ALESSANDRO PETROVJogo longe a foto de Angelina, a mesma maldita foto que venho encarando a mais de cinco meses todos os dias. A garrafa de vodka antes cheia, em questão de segundos fica pela metade enquanto tomo goles seguidos como se estivesse bebendo água. O álcool além de anestesiar a minha dor, ajuda a queimar em meus lábios e língua o gosto dos lábios dela que meu cérebro faz questão de simular só para me torturar, o gosto dos lábios que Barry o'conell deve estar beijando. — AAAAAAARGH! - rosno, jogando a garrafa de vodka no chão, a quebrando em vários pedaços. [...]— Ela é tão pequena... Tão frágil. - Meu pai diz dentro do quarto, balançando o bebê em seu colo e posso ver do corredor o encanto em seu rosto. — E muito linda...- A voz de minha mãe entrega que ela está com um sorriso no rosto, se sentindo completa. — Finalmente um bebê que se parece comigo...— Eu a amo tanto e muito mais por lembrar você. - Diz a ela. Os ver assim, tão felizes, tão unidos...me causa um pouc
Brentwood, Los Angeles, Califórnia. 19:34ANGELINAMeus pés são pinicados pelo gramado verde quando piso descalça no quintal. A casa tem metros de distância do mar, separados apenas por uma escada de pedras que leva até a areia.O vento forte sopra meu cabelo e ouvir o barulho do mar, da água batendo nas pedras e a lua refletindo nas águas é uma sensação indescritível.— Este é um dos meus lugares favoritos no mundo. - A voz de Barry vem de trás de mim, fazendo-me olhar para ele por cima dos meus ombros. — Também é para mim. — Bem...espero que o ar condicionado esteja funcionando. - Vejo ele olhar para dentro.Realmente está muito calor aqui mesmo com o vento forte. — Ah Barry...estamos na praia, vamos dar um mergulho. - Ando até ele, pegando sua mão e fazendo um esforço descomunal para o puxar em direção as escadas que dão acesso a areia da praia. — Agora? De roupa? - me olha sem acreditar. — Claro que sim! Não seja chato...vem! - Ele me segue e ao descer as escadas iniciamos
BARRY O'CONELL MOSCOW, RÚSSIAAngelina e eu trocamos um abraço forte e longo na calçada do aeroporto e nos separamos um braço de distância, nos encarando.— Boa sorte, Barry. - diz olhando nos meus olhos com um sorriso genuíno. — Obrigada por tudo...por tudo mesmo, por tudo que me ensinou e tudo que significou na minha vida, Obrigada por passar estes meses comigo e passar por todo esse processo de compreendimento comigo. Sabe que eu sempre vou te amar, sempre vou estar disposta por você no que precisar e te desejo tudo de melhor, que ela te aceite e te ame exatamente como você merece, e tenho certeza que ela não irá decepcionar. — Eu também te agradeço por tudo, Angelina, você é muito especial. E eu espero que agora que as coisas estão mais claras, você não esteja mais confusa.— Não, agora eu sei exatamente o que eu quero para minha vida. Quero falar com Alessandro, esclarecer as coisas e pedir desculpas por meus erros, e espero muito que ele tenha mudado, assim como eu. — E se nã
ANGELINA O'NEILL MOSCOW, RÚSSIAFico parada na calçada, encarando a faixada da casa de meus mais em Moscow. Não é uma mansão, é uma casa grande e confortável mas não luxuosa. Não a usamos com frequência por motivos um pouco óbvio, os Petrov sempre nos ofereceram estadia. Mas bom, agora eu jamais teria coragem de pedir a minha madrinha para me deixar ficar na casa dela, temo muito que ela me odeie pela forma com a qual eu saí da Rússia, pela forma que eu deixei o filho dela em pedaços. Ela talvez me compreenda por ter passado por algumas coisas similares, por ter avisado que tudo deveria ser diferente, mas não conto com isso porque eu sei que eu errei muito também, que mesmo que Alessandro tenha feito coisas quase imperdoáveis, eu mesmo sem querer, me vinguei a altura. Não era para ser uma vingança, eu jamais tramaria isso, porém ele teve de volta, Talvez em dobro, toda dor que causou. Eu também não iria ao apartamento que dividi com Alessandro, talvez ele tenha vendido, e também nã
BARRY O'CONELLSeparamos nossos lábios após um beijo longo que me causou uma ereção não bem vinda, estou controlando todos os meus instintos mais selvagens para não fazer o que tanto quero com ela. Para isso tenho que esperar sairmos daqui, nosso vôo sai em pouco mais de uma hora, enquanto isso continuamos aquecidos e a sós dentro do carro. Seu celular toca na bolsa, fazendo com que troquemos um olhar. seus lábios mas paro assim que ouço meu celular toca.— Droga! - ela pragueja quando pega o aparelho, olhando na tela. — Eu avisei que ia começar a tocar. - meu sorriso morre com a expressão de medo que toma o resto dela. — Quem é? Já está tarde, talvez seus pais tenham sentindo sua falta porque ainda não chegou em casa. O nosso vôo sai em meia hora...se quiser falar com eles...—Não são meus pais... - Vira a tela para mim, mostrando no indicador de chamada o nome que faz meu estômago se dobrar "Apollo". Eu respiro fundo. —Eu acabei esquecendo. - Bate na testa. — Não estava indo par
BARRY O'CONELL [....]— É tão linda...- Diz num Murmuro, olhando envolta da sala com a vista aberta para a área externa, de frente para o mar. — Sinta-se a vontade, pode fazer o que quiser aqui, a casa é sua agora.- digo sorrindo até notar sua expressão que em um segundo de distração minha, se tornou perdida e incomodada.— Algum problema?— Nada. É que é visível que acabou de passar um período aqui. Quer dizer, você e a Angelina. Ela disse que a viajem foi muito especial... - Digo olhando em volta ainda Incomodada.— Sim...foi uma boa viagem e significou bastante para nós, porque como eu havia dito, colocamos as coisas no lugar e enxergamos que não nos amavamos da maneira que pensamos, enxergamos que nossos amores estavam em lugares diferentes e não um no outro. - acompanho seu olhar ao redor do cômodo.— É, Eu imagino. Imagino como fizeram para descobrir isso. - Seu olhar vai diretamente para o sofá, pairando por alguns segundos sobre o móvel até que ela fecha os olhos como se tiv
ALESSANDRO PETROVEu não queria chegar a este ponto, não queria ter sucumbido ao desejo doentio, eu achei que estava evoluindo no meu processo de conformação, mas não. Angelina não é alguém o qual vou conseguir superar ou esquecer, eu já desisti disso. Meus olhos ficam fixados na mulher, ela é exatamente da forma que eu pedi. — Entre. - Ordeno frio, lhe dando passagem e fecho a porta atrás de mim.A cor e o comprimento de seus cabelos são o mesmo, os olhos do mesmo formato e cor, a altura, o tom da pele, os lábios igualmente avermelhados, o formato do rosto e seu corpo é completamente similar embora eu possa ver de longe detalhes que entregam que está a minha frente não se trata de Angelina. É uma cópia...e isso me faz a odiar mais. — Tire a roupa. Ela sorri com a ordem.— Que bom que é o tipo que gosta de mandar...- Me obedece sem demora, ficando nua de uma só vez e caminho até mim, parando em minha frente. Fecho os olhos vendo que a voz não chega nem perto da dela, o tom de voz
ANGELINA Simplesmente paro de respirar quando o vejo ali, sentado no balcão do bar. Ele está de costas para mim e mesmo sem ver seu rosto, só o contorno de seu corpo e os cabelos longos e sedosos já me fazem ficar completamente congelada.Eu vim até este bar porque eu precisava beber, precisa sentir o alívio e leveza que só o álcool pode me oferecer, é o bar mais perto da casa em que estou e também o favorito de Alessandro. Eu sabia que havia a possibilidade de o encontrar aqui, mas não sabia que seria tão fácil...achei que teria que vir mais vezes ao dia e por mais dias.Faço uma força descomunal para seguir em frente, para tirar meus pés que estão colados no chão e ir até ele. Me sento ao lado dele na bancada do bar, olhando diretamente para o bartender. — Eu vou querer uma sangria, por favor. - digo baixo para e ele assente. Mesmo não o olhando diretamente, sei que alessandro reconheceu minha voz, seu corpo tensionou na hora. Seu olhar desce pelo copo e se mantém ali, encarando