Giovanni me observava como um homem sedento que finalmente havia encontrado sua fonte de prazer. Seus olhos azuis faiscavam com uma intensidade brutal, e o sorriso predador curvava seus lábios como se ele soubesse que já havia vencido.Eu estava deitada na cama, completamente nua e vulnerável sob o olhar devastador dele. Meu corpo ainda tremia pelo toque que ele havia deixado na minha pele, um desejo insano que eu não conseguia controlar.— Você é perfeita assim, nena. — Giovanni murmurou, os dedos traçando linhas imaginárias pela minha pele, do pescoço até a curva dos meus seios. — Submissa. Entregue. Pronta para ser minha.Sua voz baixa e rouca fazia meu corpo inteiro vibrar. Ele não estava apenas me tocando fisicamente. Giovanni estava se infiltrando na minha mente, destruindo cada pedaço da resistência que eu ainda tentava manter.— Giovanni… — Murmurei, mas não havia força na minha voz. Apenas um desejo desesperado que eu odiava admitir.— Hoje você vai aprender o que significa s
Giovanni BianchiEu a observo dormir em meus braços, os traços delicados do rosto dela suavizados pelo sono tranquilo. Os cabelos estão espalhados pelo travesseiro, e seus lábios entreabertos soltam respirações suaves que parecem me acalmar e me provocar ao mesmo tempo.Maldita garota. Ela não deveria estar aqui, tão vulnerável, tão… minha.Não entendo o que é isso que se agita dentro do meu peito. É como um soco traiçoeiro, algo que me consome de dentro para fora e me deixa completamente fora de controle.Eu deveria me levantar e simplesmente ir embora. Cortar essa loucura pela raiz e esquecê-la. Mas algo me prende. Algo que não consigo nomear, mas que me obriga a continuar observando-a como se eu precisasse me certificar de que ela está bem.Minha mão desliza suavemente por seus cabelos, e sinto o seu corpo inteiro reagir a esse simples toque. Como se tocar Sophia fosse tão necessário quanto respirar.Droga!Irritado, me afasto dela e deslizo para fora da cama, sentindo a necessidad
Giovanni BianchiA madrugada se arrasta enquanto eu caminho de volta para o hotel. As luzes da cidade parecem mais frias, quase hostis. É como se tudo ao meu redor estivesse tentando me lembrar da loucura que estou cometendo.Mas, por mais que eu tente ignorar, o nome dela ecoa na minha mente. Sophia…Quando chego ao saguão do hotel, o recepcionista me lança um olhar curioso, mas rapidamente desvia o olhar. Subo pelo elevador e sinto o coração martelar no peito como um aviso de que estou prestes a fazer algo irreversível.A porta da minha suíte se abre e eu entro, mas não vou até o quarto onde a deixei dormindo. Em vez disso, me dirijo até a mesa no canto da sala e sirvo um copo generoso de uísque. O líquido queima minha garganta, mas não o suficiente para anestesiar o turbilhão dentro de mim.Meu celular vibra e eu atendo no mesmo segundo.— Diga, Victor. — Minha voz é áspera, carregada de expectativa.— Tenho as informações que você pediu. — meu advogado e amigo me responde, a voz
Sophia RomanoAcordo sozinha.O quarto está mergulhado em um silêncio opressor, e a luz suave da manhã atravessa as cortinas pesadas, deixando tudo com um tom acinzentado que reflete perfeitamente o vazio dentro de mim.Meu corpo ainda está mole, os músculos doloridos e exaustos pelos efeitos da noite anterior. Giovanni havia sido implacável. Como se estivesse determinado a me marcar de todas as formas possíveis. E ele conseguiu.Levanto-me devagar, os pés descalços encontrando o chão gelado. Cada movimento faz com que meu corpo proteste, e quando finalmente alcanço o banheiro, paro diante do espelho.Meu reflexo me encara de volta, os cabelos desgrenhados, os lábios inchados e a pele marcada com hematomas roxos e avermelhados espalhados pelo pescoço, ombros, seios e coxas.Tudo deixa claro o que sou: Propriedade dele.As marcas dizem tudo. Giovanni fez questão de me lembrar de quem eu pertenço. E a parte mais perversa é que, apesar de toda a dor e humilhação, um pedaço do meu ser des
Sophia Romano O carro preto me espera na entrada do hotel. O motorista, educado e impessoal, abre a porta para mim e eu entro. Me movo mecanicamente, como se fosse uma boneca sem vida.A porta se fecha e o carro começa a se mover. Minha mente, entretanto, permanece presa naquele maldito quarto, presa na humilhação que Giovanni me infligiu.A dor é insuportável. Um peso esmagador no meu peito, uma sensação de vazio que não consigo descrever. Eu sinto como se todo o meu corpo estivesse latejando com as marcas que ele deixou, mas é a dor interna que me destrói. Ele me usou. Me destruiu e, quando teve o que queria, me descartou como um brinquedo quebrado.A cada quilômetro que o carro percorre, a verdade se solidifica dentro de mim. Eu deveria ter esperado por isso. Eu deveria ter sido mais esperta. Mais forte. Mas, em vez disso, me entreguei completamente a um homem que nunca teve a intenção de ser gentil e sempre deixou claro que tudo não passava de um jogo. Um jogo sombrio e perigoso
Sophia Romano— Oh, Sophia… Eu sinto muito. Hanna… Ela passou muito mal. Tiveram que levá-la para o hospital às pressas.O mundo parece ruir sob meus pés. Minha visão fica turva e sinto o ar fugir dos meus pulmões.— Não… — A palavra sai em um sussurro desesperado, e eu quase perco as forças.— Eu tentei te ligar, mas seu telefone estava fora de área. — A senhora Miller continua, com a voz embargada pelo choro.— Preciso… preciso ir até ela. — Balbucio, com os dedos trêmulos vasculhando o bolso da bolsa em busca de dinheiro para o táxi. Deixo as malas com ela e corro até a pista em busca de um carro. Assim que consigo um, sem demora entro no veículo. — Vamos! — Ordeno, entrando no táxi e praticamente gritando o endereço do hospital.O carro arranca e meus dedos apertam o banco com força, como se aquilo fosse me impedir de desmoronar por completo.Hanna… minha pequena Hanna.As lágrimas escorrem pelo meu rosto sem que eu possa impedi-las. Porque o medo de perdê-la é esmagador. Porque,
Sinto minhas pernas vacilarem, como se o chão sob meus pés estivesse prestes a desabar. Meu coração bate tão rápido e descompassado que mal consigo respirar. O ar entra e sai em ofegos curtos, e tudo dentro de mim grita em desespero. Meu estômago se contorce numa dor surda — uma mistura de medo, impotência e culpa.Antes mesmo que minha mente consiga formular uma pergunta, a voz da doutora Carter volta a me atingir, agora com uma clareza que fere como navalha.— Sua irmã apresentou uma crise cardíaca aguda. A pressão arterial dela disparou repentinamente, e isso provocou uma dificuldade respiratória severa. Conseguimos estabilizá-la por ora, mas a situação é extremamente delicada. Ela está sob observação intensiva e recebendo os melhores cuidados, mas… — a médica hesita, e isso me dilacera ainda mais — estamos lidando com um quadro muito sensível, Sophia.Cada palavra é um soco no estômago.Um grito abafado se forma dentro de mim, como se minha alma protestasse contra aquela realidade
Giovanni BianchiA noite caiu sobre Nova York como um véu escuro e sufocante. Da janela envidraçada do meu escritório no último andar do edifício Bianchi, eu observava a cidade cintilando sob o céu nublado como se as estrelas, cansadas de brilhar, tivessem se escondido atrás de arranha-céus e promessas vazias.Lá fora, o mundo era meu. Cada centímetro de concreto, cada contrato assinado, cada nome sussurrado com reverência ou medo, tudo isso girava ao redor do meu império. Poder, dinheiro, controle. Era assim que eu moldava a realidade ao meu gosto.Mas ultimamente… nada disso tem bastado.Nada.Um vazio lateja dentro de mim, faminto, indomável. Um espaço que nenhuma mulher devota, nenhum adversário subjugado ou cifra milionária consegue preencher.Porque dentro desse vácuo tem um nome.Sophia.A doce, teimosa, fascinante e maldita Sophia Romano.Ela entrou na minha vida como um raio inesperado que atravessa o céu antes da tempestade. E desde então, nada mais esteve no lugar. Sophia