí Wesley já vem você de novo.— Calma aí marrenta, não precisa me atacar não, eu só vim aqui falar com você não precisa vir com sete pedras na mão. Você é linda, mas é de um gênio forte viu.— E você é um tremendo de um gostoso, mas chega a ser insuportável com esse seu ar de ogro.— Eu acho que
Maria Elisa Parker Entramos naquela boate e depois de uma eternidade tentando passar em meio à corpos suados, conseguimos chegar a parte privativa da boate onde a amiga deles estava nos esperando.- Então você é a famosa, Elisa. - Denise diz vindo me abraçar. - Prazer, Denise.- Igualmente. - Digo.- Você disse que ela era linda, Wesley. - Ela diz olhando para o amigo. - Mas ela pessoalmente é deslumbrante. Depois dessa, minhas bochechas estavam vermelhas de vergonha, primeiro que Wesley falou que eu sou bonita para ela, e agora que ela me acha deslumbrante, deu para perceber que ela está dando em cima de mim, não tenho certeza que ela seja lésbica, mas quando chegar em casa pergunto para Liara.-Amiga, Elisa não curte mulheres. - Liara diz. Agora eu tenho certeza e não preciso mais perguntar nada....Wesley Makaroto Estava adorando ver Denise dar em cima de Elisa, e adorando ainda mais ver ela vermelha de vergonha. E com isso minha cabeça já imaginou loucuras, como ela vermelha
Wesley Makaroto Que mulher bandida, desse jeito ela vai acabar me enlouquecendo de várias formas diferentes. Eu não pretendia, foder a melhor amiga, da minha melhor amiga, não ainda, e muito mesmo no carro. Essa garota me tira do sério em vários sentidos, mas agora que sei meu poder sobre ela, prometo com todas as minhas forças fazê-la implorar para ser minha. Chegamos na porta de casa, e eu esperei ela descer, apenas para ir atrás e dar uma olhada em sua bunda, mas ela não se mexeu. — Oque foi Maria Elisa? Não consegue mexer as pernas? — Minha voz continha sarcasmo, a olhei e ela me olhou de volta revirando aqueles belos olhos. — Você já viu oque acontece quando revira os olhos para mim. — Falei em sinal de alerta. — Não vi muita coisa. — Sua voz continha desdém, mas ao mesmo tempo luxúria. Ela desceu do carro em seguida, andando rápido até a porta. Ah Mali você esta brincando com fogo, e eu sinto muito, mas você vai se queimar, e vamos incendiar juntos. Segui a mesma para que n
Liara Martins Cheguei no outro dia em casa avistando todos na piscina, então subi rapidamente para o quarto, tomei uma ducha rápida e coloquei um biquíni.Estava saindo do meu quarto quando trombei em alguém, ou melhor em Dionísio. Ele se desequilibrou indo parar no chão e eu fui junto, caindo em cima dele, confesso que isso me deixou muito sem jeito, podia jurar que estava mais vermelha que um pimentão por essa cena embaraçosa.— Me desculpe, querida. — Ele diz.— Eu que não olhei por onde estava indo. — Digo tentando me levantar e ele sorrir, me tirando a concentração.— Que palhaçada é essa aqui? — Ouço a voz da bruaca. Me levanto rapidamente com a ajuda de Dionísio.— Não venha armar escândalos, Victória. — Dionísio diz. — Eu e Liara tombamos um no outro e acabamos caindo, só isso.— Eu acho bom mesmo. Essa menina é uma interesseira, não conseguiu nada com o Wesley além de amizade e agora quer dar o golpe no pai. — Não pensei duas vezes e esbofeteei ela.— Lave sua boca antes de
Wesley Makaroto Não tá escrito o quanto eu odeio essa proteção que minha mãe tem com essa menina, certo que ela perdeu os pais muito cedo, e que minha mãe como amiga de longa data descidiu cuidar e proteger essa menina como sua filha, mas isso não lhe dá o direito de me incomodar, ou de me empurrar ela, para que eu me case com a mesma. Quando éramos crianças ela era uma boa pessoa, mas depois que começou a escutar as maluquices de minha mãe, ela ficou igualzinha a ela, maluca."Toc-toc"— Quem é? — Pergunto não escondendo o quanto eu estava bravo.— Sou eu, Liara. — Ela diz com seu ar de deboche e posso vê-la de braços cruzados pronta para me eschulachar, só porque falei de mal jeito com ela. Vou até a porta destrancando-a.— Antes que me escomungue, eu não sabia que era você. E eu estou fulo da vida.— Dessa vez passa. — Ela diz entrando no quarto e se jogando na cama. — O que temos para hoje?— Uma festa, apresentação de um livro de um de meus escritores. — Digo me deitando ao lad
Maria Elisa Parker Só para constar que esse homem vai acabar me enlouquecendo, mais cedo ou mais tarde. Quando o salão inteiro viu nos dois entrando de braços dados, eu podia ouvir o zum zum zum, de quem é a moça, se Wesley finalmente tinha arranjado alguém, e quando vi a cara das duas cobras me fuzilando tive a certeza de que minhas férias seriam as mais longas da face da terra.— Sua mãe não se agradou muito.— Ela não tem que se agradar com nada, a vida é minha.— Mas ela é sua mãe.— Foda-se! — Ele diz me surpreendendo. — Vou te deixar com Liara e Denise para cumprimentar algumas pessoas e volto já para que possamos dançar.Ele me deixou com as meninas e saiu, e eu simplesmente estava em choque, ele iria voltar para que dançar comigo?— Já vi que o circo tá armado. — Denise diz.— Pois é. — Liara concorda olhando para um determinado lugar que eu já sabia qual era.— Como diz, Wesley. Foda-se!— Olha só, será que temos um novo casal? — Denise faz piada.— Será que posso falar com
Maria Elisa Parker Eu e Wesley estávamos dançando uma música lenta, ele estava cheirando meus cabelos, dava para sentir, e posso até arriscar em dizer que isso estava acalmando ele.— Seu cheiro. — Ele diz próximo ao meu ouvido com a voz rouca me fazendo arrepiar até o último cabelo do meu corpo.— O que tem?— Me acalma.— Que bom.— Me desculpe, Elisa.— Por?— Por minha mãe.— Você não tem culpa dela querer que você fique com a Ashley.— Ela tem essa fissura na cabeça desde que ficamos adolescentes.— São coisas de mãe.— Ela vai acabar perdendo todos, papai uma hora vai cansar também.— Seu pai é outra história, você é filho, não pode deixá-la, nunca.— Por que você é tão boa?— Eu não sou tão boa assim, Wesley.— Claro, você também é a maluca do aeroporto. — Ele diz dando risada.— E você é o ogro do aeroporto.— Ogro? Assim você machuca.— Quem vê, pensa que machuca mesmo.— Já dançamos quantas músicas? — Ele pergunta olhando ao redor.— Não sei. — Vamos embora?— Vamos! A ond
Maria Elisa Parker Não preguei o olho a madrugada inteira, eu e Wesley nem ao menos nos tocamos, pois chegamos em casa e seu Dionísio e Liara que já deviam ter chegado, não estavam em casa, pensamos logo no pior.— Por Deus, Wesley. E se aquele carro na estrada fosse eles?— Calma Elisa, não vamos pensar no pior. Já mandei Dimas ir naquela mesma estrada a procura dos dois, se eles estiverem lá, Dimas vai encontrar.— Que Deus te ouça, e que esteja tudo bem com eles.— Já amanheceu, Elisa. Suba para o quarto e tente dormir um pouco— Se durante a noite não consegui pregar o olho, não vai ser agora que vou conseguir. — Digo, dando conta de que fui rude só depois. — Mil perdões, Wesley. Não quis ser rude, eu só estou nervosa, Liara é a única família que me restou, não posso perdê-la.— E não vai, Elisa. — Wesley diz me abraçando.— O que diabos está acontecendo aqui? — Victória adentra a sala acompanhada de Ashley.— Ah mãe, não venha com sua ladainha.— Me respeite Wesley, que eu sou s