Cap.01

Maria Elisa Parker

Confesso que eu iria me arrepender se não tivesse vindo pra essa cidade linda com Liara. Ela sabe o que faz, e suas viagens são sempre bem planejadas e festivas, só de ver a agenda dela fiquei cansada, é muito evento no qual o amigo dela organiza, e que ela vai em todos, pois o amigo não aceita não como resposta.

Tenho que deixar dito nos autos, que a cidade é mais linda pessoalmente, e que eu estou louca para conhecer mais desse lugar, já fiz uma pequena pesquisa no tio G****e e descobri que a Editora que eu sou completamente apaixonada e quero um dia poder publicar meus livros nela, abriu um evento no qual está contratando novos escritores.

Eu preciso me inscrever!

Serão apenas dez escritores selecionados, e seria o máximo se eu fosse uma das selecionadas.

— Em que você pensa tanto? — Liara interrompe meus devaneios.

— No concurso que a Editora Makaroto divulgou.

— É sua chance!

— Eu sei!

— O que está esperando?

— Vou me inscrever agora mesmo, e vou mandar um dos meus roteiros. — Digo animada pegando o celular.

— Enquanto você está fazendo aí, vou ver se consigo um táxi. — Liara diz e vai até a parte externa do aeroporto.

Finalizei a inscrição e estava na hora de escolher um dos meus livros, mas alguém trombou em mim, e simplesmente eu e o celular voamos para o chão.

— Que grande merda! — Esbravejo pegando meu celular com a tela totalmente quebrada. — Você não anda por onde olha?

Olho para a cara do idiota na minha frente, um gostoso, mas ainda sim um idiota. Ele estava rindo da minha cara, certamente porque eu disse tudo errado.

— Tá rindo do que idiota?

— Não seria, "você não olha por onde anda?" — Ele pergunta sarcástico dando risada.

— Idiota!

— Para de me xingar, moça. Você nem me conhece.

— E nem quero te conhecer, você simplesmente me jogou no chão. — Finalmente me levanto. — E ainda me deixou nervosa por isso errei o que falei.

— Você que estava parada onde as pessoas estão passando.

— Exatamente, eu estava parada, quem tinha que ter o discernimento de ter olhado para a frente era você.

— Americana?

— Não te interessa. —  Pego o celular do chão, forisferando vários xingamentos. — Pego as malas e vou andando para fora, a procura da minha amiga.

Já estou me arrependendo de ter vindo para essa cidade, se eu soubesse que teria pessoas tão mal educadas não teria saído do meu quarto, da minha sacada onde poderia está terminado o meu novo roteiro.

Sub: Não generalize, não vai ser todos que serão assim.

— O que foi garota?

— Aí que raiva. — Entrego o celular para ela.

— O que aconteceu?

— Um troglodita me jogou para o chão e o celular virou pedacinho, bem na hora que estava fazendo a inscrição. — Digo entrando no táxi, após o motorista colocar as malas no porta-malas.

— Ele não pediu desculpas?

— Não!

— Nossa!

— Me empresta seu celular para eu ver o que aconteceu com a inscrição.

— Toma!

Pego o celular da mão dela, entrando no site e tomando o maior susto, por causa daquele idiota, enviei o arquivo do livro errado.

— Merda!

— O que foi agora?

— Por causa daquele ser desprezível, que só de lembrar dele meu corpo ferve de ódio, enviei o arquivo do livro errado.

— Uai, mas foi um livro que foi enviado?

— Sim, mas não era essa história.

— Qual história foi?

— Luzes.

— Mas a história desse livro é incrível, Elisa.

— Eu sei, mas eu ainda não estava preparada, eu sinto que ainda falta algo nesse livro. — Digo entregando o celular para ela.

— Quando você for classificada, é só dar alguns ajustes no livro. — Liara sempre com uma resolução na ponta da língua.

— Se eu for classificada.

— Você vai ser classificada, eu tenho certeza. — Ela diz sorrindo, e com uma certeza absolutamente estranha.

.

.

.

Wesley Makaroto

Sai do avião, estava com pressa, minha grande amiga Liara estava vindo me visitar, e eu precisava chegar em casa antes dela. Como eu tinha ido a Acapulco resolver algumas coisas da empresas, e o jatinho da família estava sendo usado por meus pais, tive que pegar um voo comercial, e isso demorou mais do que o previsto, acabei tombando em uma moça, muito linda por sinal, mas uma verdadeira boca suja e mal educada.

Eu ia pedir desculpas, mas ela foi tão grossa, que eu resolvi irritá-la mais um pouco, mas ela simplesmente sumiu da minha frente antes que eu pudesse pedir o endereço dela para que pudesse mandar um celular novo, afinal foi erro meu ter feito o mesmo em pedaços.

Sai o aeroporto olhando ao redor para ver se encontrava a moça, mas foi em vão, Dimas colocou minhas malas no porta-malas e seguimos para a mansão.

— Tudo bem senhor? — Dimas pergunta.

— Não, mas vai ficar.

— Seus pais chegaram essa madrugada em casa.

— Só espero que Liara não chegue em casa antes de mim, sabe como minha mãe ama ela. — Digo com sarcasmo.

— Dona Victória é mesmo uma fera.

— Fera é pouco, Dimas.

— Mas vamos combinar, que tudo de mais absurdo, o senhor e a senhorita Liara fizeram. Como diz meu filho Jhonatas, tocaram o terror nas boates do México.

— Também não é para tanto. — Dou risada. — Me diz, Jhonatas volta quando do Canadá?

— Em breve, o estágio dele finaliza por esses dias.

— Diga a ele que tem um lugar garantido na empresa para ele.

— Sério senhor Wesley?

— Dimas, por favor, não me chame de senhor, eu já te disse isso, você me viu crescer. E claro que o Jhonatas tem um serviço na empresa, ele é meu amigo de anos, não poderia esquecer das vezes que ele me acobertou, me ajudou e dos nossos anos na infância.

— Fico muito agradecido.

— Não tem o que agradecer.

— Chegamos. — Dimas diz estacionando o carro.

— Eu vou entrar correndo, espero que Liara ainda não tenha chegado. — Digo saindo do carro e vendo um táxi entrando na propriedade. Só pode ser ela.

— Senhor, vou ir levando suas malas. — Dimas diz e eu balanço a cabeça em concordância.

— Aí Wesley. — Liara fala descendo do táxi.  — Bom dia amigo. — Nos abraçamos.

— Bom dia, Lady. — Digo lembrando do apelido da época em que andávamos em baladas, e ela rir.

— Como eu havia te dito antes, eu trouxe minha amiga barra irmã, Maria Elisa. — Ela diz saindo da frente e eu vejo a moça do aeroporto descendo do táxi.

— Você? — Ela indaga com uma cara nada boa. Tô ferrado!

{...}

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