Quando Wlyn partriu, a noite já era avançada e então voltei à superfície e encontrei os tigres e o capitão Marcus.
— Você está bem, nobre capitão? — solidarizei-me.
— Como poderia, monsenhor Laius. Não sobrou nada nem ninguém…
— Sobrou, sim. O rei Victorio deve estar a caminho de volta. Eu vi quan
Aos poucos recobrei a consciência. Primeiro vi um clarão embaçado, depois percebi movimentos a minha frente em um ambiente iluminado e fresco como um dia de primavera.Levantei o pescoço, olhei para minhas garras e asas intactas e tentei me situar no tempo e espaço, mas o que vi foi uma reunião de inúmeros dracos e, entre eles, o Mestre Wyrmygn.Ele me observava com ar de quem tentava compreender o que se passava. Contemplou o ambiente indefinido, aos irmãos dracos a volta e, nesse momento, notei que
— Certo, meus filhos, meus amigos, meus irmãos. Ouvi o relato de todos vocês com paciência durante todos esses dias, mas algumas passagens ainda não foram completamente elucidadas — declarou o ancião púrpura Ymbwy. — Por exemplo, Dryfr: vós já sabeis quantos de nós realmente restaram?— Não sei ao certo, mestre — respondi — mas até onde pude levantar, poucos além dos que estão nesse salão. — Fracassamos, meu senhor — declarei ao shógum ao me apresentar na volta de Nova Roma.— Não totalmente Eyphah — retorquiu impaciente. — O ataque a Quatro Pontas foi relativamente bem-sucedido, visto as riquezas conquistadas antes da chegada dos romanos e dos hellênicos. Não a77 - CENA PÓS CRÉDITOS
F. G. CARDDRACO SAGAA SENTINELA1&or
Ao amanhecer, os serviçais, grupo do qual eu não fazia mais parte, acenderam a fogueira e aqueceram água, pães, queijo e restos de carne do dia anterior enquanto os outros participaram da rápida missa a Titus celebrada por Taurus. Não demorou mais do que dez minutos, e não passou de protocolo para manter os fiéis na linha. Logo todos partiram para um rápido desjejum enquanto os serviçais desmontavam e empacotavam as tendas. Em seguida, partimos.Poucos quilômetros à frente, a estrada bifurcava-se, à esquerda se afastando e à direita entrando na floresta, caminho este pelo qual seguimos. A mata, que em certos pontos era tão fechada que formava um túnel sobre a estrada, tornava o ambiente frio e sombrio. A via de terra pavimentada com velhas e desgastadas raízes de árvores começou a se acentuar em uma subida leve e contínua, e passamos o dia i
Aos poucos recobrei a consciência e o tato. Deitado, senti algo úmido, mole e áspero esfregar-se em meu rosto. Assustado, fiquei imóvel enquanto abri um dos olhos buscando me mover devagar para não provocar ou assustar o que quer que estivesse me lambendo e me apavorei ao perceber que era um animal selvagem que eu jamais vira. Não sabia precisar que bicho era, mas era lindo!Pardo avermelhado com listras pretas e manchas brancas no focinho, apresentava-se dócil parecendo um gato doméstico só que muito maior e mais robusto. Devia pesar uns trezentos quilos.De pé, ainda meio desnorteado, olhei a minha volta e compreendi menos ainda. A sensação foi boa, a brisa fazia farfalhar as copas de gigantescas árvores por todo lado e sons de animais silvestres dos mais diversos inunda
Todos ao mesmo tempo, com andar e olhar de caçadores, se aproximaram juntos com a cauda serpenteante levantada ao céu. Fecharam o círculo à minha volta, aproximando-se com os olhos fixos em mim! Movimentos tão perfeitamente sincronizados que quase hipnotizaram a vítima: eu.Tomado por súbito medo de virar refeição, senti a adrenalina jorrar. Com um movimento lento, pus a mão no cabo da minha lâmina e fiquei imóvel, tentando prestar atenção em todos os que cabiam em meu raio de visão. Um deles, um macho em especial, dirigiu-se com ferocidade à tigresa que me trouxera e rugiram um para o outro sem se tocar, repetindo o gesto algumas vezes. Tive a impressão que se comunicavam ou, mais precisamente, discutiam seriamente sobre mim, porque entre uma rugida e outra, encaravam-me de relance.
Com o encanto quebrado, prestei atenção no que ela falava e o diálogo que se seguiu, sem contar as dificuldades para compreender um ao outro, foi mais ou menos assim:— …quando você chegou aqui e qual o seu nome? — perguntou pela terceira vez, que foi quando saí do transe.— Bem… onde é “aqui”, senhorita? — respondi, tentando fechar o sorriso bobalhão.— Eu faço as perguntas — retrucou em tom autoritário, mas gentil.Não tente entender a contradição. “Que gata selvagem!” — pensei extasiado, inclinado a responder tudo o que ela quisesse saber.— Meu nome &eacut