Voltei o mais rápido que pude para Nova Roma e encontrei um orbe de luz deixado por Wlyn que pedia para eu enviar um sinal de luz quando voltasse. Assim o fiz: criei um orbe que piscou discreto por alguns minutos na copa de uma árvore. Algum tempo depois ela chegou voando veloz em sua já costumeira forma de águia e enquanto pousava, assumia seu corpo original entrando na mata e indo ao meu encontro.
— Pensei que não voltarias mais — disse zombeteira.
—Dryfr— eu ouvia a voz dela me chamando distante. —Dryfr—repetiu suave como o aroma das flores de primavera sentidas do cume da minha montanha.Aos poucos a luz tomou o lugar da escuridão e daquela luz surgiu o delicado focinho dela precedendo a agradável melodia de sua voz, chamando-me mais uma vez.—Dryfr.
Algum tempo depois que o sol se pôs,Wlynapareceu voando em forma de águia e em seguida transformou-se:—Vamos,Dryfr, não temos tempo a perder —disparou tãologo o formato de sua boca permitiu.—Concordo. Já que pensas assim, deverias ter me contado sobreTaramare sobre tua paixonite pelo h
O dia claro e ensolarado mepermitiu ver, pela posição do sol, que era hora de ir e executar o plano deWlyn. Fi-lo sem dificuldade e tudo aconteceu como ela previra. Bem, quase tudo. Quando cheguei à frente do rei Victorio no salão de refeições,Wlynnão estava. Em vez dela, o papa.Os dois me aguardavam quando entrei, então prestei as reverências, conformeWlynme ensinara. Beijei a mão do papa e do rei pedindo bênçãos e logo prossegui repassando as informações que eu tinha sobre a invasãoûnae a traiçãohellênica. Eis que, convenientemente ao fim de meu discurso, uma voz aguda projeta-se salão adentro vindo de uma porta lateral. PorvariasvezesWlynesteve muito próxima fisicamente. Tão perto que mesmo com o debilitado olfato humano eu conseguia sentir seu cheiro. Devo confessar que o perfume dela na forma humana, sentido por mim também na forma humana, era agradabilíssimoalém de tentador. Eu já esboçava entender porque os humanos eram tão carnais em suas relações. Todos os impulsos e sentidos físicos de um corpo humano levam a uma desejável relação física.Imaginei que, se paraYwlyn, mãe deWlyn, que é uma Sábia, foi imposs&iacut48 - SEXO
Nesse meio tempo, contemplei a minimalista decoração doqurto. Além da enorme cama,um lustresde metal fundido que comportava inúmeras velas. Nas paredes, alguns quadros com paisagens e no chão, um enorme tapete redondo que cobria a área doquarto quase por completo. Era vermelho com babados em dourado e estampava o escudo de Nova Roma.Algum tempo depois, ouvi uma batida seca, mas não muito forte na grossa porta de madeira. Teria tido tempo de me vestir pelo menos cinco vezes no tempo entrea saída deWlyne aquela batida na porta. Atendi pronto para sair e assumir minha posi
Eu a segui até um corredor onde se encontravam o rei e o papa aguardando perto de um grande arco de pedra fechado por cortinas vermelho-escuro estampadas com o brasão de Nova Roma e com babados dourados, tal como o tapete do meu quarto. No outro lado, som de multidão.Mais atrás,Taramar, três humanos que reconheci como generais, uma dúzia de militares e paladinos de patente menor. Por fim, os escravos de luxo de toda essa gente. Percebi que entraríamos todos nesta ordem: rei,Wlynde um lado e papa do outro; atrásTaramare os generais; eu, junto com os militares menores e, por úl
Virei-me para andar e percebi que o rei, comWlyne o papa, já tinham passado pelo arco de pedra tendo as cortinas escancaradas. O orador que os anunciara aos berros, agora noticiava os nomes de cada um dos generais que entravam. As trombetas tocaram apenas para chamar a atenção para a entrada do rei e as centenas de convidados que enchiam o salão de festas do castelo cochichavam, conversavam e aplaudiam aos entrantes.Prosseguiu dessa forma até que eu e os militares entrássemos, recebendo aplausos um pouco menos acalorados, enquanto o orador citava de forma genérica o grupo no qual eu
Os músicos do outro lado do salão começaram a tocar música ambiente suave e todos os convidados acomodaram-se nas mesas de jantar. Depois, serviçais entraram em grande número com os mais diversos pratos, tigelas, bandejas e gamelas com farta comida. Desperdício sem limites. Eu comparavaos humanosa porcos naquela ocasião: comiam com a boca aberta, deixando cair comida ao chão, na mesa e na própria roupa. Alguns esfomeados lambuzavam-se por inteiro. Percebi, no entanto, que nem todos eram assim.Taramar, por exemplo, nem mesmo tocou na comida. Apenas bebeu vinho. Uma jarra de vinho servida exclusivamente para ela pelo escravo pessoal.Último capítulo