Caminhamos furtivos nos esgueirando pela penumbra dos corredores pouco iluminados do castelo até chegarmos aos meus aposentos. Entramos e fechamos a porta rápido, fazendo o mínimo de barulho. Por sorte a porta não rangia como outras que eu vira. A única janela do aposento, sempre aberta, despejava para dentro, raios de lua cheia mais do que suficientes para nossos objetivos.
Ela, atrevida me beijou. Os lábios quentes. Tirou as luvas de couro e pendurou-se em meu pescoço delicada. As mãos, antes geladas, agora também quentes. Não demonstrou em nenhum momento a impulsividade animal que 
—Dryfr.Eu ouvia uma voz suave sussurrando meu nome ao longe. Eraum sussurro macio, quente.—Acorda,Dryfr.Aquela voz me era familiar e ficava cada vez
Quando passei pela porta principal do palácio rumo ao pátio, com o sol a pino,Laiusvinha em minha direção.—Wlynpediu para encontrá-lo. Venha, teu cavalo está pronto e esperando para partirmos.Eu o segui sem nada dizer e ele me conduziu ao mesmo cavalo que usei para chegar à cidade. O animal me esperava ao lado da carruagem. Todos m
Cheguei ao Velho Vale e fui recebido no salão do ancião. Junto dele, um jovem dragão de Aço que eu conhecia apenas de vista. Era o discípulo do SábioFwlyr. Depois que cumprimentei ao Mestre, o jovem me foi apresentado formalmente.—Este jovem éFlysh, discípulo e filho deFwlyr, o Sábio de Aço. Os dois têm a missão de patrulhar a fronteira deÛnyae Nova Roma. Creio que as informações que ele me traz, interessar-te-ão,Dryfr. Algum tempo depois cheguei a minha casa e entrei voando até o grande salão principal, iluminado por alguns orbes de luz e pela fogueira que aquecia o ovo.Wyryndormia em sono tão profundo que não acordou quando cheguei, o que me causou preocupação, pois era sinal de que ela fizera viagens astrais. Não teria outra maneira de se cansar tanto.Fiquei apreensivo. Quanto tempo permanecera viajando para precisar de um sono tão profundo para se recuperar? — eu me perguntava. — E o mais importante: o que teria ela descoberto nas viagens? À medida que me aproximava de Quatro Pontas, percebia as mudanças que os humanos promoveram ao longo de séculos de exploração. Era madrugada avançada, mas com minha visão privilegiada, eu via tudo. Lembrei de como sentira falta dos meus sentidos aguçados enquanto humano.Quatro Pontas era uma lindíssima região deNosso Planeta, farta em espécies vegetais e animais como em nenhum outro lugar. A variedade de minerais também era considerável. A região é formada por uma cordilheira que se divide em quatro cadeias de montanhas. Dentro desses grupos existem v&aacut57 - EXAUSTA
58 - ÛNOS
Havia movimentação, ao contrário das misteriosas barracas. Eles agrupavam-se de dez em dez, puxando um total de quarenta e sete pesadas carroças montanha acima. Seguiam em fila, embora espaçada, para o mesmo ponto. A escuridão, para eles é claro, era quase total o que denunciava a intenção sorrateira. Sete grupos ao que parece, já tinham chegado ao destino efoi aí que entendi o que acontecia.Eram os canhões de pólvora negra descritos pelo Mestre, um a um sendo posicionados sobre a montanha, no ladoûnodo rio Estrela do Nordeste, em um ponto bem abaixo da
Os primeiros besteiros atravessaram as pontes e assim que entraram na cidade, começaram a disparar seus quadrelos raivosos em todos que estavam nas ruas, que eram bem poucos devido ao horário. À medida que atravessavam as pontes, reuniam-se em grupos de trinta em trinta, sendo que quatro homens não carregavam bestas, mas sim, um pequeno aríete para arrombar as casas, enquanto os besteiros alvejavam qualquer criatura viva que avistassem.Logo que a primeira casa foi arrombada e os besteiros a invadiram, gritos explodiram e deram início a uma cadeia de incontroláveis berros, daqueles que, percebiam tardiamente a invas&at
Depois que a travessia delas foi concluída, outro grandioso esquema logístico começou a ser colocado em prática: o posicionamento de tropas. Preparavam uma emboscada para os exércitos romanos ehellênicosque viriam. Os besteiros que outrora assassinaram a sangue-frio civis desarmados, agora eram posicionados nas colinas no ladohellênicoa fim de ajudarem na emboscada aos exércitos vindouros. Não sem antes trocarem de armas, é claro. Todos se encaminharam para um arsenal na PontaÛnae, um a um, deixavam as bestas de curto alcance, trocando-as por robustas balestras de longo alcance. Os arrombadores largavam os aríetes, equipavam-se com grandes pavês, grossos escudos de madeira que serviam para dar cobertura aos atiradores enquanto recarreg