F. G. CARD
DRACO SAGA
A SENTINELA
1ª Edição
Curitiba
Edição do Autor
2021
DRACO SAGA: A SENTINELA
por F. G. CARD
Todos os direitos reservados. Esta obra, em parte ou por inteiro, não pode ser utilizada, reproduzida ou distribuída sob quaisquer meios existentes ou que virão a existir sem prévia concessão do autor.
Preparo de originais: Fábio Guolo
Revisão: Fábio Cardoso, Fabiano Guolo.
Capa e diagramação: Leandro Bitencourt e Fábio Cardoso
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
CARD, F. G. Draco Saga : A Sentinela / F. G. CARD. – 1. ed. – Curitiba, PR : Ed. do Autor, 2020. -- (Draco Saga ; v. 3) ISBN: EM BREVE 1. Ficção brasileira I. Título. II. Série. 10-05697 CDD-869.93 |
Índices para catálogo sistemático:
1. Ficção: Literatura brasileira 869.93
Dedico este livro a Deus e ao meu mentor, Marco, por me permitirem e me auxiliarem na conclusão dessa trilogia que coroa o início do sonho de me tornar um escritor.
Faço ainda um agradecimento especial à minha colega escritora Priscilla Tôrres por ter lançado, no início da pandemia, uma faísca no meu combustível e ter reacendido a chama do escritor que há em mim para expandir minha obra como nunca em tão pouco tempo.
Meu irmão, Fabiano pelo esmero e prestatividade na revisão e pelo apoio e empolgação pela história e minha esposa pelo apoio de uma união para a vida.
E por último, mas não menos importante, agradeço aos fiéis leitores que perguntaram e exigiram durante anos a continuação e desfecho da história iniciada em Draco Saga: O Despertar.
Meu muito obrigado a todos!
AVALIE
A sua avaliação de minhas obras no site onde você a adquiriu é de SUMA IMPORTÂNCIA para mim, sobretudo se você gostar da história. As avaliações positivas ajudam o site a oferecer os livros a outras pessoas que possam compartilhar do seu gosto literário.
Por isso, por gentileza, reserve alguns minutos para avaliar e fazer um comentário sobre esse livro. E, se você gostou, indique aos amigos. Obrigado e boa leitura! - F. G. CARD
AVISO
A série Draco Saga constitui uma história fictícia e as personagens e respectivas opiniões não representam necessariamente as opiniões do autor sobre. As personagens têm seu próprio background e suas próprias opiniões e eu as conduzo como um Mestre de RPG conduz seus NPCs. Afinal, eu fui mestre de RPGs de mesa por mais de vinte anos.
As cenas impróprias para menores e/ou polêmicas narradas visam apenas descrever situações que poderiam ocorrer mediante os contextos adotados e NÃO VISAM DE FORMA NENHUMA fazer quaisquer apologias ou defender quaisquer vieses.
Esta é uma obra escrita com a finalidade de entretenimento e que saiu do meu coração com muita bondade e amor.
Ao amanhecer, os serviçais, grupo do qual eu não fazia mais parte, acenderam a fogueira e aqueceram água, pães, queijo e restos de carne do dia anterior enquanto os outros participaram da rápida missa a Titus celebrada por Taurus. Não demorou mais do que dez minutos, e não passou de protocolo para manter os fiéis na linha. Logo todos partiram para um rápido desjejum enquanto os serviçais desmontavam e empacotavam as tendas. Em seguida, partimos.Poucos quilômetros à frente, a estrada bifurcava-se, à esquerda se afastando e à direita entrando na floresta, caminho este pelo qual seguimos. A mata, que em certos pontos era tão fechada que formava um túnel sobre a estrada, tornava o ambiente frio e sombrio. A via de terra pavimentada com velhas e desgastadas raízes de árvores começou a se acentuar em uma subida leve e contínua, e passamos o dia i
Aos poucos recobrei a consciência e o tato. Deitado, senti algo úmido, mole e áspero esfregar-se em meu rosto. Assustado, fiquei imóvel enquanto abri um dos olhos buscando me mover devagar para não provocar ou assustar o que quer que estivesse me lambendo e me apavorei ao perceber que era um animal selvagem que eu jamais vira. Não sabia precisar que bicho era, mas era lindo!Pardo avermelhado com listras pretas e manchas brancas no focinho, apresentava-se dócil parecendo um gato doméstico só que muito maior e mais robusto. Devia pesar uns trezentos quilos.De pé, ainda meio desnorteado, olhei a minha volta e compreendi menos ainda. A sensação foi boa, a brisa fazia farfalhar as copas de gigantescas árvores por todo lado e sons de animais silvestres dos mais diversos inunda
Todos ao mesmo tempo, com andar e olhar de caçadores, se aproximaram juntos com a cauda serpenteante levantada ao céu. Fecharam o círculo à minha volta, aproximando-se com os olhos fixos em mim! Movimentos tão perfeitamente sincronizados que quase hipnotizaram a vítima: eu.Tomado por súbito medo de virar refeição, senti a adrenalina jorrar. Com um movimento lento, pus a mão no cabo da minha lâmina e fiquei imóvel, tentando prestar atenção em todos os que cabiam em meu raio de visão. Um deles, um macho em especial, dirigiu-se com ferocidade à tigresa que me trouxera e rugiram um para o outro sem se tocar, repetindo o gesto algumas vezes. Tive a impressão que se comunicavam ou, mais precisamente, discutiam seriamente sobre mim, porque entre uma rugida e outra, encaravam-me de relance.
Com o encanto quebrado, prestei atenção no que ela falava e o diálogo que se seguiu, sem contar as dificuldades para compreender um ao outro, foi mais ou menos assim:— …quando você chegou aqui e qual o seu nome? — perguntou pela terceira vez, que foi quando saí do transe.— Bem… onde é “aqui”, senhorita? — respondi, tentando fechar o sorriso bobalhão.— Eu faço as perguntas — retrucou em tom autoritário, mas gentil.Não tente entender a contradição. “Que gata selvagem!” — pensei extasiado, inclinado a responder tudo o que ela quisesse saber.— Meu nome &eacut
— Dois mil anos? Pirou de vez! — intrometeu-se a gata.— Impossível? Então por que você não nos conta de onde veio? — trovejou Cassius firme, mas sem perder a calma.Ao que, os burburinhos calaram e Cassiene apassivou-se em respeito. Ele demonstrava ser mais aberto do que a irmã. Segundos mais tarde, dei-me conta que para algumas das perguntas que me fiz há apenas alguns minutos, poderia encontrar respostas no que ele acabara de relatar. E eu não tinha motivo para duvidar, pois diante de tudo o que vi desde que acordei na floresta, nada mais me surpreenderia, pensei. Ledo engano, mas decidi falar um pouco.— Tudo bem, farei um resumo: antes de acordar aqui, a última coisa de que me lembro é de entrar no hiperespaço com
Enfim, vi-me sozinho com a estonteante mulher e não deixaria, de modo algum, escapar a chance de me aproximar.— Nesses quase seis meses aqui já tiveram algum tempo para fazer explorações, imagino, então me conte, por favor, o que encontraram de interessante por aí?— Muitas coisas estranhas. Conhecemos alguns belos seres que se autointitulam “elfos”. É surpreendente como as lendas podem se tornar realidade de uma hora para outra, não é? — perguntou quase em tom de afirmação, sarcástica e satisfeita.— É claro, “lenda viva” — respondi, provocando-a com um sorriso descontraído.— Ao que parece, são seres de bo
Quando acordei, ainda estava escuro. Voltei para a árvore e por lá fiquei até o nascer do sol, o que não demorou. Os irmãos me chamaram para voltar à aldeia, mas neguei. Eles insistiram dizendo que era perigoso ficarmos expostos, mas mesmo assim não fui. Queria estudar a cidade na tentativa de encontrar uma luz no fim do túnel, que nos conduzisse de volta para casa. Além do mais, eu não faria nada além do meu trabalho: explorar. O que, modéstia à parte, faço bem.O movimento na cidade era grande. Vagões de madeira puxados por bois e por cavalos, passavam a toda hora para lá e para cá, levando e trazendo gente e cargas. Uns chegavam outros saiam e muitos circulavam lá dentro. Vi o nome da cidade rusticamente entalhado em um arco de pedra na entrada sul: “Nova Esparta”. Ti
Era o que eu tinha até o momento: lugar com alto nível de Mana? Merlin e Gandalf eram magos e magos faziam “magias”! Dois senhores cujos modos e vestes assemelhavam-se aos deles em uma era medieval? Ainda mais dando instruções dentro de um castelo? Depois do que a gata relatou sobre “manipulação de mana” aliado a tudo de impossível que eu presenciara, imaginei:“Magos!” — seria possível alguma outra conclusão? Com seus conhecimentos poderiam nos ajudar! Uma possibilidade absurda, admito, entretanto o que não era absurdo aqui? Concluí que eu precisava fazer contato com aqueles senhores.Contar toda a verdade seria imprudente, uma vez que essa gente antiga costumava ter crenças fundamentalistas e eram capazes de atrocidades terrívei