Cheguei pouco depois do meio-dia e fui recebido, como sempre, por Rywrd. Adiantado, parei para aquele prometido diálogo com o Incansável. Conversamos por mais de uma hora em que contei a ele minhas aventuras dos últimos dias e ele relatou fatos curiosos ocorridos durante minha hibernação.
Faltando mais ou menos duas horas para o pôr-do-sol, as comitivas dos sábios começaram a chegar. Cada sábio acompanhado pelo respectivo discípulo. E o fato de eu ainda não ter nenhum, incomodava o Mestre, pois eu já passara a idade de adotar um pupilo, o que só foi tolerado por causa de me
—Não precisamos ser sutis — retrucou com veemênciaTrwyf, o Púrpura. — Esses seres inferiores têm sido vulgares há décadas e foram eles que invadiram nosso mundo. Se a invasão é culpa deles, ou não, pouco importa! O fato é que chegamos antes, somos os mais poderosos, desenvolvidos e evoluídos e por isso temos o direito de fazer o que quisermos. Eu não quero esperar um “médio prazo”, eu quero acabar com o maior número possível deles já! — bradou alterado.—Todos sabemo
—Continuando, — verbalizou o Mestre depois de uma longa pausa — decidimos por campo sutil e assim será. Precisamos agora decidir a nossa estratégia, pois não poderemos sair um para cada lado, matando todos os humanos que encontrarmos nas zonas rurais de uma única vez porque isso poderia incitá-los a contra-atacar.—Bem — disseYwlin— se essa praga não estivesse se alastrando tão depressa e não fosse tão danosa, sugeriria deixar todo esse assunto de lado, mas percebo que não
Nos cinco dias que se seguiram, fiquei na companhia deWyryn
Lá chegando,Rywrdrecebeu-me como sempre e informou-me que o Mestre e meu futuro discípulo me aguardavam. Apressei-me e, chegando ao salão, reverenciei ao Mestre, observando o jovem Draco de Cobre. Um belo dragão. Forte e imponente, abriu as asas em reverência.—Basta,Mbwyk. Como tens passado? — pronunciei-me.—Bem, Mestre&nb
No ar, continuamos nosso diálogo.—O que sabes sobre táticas de voo, jovem — perguntei.—Sei tudo! Eu acho.Não pude conter o riso aoouví-lo. Retruquei:
Voamos baixo, por entre as montanhas, até chegarmos ao pico que eu avistara alguns dias antes e que serviria de observatório. Essa montanha era a que fazia mais jus ao nome da cordilheira, a legítima montanha chata. Seu topo parecia uma plataforma de longe, mas pousado nela, percebia-se imperfeições, o que nos permitia ficar ali sem sermos vistos lá de baixo, mesmo que estivessem próximos.A noite caiu veloz assim que chegamos. O horizonte avermelhado de sol tornava-se púrpura e, em seguida, escureceu rápido e não havia muito o que ver à noite. A vila, quieta e escura, era perturbada apenas
—Veja, mestre. O líder está dando algo de valor.—É para um jovem — disse eu — quase um filhote.Deu algumas moedas edisse-lhe algo. O jovem respondeu, apontando para uma toca que quase no começo das plantações e para aquele lugar o grupo seguiu. De lá os cavaleiros trouxeram um homem velho, malvestido e trôpego que
O cobrador se recolhera à estalagem para dormir.Concentrei-me profunda e silenciosamente.Eis que, instantes depois, lentamente, lamparinas começaram a se acender por toda a vila e sem parar, uma a uma, faziam o vilarejo parecer um enxame de vaga-lumes. Despertando-se aos poucos, as pessoas movimentavam-se com lentidão,saimàs ruas, centenas carregando tochas e lamparinas.Último capítulo